domingo, outubro 05, 2014

A força do voto aloprado - GUILHERME FIUZA

VOTO AÉCIO 45!


REVISTA ÉPOCA 
Tem gente indignada com a denúncia de espionagem do Ministério da Justiça na Polícia Federal para prejudicar Marina Silva. Essa gente não aprende que esse tipo de coisa é normal. Talvez seja preciso o MEC patrocinar uma megaedição da biografia de Hugo Chávez e distribuí-la gratuitamente em todo o território nacional, para os brasileiros finalmente entenderem que o Estado existe para servir aos companheiros. Se bem que, pela performance da companheira Dilma no primeiro turno, pode-se concluir que boa parte do eleitorado já aceitou que não há separação de bens entre o PT e a máquina pública brasileira.

Segundo a denúncia, o secretário nacional de Justiça visitou na calada da noite, extraoficialmente, em plena campanha eleitoral, o diretor da Polícia Federal. Queria saber sobre um inquérito contra a gestão de Marina no Ministério do Meio Ambiente, que corre em segredo de Justiça. Foi uma missão, segundo a acusação, encomendada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Como se sabe, o ministro Cardozo é um funcionário criterioso. Só aparece para ações cruciais, como criticar publicamente as penas dadas aos mensaleiros. É isso que o país espera de um ministro da Justiça.

Também foi Cardozo o pombo-correio de uma denúncia truncada e adulterada contra os adversários do PT em São Paulo -que o ministro fez pousar sutilmente na mesa do Ministério Público. Nada mais natural, portanto, que ele use seu cargo para prospectar armas eleitorais contra Marina Silva. Se o PT traficou o sigilo fiscal de uma filha do adversário de Dilma na campanha de 2010 e ficou tudo bem, não haveria por que abandonar a tática agora. Dizem que o ministro Cardozo é candidato a uma vaga no supremo tribunal Federal. Considerando o perfil dos despachantes que o PT tem inoculado no STF, Cardozo faz absolutamente tudo certo para chegar lá.

Nas urnas, o Brasil vem dizer novamente ao bando: vão fundo! Ninguém terá esquecido a ação de Dilma Rousseff como ministra-chefe da Casa Civil, denunciada pela então secretária da Receita Federal, por tentar aliviar na marra o companheiro Sarney. Também é inesquecível a ação de Erenice Guerra, então braço direito de Dilma na Casa Civil, fuçando os arquivos governamentais para tentar montar um dossiê contra a ex-primeira-dama Ruth Cardoso. São incontáveis as ações da "inteligência" do PT, do famoso dossiê falso dos aloprados na eleição de 2006 à combinação de perguntas e respostas na CPI da Petrobras, passando pela adulteração de perfis de jornalistas na Wikipédia, de dentro do Palácio do Planalto. Tudo testado e aprovado pelo eleitor: vão fundo!

O primeiro turno da eleição presidencial foi basicamente uma disputa entre os concorrentes para provar quem é mais gay, quem é mais coitado e quem é mais alérgico aos bancos. Nesse imenso jardim de infância, a putrefação ao vivo da Petrobras, sob as rédeas de aloprados companheiros, não fez nem cócegas nas pesquisas eleitorais. O eleitor aprova, portanto, além da espionagem, a pilhagem.

A menos de uma semana da eleição, a bomba: o governo registrou, em agosto, o maior déficit nas contas públicas em 14 anos. Finalmente jogou às favas o compromisso com o superávit primário - um dos pilares da estabilidade econômica. Um rombo assumido e escancarado, que nem a contabilidade criativa e maquiagens associadas poderão esconder. Chegou, enfim, a conta da DisneyLula - essa indústria de favores, boquinhas e bocarras, que transformou o orçamento público numa megassena partidária.

A inflação rompeu o teto, a recessão chegou, e o valoroso povo brasileiro, que disse basta e anunciou que quer mudanças, vota majoritariamente no... PT.

Fora as hipóteses de sadomasoquismo e imersões satânicas, restam três explicações possíveis para tão impressionante fenômeno: 1) o povo quer que a capital do Brasil passe a ser Buenos Aires; 2) o eleitorado teme que Dilma saia da Presidência e nunca mais arranje um emprego; 3) notando o gigantesco esquema do "petrolão", montado nos 12 anos do governo petista, o eleitor concluiu que a rede de propinas é a melhor forma de distribuição das riquezas.

Façam suas apostas, depois cobrem da elite vermelha (esperem sentados). 

Atropelada na reta final - MERVAL PEREIRA

VOTO AÉCIO 45!



