segunda-feira, março 29, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Banco menor quer carteira de crédito maior

 
FOLHA DE SÃO PAULO - 29/03/10


Bancos pequenos e médios, depois da secura de crédito do final de 2008 e começo de 2009, em decorrência da crise financeira, estão bem agora, com expectativa de crescer a carteira de crédito mais que os bancões, segundo analistas.
O segmento de pessoas jurídicas será o destaque do ano. "Vamos aguardar para ver se o aumento do compulsório irá pressionar o custo de captação do sistema e se os bancos médios serão obrigados a subir a taxa de remuneração do CDB", afirma Luís Miguel Santacreu, consultor da Austin Rating.
Por enquanto, não há expectativa de faltar dinheiro na praça, o que levou o Banco Central a enxugar a liquidez que já se mostrava alta.
O mercado externo de captação para os bancos médios tem sido uma alternativa para levantar recursos, mas está seletivo. O BC manteve a possibilidade de emitir CDBs com a garantia do FGC, o que dá tranquilidade às instituições médias de captar junto a investidores mais exigentes.
No lado do crédito, a concorrência pode encadear uma redução dos "spreads".
As empresas têm buscado mais crédito de curto prazo e para investimento. "Talvez o aumento da taxa Selic esperado não seja plenamente repassado às taxas de juros na ponta", diz.
A expectativa é que a inadimplência recue. As provisões para créditos em atraso seriam menos acentuadas. Analistas projetam lucro mais expressivo para os médios que em 2009.

China concentra características para bolha 

A expectativa de uma possível bolha na China tem contribuído para aumentar um sentimento de alerta no mercado, cuja aversão ao risco tem sido crescente devido à tensa situação da Grécia.
O gigante asiático apresenta hoje algumas das características essenciais para a formação de uma bolha, de acordo com Edward Chancellor, membro do comitê do fundo GMO, considerado um especialista em bolhas.
Crescimento exagerado, crença na ação das autoridades, aumento geral do investimento, da corrupção e da especulação, crescimento desenfreado do crédito, risco moral, entre outros fatos já conhecidos de crises históricas estão hoje na China.
Medidas como a apreciação da moeda chinesa e o aumento da taxa de juros são necessárias para administrar a inflação e conter o risco de bolha no setor imobiliário, segundo o Banco Mundial.
Apesar das recentes afirmações do presidente do BC, Henrique Meirelles, de que o câmbio chinês não afeta muito as operações comerciais brasileiras, e que esta não deve ser a maior preocupação para o Brasil no curto prazo, há quem diga que, assim como a China, o Brasil também pode ser uma bolha, como outra qualquer e, como toda bolha, deve explodir.

DEPOIS DA CRISE

"Começamos o ano prevendo um crescimento de 35% a 40% para este ano. Encerramos o primeiro trimestre com alta de 14%, o que representa um crescimento anualizado de 50%", diz José Bezerra de Menezes, presidente do Bic Banco.
Sétimo maior banco privado nacional por patrimônio líquido, o banco é focado em crédito para empresas de médio e grande porte.
Assim como outros bancos, o Bic teve os resultados afetados pelo aumento da inadimplência no começo do ano passado, que exigiu reforço de provisões e causou a desaceleração do crédito. Mesmo assim, saiu-se na crise melhor do que outros bancos do segmento.
O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio ficou em 19% no primeiro trimestre do ano passado.

SOLADO 1 

As marcas esportivas da Vulcabras/azaleia registram crescimento. Do faturamento total de R$ 1,9 bilhão do grupo calçadista em 2009, 79% foram representados por Olympikus e Reebok. As duas marcas registraram, no quarto trimestre, alta de 140% no faturamento de confecções esportivas ante o mesmo período de 2008, e de 37% no preço médio.

SOLADO 2 

Na Grendene, em 2009, as vendas atingiram 165,7 milhões de pares de calçados, 13,2% acima de 2008. Do total, 117,4 milhões foram destinados ao mercado interno e 48,3 milhões ao externo. As receitas de exportação da Grendene foram quase estáveis -com R$ 355 milhões em 2009 ante R$ 355,6 milhões no ano anterior.

