O GLOBO - 09/05
Segundo o companheiro Mujica, Lula lhe confidenciou que o mensalão era ‘a única forma de governar o Brasil’
O ex-presidente bonzinho do Uruguai, José Mujica, contou que o ex-presidente bonzinho do Brasil, Lula da Silva, se sentiu culpado pelo mensalão. Está registrado e agora publicado em livro: segundo o companheiro Mujica, Lula lhe confidenciou que o mensalão era “a única forma de governar o Brasil”. Que ninguém tome isso ao pé da letra. Não é que o mensalão seja a única forma possível de governar. Tem também o petrolão e seus derivados. Ou seja: a única forma de governar o Brasil é roubar os brasileiros, enriquecer o partido e comprar a vida eterna no poder.
Esse golpe está sendo dado há 12 anos, e há dez o Brasil brinca de se perguntar se Lula sabia. Eis a resposta entregue de bandeja pelo amigo de fé, irmão camarada Mujica: Lula sabia que a única forma de ficar no poder com um grupo político feito de pessoas medíocres, despreparadas, hipócritas e desesperadas por cargos e verbas era se fingir de coitado, chorar e parasitar o Estado brasileiro com todas as suas forças.
O império do oprimido ofereceu ao país incontáveis chances de perceber a sua única forma de governar. Escândalos obscenos foram montados dentro do Palácio do Planalto, envolvendo os principais personagens do Estado-Maior petista. Hoje o Brasil é governado por uma marionete desse sistema único de governo (SUG), uma presidente solidária ao seu tesoureiro preso, acusado de injetar em sua campanha eleitoral dinheiro roubado da Petrobras. Uma presidente que exalta como heróis os mensaleiros julgados e condenados. E que presidiu o conselho de administração da maior estatal brasileira enquanto ela era depenada por prepostos do seu partido.
Foi necessária a confissão de um companheiro uruguaio para desvelar o óbvio: eles sabiam de tudo. Tudo mesmo.
Essa forma única de governar o Brasil só tem uns probleminhas: a economia acaba de registrar sua maior retração em 20 anos, na contramão dos emergentes e do mundo; a inflação avacalhou a meta e taca fogo na antessala da recessão; o desemprego voltou às manchetes, apesar das tentativas criminosas de esconder seus índices durante a eleição; a perda do grau de investimento do país está por uma unha de Levy, após anos de contabilidade criativa, pedaladas fiscais e outras orgias progressistas para esconder a gastança —a única forma de governar.
Com inabalável firmeza de propósitos, o PT chegou lá: tornou-se o cupim do Estado brasileiro. Hoje é difícil encontrar um cômodo da administração pública que não esteja tomado pelo exército voraz, que substitui gestão por ingestão. O Brasil quer esperar mais quatro anos para ver o que sobra da mobília.
Mujica disse que Lula não é corrupto como Collor. Tem razão. O Esquema PC era um careca de bigode que batia na porta de empresários em nome do chefe para tomar-lhes umas gorjetas. O mensalão e o petrolão foram dutos construídos entre as maiores estatais do país e o partido governante. Realmente, não tem comparação.
Os cupins vão devorando o que podem — inclusive informação comprometedora. As gravações da negociata de Pasadena, presidida por Dilma Rousseff, sumiram. Normal. Dilma, ela mesma, também sumiu. Veio o Dia do Trabalho, e a grande líder do Partido dos Trabalhadores não apareceu na TV — logo ela, que convocava cadeia obrigatória de rádio e TV até em Dia das Mães. Pouco depois, veio o programa eleitoral do PT e, novamente, a filiada mais poderosa do partido não foi vista na tela.
Quem apareceu foi Lula, o amigo culpado de Mujica, vociferando contra os inimigos dos trabalhadores, as elites, enfim, toda essa gente que não compreende a única forma de governar o Brasil. E os brasileiros bateram panela em todo o território nacional — o que algum teórico progressista ainda há de explicar como uma saudação efusiva ao filho do Brasil adotado pela Odebrecht.
O ministro da Secretaria de Comunicação disse que é um erro vincular Lula e Dilma ao PT. Já o PT tenta parecer desvinculado do governo Dilma. Pelo menos isso: eles sabiam de tudo, mas não têm nada a ver uns com os outros.
Em meio aos panelaços, foi possível ouvir o balanço da Petrobras contabilizando 6,2 bilhões de reais de corrupção. Ou seja: as informações da Operação Lava-Jato, que apontam o PT e a própria presidente da República como beneficiários do petrolão, foram oficializadas no balanço auditado da maior empresa brasileira. Pena Lula não ter conversado sobre isso com Mujica. Os brasileiros vão ter que perceber sozinhos: esta só continuará sendo a única forma de governar o Brasil se o Brasil não cumprir o seu dever de enxotar um governo irremediavelmente delinquente.
sábado, maio 09, 2015
O lado errado - MERVAL PEREIRA
O GLOBO - 09/05
Quando o jurista Luiz Edson Fachin foi indicado pela presidente Dilma para a vaga aberta no supremo tribunal Federal com a aposentadoria precoce do Ministro Joaquim Barbosa, estranhei que ele tenha se anunciado partícipe de um grupo de "juristas que têm lado" na campanha presidencial de 2010, em apoio à eleição de Dilma.