O GLOBO - 05/10



O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, chega no dia da eleição em crescimento não apenas no primeiro turno, quando supera a adversária Marina Silva do PSB de acordo com as últimas pesquisas, mas principalmente na simulação do segundo turno, o que faz com que o voto útil oposicionista passe a ser para ele, e não para Marina.
Com isso, é provável que aumente a diferença a seu favor na última hora, sem haver o perigo de que votos de Marina migrem para a presidente Dilma, fazendo-a vencer no primeiro turno. Essa hipótese é afastada pelos dois institutos de pesquisas, que registraram sua estagnação nas últimas rodadas entre 44% e 46% dos votos válidos, votação que, se confirmada pelas urnas, é menor do que a registrada na eleição de 2010.
As pesquisas indicam que o receio de que eleitores de Marina poderiam ir para Dilma é infundado, o que também retira de Marina o poder de influenciar diretamente na eleição. Os eleitores que saíram do voto nulo e em branco para apoiá-la parecem definitivamente participantes do jogo eleitoral. E do lado da oposição.
Ela teria, no entanto, obrigatoriamente que fazer um gesto político em direção ao companheiro de oposição que estará no segundo turno, e se mais uma vez decidir ficar em cima do muro estará confirmando que é uma liderança política não gregária, que se recusa ao jogo democrático.
Em 2010, ela ainda tinha a expectativa de, distanciando-se dos partidos que polarizam a cena política, ficar marcada como a terceira via democrática para uma próxima eleição. Só que essa eleição chegou e ela será derrotada, se as pesquisas estiverem corretas.
Nesse caso, sair da disputa sem apoiar o projeto oposicionista que a superou nas urnas, numa eleição tão apertada quanto essa, é ajudar que o grupo político que está no poder continue predominando. Da mesma forma, o candidato tucano terá a obrigação de apoiá-la caso as pesquisas estejam erradas e Marina chegue ao segundo turno.
A tendência de crescimento de Aécio e declínio de Marina é registrada na simulação do segundo turno: no Datafolha, a diferença de Dilma para Marina era de sete pontos entre os dias 1 e 2, e passou para 10 pontos nessa última pesquisa. Quando a presidente enfrenta Aécio Neves, a distância vai se estreitando: caiu de 11 pontos para 6 pontos em uma semana.
No Ibope, a diferença está em oito pontos a favor de Dilma contra os dois adversários, mas também nesse caso vai aumentando em relação a Marina – que já esteve até mesmo à frente da presidente Dilma, como a única que poderia derrotá-la – e sendo reduzida em relação ao tucano.
Uma simulação do que seria uma disputa entre Marina e Aécio num segundo turno, impossível de acontecer, mostra, no entanto, como o eleitorado de oposição está se passando para o lado do tucano: Aécio, que já perdera para Marina por 24 pontos, agora sairia vencedor dentro da margem de erro, por 39% a 36%.
A subida de Aécio Neves está sendo impulsionada pela tentativa de reverter a eleição em Minas Gerais, tarefa praticamente impossível. Mas a redução da diferença entre Fernando Pimentel do PT para Pimenta da Veiga do PSDB se deve à intensificação da campanha mineira. Perdendo em Minas, Aécio perde também uma boa arma eleitoral para o segundo turno, pois terá que se referir à sua experiência administrativa exitosa com a retaguarda aberta pela derrota em seu território.
Em contraposição, a campanha da presidente Dilma ganhará um bom mote eleitoral com a vitória de um petista em Minas Gerais, terra onde nasceu. Poderá reforçar esses laços com o eleitor minero num segundo turno, dificultando a caminhada de Aécio Neves, que terá que obter uma boa votação no sudeste para superar a defasagem de votos no nordeste.

O diabo e os espantalhos - EDITORIAL GAZETA DO POVO - PR

VOTO AÉCIO 45!


GAZETA DO POVO - PR - 05/10


Com tantas questões urgentes merecendo análise sensata e serena nesta campanha, preferiu-se construir problemas imaginários e recorrer à mentira pura e simples na tentativa de amedrontar os eleitores

Em março do ano passado, a presidente Dilma Rousseff deixou a pista definitiva sobre como seria a campanha eleitoral deste ano: “Podemos fazer o diabo quando é hora de eleição”, disse em João Pessoa (PB). Hoje, quando se realiza o primeiro turno do pleito, podemos dizer que pelo menos essa promessa foi cumprida, em maior ou menor nível, não só por Dilma, mas também por Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB). Com tantas questões urgentes merecendo análise sensata e serena, preferiu-se construir problemas imaginários e recorrer à mentira pura e simples na tentativa de amedrontar os eleitores.