CARGA PESADA O número de empresas de transporte de carga em Guarulhos (SP) alcançou 1.300, que representam movimento de R$ 450 milhões por ano, segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região.

LIGEIRO 1 

A BS Construtora vai ao Senegal se reunir com o presidente Abdoulaye Wade para negociar a instalação da empresa no país. A BS atua na construção de "casas rápidas", projeto para entrega de casas pré-moldadas de concreto em 24 horas.

LIGEIRO 2 A ideia da BS Construtora é viabilizar um programa para a construção de 35 mil casas no Senegal. Na última semana, a empresa se reuniu com o ministro da habitação do país.

FORA DA BOLSA

A crise derrubou o financiamento a energias renováveis por meio de IPOs (oferta inicial de ações). Só 11% dos US$ 162 bilhões investidos em 2009 no setor foram financiamentos desse tipo -queda de 45% em dois anos, segundo a fundação americana Pew Charitable Trusts. Além de forçar muitas companhias a cancelar IPOs, as péssimas condições de mercado reduziram a fatia de investimentos de capital de risco: foram 43% a menos. Para este ano, a consultoria Bloomberg New Energy Finance estima que a necessidade de criar emprego, aumentar segurança energética e reduzir emissões de gases-estufa empurrará investimentos em fontes como eólica, solar e pequenas centrais hidrelétricas. Para a consultoria, os aportes alcançarão US$ 200 bilhões neste ano, com avanço na Bolsa.

O QUE ESTOU LENDO

CAPITU 

O livro que Louis Bazire, presidente do BNP Paribas lê agora é "Dom Casmurro", de Machado de Assis 

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e NATÁLIA PAIVA

PAINEL DA FOLHA

No seu devido lugar
RENATA LO PRETE
FOLHA DE SÃO PAULO - 29/03/10

Os líderes do partido não admitirão publicamente, mas, com a possível exceção de José Serra, ninguém está mais feliz do que o PMDB diante dos resultados do novo Datafolha sobre a eleição presidencial.
A pesquisa, que mostra a ampliação da vantagem do tucano sobre Dilma Rousseff, saiu do forno no exato momento em que, no Planalto e no PT, ganhava força o discurso segundo o qual, com a intenção de voto na ministra crescendo de vento em popa, talvez fosse possível não ceder tanto ao PMDB, especialmente na escolha do vice. Agora, a ideia de trocar Michel Temer por Henrique Meirelles deve voltar para a geladeira.


Limonada. Um auxiliar de Lula tenta enxergar aspecto positivo na surpresa provocada pela pesquisa Datafolha: "Do lado de cá, já tinha gente montando o ministério".
Vida real. No PT, há quem se preocupe com o apoio manifestado por Aloizio Mercadante aos grevistas da Apeoesp. Segundo o raciocínio dos apreensivos, a tática serve para atazanar o presidenciável José Serra, mas poderá se revelar contraproducente no confronto local com Geraldo Alckmin (PSDB), cuja folgada liderança é confirmada pelo novo Datafolha.
Supremo. Eduardo Suplicy já visitou Mercadante e hoje, munido do Datafolha no qual registra números mais vistosos que os do colega, será ouvido pela direção do PT-SP. Mas o que o senador quer mesmo, desconfiam petistas, é um encontro com Lula.
Líquido. Um dirigente partidário que conhece a vida explica por que dificilmente o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PSB), abdicará da candidatura ao governo: "A campanha dele já está capitalizada".
Conta outra. Nem Romeu Tuma acredita quando diz que, se lhe for negada vaga para disputar a reeleição ao Senado na chapa encabeçada por Geraldo Alckmin, o PTB não apoiará o tucano para o governo. Presidente do partido em SP, Campos Machado fará o que for possível por Tuma, mas é Alckmin e não abre.
A casa... Nota dissonante num fim de semana de boas notícias para a campanha de José Serra, as prévias do PMDB de Santa Catarina, das quais saiu vitorioso Eduardo Moreira, devem implodir de vez o palanque tripartidário que se tentava montar para o tucano no Estado em torno de Raimundo Colombo (DEM).
...caiu. A engenharia já estava ameaçada por Leonel Pavan (PSDB), que assumiu o governo com a desincompatibilização de Luiz Henrique (PMDB) e, na contramão do acertado pela direção de seu próprio partido, quer ser candidato. Agora, também Eduardo Moreira pretende se lançar. Com tamanha divisão, há quem aposte num segundo turno entre Ângela Amin (PP) e Ideli Salvatti (PT).
Concorrência. Para Luiz Henrique, candidato ao Senado, surgiu um problema adicional: o ex-governador Paulo Afonso (PMDB), hoje diretor da Eletrosul, resolveu que também quer disputar.
Jurisprudência. O deputado federal petista Domingos Dutra não acredita em intervenção da Direção Nacional no Maranhão, onde o partido rejeitou apoio a Roseana (PMDB): "Se haverá dois palanques na Bahia e no Rio, por que não aqui? Só porque tem Sarney no meio?".
À margem. Em sua próxima reunião, nos dias 26 e 27 de abril, a Frente Nacional de Prefeitos discutirá problemas específicos das quase cem cidades-dormitório que integram a entidade. O grupo, batizado de G-100, tem em comum população de mais de 80 mil habitantes, baixa atividade econômica e baixa receita pública por habitante.

