sábado, abril 11, 2009

PARA...HIHIHI

EFEITOS COLATERAIS 


Um português foi ao médico se queixar da quantidade de filhos: 

— Doutor! Estou casado a vinte anos e já tenho quinze filhos. Preciso parar. Até a padaria está dando prejuízo. O que eu faço? 

O médico olhou bem para o português e disse: 

— Existem várias maneiras para evitar a gravidez da esposa. A melhor é o senhor usar preservativo. 

— Mas, que diabos é isso doutor? Falou o português. 

— É simples. Compre em qualquer farmácia. Para o senhor não se esquecer do nome, vou lhe fazer uma receita. Quando estiver tudo pronto para as relações sexuais com a sua esposa, o senhor faz uso de uma deles. 

Passou quase um ano e o português apareceu novamente no consultório. 

— Pois não! O senhor aqui de novo? 

— Sim... e raios que o parta aquele teu remédio do caralho. Nasceu mais um filho. Agora são dezesseis. 

O medido percebendo que, algo estava errado, foi direto ao assunto: 

— O senhor está usando o preservativo para ter relações íntimas com sua esposa? 

— Mas é claro que sim! Todas às vezes, que eu vou comer a Maria, uns quinze minutos antes eu tiro um negócio daqueles do envelope, coloco num copo de água e tomo. Demora um pouco para descer. Mais já me acostumei. 

O médico quase caiu da cadeira. Quando se acalmou apanhou uma camisinha da gaveta da mesa. Educadamente tirou seu pinto para fora e mostrou ao português como era para usar o tal “remédio”. 

O português ficou uns minutos em silencio e depois falou: 

— Puta que pariu! É por isso que ultimamente estou peidando abafado e cagando ensacado! 

GOSTOSA


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INFORME JB

As sucessões que passam por SP (3)

Leandro Mazzini

JORNAL DO BRASIL - 11/04/09

De 18 a 21 de abril, o Fórum de Governadores e Empresarial de Comandatuba (BA) será o teste de popularidade para 2010 de Geraldo Alckmin, Gilberto Kassab e José Serra. O evento reúne todo o PIB paulista que financia campanhas e, não por acaso, é o grupo que serve de termômetro para candidatos avaliarem o quanto podem avançar, com quem e com que discurso. O prefeito Kassab será conferencista, e fará pose de candidato. O governador Serra, convidado para a mesa, terá como ver quem está com ele e quem está com Aécio Neves (outro convidado) no embate tucano. E, na moita, Alckmin, o ex-governador e mais forte sucessor de Serra em São Paulo, vai fazer seus contatos boca a boca. À coluna, Alckmin disse que não quer falar de política este ano. Mas tem encontro marcado com a coluna no fórum . Serra e Kassab também. É ali que vai começar a campanha.

Tô fora Na garoa

Cotado para a sucessão, o vice paulista Alberto Goldman (PSDB) disse que só toca os nove meses de mandato na licença de Serra.

"O que eu queria era ficar longe do Congresso, depois de seis mandatos de deputado federal, e consegui", brincou Goldman.

Euuu?

Kassab nega que tenha feito pesquisas no interior do estado, mas não descarta que o partido tenha sondado seu nome.

Os PMDBs

Há mesmo dois PMDBs no Congresso. O da Câmara aposta que Serra é o candidato, e podem abrir chapa com ele. Já o PMDB do Senado acredita que Dilma Rousseff é "a cara", e imbatível.

Profetas

O PMDB do Senado também acha que José Serra pode ir à reeleição e deixar a missão presidencial para Aécio Neves "perder honrosamente".

Guerra na TV

O PPS vai recorrer ao STF, segunda-feira, contra a propaganda que o governo federal está fazendo na TV com o programa Minha casa, minha vida.

Ceguinho

Não é só a estátua de Drummond no Rio que sofre vandalismo. Depois o Senado reclama da má fama: roubaram os óculos de bronze do busto do senador Alexandre Costa (foto), na entrada da ala que leva o seu nome.

Se vivo fosse

Costa tinha fama de ser briguento – uma vez ameaçou dar um tiro em um colega no plenário. E não vivia sem a grande armação com lentes grossas.

Reposição

A Secretaria de Informação e Documentação do Senado informou que parte dos óculos – o que sobrou – está sendo soldada no museu da Casa.