O terrorismo eleitoral, infelizmente, foi a tônica da campanha. Na economia, enquanto os problemas reais, como a inflação em alta, a produção industrial cambaleante e o rombo nas contas públicas (só para ficar em alguns poucos itens) não ganharam a discussão séria que mereciam, anúncios de propaganda política petista satanizavam a defesa da independência do Banco Central feita por Marina Silva, afirmando que tal medida causaria falta de comida na mesa do brasileiro, em uma improvável relação de causa e efeito. A campanha de Dilma também passou a insinuar que a candidata do PSB mexeria em itens como 13.º salário e Fundo de Garantia caso eleita, tudo porque Marina havia defendido a necessidade de atualizar a engessada legislação trabalhista brasileira, ressaltando que nenhum direito do trabalhador seria afetado. E a própria Dilma afirmou claramente, em 20 de setembro, que o Bolsa Família “vai acabar se eles [Aécio ou Marina] forem eleitos” – isso apesar de os dois principais adversários da presidente já terem deixado clara a manutenção do programa de transferência de renda caso vençam a eleição.

Já Marina batalhou para colar em seus adversários a pecha de representantes da “velha política”, apresentando-se messianicamente como a “nova política” (aparentemente não muito diferente do que os outros fazem) e, diante dos ataques sofridos, apelando ao vitimismo, como se isso, e não suas propostas, bastasse para conquistar o apoio dos brasileiros. E Aécio, que só terminou de divulgar seu plano de governo na sexta-feira passada, preferiu, ao longo da campanha, desconstruir não as propostas, mas a pessoa de Marina, batendo forte na tecla do “despreparo” da ex-senadora e ex-ministra, com quem disputa votos mais diretamente.

Boa parte dessas práticas recebe o apelido de “espantalho”. É a construção de uma caricatura simplista (ou puramente mentirosa) da posição adversária, caricatura essa que é muito mais fácil de atacar que o adversário real. Se dá trabalho discutir sobre o que poderia ser melhorado na CLT, ou no Bolsa Família, é muito mais fácil acusar o oponente de querer acabar com o 13.º salário ou a transferência de renda, e bater nele pelo que ele nunca disse ou propôs. É uma estratégia mentirosa que, infelizmente, se mostra eficaz, baseada no medo da população – basta recordar o episódio da corrida em massa a lotéricas e agências da Caixa em maio do ano passado, por supostos boatos de que o Bolsa Família acabaria (na época, a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, culpou a oposição, mas a Polícia Federal não encontrou nenhum indício de ação orquestrada).

Tudo indica que, na eleição presidencial, caminharemos para um segundo turno, embora ainda haja indefinição sobre quem seguirá na disputa pela faixa. Nossa esperança é a de que, caso se confirme a sequência da disputa, os candidatos se pautem pelo debate honesto e de alto nível, abandonando o terrorismo eleitoral que caracterizou este primeiro turno. O diabo já plantou espantalhos suficientes pelo Brasil; é hora de começar a derrubá-los.

Em quem voto e por quê - FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

VOTO AÉCIO 45!



O ESTADO DE S.PAULO - 05/10


Poucas vezes o refrão de estarmos numa encruzilhada terá sido tão verdadeiro. Neste domingo os eleitores carregam para a votação o peso de uma responsabilidade histórica. E o mais grave é que, dadas as condições do debate eleitoral e as formas prevalecentes de manipulação da opinião pública, boa parte do eleitorado nem atina qual seja a bifurcação diante da qual o País está.

Numa das mais mistificadoras campanhas dos últimos tempos, a máquina publicitária e corruptora do PT e aliados espalhou boatos de que Aécio Neves acabaria com os programas sociais (em grande parte criados pelo próprio PSDB!) e Marina Silva seria a expressão dos interesses dos banqueiros, tendo nas mãos, com a independência do Banco Central, a bomba atômica para devastar os interesses populares. Por mais ridículas, falsas e primárias que sejam as imagens criadas (também eram simplificadoras as imagens do regime nazista ou do stalinista para definir os "inimigos"), elas fizeram estragos no campo opositor.

A guerra de acusações descabidas escondeu o tempo todo o que a candidata à reeleição deixou claro nos últimos dias: suas distorções ideológicas. Fugindo aos scripts dos marqueteiros, que a pintam como uma risonha e bonachona mãe de família, e do PAC, a presidenta vem reafirmando arrogantemente que tudo o que fez foi certo; se algo deu errado, foi, como diria Leonel Brizola, por conta das "perdas internacionais". Mais ainda, disse com convicção espantosa ser melhor dialogar com os degoladores de cabeças inocentes do que fazer-lhes a guerra, coisa que só os "bárbaros" ocidentais pensam ser necessária.