Juristas "que têm lado" não deveriam estar no Supremo, aleguei então, inclusive porque Fachin notabilizou-se por defender politicamente as ações do MST, o que seria, na minha opinião, influência negativa nos seus julgamentos no Supremo.
Disse então que Fachin deveria explicar que história era aquela de "ter lado" e que deveria se comprometer com a independência em relação ao governo petista, explicando qual a diferença daquele Fachin de 2010 para o hoje indicado ao STF.
Desde então, Fachin não para de se explicar e já garantiu aos senadores que não tem nenhum compromisso com o PT, que é a favor da propriedade privada, que não é amigo de Stédile, que não é a favor da bigamia, e assim por diante, em muitos casos contrariando frontalmente seus escritos e seus depoimentos.
Sais apoiadores chegaram a comparar sua situação com a de Ayres Britto, que, nomeado por Lula em 2003 após ter sido filiado e candidato do PT a deputado portou-se com independência no mandato, tendo sido um dos protagonistas do julgamento do mensalão.
O exemplo parece pertinente, mas as circunstâncias políticas são diferentes das de 2003. Ser filiado ao PT naquela ocasião significava, pelo menos na teoria, ser honesto politicamente, estar em busca de política com decência. Ayres Britto foi coerente com aqueles princípios, o que mudou foi o significado de estar ligado ao PT. Estar nesse lado hoje, para a maioria da sociedade, é estar no lado errado.
Mesmo sem ser filiado ao partido, Luiz Edson Fa-chin tem atuação política muito próxima de uma ala radical do petismo que está sendo contestada cada vez com mais intensidade pela sociedade brasileira, e que já não tem o apoio da maioria do Congresso.
O apoio do tucano Álvaro Dias é dessas atitudes provincianas que não deveriam ser levadas em conta. Não há dúvida de que Fachin tem notório saber, e o apoio de associações do Direito e da Academia só fortalece essa verdade. Mas não é isso o que preocupa o Senado.
O STF é um Poder cuja composição deve obedecer a determinado equilíbrio político e institucional, não podendo ser capturado, pura e simplesmente, por indicações unilaterais do Executivo. Daí a importância do Senado, para contrabalançar o peso político da vontade da Presidência.
E, se é natural que Dilma possa indicar alguém afinado com suas preferencias ideológicas ou políticas, deve-se considerar natural que o Legislativo, representado pelo Senado, exerça controle e avalie, discricionariamente, a dimensão política de uma nomeação.
Para tanto, dispõe do conceito de conduta ilibada e gaza da prerrogativa inviolável do voto secreto em plenário. Cabe ao Senado apreciar e definir soberanamente esse pressuposto constitucional para o cargo de Ministro do STF.
Se compete ao Senado definir o que seria a conduta ilibada que a sociedade espera de um magistrado da mais alta Corte do país, é possível que semelhante definição obedeça a critérios elásticos e atenda ao ambiente político-institucional de determinado momento histórico.
Cabe ao Senado avaliar todos os aspectos subjetivos que envolvem a personalidade e a trajetória profissional do indicado ao STF. Por tais razões, o indicado precisa demonstrar cabalmente independência e autonomia. Não se pode ignorar que, tanto quanto a Presidência, o Senado participa ativamente da escolha do Ministro do STF, e não está vinculado politicamente à deliberação de Dilma, ou às opções ideológicas do PT.
Mais ainda quando há concreto descumprimento da lei por Fachin, a atuação na advocacia privada concomitante com a de procurador do Estado. Ele fez concurso para promotor no PR com regras da lei estadual que permitia ao promotor atuar como advogado.
Mas tomou posse no início de 90, quando a Constituição estadual já havia mudado em 89, e proibia o exercício da advocacia por promotores. Não há como justificar, na lei, a sua atitude e a de quantos outros agiram desse modo. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pode considerar a proibição indevida, mas é a lei estadual que deve prevalecer, não a tese da OAB.
Quando o jurista Luiz Edson Fachin foi indicado pela presidente Dilma para a vaga aberta no supremo tribunal Federal com a aposentadoria precoce do Ministro Joaquim Barbosa, estranhei que ele tenha se anunciado partícipe de um grupo de "juristas que têm lado" na campanha presidencial de 2010, em apoio à eleição de Dilma.
Juristas "que têm lado" não deveriam estar no Supremo, aleguei então, inclusive porque Fachin notabilizou-se por defender politicamente as ações do MST, o que seria, na minha opinião, influência negativa nos seus julgamentos no Supremo.
Disse então que Fachin deveria explicar que história era aquela de "ter lado" e que deveria se comprometer com a independência em relação ao governo petista, explicando qual a diferença daquele Fachin de 2010 para o hoje indicado ao STF.