com SILVIO NAVARRO e LETÍCIA SANDER
Tiroteio
"É fácil de entender: Serra cresceu mais no Sul porque o Sul conhece Dilma." 

Do deputado JUTAHY JÚNIOR (PSDB-BA), sobre o aumento de dez pontos percentuais na intenção de voto do governador apurada pelo Datafolha nessa região, a mesma em que a ministra recuou quatro.
Contraponto
Samba de uma nota só Um grupo de políticos se reuniu no apartamento de Demóstenes Torres (DEM-GO), na noite de quarta-feira passada, num jantar de despedida para os colegas Wellington Salgado (PMDB-MG) e Lobão Filho (PMDB-MA). Suplentes em exercício do mandato, ambos deixarão o Senado na próxima semana para dar lugar aos titulares das cadeiras.
A conversa corria tão animada que alguns dos convidados começaram a improvisar uma cantoria. Quando o microfone chegou às mãos de Edison Lobão, o ministro de Minas e Energia se esquivou rapidamente:
-Eu só canto eleitor. Não sei cantar mais nada!

RUY CASTRO

Memórias do 3D

FOLHA DE SÃO PAULO - 29/03/10

RIO DE JANEIRO - Devo ser o único brasileiro vivo que não viu nem pretende ver "Avatar" (não gosto de filmes com gente pintada de azul). Em compensação, quando se anunciou que, por causa dele, o 3D vinha agora para ficar, duvidei que alguém neste país tivesse uma coleção de óculos do gênero, com uma lente azul (ou verde), outra vermelha, igual à minha.
Nada menos que cinco óculos, dos quais três de época, sobreviventes dos anos 50, quando se tentou implantar pela primeira vez o 3D. Um deles, a joia da coleção, é o que acompanhava uma edição de "Mindinho" em 3D, de 1955, estrelando não Pernalonga, herói habitual do gibi, mas os Três Patetas. Outro veio num "Superman" especial do mesmo ano. E não sei que fim levou o que me permitia seguir as aventuras de Thor, o homem das cavernas, no "Almanaque da Vida Juvenil", também de 1955.
Sim, vários dos nossos heróis foram servidos em 3D naquele tempo. Mas o processo só tinha graça nas primeiras vezes, em que se aplicavam os óculos sobre a página fora de registro e vinha aquela sensação de profundidade. Logo o interesse se dissipava, a coisa perdia a graça e os óculos se tornavam um estorvo. O jeito era abandonar o 3D, o que nós, os meninos de 1955, fizemos em massa e, com isso, voltamos ao querido 2D.
No cinema, a moda durou menos ainda. Depois de duas ou três idas ao Cineac para ver curtas com girafas esticando o pescoço ou tigres saltando sobre a plateia, não havia mais a que assistir. Filmes como "Disque M para Matar", de Hitchcock, o glorioso musical "Dá-me um Beijo" e o ótimo "Museu de Cera", rodados originalmente em 3D, só foram exibidos em tela plana -o processo já se extinguira nos EUA quando eles ficaram prontos.
Em 1956, o 3D já estava mais fora de moda que a piorra e o bilboquê.