E o que é isso: socialismo? Populismo? Não, capitalismo de Estado, sob controle de um partido (ou do chefe do Estado). Um governo regulamentador, soberbo diante da sociedade, descrente do papel da opinião pública ("não é função da imprensa investigar", outra pérola dita recentemente por Dilma), com apetite para cooptar o que seja necessário, desde empresários "campeões nacionais" até partidos sedentos de um lugar no coração do governo. Algo parecido com o que o lema do velho PRI mexicano expressava: fora do orçamento, não há salvação; nem para as empresas, nem para os partidos, nem para os sindicatos, para ninguém. Crony capitalism, dizem os americanos. Capitalismo para a companheirada, diríamos nós.

E sempre com certo ar de grandeza, herdado do antecessor: nunca antes como agora. Para provar os acertos, vale tudo: fazer citações sem respeito ao contexto, escamotear as contas públicas ou até mesmo, para se justificar, dizer: "Nunca ninguém puniu tanto os corruptos como este governo!". Como se as instituições de Estado (Polícia Federal, Ministério Público, tribunais, etc.) fossem mera extensão dos governantes.

Criou-se um clima de ilusão e embuste usando uma retórica baseada no exagero e na propaganda. Será isso democracia? Estamos, pouco a pouco, apesar de mantidas as formas democráticas, afastando-nos de seu real significado. Como em alguns outros países da América Latina. Com jeitinho brasileiro, mas com iguais consequências perversas. O modo de governar (democraticamente ou não) é tão importante para mostrar as diferenças entre os partidos quanto as divergências de orientação nas políticas econômicas ou sociais.

Por mais que a propaganda petista mistifique, as políticas sociais têm o rumo definido desde a Constituição de 1988. Executadas com maior ou menor perícia por parte de quem governa, com maior ou menor disponibilidade de recursos, o caminho dessas políticas está traçado: mais e melhor educação, mais e melhor saúde, mais e melhor amparo a quem necessita (bolsas, aposentadorias, etc.). Já a política econômica perdeu o rumo e destrói pouco a pouco as bases institucionais que permitiram consolidar a estabilidade e favorecer o crescimento da economia.

No conjunto de sua obra, o governo atual rompeu o equilíbrio alcançado entre Estado, mercado e sociedade e dá passos na direção de um modelo à Ernesto Geisel. Tal modelo é incompatível com a democracia e com a economia moderna. Não poderão sobreviver os três ao mesmo tempo.

É esse o fantasma que nos ronda. Reeleita a candidata, a assombração vira ameaça real. Ameaça à economia e ao regime político, pelo menos quanto ao modo de entender o que seja democracia. Não é preciso que nos ensinem que democracia requer inclusão social e alargamento da participação política. Essa foi a luta do meu governo, desde o primeiro dia, em condições muito mais adversas. É este governo que necessita aprender que a inclusão e a participação verdadeiramente democráticas requerem defesa vigilante das liberdades fundamentais (especialmente de imprensa), autonomia da sociedade civil, separação entre partido, governo e Estado. Como o governo mostra dificuldade em aprender, só há um caminho: votar na oposição.

Mas em qual oposição? Com o devido respeito às demais forças oposicionistas, que deverão estar juntas conosco no segundo turno, há um candidato e um partido que já demonstraram na prática que obedecem aos valores da democracia, da inclusão social e da modernização do País. Já mostraram também que sabem governar. O PSDB e seus aliados lançaram as bases sociais e econômicas do Brasil contemporâneo. Aécio é a expressão deste Brasil. Governando Minas Gerais, fez seu Estado avançar (o Estado tem hoje o melhor Ideb do País no ensino fundamental) e marcou a sua administração por inovações na forma de estabelecer e cobrar resultados. Não foi o único governador a se destacar no período recente, mas esteve sempre entre os melhores.

Meu voto, portanto, será dado a Aécio. Não só por ele, mas pelo que ele representa, como uma saída para a encruzilhada em que nos encontramos.

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

VOTO AÉCIO 45!


“Não troque o voto por favores. Não venda seu voto. Isto é crime”

Ministro Antônio Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)



DELATOR SERÁ PRESO SE MENTIR AO MINISTÉRIO PÚBLICO

Todas as ações suspensas na Justiça contra Paulo Roberto Costa, sua mulher, duas filhas e genros podem ser retomadas caso o ex-diretor da Petrobras quebre de alguma forma o acordo ou minta em qualquer um de seus depoimentos na “delação premiada”. Ele e sua família também estarão sujeitos a penas de um a quatro anos por mentir sobre detalhes da organização criminosa investigada na Operação Lava Jato.

