Show da língua portuguesa!!!Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel ecaneta.Escreveu assim:'Deixo meus bens a minha irmã não ameu sobrinho jamaisserá paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. Morreuantes de fazera pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatroconcorrentes.1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:Deixo meus bensà minha irmã?Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta dopadeiro. Nada dou aospobres.2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim oescrito:Deixo meus bens àminha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a contado padeiro.Nada dou aos pobres.3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa prasardinhadele:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meusobrinho? Jamais! Serápaga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles,sabido, fez estainterpretação:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meusobrinho?Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aospobres.Moral... tudo é uma questão de interpretação.Enviada por APOLO
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
PARA...
AUGUSTO NUNES
O Brasil tem cara de castelo na roça
Coisas da Política |
Jornal do Brasil - 11/02/2009 |
ENQUANTO MENTIU, O PECADOR Edmar Moreira desfrutou do sossego que contempla os predestinados à impunidade. Fora dois escorregões, esse mineiro de Juiz de Fora, filho de um carteiro e uma professora, saiu ganhando de todas as enrascadas que começou a colecionar em 1968. Despachado para a reserva da PM por "abuso de autoridade", o capitão com fama de truculento ganhou o direito ao ócio sem dignidade. Com tempo de sobra, aproveitou a experiência que ganhara no quartel para montar em São Paulo a primeira de muitas empresas especializadas em serviços de segurança, fraudes fiscais e fuzilamentos de leis trabalhistas. As empresas sempre tiveram má saúde financeira. Moreira já ficara rico quando o amigo e conterrâneo Itamar Franco o convidou, em 1989, a filiar-se ao Partido da Reconstrução Nacional (PRN), incorporar-se à seita liderada por Fernando Collor e candidatar-se a deputado federal por Minas Gerais. Além do mandato de quatro anos, ganhou privilégios especialmente bem-vindos tornou-se, por exemplo, réu exclusivo do misericordioso Supremo Tribunal Federal. O que ganhou em 40 anos de mentiras pode ir para o ralo por causa de quatro minutos de sinceridade. Grávido de orgulho pela conquista da 2ª vice-presidência da Câmara cargo que brinda o ocupante com as atribuições de corregedor derretido de gratidão aos colegas que trocaram o candidato oficial do DEM pelo amigo avulso, Moreira achou que aquilo merecia uma subida à tribuna que raramente frequenta. Desde o verão de 2007, escalou o púlpito quatro vezes, a última delas para queixar-se da qualidade do atendimento médico aos pais da pátria. Comovido, Moreira deixou o coração falar. Descobriu antes do ponto final que a ideia fora tão infeliz quanto a que resultou no plantio de um castelo medieval na roça de São João Nepomuceno. A ousadia lhe ocorrera ao ouvir do candidato à Presidência Fernando Collor que, tão logo se alojasse no Planalto, liberaria a jogatina no Brasil. Em vez da fortuna sonhada, ganhou um mico de R$ 25 milhões. A soma dos dois fiascos sugere que, quando assaltado por bons sentimentos, Moreira faz maus negócios. Se não tivesse sucumbido momentaneamente à boa-fé, teria ignorado o falatório de Collor e exorcizado o perigo de encarnar, no século seguinte, a versão mineira de conde francês arruinado. Se tivesse resistido à tentação da sinceridade, não teria perdido o cargo de corregedor e o sono, confiscado pelo risco de perder o mandato e, se houver juízes em Brasília, o direito de ir e vir. Enunciada por Lula, que parece ter sido enquadrado