Desde então, Fachin não para de se explicar e já garantiu aos senadores que não tem nenhum compromisso com o PT, que é a favor da propriedade privada, que não é amigo de Stédile, que não é a favor da bigamia, e assim por diante, em muitos casos contrariando frontalmente seus escritos e seus depoimentos.
Sais apoiadores chegaram a comparar sua situação com a de Ayres Britto, que, nomeado por Lula em 2003 após ter sido filiado e candidato do PT a deputado portou-se com independência no mandato, tendo sido um dos protagonistas do julgamento do mensalão.
O exemplo parece pertinente, mas as circunstâncias políticas são diferentes das de 2003. Ser filiado ao PT naquela ocasião significava, pelo menos na teoria, ser honesto politicamente, estar em busca de política com decência. Ayres Britto foi coerente com aqueles princípios, o que mudou foi o significado de estar ligado ao PT. Estar nesse lado hoje, para a maioria da sociedade, é estar no lado errado.
Mesmo sem ser filiado ao partido, Luiz Edson Fa-chin tem atuação política muito próxima de uma ala radical do petismo que está sendo contestada cada vez com mais intensidade pela sociedade brasileira, e que já não tem o apoio da maioria do Congresso.
O apoio do tucano Álvaro Dias é dessas atitudes provincianas que não deveriam ser levadas em conta. Não há dúvida de que Fachin tem notório saber, e o apoio de associações do Direito e da Academia só fortalece essa verdade. Mas não é isso o que preocupa o Senado.
O STF é um Poder cuja composição deve obedecer a determinado equilíbrio político e institucional, não podendo ser capturado, pura e simplesmente, por indicações unilaterais do Executivo. Daí a importância do Senado, para contrabalançar o peso político da vontade da Presidência.
E, se é natural que Dilma possa indicar alguém afinado com suas preferencias ideológicas ou políticas, deve-se considerar natural que o Legislativo, representado pelo Senado, exerça controle e avalie, discricionariamente, a dimensão política de uma nomeação.
Para tanto, dispõe do conceito de conduta ilibada e gaza da prerrogativa inviolável do voto secreto em plenário. Cabe ao Senado apreciar e definir soberanamente esse pressuposto constitucional para o cargo de Ministro do STF.
Se compete ao Senado definir o que seria a conduta ilibada que a sociedade espera de um magistrado da mais alta Corte do país, é possível que semelhante definição obedeça a critérios elásticos e atenda ao ambiente político-institucional de determinado momento histórico.
Cabe ao Senado avaliar todos os aspectos subjetivos que envolvem a personalidade e a trajetória profissional do indicado ao STF. Por tais razões, o indicado precisa demonstrar cabalmente independência e autonomia. Não se pode ignorar que, tanto quanto a Presidência, o Senado participa ativamente da escolha do Ministro do STF, e não está vinculado politicamente à deliberação de Dilma, ou às opções ideológicas do PT.
Mais ainda quando há concreto descumprimento da lei por Fachin, a atuação na advocacia privada concomitante com a de procurador do Estado. Ele fez concurso para promotor no PR com regras da lei estadual que permitia ao promotor atuar como advogado.
Mas tomou posse no início de 90, quando a Constituição estadual já havia mudado em 89, e proibia o exercício da advocacia por promotores. Não há como justificar, na lei, a sua atitude e a de quantos outros agiram desse modo. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pode considerar a proibição indevida, mas é a lei estadual que deve prevalecer, não a tese da OAB.
Olho no micropoder - VERA MAGALHÃES - PAINEL
FOLHA DE SP - 09/05
A administração Fernando Haddad vai direcionar os cem cargos de auditor recém-criados na Controladoria-Geral do Município para fazer um pente-fino em contratos das subprefeituras da capital paulistana. O chefe da CGM, Roberto Porto, considera que as investigações sobre a máfia do ISS na Secretaria de Finanças deixaram sob controle a situação na pasta, e prefere reforçar as apurações nos órgãos descentralizados -parte deles entregue às indicações políticas de vereadores.
Torneira A equipe de Porto começa a levantar informações para um balanço de dois anos de existência. Cálculos iniciais mostram que R$ 80 milhões foram recuperados pela prefeitura a partir de ações do órgão no período.
De fora A controladoria também firmou um acordo com o GovLab, da NYU (Universidade de Nova York), para desenvolver um sistema de divulgação de todas as etapas de contratações da administração. A expectativa é que o processo dure dois meses.
Tudo junto... Durante a semana, auxiliares de Geraldo Alckmin demonstraram receio com a possibilidade de o tucano ser arrastado para o meio da crise de Beto Richa.
... e misturado Nesta sexta, em entrevista, o paranaense deu razão ao temor ao citar o paulista e dizer que os dois são "alvos da oposição".
Suspeição O deputado estadual Coronel Telhada (PSDB-SP), cuja indicação à comissão de Direitos Humanos criou polêmica, é investigado pelo colegiado por declarações separatistas.