O MOLEQUE DE RECADOS

ARNALDO NISKIER

A Suécia de olho no Brasil
Folha de São Paulo - 29/03/10

É extremamente difícil comparar o que se passa na Suécia com o que ocorre no Brasil, principalmente na área da educação

ENQUANTO NA calçada a neve descia em flocos apressados, a cidade de Estocolmo, linda apesar do frio de 6 graus negativos, abrigava um importante seminário sobre o Brasil e o futuro, a cargo de especialistas dos dois países. Falou-se sobre novas formas de energia (etanol, biodiesel, gás natural e até sistemas híbridos) e defesa do meio ambiente.
O embaixador Antonino Mena Gonçalves traçou um panorama bastante otimista em relação à ampliação das relações comerciais mantidas por nosso país com a nação escandinava, que hoje tem aproximadamente 200 empresas em território brasileiro, contabilizando, somente elas, mais de 50 mil funcionários.
Isso ainda pode crescer muito mais, assinalando-se algo visível a olho nu: o povo sueco tem grande estima pelos brasileiros, fato que remonta ao parentesco do nosso imperador com a família real escandinava. Com o reforço, é claro, da Copa do Mundo de 1958, a que lançou Pelé. Até hoje eles se lembram como aplaudiram os nossos craques durante a final, que vencemos por 5 a 2.
A Suécia tem 9 milhões de habitantes e cerca de 2 milhões de estudantes nas suas escolas. O ensino é integral para todos os alunos -e rigorosamente gratuito, das 9h às 16h30. Os professores são bem remunerados e constituem uma categoria socialmente muito respeitada. Os pais se interessam pela educação dos filhos, especialmente nas primeiras séries do ensino fundamental, quando é comum participarem das atividades escolares para estimular os filhos à conquista do conhecimento.
Uma das palavras que ouvimos na Câmara de Comércio foi a do professor Thomas Arctaedius, da Universidade de Estocolmo. De forma bem objetiva, ele traçou para os 180 participantes do seminário as prioridades da sua instituição.
Vale a pena prestar muita atenção: 1) a formação de cientistas; 2) a formação de pensadores; 3) a formação de professores. Isso numa universidade que tem 50 mil alunos.
É extremamente difícil comparar o que se passa na Suécia com o que ocorre no Brasil, sobretudo na área da educação. São duas realidades totalmente distintas.
Querem um exemplo? Fizemos uma visita à Royal Swedish Academy of Sciences. Ela é uma das quatro responsáveis pela atribuição anual do Prêmio Nobel. Na exposição feita por um dos seus membros, o que mais chamou a atenção foi o cuidado revelado com as crianças. "Elas devem, desde cedo, acostumar-se com a iniciação científica. Damos a isso absoluta prioridade."
É claro que o resultado só pode ser a existência de um país solidamente constituído do ponto de vista científico e tecnológico. Produz talvez o melhor papel do mundo (lembro que era muito utilizado pela revista "Manchete") e tem empresas internacionais do porte da Volvo, da Ericsson, da Scania e da SKF, exportando tecnologias e mão de obra ultraespecializada. Sem contar os aviões de combate (caças Gripen), hoje alvo de movimentada concorrência internacional.
Não é de estranhar, pois, que, cuidando assim dos seus recursos humanos, a Suécia esteja no topo das dez maiores economias mundiais impulsionadas pela inovação, superando países como Estados Unidos, Noruega e Dinamarca.
Em pesquisa da London Business School, a Suécia apresentou a melhor combinação de atributos, com os seus serviços de educação e capacitação.
Com outra particularidade: há poucas probabilidades de que o país perca essa liderança, com o atual estágio em que se encontram as suas tecnologias de comunicação (redes, celulares e computadores).
Na lista dos países em desenvolvimento, impelidos pelos recursos naturais, o Brasil figura em sexto lugar na classificação feita pelo Fórum Econômico Mundial, atrás da Malásia, da África do Sul, do Chile, da Argentina e da Rússia.
A conclusão óbvia é a de que devemos persistir nas estratégias de inovação, para o que se torna indispensável um choque de eficiência no processo educacional brasileiro, hoje muito aquém das necessidades de crescimento do país. Quando se vê o que se faz lá fora, aumenta a vontade de uma grande mudança.
ARNALDO NISKIER , 74, é doutor em educação, professor de história e filosofia da educação e membro da Academia Brasileira de Letras.