na categoria dos inimputáveis, a proposta de Moreira talvez fosse aprovada por aclamação. Já que a Câmara absolve todos os parlamentares, à exceção dos bois de piranha reivindicados episodicamente pela desfavorável conjunção dos astros, por que não encurtar o espetáculo da hipocrisia transferindo para o Judiciário a decisão sobre atentados ao decoro teoricamente punidos com a cassação? Mas um diácono do baixo clero não pode dizer em voz alta o que disse. E disse com o desembaraço de quem se considera liminarmente absolvido pelos pecadores companheiros. Foi um pronunciamento histórico, deixaram claro a reação da plateia e os desdobramentos do episódio. Daqui a muitos anos, colegiais em visita às ruínas do colosso erguido nos fundões de Minas serão informados pelo guia da excursão que, em fevereiro de 2009, o Brasil mostrou a sua cara. Lembrava um castelo no mato, habitado por um monarca de muita sabença e pouca visão, incapaz de enxergar a olho nu uma nobreza fora-da-lei. O caso de Moreira provou que os partidos abrigam qualquer meliante, com a cumplicidade passiva dos demais deputados e a cumplicidade ativa do Judiciário, que não condena ninguém. Que qualquer abjeção promovida a representante do povo por cretinos fundamentais com direito ao voto pode acabar na Mesa da Câmara. Que eleitores e eleitos não veem diferença entre currículo e prontuário. Que cabem numa van os que sabem o que é um corregedor (incluídos os jornalistas). Que a paisagem política do Brasil parece mais medieval e mais inverossímil que o castelo nascido na roça. . |
INFORME JB
Procuram-se dois notebooks
Jornal do Brasil - 11/02/2009 |
Em um megaevento em que tapinhas nas costas causam desconfiança, sorrisos entre adversários são forçados e a maioria dos convidados redobra a atenção com a carteira, não seria surpresa a notícia. Mas aconteceu. Furtaram ontem dois notebooks no encontrão dos prefeitos em Brasília. Um deles, um modelo Vaio, da Sony, avaliado em R$ 8 mil. Detalhe: dentro do salão Buriti, onde havia apenas prefeitos e secretários municipais, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O outro, segundo a segurança, perto do estande da Caixa. A vítima do notebook Vaio perdeu todas as informações de trabalho e vai dar queixa na delegacia. A segurança acionada ontem não obteve sucesso. Das duas, uma: ou evitou briga com os engravatados, ou achou que o camburão ficaria pequeno. La famigliaO encontro que se encerra hoje é de prefeitos, certo? Errado. Mulheres, filhos, secretários municipais e vereadores lotaram o auditório. Resultado: esperava-se 5 mil, e chegaram 15 mil pessoas. ConsultorMárcio Fortes instalou gabinete no centro de convenções para dar consultoria a prefeitos. A fila já estava grande, e cresceu quando ele mandou pintar um cartaz na entrada: "O ministro das Cidades está despachando na sala 6". Dona Edmea Quem está no encontro em Brasília, segundo a secretária, é a pediatra "dona Edmea Moreira". Irmã do deputado enrolado Edmar Moreira (DEM), prefeita de São João Nepomuceno (MG). Castelo... de areia Mas a cidade mineira, onde o castelo do deputado virou atração, não vê a prefeita há semanas. Ela estava de férias, na praia, e viajou direto para Brasília. Limpa O prefeito do Rio, Eduardo Paes, começa hoje reforma em todo o 13º andar da sede da prefeitura, na Cidade Nova, onde fica o gabinete. O novo layout vai dar espaço maior para a Casa Civil. Bênção Padre Jorjão deve ser chamado para benzer a sala de Paes. Amém Os dissidentes da bancada tucana que foram ontem chorar no colo de Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, saíram enquadrados da reunião. O papo foi duro, conta um deles, e a volta a Brasília arejou os ares da turma: "O inimigo comum é o PT". Procurador Registre-se a tempo. O PMDB bateu o martelo e o procurador