Mão de Deus A comissão, que elege seu presidente na próxima semana, é dominada pela bancada evangélica da Assembleia, que indicou 6 dos 11 membros.
DNA Dois deles são herdeiros de líderes religiosos: Marta Costa é filha de José Wellington, da Convenção Geral das Assembleias de Deus, e André Soares, de R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus.
Sem... Lula avisou a dirigentes do PT que vai tratar pessoalmente das eleições municipais de 2016 com potenciais candidatos e aliados.
... delegar O ex-presidente quer evitar que o partido se fragilize ainda mais na formação de alianças em cidades estratégicas.
Corrida O Planalto marcou para quinta-feira (14), às 11h, o lançamento do pacote de concessões. Ministros da área de infraestrutura foram convocados para preparar apresentações.
Cofre Auxiliares de Dilma voltaram a estimar que o programa pode superar R$ 150 bilhões em investimentos. O montante dependerá do apetite dos concessionários.
Segurança Os ministros revisaram a lista de obras. A ideia é dar prioridade àquelas que tiverem pelo menos três PMIs (Propostas de Manifestação de Interesse).
Fluxo Depois da aprovação da primeira parte do ajuste, articuladores do governo avisaram a deputados que as nomeações de seus afilhados foram liberadas pela Casa Civil e dependem só da assinatura dos ministros.
Indie O arquivo digital do requerimento apresentado por Paulinho da Força (SDD-SP) para pedir a convocação de Rodrigo Janot à CPI tem como autor "Pete Doherty", vocalista da banda britânica The Libertines.
Pesos O chanceler Mauro Vieira irá à Comissão de Relações Exteriores do Senado no dia 28. Será questionado por não ter recebido Lilian Tintori e Mitzy Capriles, mulheres de políticos de oposição a Nicolas Maduro presos.
Medidas No mesmo dia em que as mulheres de Leopoldo López e Antonio Ledezma pediram audiência ao Itamaraty, Vieira recebeu o comissário-geral do povo da Venezuela, Tereck Willian Saab.
TIROTEIO
Isso não é um ajuste. É um achaque fiscal, fruto de um governo herdeiro dos próprios problemas e de suas mentiras eleitorais.
DE BETO ALBUQUERQUE, vice-presidente do PSB e candidato a vice em 2014, sobre posição da sigla contra a aprovação das medidas provisórias do ajuste.
CONTRAPONTO
Olho gordo
O governador Geraldo Alckmin ofereceu durante a semana um café da manhã à bancada paulista do Congresso. Queria discutir temas de interesse do Estado, que devem ser tratados no Legislativo neste ano.
Como os assuntos passaram pela situação econômica do país, o deputado Floriano Pesaro (PSDB), que integra o secretariado de Alckmin, voltou-se para Jorge Tadeu Mudalen (DEM) e comentou:
-A situação está crítica. Estamos sem recursos!
O democrata olhou a mesa à sua frente e respondeu:
-Então deixe eu aproveitar este café da manhã, que é o máximo que vou conseguir por aqui!
A administração Fernando Haddad vai direcionar os cem cargos de auditor recém-criados na Controladoria-Geral do Município para fazer um pente-fino em contratos das subprefeituras da capital paulistana. O chefe da CGM, Roberto Porto, considera que as investigações sobre a máfia do ISS na Secretaria de Finanças deixaram sob controle a situação na pasta, e prefere reforçar as apurações nos órgãos descentralizados -parte deles entregue às indicações políticas de vereadores.
Torneira A equipe de Porto começa a levantar informações para um balanço de dois anos de existência. Cálculos iniciais mostram que R$ 80 milhões foram recuperados pela prefeitura a partir de ações do órgão no período.
De fora A controladoria também firmou um acordo com o GovLab, da NYU (Universidade de Nova York), para desenvolver um sistema de divulgação de todas as etapas de contratações da administração. A expectativa é que o processo dure dois meses.
Tudo junto... Durante a semana, auxiliares de Geraldo Alckmin demonstraram receio com a possibilidade de o tucano ser arrastado para o meio da crise de Beto Richa.
... e misturado Nesta sexta, em entrevista, o paranaense deu razão ao temor ao citar o paulista e dizer que os dois são "alvos da oposição".
Suspeição O deputado estadual Coronel Telhada (PSDB-SP), cuja indicação à comissão de Direitos Humanos criou polêmica, é investigado pelo colegiado por declarações separatistas.
Mão de Deus A comissão, que elege seu presidente na próxima semana, é dominada pela bancada evangélica da Assembleia, que indicou 6 dos 11 membros.
DNA Dois deles são herdeiros de líderes religiosos: Marta Costa é filha de José Wellington, da Convenção Geral das Assembleias de Deus, e André Soares, de R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus.
Sem... Lula avisou a dirigentes do PT que vai tratar pessoalmente das eleições municipais de 2016 com potenciais candidatos e aliados.
... delegar O ex-presidente quer evitar que o partido se fragilize ainda mais na formação de alianças em cidades estratégicas.