Para tudo

O TCU mandou paralisar a licitação de contratação de assessoria para o Ministério do Esporte, onde venceu, numa primeira fase, a miúda IW. Há suspeita de irregularidade.

Tatame aberto

A Confederação Brasileira de Judô quer garimpar novos talentos para a modalidade que tem garantido medalhas olímpicas. Inicia dia 16 treinamento para a categoria ligeiro masculino (-60kg), na Moema, em São Paulo.

VILLAS-BÔAS CORRÊA

Ninguém se entende no Congresso

COISAS DA POLÍTICA

JORNAL DO BRASIL - 11/04/09

A impressão de quem acompanha, seja por dever profissional ou até por mera curiosidade, a atividade ou inatividade das duas Casas do Congresso é que um vendaval varreu o senso de responsabilidade dos parlamentares. E um clima de bagunça, de desrespeito, do vale-tudo não apenas ameaça a estabilidade do mais democrático dos poderes mas está levando o desapreço da população ao risco de uma rejeição nas eleições de 2010, com um recorde vexaminoso de votos em branco, já que a urna eletrônica não registra xingamentos.

Não é preciso castigar a memória para juntar o lixo de uma semana. A anunciada reforma dos apartamentos funcionais dos deputados, que acordou o súbito interesse da Mesa da Câmara com o patriótico empenho de economizar alguns reais da Viúva, caiu na vala da patuscada. Mas o alvissareiro anúncio de que o quarto-secretário, deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), decidira reformar todos os apartamentos nos próximos dois anos, muitos em estado deplorável, ao custo calculado de R$ 150 milhões, despertou a pulga atrás da orelha. Feitas as contas, a badalada economia não passaria dos R$ 3 mil mensais do chamado auxílio moradia, uma gorjeta no baile das mordomias, vantagens, verba indenizatória, passagens aéreas semanais, tudo o que arredonda um dos melhores empregos do mundo.

O entusiasmado quarto-secretário arredonda as contas. Parte dos apartamentos de quatro quartos seria dividida em dois de dois quartos, suficiente para uma família média, elevando de 432 para 528 o número dos disponíveis.

Por enquanto, a reforma continuará em estudo. Mas, como é difícil endireitar o pau que nasce torto, a croniqueta gaiata dos apartamentos dos parlamentares abandonados ao tempo começa com a mudança da capital para Brasília inacabada, um canteiro de obras, pela ambição do presidente Juscelino Kubitschek de bisar o mandato em 1965.

A compreensível resistência dos condenados a mudar com a família para o cerrado levou o governo a improvisar soluções as mais diversas para atender os reclamantes. Ministros ganharam mansões às margens do Lago Paranoá, parlamentares foram premiados com as passagens aéreas para o fim de semana nas suas bases eleitorais na inauguração simbólica do festival das mordomias, vantagens, verba indenizatória, assessores especiais e os demais enfeites.

Os apartamentos mobiliados não despertaram a paixão dos parlamentares pelos encantos da nova capital. E depois, com o auxílio moradia de R$ 3 mil mensais, o deputado sempre leva as suas vantagens. O auxílio moradia não é mordido pelo Imposto de Renda e, bem administrado, dá lucro. São duas ou três diárias de hotel de padrão médio por semana. Portanto, antes de fechar as contas, a reforma de R$ 76 milhões dos 432 apartamentos aguardará a sua vez na fila.

Outro escândalo de nível médio revelou novidades nos hábitos parlamentares. Desta vez, no Senado. O desatento senador Tião Viana (PT-AC) emprestou o seu celular – um mimo da Casa aos seus 81 senadores, que também pagam a conta do celular – à filha que viajou, em janeiro, ao México. A conta da saudade filial chegou a R$ 14.758, 07, paga pelo Senado. Com a denúncia pela imprensa, o senador Tião Viana prontificou-se a ressarcir o Senado.

Ficam sem resposta duas curiosidades: por que os senadores são premiados com telefones celulares pela Mesa do Senado? E, qual a justificativa para as contas pagas?

Ora, com tais antecedentes e suas atualizações, a surpreendente aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, do parecer do senador Pedro Simon (PMDB-RS) que pode inviabilizar a renovação de concessões de rádios e TV que tenham parlamentares entre os seus proprietários, deve morrer na praia. A Constituição proíbe que senadores e deputados sejam "proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada".