da Câmara será o deputado Sérgio Barradas (PT-BA) e não mais Osmar Serraglio (PMDB-PR). Candidato Serraglio, que abriu mão da candidatura à presidência da Câmara em prol do partido, terá de se contentar em ser o indicado oficial do partido à vaga no TCU – o que não é pouca coisa. S.O.S Senado A direção do Senado espalhou pelos corredores – inclusive um deles no gabinete do presidente José Sarney (foto) – um kit desfibrilador fixo na parede para emergências. Uma boa iniciativa para uma Casa onde a faixa etária fica acima de 60 anos. Perdido Não se sabe onde anda a cabeça de Renan Calheiros. O carro oficial 18 do Senado parou na chapelaria ontem às 16h35, em frente à porta aberta do Congresso, e dele desceu sorridente o líder do PMDB. Mas sem rumo. Caminhou 10 metros, até se dar conta de que a porta ficara para trás. Bronca O senador José Neri (PSOL- PA) levou uma bronca da bancada – e bota bronca nisso – por ter pegado carona no jatinho de Simão Jatene, de Belém para Brasília. Mas chegou a tempo de votar em Tião Viana. Mensagem... O presidente do Senado, José Sarney, enviou carta à direção da revista The Economist, que semana passada publicou sobre seu retorno ao poder usando termos como "semifeudalismo" e "onde os dinossauros ainda andam". ... e troco Na carta, Sarney classificou a reportagem de "preconceituosa" e discorreu sobre política. Lembrou que como ele, um decano, a Grã-Bretanha está cheia de exemplos na sua História. E recordou Winston Churchill. É nossa O PSDB coloca na conta de FH, e não do PAC de Lula, as obras da Usina de São Salvador, inaugurada no Tocantins semana passada. |
CLÓVIS ROSSI
Homens-bomba de batina
Folha de S. Paulo - 11/02/2009 |
O pai de Eluana Englaro, a moça italiana que morreu anteontem, quando os médicos deixaram de alimentá-la após 17 anos de vida meramente vegetativa, deu uma esclarecedora entrevista ao jornal espanhol "El País", publicada no domingo passado. |
DORA KRAMER
Governantes em palanque
O Estado de S. Paulo - 11/02/2009 |
Os três principais pretendentes à sucessão do presidente Luiz Inácio da Silva são ocupantes de importantes cargos públicos e, nessa condição, a ministra da Casa Civil e os governadores de São Paulo e Minas Gerais dispõem de uma vantagem que em tese aniquilaria com as pretensões de quaisquer novos aspirantes a entrar na disputa de 2010: a máquina administrativa, seu uso, a visibilidade que proporciona e os apoios que atrai. |
ARI CUNHA
Esportes na caldeira
Correio Braziliense - 11/02/2009 | |||
Levantamento feito pela televisão dá bem a mostra do que acontece nos esportes brasileiros. Atletas e profissionais dissecaram o COB em todos os músculos e veias. Fatos criminosos foram mostrados pela TV na rasura da visão de quem entende.
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PARA....HIHIHIHI
Bush perguntou a Deus:
- O que será dos Estado Unidos daqui há cem anos?
E Deus respondeu:
- Os Estado Unidos serão o maior país Islâmico do mundo!
E Bush, chorou, chorou muito.
Bin Laden perguntou:
- E o Oriente Médio, Senhor, o que será dele daqui há cem anos?
E Deus respondeu:
- O Oriente Médio será o maior conglomerado mundial capitalista.
E Bin Laden chorou, chorou muito…
Então foi a vez de Lula perguntar:
- E o Brasil chefia, como será o Brasil, daqui há cem anos?
E Deus chorou, chorou muito…
PAINEL
Elenco de apoio
Folha de S. Paulo - 11/02/2009 |
Precedido pela estocada de Lula na taxa de analfabetismo do "Estado mais rico do Brasil", governado pelo adversário José Serra (PSDB), o discurso que a presidenciável Dilma Rousseff fará hoje no encontro de prefeitos em Brasília será embalado por depoimentos elogiosos ao PAC e à "mãe do PAC". Estão escalados para desempenhar esse papel no evento os aliados João Coser (PT), de Vitória (ES), e Sílvio Barros (PP), de Maringá (PR).