Corrida O Planalto marcou para quinta-feira (14), às 11h, o lançamento do pacote de concessões. Ministros da área de infraestrutura foram convocados para preparar apresentações.
Cofre Auxiliares de Dilma voltaram a estimar que o programa pode superar R$ 150 bilhões em investimentos. O montante dependerá do apetite dos concessionários.
Segurança Os ministros revisaram a lista de obras. A ideia é dar prioridade àquelas que tiverem pelo menos três PMIs (Propostas de Manifestação de Interesse).
Fluxo Depois da aprovação da primeira parte do ajuste, articuladores do governo avisaram a deputados que as nomeações de seus afilhados foram liberadas pela Casa Civil e dependem só da assinatura dos ministros.
Indie O arquivo digital do requerimento apresentado por Paulinho da Força (SDD-SP) para pedir a convocação de Rodrigo Janot à CPI tem como autor "Pete Doherty", vocalista da banda britânica The Libertines.
Pesos O chanceler Mauro Vieira irá à Comissão de Relações Exteriores do Senado no dia 28. Será questionado por não ter recebido Lilian Tintori e Mitzy Capriles, mulheres de políticos de oposição a Nicolas Maduro presos.
Medidas No mesmo dia em que as mulheres de Leopoldo López e Antonio Ledezma pediram audiência ao Itamaraty, Vieira recebeu o comissário-geral do povo da Venezuela, Tereck Willian Saab.
TIROTEIO
Isso não é um ajuste. É um achaque fiscal, fruto de um governo herdeiro dos próprios problemas e de suas mentiras eleitorais.
DE BETO ALBUQUERQUE, vice-presidente do PSB e candidato a vice em 2014, sobre posição da sigla contra a aprovação das medidas provisórias do ajuste.
CONTRAPONTO
Olho gordo
O governador Geraldo Alckmin ofereceu durante a semana um café da manhã à bancada paulista do Congresso. Queria discutir temas de interesse do Estado, que devem ser tratados no Legislativo neste ano.
Como os assuntos passaram pela situação econômica do país, o deputado Floriano Pesaro (PSDB), que integra o secretariado de Alckmin, voltou-se para Jorge Tadeu Mudalen (DEM) e comentou:
-A situação está crítica. Estamos sem recursos!
O democrata olhou a mesa à sua frente e respondeu:
-Então deixe eu aproveitar este café da manhã, que é o máximo que vou conseguir por aqui!
O PTB contra o governo Dilma - ILIMAR FRANCO
O GLOBO - 09/05
O governo enfrentará parada mais dura na próxima semana, na votação da MP 664, que muda o auxílio-doença e a pensão por morte. Os aposentados são contra, e já há desfalques anunciados. Um deles é o PTB, que na 665 deu 12 votos ao Planalto. Agora votará contra. O líder Jovair Arantes diz que, para a sigla, esses direitos são cláusulas pétreas desde a fusão (2006) com o Partido dos Aposentados da Nação (PAN).
A mobilização dos velhinhos
A Força Sindical, desta vez com o reforço de entidades de aposentados, vai voltar a protestar contra o governo Dilma na próxima semana. Estará em votação a MP 664. Os líderes já estão sendo pressionados, nas redes sociais, a trabalhar contra sua aprovação. Circula panfleto eletrônico com a foto de todos eles acompanhada da frase:
"O destino de milhões de aposentados nas mãos dos líderes" Os velhinhos são conclamados por entidades nacionais: "Façam sua parte, usem as redes sociais, liguem, enviem cartas e e-mails, e exijam que eles votem contra" Integrantes das siglas de oposição que votaram a favor da MP 665 pretendem manter o apoio ao ajuste fiscal.
"Vamos ter que dar um freio de arrumação nos aliados. Chega na hora de dividir o pão, a coisa não é brincadeira"
Ministro do governo Dilma, sobre a partilha dos cargos de segundo escalão e regionais entre os partidos alinhados ao Planalto
Podia ser pior
Numa das reuniões prévias da coordenação política, antes da votação da MP 665, o líder do PT, Sibá Machado, apresentou balanço de que votariam a favor 45 petistas, ao invés de 55. Os ministros baixaram nas reuniões da bancada.
Arrumar a casa
É voz corrente no governo que é preciso dar um freio de arrumação na partilha dos cargos. O PP, presidido pelo senador Ciro Nogueira, depois de perder o poderoso Ministério das Cidades, quer ocupar o da Integração. Mas na pasta há remanescentes de "outros caciques" O PSD está ocupando os cargos que eram do PP no Ministério das Cidades.
Esquentando a cadeira
Um cargo que o PP já perdeu é a CBTU, com sede no Rio. O Ministro Gilberto Kassab (Cidades) já disse à coordenação política que quer o cargo.
Seu presidente, Fernando Barini Alves, deixará o cargo, assim que Kassab escolher o sucessor.