O parecer do senador Pedro Simon proíbe a renovação das concessões de emissoras de rádio e TV que tenham parlamentares como proprietários. Cerca de 20 senadores e 50 deputados estariam incluídos na relação. Nenhum precisa perder um minuto de sono.

DORA KRAMER

Costas quentes


O ESTADO DE SÃO PAULO - 11/04/09


Se estiverem corretas as conclusões do delegado Amaro Vieira, no relatório final das investigações sobre a atuação do delegado Protógenes Queiroz no comando da Operação Satiagraha, não há como escapar da evidência: Protógenes tinha as costas quentes. No mínimo, dentro da Polícia Federal, para não dizer no Ministério da Justiça ou até em instâncias superiores.

Não se trata de uma ilação leviana, mas de uma suspeita óbvia, pois um delegado não poderia cometer tantos e tão graves desvios de conduta funcional sem algum tipo de proteção que lhe permitisse agir com desenvoltura e autonomia. Segundo Amaro Vieira, Protógenes subverteu a hierarquia interna, não prestava contas à diretoria de Inteligência Policial, reportando-se diretamente ao então diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, usou indevidamente servidores da Agência Brasileira de Inteligência, levou para a estrutura da PF agentes do antigo SNI, hoje dedicados a serviços de investigação particular, e lançou mão de parcerias heterodoxas com o Judiciário, Ministério Público e veículos de comunicação.

Um prontuário robusto, para ser analisado à parte do objeto da operação chefiada pelo delegado agora acusado, contra o banqueiro Daniel Dantas. Uma coisa são os crimes dos quais é acusado Daniel Dantas, outra são as suspeitas que pesam sobre o delegado Protógenes.

Misturar as duas não leva a nada senão ao equívoco de transformar em aceitáveis ações inaceitáveis do investigador para não dar a impressão de que, com isso, defende-se o alvo da investigação original. Os crimes de um não justificam os ilícitos do outro.

Da mesma forma, a eventual condenação funcional do delegado Protógenes não pode encerrar as investigações sobre o episódio. Um homem só não mobiliza os recursos humanos e financeiros necessários para fazer funcionar a rede de ilegalidades que o delegado Amaro Vieira denuncia. Tampouco faz isso sem que encontre obstáculos.

Em seu primeiro depoimento ao Ministério Público, Protógenes Queiroz informou que atuava sob as ordens diretas do presidente da República, sob a coordenação do delegado Paulo Lacerda, com a colaboração de área de inteligência militar, com o conhecimento do procurador Rodrigo de Grandis e do juiz Fausto De Sanctis.

Depois disso, retificou várias vezes suas palavras, desmentiu a participação de todos os outros, admitiu apenas a participação informal e pontual de um ou outro agente da Abin, até que na última quarta-feira se apresentou à CPI dos Grampos em silêncio quase absoluto garantido por habeas corpus do Supremo Tribunal Federal.

Foi loquaz apenas ao acusar. Seja Daniel Dantas ou aqueles tidos por ele seus perseguidores dentro da PF, entre os quais, claro, o delegado Amaro Vieira. Convidado a explicar, calou-se. Supostamente, portanto, porque não poderia fazê-lo sem se incriminar ou sem aprofundar ainda mais as contradições em relação a declarações anteriores. Invocou o HC até mesmo para se recusar a responder a quem se reportava na PF durante a Operação Satiagraha.

De acordo com a investigação agora concluída, prestava contas diretamente ao diretor-geral Paulo Lacerda, a quem continuou a se dirigir mesmo depois da transferência de Lacerda para o comando da Abin.

Na primeira vez em que estiveram na CPI, sem habeas corpus, ambos negaram essa relação, tal como rechaçaram o uso da agência na investigação dos crimes de Daniel Dantas. Quando muito, falaram em “meia dúzia” de agentes para serem desmentidos pela revelação, logo em seguida, de que haviam sido 85.

Depois disso, a polícia descobriu que Protógenes armazenava monumental arquivo de informações sobre autoridades, jornalistas, gente comum, políticos, cuja utilidade é ainda desconhecida, embora possa ser presumida.

Por causa dessa descoberta, a CPI, que já se preparava para fechar as portas sem concluir coisa alguma, resolveu reabrir os trabalhos. Chamou Protógenes, chamará Daniel Dantas, prepara-se para obrigar Lacerda a comparecer.