De RENILDO CALHEIROS (PC do B-PE), prefeito de Olinda, ao comentar a participação da ministra da Casa Civil no evento que reúne em Brasília administradores municipais eleitos em outubro passado. Severino Cabral, prefeito de Campina Grande nos anos 60, ganhou fama tanto pela argúcia política como pelo contorcionismo que praticava com o idioma. Tinha o hábito de redigir pessoalmente os decretos do município paraibano. Para não dar vexame, contratou um jovem universitário encarregado de revisar seus escritos. |
FERNANDO RODRIGUES
O desafio do corregedor
Folha de S. Paulo - 11/02/2009 |
Prevaleceu o cinismo ontem na reunião da cúpula da Câmara na qual foi selado o acordão para abafar o castelogate. O deputado Edmar Moreira (DEM-MG) continua sumido depois de ter renunciado ao cargo de corregedor. |
ANCELMO GOIS
É grave a crise
O Globo - 11/02/2009 |
Ontem à tarde, Guido Mantega e Celso Amorim foram vistos na clínica do acupunturista Gu Hanghu, o mesmo que tratou da bursite de Lula em 2004. Batalha das tarifas Desfecho próximo? Contagem regressiva Te cuida, Obama Caso encerrado |
ÉLIO GASPARI
O companheiro Obama fez a primeira cesta
O Globo - 11/02/2009 |
O companheiro Obama riscou uma linha na areia: cria milhões de empregos ou está frito. Sua promessa foi esperta. Ele falou em "criar ou preservar" quatro milhões de postos de trabalho. Como será impossível separar os empregos preservados pelo seu pacote ou pelo movimento de rotação da Terra, o sucesso de sua iniciativa dependerá de julgamentos subjetivos, quase todos ancorados na maneira como o povo americano perceberá a provação que atravessa. |
FERNANDA KRAKOVICS
Bandeira
Panorama Político - |
O Globo - 11/02/2009 |
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), foi eleito em setembro presidente do conselho fiscal da Associação dos Congressistas do Brasil. Sua principal bandeira é o pagamento de 13º salário para ex-congressistas e de proventos integrais para suas viúvas. Em 1999, quando Temer era presidente da Câmara, a Mesa Diretora apresentou projeto de resolução com essa proposta. Ficha suja |
OBRAHMA E COLLOR, TUDO IGUAL
MÍRIAM LEITÃO
Poderia ter sido um grande dia para Barack Obama. Não foi. O projeto de estímulo foi aprovado no Senado. Ponto para ele, mas o pacote gigante de resgate dos bancos para recuperar a confiança no sistema bancário só produziu confusão. O que faltou foi exatamente aquilo que Obama tanto prometeu: transparência. O governo anunciou um pacote de US$2 trilhões e o mercado caiu.
Detalhes reveladores. O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, leu no teleprompter o pronunciamento sobre o plano e não respondeu a perguntas. Anunciou que para entrar na nova era de "transparência" tudo poderia ser acompanhado por um site (www.financialstability.gov). Quem entrasse ontem para entender melhor ficaria sabendo que ele estava ainda em formação. No texto do seu pronunciamento estava escrito que os bancos, para participar do programa, passariam por um "compreensivo teste de estresse financeiro". Especialistas se recusavam a tentar explicar ontem o que seria esse teste de estresse.
O pacote de resgate pode ser dividido entre os mecanismos que têm chances de funcionar, os que têm menos chance e outros que estão lá para dar uma cara nova a velhas ideias. O economista internacional do Banco Itaú, John Welch, acredita que a entidade que saneará os bancos, o Financial Stability Trust, é a ferramenta mais viável se funcionar nos moldes do imaginado bad bank, ou seja, uma instituição que compraria ativos de baixa qualidade. Mas sempre haverá a dúvida: se os papéis forem avaliados por valor de mercado, os bancos teriam que pôr um enorme prejuízo em balanço.