ANCELMO GÓIS

Retrato do Brasil 

O Globo - 29/03/2010

É mais fácil o sertão virar mar e o mar virar sertão do que o Congresso aprovar alguma reforma política.

Embora o presidente da Câmara, Michel Temer, tenha marcado a votação do projeto das “fichas sujas” para 7 de abril, quem sabe como a banda toca na política desconfia de que o texto vá ficar mesmo para a eleição de 2012.

Segue...

O projeto é aquele que impede a eleição de candidatos já condenados por algum crime.

Calma, gente

Sábado à noite, quando Pedro Bial anunciou a saída do gay Dicésar do “BBB 10”, na TV Globo, no embate com o lutador Dourado, acusado de homofóbico, uma explosão de gritos ecoou pelas janelas dos prédios da Rua das Laranjeiras, no Rio.

Parecia gol do Flamengo

Homofobia não...

Aliás, a Secretaria de Segurança do Rio será, a partir deste mês, a primeira do Brasil a ter uma estatística só de crimes contra homossexuais.

Gucci no Brasil

Daniella Vitale, presidente mundial da grife italiana Gucci, desembarca no Brasil esta semana.

Vem estudar o aumento da presença da marca por aqui.

Como Tim Maia

Outra de Dicró, o sambista gaiato, ao receber alta do Cardiotrauma de Ipanema, no Rio: — Doutor, vou parar de beber.

Só não vou parar de mentir...

Opção Canadá

O que se diz nos corredores do FMI é que a Colômbia vai ser representada na diretoria do órgão pelo Canadá.

Sexta, o governo colombiano avisou ao FMI que o diretor brasileiro Paulo Nogueira Jr.

não está mais autorizado a falar em nome do país.

Segue...

A crise entre Colômbia e Brasil começou quando Nogueira demitiu a colombiana María Inés Agudelo do cargo de diretora-substituta.

Convoca, Dunga

A Panini, editora licenciada pela Fifa para fazer o álbum da Copa de 2010, incluiu uma figurinha de Ronaldinho Gaúcho entre os jogadores que vão à África do Sul.

Eu apoio.

Love é funk

Vagner Love, o craque do Flamengo, dançou até alta madrugada na Fundição Progresso, na Lapa, na madrugada de sábado.

O jogador subiu ao palco, rebolou até o chão com popozudas e cantou umas 15 músicas com MC Naldo.

‘Tropa de Elite’...

Aliás, o sucesso do funk “Rap das armas”, dos irmãos MC Leonardo e MC Jr., chegou à Nova Zelândia. Arrebatou a boate Brocklyn, em Auckland City.

‘Bienvenue’

A francesa GVT, empresa de telecomunicações do grupo Vivendi, anunciou que vai investir R$ 300 milhões no Rio nos próximos três anos.

O nome do PSOL

O PSOL do Rio escolheu ontem o sociólogo Jefferson Moura, 36 anos, como candidato do partido à sucessão de Cabral

A palavra é...

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) leva amanhã ao MP denúncia contra a prefeitura do Rio. Reclama de frase na cartilha produzida pelo Instituto Ayrton Senna, que diz: “Minha chaninha não cheira bem. Cheira a chulé.” — A palavra pode significar chinelo em algum lugar, mas, no Rio, significa outra coisa — diz Suzana Gutierrez, do Sepe.

No mais...

O Instituto Ayrton Senna usa em suas cartilhas elementos do método fônico de alfabetização, detestado por muitos educadores e defendido por outros, igualmente respeitáveis.

ZONA FRANCA

O site lulacerda.com.br mudou, depois de 3 anos, com sessões como “Meu Perfil Básico (MPB)”.

Os coleguinhas Teixeira Heizer e Cláudio Nogueira falam de seus livros no ciclo “Brasil, Futebol e Livros”, no CCBB, amanhã, às 18h30m, com mediação de Pedro Paulo Malta.