E por que obrigar se o próprio Lacerda há 15 dias disse à CPI que voltaria quando fosse necessário e estaria sempre à disposição? Porque o ex-diretor da PF, ex-chefe da Abin e atual adido policial na Embaixada do Brasil em Portugal mudou de ideia?

Na terça-feira passada mandou uma carta para a CPI dizendo que na condição de “agente diplomático” estaria impedido de comparecer, na próxima quarta-feira, pela Convenção de Viena. Baseada na Constituição brasileira, contudo, a CPI decidiu manter a convocação. Já esperando que Paulo Lacerda vá lançar mão de algum subterfúgio e, no limite, invocar primeira vez, como fez Protógenes, o direito ao silêncio.

Mas, como pedir o habeas corpus sem se pôr sob suspeita? Protógenes alegou receio de ser preso. Era um artifício para obter o habeas corpus com o intuito exclusivo de não falar. Paulo Lacerda, se também precisar calar, pode recorrer ao estratagema do colega e alegar constrangimento por parte da CPI.

MÍRIAM LEITÃO

Consumo de crise

O GLOBO - 11/04/09


O consumidor já mudou seus hábitos e está comprando menos produtos de maior valor agregado. As pessoas admitem cortar gastos, trocar marcas e estão mais pessimistas do que na crise de 2003. A queda dos perecíveis começou no ano passado, com a alta das commodities. Para se manter no gosto do consumidor – e no bolso – alguns setores vão precisar inovar.

Uma pesquisa da Nielsen mostra que o consumo no primeiro bimestre já desacelerou. Em algumas categorias, como perecíveis, já havia caído em 2008, para 2007, e neste início de ano caiu mais um pouco. A pesquisa mostra que os consumidores estão mais cautelosos e vão reduzir gastos. Pelos dados, 45% dos entrevistados vão cortar despesas com refeições fora de casa, 44% com telefonia celular – que está em desaceleração este ano –, 37% com produtos eletroeletrônicos, 30% com roupas e 17% vão cortar no abastecimento do lar.

“Para as empresas, não é bom parar de investir ou de inovar, porque depois é mais difícil recuperar a preferência do consumidor”, diz o analista de mercado da Nielsen, Ricardo Alvarenga.

De 1994 a 2007, dobrou o volume de vendas no país nas categorias auditadas pela Nielsen. Em 2008, o aumento foi só de 0,5%. Neste ano, a tendência é de queda e de mudança de hábito. As classes C, D e E, até o ano passado, dividiram suas despesas do dia a dia com prestações dos novos equipamentos das casas. Na classe C, foram mais 800 mil novos lares com máquinas de lavar e mais 1 milhão deles com micro-ondas. Nas classes D e E, foram mais 650 mil lares com tevê colorida. No setor de bebidas, uma novidade ganhou espaço: as feitas à base de soja entraram em mais 2,2 milhões de novos lares em 2008, e o maior crescimento deste setor foi nas classes D e E, que passaram a consumir 32% mais.

Com o pessimismo em alta, o primeiro item a ser cortado é alimentação fora de casa, e o segundo são os gastos com telefonia celular, que nos últimos anos ganharam espaço no orçamento doméstico. Alguns produtos têm marca consolidada, como creme dental, e não devem ter muita migração. Já refrigerantes, cervejas, margarinas e chocolates têm marcas conhecidas, mas há espaço para inovações em embalagens. Outros produtos da cesta de consumo, como papel higiênico, iogurtes, biscoito, amaciantes, shampoo, lâmina de barbear, café, as linhas de pós-shampoo e tinturas têm mais risco de mudança de marca, segundo avaliação dos especialistas.

O ano passado marcou a fronteira entre a abundância e a crise. Foi de crescimento acelerado nos três primeiros trimestres e despencou no último. E isso de certa forma se vê no consumo. Os números de 2008 ainda são de crescimento, mas foi no fim do ano que o consumidor começou a pisar no freio.

“A produção de laticínios teve uma queda de 7,5% no primeiro bimestre de 2009, mais ou menos a mesma queda do setor de bebidas. As bebidas light, segmento que vinha crescendo, estão em queda um pouco menor. Esses setores dependem de poder aquisitivo e o consumidor está mais seletivo”, diz o diretor de economia da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação, Dênis Ribeiro.