Outro mecanismo é o fundo a ser formado por capital público e privado de US$500 bilhões - que pode chegar a US$1 trilhão - e que será também para sanear os ativos podres dos bancos.
- Desde a quebra do Lehman Brothers não há capital privado voluntário comprando ações de instituições financeiras. Portanto, é difícil saber se essa PPP vai funcionar - diz John Welch.
O financiamento de expansão de consumo e de investimento de US$1 trilhão será feito na forma do programa já existente, que compra ativos como cartão de crédito, recebíveis de educação, ativos imobiliários.
Mas, na verdade, o fato mais importante sobre o pacote de ontem foi sua total falta de transparência e clareza, que deixou confusos até economistas experientes em sofisticados mecanismos de saneamento financeiro. Nada poderia ser simples numa crise tão complexa, mas, como o Brasil sabe, de viver e sofrer, o primeiro passo para o sucesso de qualquer plano é a comunicação. E a do Tesouro americano foi uma comunicação de amador.
Já se sabe que o governo dos Estados Unidos gastará uma montanha interminável de dólares. Nem tudo é gasto, alguns são troca de ativos que podem ter uma contabilidade diferente no futuro, mas Welch calcula que é um pacote de US$2,5 trilhões que não conta o pacote de estímulo econômico de US$838 bilhões, aprovado ontem, nem os bilhões já gastos em tentativas inúteis de capitalizar os bancos americanos.
Já o plano de estímulo aprovado pelo Senado ainda terá que ser negociado com a Câmara porque tem inúmeras diferenças. Entre elas: os estados deixam de receber US$40 bilhões se a versão que prevalecer for a do Senado. Os compradores de imóveis que estão comprando pela primeira vez ganhariam US$2,6 bi de estímulo se a versão da Câmara valer, mas no Senado isso vira uma ajuda para qualquer comprador, independentemente do nível de renda, e o valor aumenta para US$18 bilhões.
O plano dá uma arma na mão de Obama que ele queria para começar a gastar, mas tem recebido várias críticas de economistas que dizem que ele faz a mais elementar das confusões entre gastos de custeio e de investimento. Ele vai gastar US$90 bilhões com o sistema de saúde, e Obama diz que é investimento. E explicou na sua primeira coletiva que se as anotações nos prontuários médicos deixarem de ser anotadas à mão, confundindo enfermeiras, para ter tudo computadorizado, isso não é gasto, é investimento. O presidente americano também deu outros exemplos na entrevista: se o governo investir no aumento da eficiência energética dos prédios públicos, vai reduzir o custeio e ainda criar emprego.
Barack Obama decidiu usar seu capital político para tentar virar o jogo paralisado dos últimos dias. E se saiu com algumas boas vitórias. Nos últimos dias, ele vestiu de novo a roupa de candidato e fez calorosos discursos em palanque no estado de Indiana e na Flórida, para pressionar o Senado. Tem 75% de aprovação, mas o plano tinha apenas 54%. Obama conseguiu a aprovação do plano. Mas, ao mesmo tempo, sua equipe fez gol contra ao anunciar de forma atabalhoada aquilo que será a pedra principal de qualquer plano econômico para resgatar a economia americana do buraco financeiro.
- Enquanto não ficar explícito que instituições têm ativos podres, o dinheiro não vai circular. É uma das leis do mercado financeiro - diz John Welch.
O anúncio feito por Timothy Geithner teve alguns pontos favoráveis. Um deles foi garantir que todas as agências do governo - Tesouro, Fed, Fundo Garantidor, SEC, Agências de controle e fiscalização bancárias, entre outras - estarão juntas. "São várias agências, mas um só governo", disse Geithner. Nos próximos dias, na divulgação dos detalhes do arsenal que pretende usar, o jovem secretário do Tesouro tem uma chance de reverter o estrago de ontem.
