CORREIO BRAZILIENSE - 23/10
Passados o leilão do pré-sal e a sanção do Mais Médicos, os petistas ganharam mais confiança a ponto de o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) declarar que “Dilma ganhou a eleição nesses dois dias”. Nessa linha, outro importante petista garante que não há como refluir as candidaturas do partido no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, os maiores colégios eleitorais.
Para completar, onde o PT planeja ceder a cabeça de chapa, quer a vaga ao Senado. Estão nessa batida, Pernambuco, onde o candidato a senador será João Paulo Lima, ex-prefeito de Recife; Rio Grande do Norte, com Fátima Bezerra; e, ainda, o Ceará, com José Nobre Guimarães. Como o PMDB tem cinco senadores em fim de mandato, o projeto petista é conquistar a Presidência da Casa no ano que vem. Pelo visto, o salto do PT de Dilma cresceu. Não é à toa que os peemedebistas sacodem a aliança.
É ele!
Carlos Eduardo Gabas, hoje secretário executivo do Ministério da Previdência, será o novo ministro da Casa Civil. Assim deixará de “cuidar” de Garibaldi Alves para olhar todo o governo. O próprio Garibaldi às vezes brinca dizendo que a função de Gabas lá era “vigiar” o ministro.
São eles!
Gabas é técnico e como é alguém da confiança da presidente pode ser deslocado no futuro sem ferir susceptibilidades partidárias, seja dos aliados, seja do PT. É isso que faz ainda de Mozart Sales, secretário de Gestão Trabalho e Educação, do Ministério da Saúde, uma aposta de peso para substituir o ministro Alexandre Padilha.
Carreira solo
O DEM começa a trabalhar a candidatura de Ronaldo Caiado, de Goiás, à Presidência da República. Desde que ele foi “esnobado” por Marina Silva, essa hipótese ganha corpo. Obviamente, o partido não fará dele candidato de qualquer jeito, mas no DEM vale hoje a tese de que time que não joga não tem torcida.
Encontro marcado
O PT antecipou seu congresso de fevereiro para dezembro deste ano, exatamente no dia 14, aniversário da presidente Dilma Rousseff. Foi o jeito que o partido encontrou de encerrar o ano com imagens de um balanço do governo carregado de parabéns, com ares de festa e direito a bolo de aniversário. Tudo isso servirá como uma luva para o futuro horário eleitoral.
CURTIDAS
Medical tour I/ Ao fundo da solenidade do Mais Médicos, a cubana Idânia Santesteban Garrido e alguns conterrâneos aproveitavam a ida ao Planalto para tirar fotos enquanto Dilma discursava. “Eu preciso, e o povo brasileiro precisa. Quero ajudar e conhecer as doenças mais frequentes no Brasil, cultura e a língua”, disse ela à coluna, ainda com muita dificuldade em falar o português.
Medical Tour II/ De repente, um amigo dela puxa os vereadores índios Nham-Pá Oro e Arao Ororam Xijein, ambos de Guajará-Mirim (RO), para tirar fotos. Nham-Pá é do PSB de Eduardo Campos e apoia o Mais Médicos. “Finalmente, teremos atendimento”, comentou.
Zzzzz.../ O longo discurso de Dilma na sanção do Programa Mais Médicos deixou muitos ministros bocejando na plateia. Nem o sempre-alerta ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, conseguiu se segurar.
O demolidor/ O líder do PMDB, Eduardo Cunha (foto), destilava ironia ao citar todos os projetos que estavam na pauta de ontem da Câmara. E terminou a frase assim: “E eu acredito em Papai Noel”. Não por acaso, uma excelência comentou em seguida: “Minirreforma e Eduardo Cunha em plenário é uma combinação que acaba com qualquer sessão”. Dessa vez, entretanto, as previsões não se confirmaram. As votações prossegiram ontem à noite, normalmente.
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