Ana Rita Nery, 27 anos, filha de Sebastião Nery, é a primeira mulher a tirar 1° lugar num concurso do TJ-SP.

José Carlos Araújo apresenta “O Globo Esportivo”, da Rádio Globo, ao vivo, amanhã, na Facha do Méier.

O Sinpro-Rio realizou sexta debate sobre o Brasil com Emir Sader e Theotônio dos Santos.

Abre hoje o Centro de Treinamento em Enfermagem, no Pedro Ernesto.

By The Beach lança coleção inverno.

Fernanda Abreu recebe de Roberto Monteiro, dia 5, a Medalha Chiquinha Gonzaga e o título de Cidadã do Rio.

José Sérgio Franco foi eleito presidente da Sociedade Latino-americana de Ortopedia e Traumatologia.

ESTE FÍCUS italiano centenário, no pátio do Educandário Pequena Cruzada, um espaço a serviço do bem, na Lagoa, está sendo morto aos poucos. É que suas raízes já quebraram o chão e provocaram rachaduras nas paredes da Igreja de Santa Teresinha do Menino Jesus. Seu abate, autorizado pela Fundação Parques e Jardins, comove a vizinhança impotente. Mas, dizem os técnicos, não há jeito. É pena

QUITÉRIA CHAGAS, a minha, a sua, a nossa musa, esbanja charme no Grande Prêmio Brasil Class One, que agitou a Marina da Gloria no fim de semana

BRUNO BARRETO, o cineasta, e a linda mulher, a ex-modelo Lisa Graham, prestigiam a exposição de Rosana Palazyan, na Casa França Brasil, sábado

PONTO FINAL

Lula já elogiou Fidel, Sarney, Collor, Renan, Chávez, Jader e Geisel. Haja pragmatismo,

SANDRA CAVALCANTI

Gracinhas típicas de marionetes
O Estado de S.Paulo - 29/03/10

Foram muitas provocações ao longo dos anos. Foram muitas as flechadas no peito de nossa cidade, que leva o nome de seu santo padroeiro: São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas, desta vez, encheu!

Nunca fomos bairristas. Nem separatistas. Nem espanhóis. Contaminados por nossa vizinhança, nossos vizinhos fluminenses, do antigo Estado do Rio, também se sentiam muito brasileiros. Muito cosmopolitas. Sem sotaques e sem barreiras.

Quem nasce em outros cantos e vem para cá logo se sente dono da casa. Por isso não somos muito treinados para nos defendermos. Não desconfiamos dos brasileiros dos outros Estados.

Percebi essa diferença quando fiz parte da Assembleia Constituinte de 1986. Atuando na decisiva Comissão de Sistematização, deu para ver o bairrismo caipira, até ressentido, que imperava em algumas bancadas estaduais. Eram espertas, gananciosas, queriam levar vantagem em tudo. Na parte tributária, principalmente, era preciso estar sempre alerta.

Se nós não nos mexêssemos, levávamos a pior. Isso ocorreu, por exemplo, quando tentamos obter, para o então paupérrimo norte fluminense, os mesmos incentivos fiscais da Sudene que já funcionavam para o norte de Minas e o Espírito Santo. Nossa, foi uma guerra! O pior é que tivemos deputados, eleitos pelo Rio, orientados por empresários de São Paulo, votando contra o nosso projeto. Eles venceram! Com o apoio de Minas, do Espírito Santo e de representantes do Nordeste.

Nós sempre pensamos grande. Sempre fomos diferentes. Quando um grupo sulista fortíssimo, liderado por São Paulo, quis acabar com a Zona Franca de Manaus, o que fizemos? Organizamos uma frente parlamentar, ativa e eficiente, para defender a continuação daquela oportuna e valiosa iniciativa, que já vinha recuperando a destroçada economia da região. Encarávamos a região como coisa nossa, maltratada e explorada. As grandes "colônias" de nortistas no Rio davam todas essas informações.