GRANDES ENROLADOS

A cláusula 20 do acordo de delação do ex-diretor prevê “alterações” ao texto para denúncias que envolvem autoridades com foro privilegiado.

AUTORIDADES GRAÚDAS

Têm foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal deputados federais, senadores, ministros e o presidente da República.

FALOU, RODOU

Caso seja procurado por algum investigado na Operação Lava Jato, Costa é obrigado, segundo o acordo, a acionar a PF ou procuradores.

VAZOU, DANÇOU

O item “i” da Cláusula 23 do acordo de delação premiada prevê sua anulação caso seu sigilo seja quebrado pelo delator, advogado ou MP.

GOVERNO ESTUDA COMO ‘APARELHAR’ O ITAMARATY

Medida cogitada na Casa Civil da Presidência causa grande comoção entre diplomatas: autoriza a nomeação de pessoas de fora da carreira, sem qualificação, para cargos em comissão do Ministério das Relações Exteriores. Argentina e Venezuela fizeram isso, e hoje esses países não têm mais serviço exterior levado a sério mundo afora. O Itamaraty é um dos raros órgãos ainda não inteiramente aparelhados pelo PT.

LULA, 69

Lula completa 69 anos no dia 27, um dia depois o segundo turno, já sabendo se sua candidata Dilma foi reeleita ou não.

FATOR DECISIVO

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) admite que o tempo de TV favoreceu Dilma: “Marina mal teve tempo para se defender...”.

SONHO

O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RR), espera que seu partido eleja neste domingo 22 governadores, repetindo a proeza de 1986.

VOTO CONSERVADOR

Neste domingo, dirigentes do PSDB apostam em maior crescimento de Aécio Neves no Sudeste, onde tradicionalmente o tucanato só deslancha na hora agá, fenômeno atribuído ao voto conservador.

PARA O PPS, TANTO FAZ

O PPS apoiará o opositor que disputar o 2º turno contra Dilma. Roberto Freire, presidente do PPS, releva as críticas de Aécio à sua candidata: “não se comparam à sujeira e à desonestidade de Dilma com Marina”.

VENCE E NÃO LEVA

Candidato ao Senado no Maranhão, Gastão Vieira (PMDB) pode ter sua candidatura impugnada: o suplente, Remi Ribeiro, não se desincompatibilizou de cargo na Casa Civil estadual, segundo o blog Atual7, o que o deixa sujeito a anulação do registro da candidatura.

DEIXA VER

O presidente do PTB, Benito Gama (BA), garante que até agora não entrou na pauta do partido qualquer discussão sobre apoiar Marina Silva, caso ela vá para disputa contra a presidente Dilma no 2º turno.

BATE E VOLTA

Dilma viaja cedo neste domingo à Porto Alegre (RS) onde vai votar, mas retorna a Brasília às 9h30, onde aguardará os resultados das eleições às 17h.

MAIS ACEITAÇÃO

Líder do PPS, Rubens Bueno (PR) acredita que é mais fácil reunir aliados pró-Aécio do que aliados pró-Marina no segundo turno, incluindo os rebeldes do PMDB e PP.

BAIXA INSISTENTE

Mapeamento do PDT às vésperas da eleição indica que terá bancada de duas dezenas de deputados federais, inferior ao que o partido já teve na Câmara antes da criação do PSD, de Gilberto Kassab (SP).

COMO VOTA BOLSONARO

Conhecido por declarações homofóbicas e pró-ditadura, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) considera votar em Levy Fidelix (PRTB) após a “brilhante exposição que tirou Luciana Genro do sério”.

SEGREDO NECESSÁRIO

O voto deve ser mesmo secreto porque, segundo Aparício Torelli, o Barão de Itararé, “só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato”.


PODER SEM PUDOR

O ROSTO DO FUTURO

José Sarney foi a sua cidade natal, Pinheiro (MA), para comemorar o seu 50º aniversário. Na praça principal, uma bandeira cobria a obra de arte que o homenagearia. Rufaram os tambores, o locutor anunciou e finalmente a bandeira foi retirada, descobrindo o busto do senador-poeta. O aniversariante ficou desapontado: os olhos arregalados denunciavam o susto diante da expressão envelhecida que o artista atribuiu ao seu rosto de bronze. Refeito, ele sorriu e brincou, vingando-se do escultor:

- Não tem problema. O busto já está pronto para a comemoração do meu centenário...