Cabo eleitoral
O Ministro Armando Monteiro entrou em campo para o Senado aprovar o jurista Luiz Edson Fachin para o STF. Acionou seu suplente, Douglas Cintra (PTB), e este relatou ter dado a Fachin um bolo de rolo e bonecos artesanais. O Ministro pediu: "O que você puder fazer... Parece que o Renan é que está fazendo um certo jogo aí, né?"
Prorrogação
O ex-governador e senador Omar Aziz (PSD-AM) não se conforma por ter perdido a Suframa. Ele trabalha para impedir que o Ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) consolide, no Diário Oficial, a nomeação da ex-deputada Rebecca Garcia.
Retaliação
O líder do PP na Câmara, Dudu da Fonte, justifica o voto dos deputados gaúchos da sigla contra a MP 665. Comentou que eles estão possessos com os ataques dos petistas por conta da aprovação da terceirização. Eles são cobrados em suas bases.
O senador Magno Malta (PR-ES) se recusou a receber o jurista Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff para a vaga no STF.
O governo enfrentará parada mais dura na próxima semana, na votação da MP 664, que muda o auxílio-doença e a pensão por morte. Os aposentados são contra, e já há desfalques anunciados. Um deles é o PTB, que na 665 deu 12 votos ao Planalto. Agora votará contra. O líder Jovair Arantes diz que, para a sigla, esses direitos são cláusulas pétreas desde a fusão (2006) com o Partido dos Aposentados da Nação (PAN).
A mobilização dos velhinhos
A Força Sindical, desta vez com o reforço de entidades de aposentados, vai voltar a protestar contra o governo Dilma na próxima semana. Estará em votação a MP 664. Os líderes já estão sendo pressionados, nas redes sociais, a trabalhar contra sua aprovação. Circula panfleto eletrônico com a foto de todos eles acompanhada da frase:
"O destino de milhões de aposentados nas mãos dos líderes" Os velhinhos são conclamados por entidades nacionais: "Façam sua parte, usem as redes sociais, liguem, enviem cartas e e-mails, e exijam que eles votem contra" Integrantes das siglas de oposição que votaram a favor da MP 665 pretendem manter o apoio ao ajuste fiscal.
"Vamos ter que dar um freio de arrumação nos aliados. Chega na hora de dividir o pão, a coisa não é brincadeira"
Ministro do governo Dilma, sobre a partilha dos cargos de segundo escalão e regionais entre os partidos alinhados ao Planalto
Podia ser pior
Numa das reuniões prévias da coordenação política, antes da votação da MP 665, o líder do PT, Sibá Machado, apresentou balanço de que votariam a favor 45 petistas, ao invés de 55. Os ministros baixaram nas reuniões da bancada.
Arrumar a casa
É voz corrente no governo que é preciso dar um freio de arrumação na partilha dos cargos. O PP, presidido pelo senador Ciro Nogueira, depois de perder o poderoso Ministério das Cidades, quer ocupar o da Integração. Mas na pasta há remanescentes de "outros caciques" O PSD está ocupando os cargos que eram do PP no Ministério das Cidades.
Esquentando a cadeira
Um cargo que o PP já perdeu é a CBTU, com sede no Rio. O Ministro Gilberto Kassab (Cidades) já disse à coordenação política que quer o cargo.
Seu presidente, Fernando Barini Alves, deixará o cargo, assim que Kassab escolher o sucessor.
Cabo eleitoral
O Ministro Armando Monteiro entrou em campo para o Senado aprovar o jurista Luiz Edson Fachin para o STF. Acionou seu suplente, Douglas Cintra (PTB), e este relatou ter dado a Fachin um bolo de rolo e bonecos artesanais. O Ministro pediu: "O que você puder fazer... Parece que o Renan é que está fazendo um certo jogo aí, né?"
Prorrogação
O ex-governador e senador Omar Aziz (PSD-AM) não se conforma por ter perdido a Suframa. Ele trabalha para impedir que o Ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) consolide, no Diário Oficial, a nomeação da ex-deputada Rebecca Garcia.
Retaliação
O líder do PP na Câmara, Dudu da Fonte, justifica o voto dos deputados gaúchos da sigla contra a MP 665. Comentou que eles estão possessos com os ataques dos petistas por conta da aprovação da terceirização. Eles são cobrados em suas bases.
O senador Magno Malta (PR-ES) se recusou a receber o jurista Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff para a vaga no STF.
COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO
“Quem vota com o governo terá preferência”
Aloizio Mercadante (Casa Civil) preconizando, sem acanhamento, o “toma lá, dá cá”
PROGRAMA NA TV AZEDA RELAÇÃO ENTRE LULA E DILMA
O programa do PT, veiculado semana passada na televisão, azedou outra vez a relação de Dilma com Lula. Ela descobriu só na última hora que o PT, com aval de Lula, decidira barrá-la no programa para evitar “panelaço”. Ela explodiu em palavrões, até porque havia se preparado para gravar sua participação, mas após o panelaço (o maior até agora) que se seguiu ao programa, Dilma substituiu a irritação por sorrisos.
ABRAÇO DE AFOGADOS
Dilma nunca acreditou que o desgaste é só dela, como Lula e o PT acreditavam, mas de todos os petistas. O último panelaço provou isso.