Sofremos outra derrota quando o norte de nosso Estado começou a surgir no mapa como a mais promissora região petrolífera do País. Graças ao extraordinário esforço e à brilhante vitória do professor e consultor-geral da República Clóvis Ramalhete, o Brasil teve reconhecido, na Convenção de Genebra, o direito de extrair petróleo da sua plataforma continental, podendo operar dentro dos limites de 200 milhas. Mas como era a Petrobrás que detinha o monopólio da prospecção e do refino, ela só pagava royalties se o petróleo estivesse em terra firme, como na Bahia.

Quando foi convocada a Assembleia Nacional Constituinte, em 1986, achei que essa seria uma boa oportunidade para corrigir a descriminação feita ao petróleo extraído da plataforma marítima. Na hora de elaborar o capítulo sobre o sistema tributário, buscamos um modo de sermos recompensados, quando ficasse definida a forma de recolher o ICM na sua comercialização. Pois sim! A coisa piorou. O ICMS a ser recolhido nessa operação passou a ser recolhido em favor dos cofres do consumidor! Uma solução inacreditável, é verdade. Mais uma vez o Estado do Rio foi flechado.

Anos depois, quando o Brasil acordou e acabou com o monopólio da Petrobrás, vimos que era chegado o momento de buscar, de novo, os nossos royalties. Foi uma luta demorada e difícil, mas conseguimos. Essa conquista, nossa e de todos os Estados produtores, ficou entalada na goela das bancadas dos ressentidos. Foi a conta. Assim que surgiu uma oportunidade, eles estavam prontos para dar o bote.

A armação foi bem-feita. Cheia de patriotismos locais e de bairrismos fiscais. Quem ouve a argumentação dos parlamentares que votaram aquela excrescência sente até pena... Que mediocridade! Quanta ignorância! Quanta mesquinharia!

Só falta dizerem (mas é o que pensam...) que o Estado do Rio de Janeiro tem de ser punido! Acham que Deus foi muito injusto com eles e, por isso, o Rio merece o castigo.

Onde já se viu coisa igual? Baía da Guanabara, praias deslumbrantes, Parque do Flamengo, igrejas admiráveis, Serra da Tijuca, Pão de Açúcar, Pedra da Gávea, mata atlântica, Maracanã, Teatro Municipal, Jardim Botânico, Petrópolis, Angra, Cabo Frio, Búzios, Porto de Sepetiba, não! O Cristo do Corcovado entre as sete maravilhas do mundo? O sistema do Guandu ser considerado, pelo Guinness, o mais importante projeto de engenharia de águas feito no mundo, no século passado? E pela engenharia carioca? E mais universidades, os centros de cultura, o carnaval? É demais!

Aqueles que no Planalto montaram essa lambança, e seus cupinchas parlamentares, já receberam a resposta contundente do senador Francisco Dornelles. Sua intervenção no episódio foi de extrema felicidade. Calmo, objetivo, com dados precisos e muita lucidez, o senador do Rio colocou a questão nos seus devidos termos. Mas ainda persiste no ar uma questão muito nebulosa nessa conspiração de ratazanas e cupins, produzida e criada naquele ambiente de esgoto, em Brasília.

Será que o chefe de todos eles não sabia de nada? Será que vamos ouvir, outra vez, a mesma desculpa? Nem ele, nem os seus ministros, nem a herdeira do trono, será que ninguém sabia mesmo de nada?

Dá para acreditar?

O chefe acabou dizendo que sabia de tudo, sim. Ele bem que desconfiou de seus ardilosos cupinchas. "Podem ser gracinhas, gracinhas típicas de período eleitoral" (sic!). Pois o chefe acertou. As marionetes fizeram as gracinhas. E conseguiram nos indignar!

Fomos para as ruas. Mais de 150 mil habitantes de nosso Estado, numa passeata de gente do bem. Não pretendemos levar desaforo para casa. O aviso está dado. O deputado Ibsen Pinheiro não é importante nesse episódio. Nem merecia encerrar sua carreira política de forma tão melancólica. O fundamental é saber, agora, como se vai comportar o chefe. E o que está por trás disso...

SEGUNDA NOS JORNAIS

Globo: PAC-2 vai ser lançado hoje, mesmo com PAC-1 atrasado

Estadão: MP cobra governo sobre venda de terra a estrangeiros

Correio: Denúncia suspende concurso da PM

Valor: Tereos traz sede e ativos de € 1 bilhão para o Brasil