A crise afeta a economia de forma diversa. O varejo sente os efeitos da crise. As empresas de cosméticos dizem não sentir queda nas vendas. A Natura informou que está investindo em lançamentos de uma menor quantidade de produtos, mas com maior divulgação, e que acompanha o cenário com lupa.

“Estamos atentos ao que acontece na crise e flexíveis para reduzir ou ampliar o investimento. Até agora não fomos afetados, mas mês que vem podemos sentir os efeitos da crise. O nosso orçamento é quase mensal”, conta o vice-presidente de negócios para o Brasil da empresa, José Vicente Mariano.

Outra indústria do setor, a Unilever, que também atua em alimentos, investe em divulgação e na manutenção de suas marcas principais no mercado.

“O consumidor não leva em conta só o custo. Se deixar de investir, perde participação de mercado e vai custar mais para recuperar depois. Tem de ter um portfólio, com marcas mais baratas e outras de valor agregado. Até porque, se o consumidor já é fiel a uma marca, pode passar a ser fiel a outras marcas nossas”, diz o vice-presidente de assuntos corporativos da empresa, Luiz Carlos Dutra.

Outros setores só conseguem manter o nível de vendas com promoções. Na quinta-feira, uma leitora da coluna nos contou que comprou óculos escuros depois de obter 40% de desconto e com parcelamento em seis vezes, tudo oferecido pela ótica e desta maneira: 30% do desconto eram da loja e os outros 10% eram da comissão da vendedora.

O presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Calçados, Marconi Leonel dos Santos, disse que o mês de março deve ter uma queda de 2% no faturamento, depois de um primeiro bimestre em que o volume de vendas cresceu, mas, com as liquidações, os preços foram menores e o faturamento ficou estável. “Para o segundo trimestre estamos cautelosos, mas abril começou melhor.”

O consumo em época de crise varia mês a mês. O consumidor é mais arisco. Fica no mercado quem sabe usar as velhas armas da qualidade e do preço.

CLÓVIS ROSSI

Quebrar o espelho

FOLHA DE SÃO PAULO - 11/04/09

SÃO PAULO - O que faz quem anda com má imagem? Se é uma pessoa normal e entende que a má imagem é produto, de fato, de atitudes incorretas ou inconvenientes, trata de corrigi-las.
Se acha, ao contrário, que a imagem ruim é injusta, trata de divulgar o máximo possível de fatos que demonstrem a injustiça e, no limite, corrijam a imagem.
Mas, se é congressista, quebra o espelho que mostra a imagem. É o que acaba de fazer o Senado, ao decretar que todo pedido de informação deve vir na forma de ofício, com prazo de cinco dias para a resposta. Quer dizer na prática o seguinte: o parlamentar é, teoricamente, representante do tal de povo, mas não se sente como tal.
Sente-se como parte de um clube fechado que não tem a menor pressa em dar satisfação ao público. Nesse ambiente porco, sou obrigado a lembrar uma coisa elementar, mas que os nobres pais da pátria perderam de vista faz séculos: jornalista, salvo os venais que também existem, não busca informação para levar para casa e contar para a mulher, o pai, a mãe, os filhos ou os amigos.
O sentido da coisa toda é repassar as informações ao leitor/eleitor. Lembro também outra obviedade que a casta esqueceu completamente: todas as informações que os congressistas detêm não são propriedade pessoal. Ele não fica sabendo disso ou daquilo nem toma tal ou qual atitude como pessoa física, mas como pessoa jurídica, como representante do eleitor.
Por extensão, tem que dar satisfações imediatas a este, diretamente ou via mídia, como acontece em qualquer lugar do mundo civilizado. E quando não acontece, a imagem do político sofre tanto que ele acaba defenestrado.
Aqui, terra sem lei e sem respeito, não. O político quebra o espelho para evitar que o público veja a imagem patética que eles construíram e querem esconder.

ROLANDO


SÁBADO NOS JORNAIS

Globo: Brasil não controla 54% das suas instalações radioativas

 

Folha: Terceirizadas dão calote e deixam conta para o governo

 

Estadão: Governo pressiona e estatais gastam mais

 

JB: Rombo na economia americana é recorde

 

Correio: O estranho caso da reforma dos imóveis funcionais

 

Jornal do Commercio: Via Mangue- Obra não sai do papel