REJEIÇÃO É COLETIVA
O PT barrou Dilma no programa da TV certo de que sua reprovação de 87% garantia o panelaço, como se o partido nada tivesse com isso.
CORPO MOLE
A difícil aprovação da MP do ajuste piorou relação de Dilma com Lula. Ela o acusa de não ajudar em nada, e até de dificultar a aprovação.
BOMBEIROS
O desastre não foi maior, na votação da MP do ajuste, porque Michel Temer apagou o fogo e Eduardo Cunha ajudou, até para se credenciar.
CALOTE NA FRANÇA, PODE. NA ODEBRECHT, JAMAIS
Enquanto o governo Dilma aplicava na França um calote de R$ 435 milhões em 2014, deixando de pagar os helicópteros adquiridos em 2008, a empreiteira Odebrecht recebe seus pagamentos rigorosamente em dia. A empresa levou R$ 1,13 bilhão no ano passado pelas obras do estaleiro destinado a construir o primeiro submarino nuclear, decorrente de outro curioso acordo fechado com a França.
2015 VEM COM TUDO
Apesar de todos os escândalos, a Odebrecht segue feliz: nos primeiros três meses deste ano já levou mais R$ 39,5 milhões do governo Dilma.
SEIS OU MEIA DÚZIA?
O governo admite que não cumpriu obrigações com a França em 2014, mas nega o calote. “São restos a pagar de 2015”. Simples assim!
ELEIÇÕES 2016
Um ministro próximo a Dilma diz que Lula quer aproximar o PT de movimentos sociais já “prevendo a tragédia nas municipais de 2016”.
DIZER O QUÊ?
Questionado sobre a revelação do ex-presidente uruguaio José Mujica da confissão de Lula sobre o Mensalão, como “única forma de governar o Brasil”, o Instituto Lula se finge de morto: “Não cabe falar nada”.
‘CONTRA A FAMÍLIA’?
O indicado à vaga para o Supremo Tribunal Federal, Luiz Fachin, brincou com a crítica de que é contra a família. Casado há 37 anos, ele diz: “Não deixem minha mulher ler as críticas. Vai que ela desiste”.
SEM PRESSA
A Receita liberou consulta a um lote de restituições que caíram na malha fina desde 2008. Curiosamente, com taxa Selic alta, deixar a grana com o leão foi o melhor investimento do período.
DOR DE CABEÇA
Diante da crise energética, a Câmara criou a Frente Parlamentar Pela Valorização do Setor Sucroenergético, presidida por Sérgio Souza (PMDB-PR). O governo ficou incomodado. Sinal de que nasceu forte.
RINDO DE QUÊ?
Investigado na Lava Jato, o ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) perambulava pelo Congresso esta semana quando foi recebido às gargalhadas pelo amigão José Mentor (PT-SP), ex-réu do mensalão.
HSBC LATINO
Paulo Maia foi nomeado para comandar o banco HSBC na América Latina, e não no Brasil. O atual CEO do banco inglês no Brasil, André Brandão, ganha novo chefe, mas permanecerá no cargo.
QUE PAÍS É ESTE?
Assustaram autoridades da Aviação Civil as condições de trabalho de controladores no aeroporto de Vitória, sem local de descanso, além de gambiarras para solucionar problemas nas instalações elétricas.
BRUTALIDADE TUCANA
Tucanos no Congresso fingem que nem tomaram conhecimento da brutalidade da polícia do governo de Beto Richa (PSDB), no Paraná, contra sindicalistas e professores.
PENSANDO BEM...
... com José Mujica admitindo conversas com Lula sobre o Mensalão, logo petistas acusarão o ex-presidente uruguaio de ser “coxinha”.
PODER SEM PUDOR
UM JOGO QUE SE DISPUTA
Uma partida de futebol no Maracanã, entre as seleções do Rio e de São Paulo, homenageou a visita da rainha Elisabeth II ao Brasil, em 1968. Os paulistas venceram por 2x1 o "jogo da rainha", mas nem o gol de honra do craque Gerson fez a torcida carioca perdoar a atuação do juiz Amando Marques, francamente favorável aos visitantes. E o Maracanã lotado passou a gritar a plenos pulmões, sem parar, o palavrão representado pela sigla "f.d.p.". Gritaram tanto o xingamento que, na tribuna de honra, sem entender nada, a rainha da Inglaterra perguntou ao governador Negrão de Lima, a seu lado, o que afinal a torcida exclamava. O elegante governador achou melhor mentir:
- A torcida grita "feliz disputa", majestade, para desejar um bom jogo.
Aloizio Mercadante (Casa Civil) preconizando, sem acanhamento, o “toma lá, dá cá”
PROGRAMA NA TV AZEDA RELAÇÃO ENTRE LULA E DILMA
O programa do PT, veiculado semana passada na televisão, azedou outra vez a relação de Dilma com Lula. Ela descobriu só na última hora que o PT, com aval de Lula, decidira barrá-la no programa para evitar “panelaço”. Ela explodiu em palavrões, até porque havia se preparado para gravar sua participação, mas após o panelaço (o maior até agora) que se seguiu ao programa, Dilma substituiu a irritação por sorrisos.