MARIÂNGELA GALLUCCI
STF cobra R$ 19 milhões de réus do mensalão
O Estado de S. Paulo - 11/02/2009 |
Para anular os efeitos protelatórios de uma manobra jurídica adotada por réus do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou ontem uma fatura de R$ 19,1 milhões a ser paga pelos envolvidos no esquema. Segundo o ministro, esse valor "astronômico" será gasto com a tradução de três cartas rogatórias para que sejam ouvidas no exterior testemunhas que vivem nos Estados Unidos, nas Bahamas e na Argentina - todas indicadas pelos réus. As cartas rogatórias têm de incluir a tradução juramentada de toda a ação do mensalão - que consiste de 91 volumes, cada um com 200 páginas, além de 171 apensos (que são outros materiais, como CDs). O processo para ouvir as testemunhas no exterior é bastante burocrático, o que pode contribuir para que a ação, que tem 39 réus, demore ainda mais para ser julgada pelo STF. O esquema do mensalão foi denunciado pelo Ministério Público Federal em abril de 2006 - em ritmo normal, sem a oitiva de testemunhas no estrangeiro, segundo avaliação do próprio ministro, o processo seria concluído em cinco anos (2011). A cobrança dos valores gastos com as cartas rogatórias para que juízes estrangeiros colham o depoimento das testemunhas pode inibir a intenção dos réus para que essas pessoas sejam ouvidas. Essa cobrança está prevista em uma lei recente, de janeiro passado, que alterou o Código de Processo Penal - é a Lei da Videoconferência (11.900), que entrou em vigor no dia 9. Um dos artigos dessa lei (222-A) estabelece que "as cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada previamente a imprescindibilidade, arcando a parte requerente com os custos de envio". Além das testemunhas que residem nos Estados Unidos, nas Bahamas e na Argentina, o que implica tradução dos textos, há pessoas indicadas para serem ouvidas em Portugal. PRAZO Barbosa deu prazo de cinco dias para que os réus informem se insistem ou não na necessidade de serem ouvidas testemunhas no exterior. Os réus que fizeram esse pedido são os ex-deputados José Janene (PP), Roberto Jefferson (PTB) e José Dirceu (PT); o empresário e publicitário de Minas Marcos Valério e seu Cristiano de Melo Paz, das agências SMPB e DNA Propaganda; Zilmar Fernandes, empresária e sócia do publicitário Duda Mendonça; Kátia Rabello e José Roberto Salgado, dirigentes do Banco Rural; o assessor parlamentar Emerson Palmieri, e o empresário Carlos Alberto Quaglia, da corretora Natimar. Se os réus insistirem, terão de demonstrar a imprescindibilidade dos depoimentos dessas testemunhas, "devendo esclarecer qual o conhecimento que elas têm dos fatos e a colaboração que poderão prestar para a instrução da presente ação penal". O ministro afirmou que se os depoimentos forem realmente imprescindíveis, os réus deverão se manifestar ainda sobre a possibilidade de as testemunhas serem ouvidas "por via menos dispendiosa do que a carta rogatória, como, por exemplo, optando por sua oitiva no Brasil, através do pagamento de passagens de ida e volta para as mesmas". |
QUARTA NOS JORNAIS
- Globo: Vitorioso no Senado, Obama dá mais US$ 2 tri a bancos
- Folha: Bolsa reage mal a plano de Obama para bancos
- Estadão: Plano de Obama para resgate de bancos desanima mercados
- JB: Barack Obama vence mas não convence
- Correio: Escola cara
- Valor: Mercados reprovam plano de Obama
- Gazeta Mercantil: Pacote bancário dos EUA de US$ 1,5 tri derruba bolsas
- Estado de Minas: O cheque de Obama em xeque
- Jornal do Commercio: EUA aprovam pacote de US$ 838 bilhões