ABRAÇO DE AFOGADOS
Dilma nunca acreditou que o desgaste é só dela, como Lula e o PT acreditavam, mas de todos os petistas. O último panelaço provou isso.
REJEIÇÃO É COLETIVA
O PT barrou Dilma no programa da TV certo de que sua reprovação de 87% garantia o panelaço, como se o partido nada tivesse com isso.
CORPO MOLE
A difícil aprovação da MP do ajuste piorou relação de Dilma com Lula. Ela o acusa de não ajudar em nada, e até de dificultar a aprovação.
BOMBEIROS
O desastre não foi maior, na votação da MP do ajuste, porque Michel Temer apagou o fogo e Eduardo Cunha ajudou, até para se credenciar.
CALOTE NA FRANÇA, PODE. NA ODEBRECHT, JAMAIS
Enquanto o governo Dilma aplicava na França um calote de R$ 435 milhões em 2014, deixando de pagar os helicópteros adquiridos em 2008, a empreiteira Odebrecht recebe seus pagamentos rigorosamente em dia. A empresa levou R$ 1,13 bilhão no ano passado pelas obras do estaleiro destinado a construir o primeiro submarino nuclear, decorrente de outro curioso acordo fechado com a França.
2015 VEM COM TUDO
Apesar de todos os escândalos, a Odebrecht segue feliz: nos primeiros três meses deste ano já levou mais R$ 39,5 milhões do governo Dilma.
SEIS OU MEIA DÚZIA?
O governo admite que não cumpriu obrigações com a França em 2014, mas nega o calote. “São restos a pagar de 2015”. Simples assim!
ELEIÇÕES 2016
Um ministro próximo a Dilma diz que Lula quer aproximar o PT de movimentos sociais já “prevendo a tragédia nas municipais de 2016”.
DIZER O QUÊ?
Questionado sobre a revelação do ex-presidente uruguaio José Mujica da confissão de Lula sobre o Mensalão, como “única forma de governar o Brasil”, o Instituto Lula se finge de morto: “Não cabe falar nada”.
‘CONTRA A FAMÍLIA’?
O indicado à vaga para o Supremo Tribunal Federal, Luiz Fachin, brincou com a crítica de que é contra a família. Casado há 37 anos, ele diz: “Não deixem minha mulher ler as críticas. Vai que ela desiste”.
SEM PRESSA
A Receita liberou consulta a um lote de restituições que caíram na malha fina desde 2008. Curiosamente, com taxa Selic alta, deixar a grana com o leão foi o melhor investimento do período.
DOR DE CABEÇA
Diante da crise energética, a Câmara criou a Frente Parlamentar Pela Valorização do Setor Sucroenergético, presidida por Sérgio Souza (PMDB-PR). O governo ficou incomodado. Sinal de que nasceu forte.
RINDO DE QUÊ?
Investigado na Lava Jato, o ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) perambulava pelo Congresso esta semana quando foi recebido às gargalhadas pelo amigão José Mentor (PT-SP), ex-réu do mensalão.
HSBC LATINO
Paulo Maia foi nomeado para comandar o banco HSBC na América Latina, e não no Brasil. O atual CEO do banco inglês no Brasil, André Brandão, ganha novo chefe, mas permanecerá no cargo.
QUE PAÍS É ESTE?
Assustaram autoridades da Aviação Civil as condições de trabalho de controladores no aeroporto de Vitória, sem local de descanso, além de gambiarras para solucionar problemas nas instalações elétricas.
BRUTALIDADE TUCANA
Tucanos no Congresso fingem que nem tomaram conhecimento da brutalidade da polícia do governo de Beto Richa (PSDB), no Paraná, contra sindicalistas e professores.
PENSANDO BEM...
... com José Mujica admitindo conversas com Lula sobre o Mensalão, logo petistas acusarão o ex-presidente uruguaio de ser “coxinha”.
PODER SEM PUDOR
UM JOGO QUE SE DISPUTA
Uma partida de futebol no Maracanã, entre as seleções do Rio e de São Paulo, homenageou a visita da rainha Elisabeth II ao Brasil, em 1968. Os paulistas venceram por 2x1 o "jogo da rainha", mas nem o gol de honra do craque Gerson fez a torcida carioca perdoar a atuação do juiz Amando Marques, francamente favorável aos visitantes. E o Maracanã lotado passou a gritar a plenos pulmões, sem parar, o palavrão representado pela sigla "f.d.p.". Gritaram tanto o xingamento que, na tribuna de honra, sem entender nada, a rainha da Inglaterra perguntou ao governador Negrão de Lima, a seu lado, o que afinal a torcida exclamava. O elegante governador achou melhor mentir:
- A torcida grita "feliz disputa", majestade, para desejar um bom jogo.
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