terça-feira, dezembro 30, 2008

ALEX MEDEIROS

Guerras, pra que te quero?


Há muito mais perigo para o mundo no tiroteio entre o exército judeu e os terroristas do Hamas do que possa imaginar o jornalista Gilles Lapouge, correspondente em Paris do jornal O Estado de São Paulo, que hoje faz uma boa análise do conflito em Gaza.

A violência que retornou de repente pode ser apenas um aperitivo da loucura bélica que está para explodir na região, anexando à histérica batalha, combatentes perigosos como o Irã, a Síria e os grupos terroristas das várias tendências muçulmanas.

Há uma questão nessa pendenga armamentista passando à margem das interpretações dos economistas que espiam a crise global. Os grandes conglomerados financeiros, os gigantes de mercado e até Washington não têm tanto interesse na paz, pelo menos agora.

Guerras são e sempre foram um simulacro da desordem política. Em tese, servem como a tampa manufaturada de uma panela de pressão industrializada. Guerras destroem vidas* para reconstruir mercados, a economia. Tem sido assim “per secula seculorum”.

A crise que balança o planeta já deveria ter estourado há alguns anos, mas foi sustada pelos ataques americanos aos talibãs e depois pela invasão do Iraque, com a participação de várias nações do chamado mundo civilizado.

Desenha-se agora no Oriente, com a sempre fiel caneta guerreira de Israel, um novo palco de uma guerra que poderá se estender pelo tempo que for necessário, até que as indústrias atingidas pela crise encontrem sua paz no balanço e na bolsa.

Radicalizando suas ações contra o Hamas, as tropas israelenses certamente atacarão também o Hezbollah e estenderão seu poder às fronteiras minadas com o governo belicista de Mahmud Ahmadinejad, o doido que quer varrer Israel do mapa.

O que seria apenas mais um conflito enlouquecido entre judeus e palestinos, poderá descambar para uma guerra convencional envolvendo os sírios, os libaneses e os iranianos, além da fatal participação dos EUA e seus fiéis aliados de mercado.

Não há nada mais eficiente para sanar uma crise econômica, com víeis financeiro, do que uma boa e sanguinolenta guerra. No conflito se vende tudo, na paz nem tanto. Nunca se precisou tanto se vender de tudo. E só uma guerra oferece tantos produtos.

Nas guerras, vendem-se armas, combustível, motores, remédios, roupas, alimentos, calçados, tecnologia, papel, plástico, ferro, aço, borracha, cimento. Para destruir é preciso vender e depois vender ainda mais reconstruir. O moto contínuo do horror.

Se as perspectivas para 2009 já eram as piores possíveis no plano apenas das movimentações de mercado, poderão agravar-se mais com a explosão de uma guerra sem proporções no Oriente Médio, envolvendo parte do planeta.

Outra guerra fratricida, movida em principio por ódios e diferenças políticas seculares, mas abastecida pela mão do poder econômico que tudo pode. É assim que o mundo gira, com os homens destruindo para reconstruir o que vai destruir depois. A paz, infelizmente, não tem construído muito.

MINHAS LEMBRANÇAS DE 2008


ALGUMAS GOSTOSAS QUE PASSARAM AQUI NA VARANDA 







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ELIANE CANTANHÊDE

Se lá é assim...


Folha de S. Paulo - 30/12/2008
 

BRASÍLIA - Espionagem, às vezes (muitas vezes), é como o jornalismo: surge uma dica, uma "fonte de informação" ou um documento secreto, e, a partir daí, é preciso "preencher lacunas" e "criar um todo plausível". E é assim que se cometem as maiores barbaridades, como ensina um livro-reportagem sobre os inacreditáveis erros e absurdos da CIA e da DIA (EUA), do BND (Alemanha) e do MI6 (Inglaterra) que serviram de pretexto para a invasão do Iraque. 
O livro "Curveball" (algo como bola de efeito), do norte-americano Bob Drogin, relata detalhadamente como um engenheiro iraquiano amalucado e viciado em internet manipulou os órgãos de inteligência dos três países até que Bush e Colin Powell caíram alegremente na esparrela de denunciar um rocambolesco projeto de fábricas móveis de bactérias. 
Curveball, o iraquiano, inventou a história, traduzida do árabe para o alemão, do alemão para o inglês e, enfim, resumida. Em cada etapa, perdia ressalvas e desconfianças até desembarcar nos altos escalões com ares de veracidade. Sabe como é: a "fonte" precisa ser importante, o agente quer valorizar seu achado, o chefe tem que justificar a invasão de um país alheio. Cada um fala, vê, ouve e lê o que quer. 
O livro não apenas destrói o endeusamento dos órgãos de segurança dos países ricos como vem bem a calhar no Brasil de hoje, em que todos grampeiam todos, chefes são chutados para o alto, "lacunas" são preenchidas ao gosto do freguês e os fins justificam os meios para "criar um todo plausível" -contra o seu inimigo, certo? 
Ao ser despachado como adido policial do Brasil em Lisboa (?!), o delegado Paulo Lacerda leva o principal na bagagem: as gravações da operação Satiagraha e sabe-se lá quantos segredos -e de quem. Da oposição? Ou do próprio governo? No mítico mundo da espionagem, operam pessoas de carne, osso, ideologias e ambições. Saber é poder. Lacerda sabe muitíssimo. 

ELEVE SEU ASTRAL EM 2009


COLUNA PAINEL

Papel carbono


Folha de S. Paulo - 30/12/2008
 

Na véspera do Natal, Garibaldi Alves ganhou de presente o parecer até agora mais favorável à sua pretensão de se recandidatar à presidência do Senado. Encomendado pela liderança do PMDB e produzido pela consultoria da Casa, o texto diz que o atual mandato de Garibaldi, iniciado após a renúncia de Renan Calheiros, é "tampão". Acrescenta que há lacuna constitucional sobre o tema e que o regimento interno não veta a possibilidade. "A Constituição não pode abrigar interpretação contrária à razão ou ao senso comum."
Na própria bancada do PMDB, porém, há quem diga que o papelucho se destina apenas a dar sobrevida à aventura de Garibaldi enquanto não entra em cena o verdadeiro candidato do partido, José Sarney.



Clã. Segundo o parecer da consultoria do Senado, vetar a reeleição na mesma legislatura não seria mais necessário nos dias de hoje. A medida serviu, no passado, para "combater as oligarquias políticas regionais que tiveram marcante presença na história política do país". O texto apenas esquece de mencionar que a família de Garibaldi mandava e continua a mandar no Rio Grande do Norte. 

Calendário1. Em conversa ontem com o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), Lula marcou para 12 de janeiro um encontro com a cúpula do partido. Em pauta, a sucessão nas duas Mesas do Congresso. 

Calendário 2. Ao se agarrar à cadeira da presidência, a turma do Senado dificulta a vida do correligionário Michel Temer (SP), que espera se eleger na Câmara com o apoio irrestrito do PT. 

Olheiro. Ainda na conversa de ontem, Lula acertou com Raupp uma visita, no final de janeiro, à área onde serão construídas as duas hidrelétricas do rio Madeira. O presidente não foi ao lançamento das obras de Jirau em Rondônia devido ao litígio empresarial que se seguiu ao leilão. 

Sem chance. Gritaria à parte, os partidos de oposição sabem que dificilmente arrancarão uma palavra do Supremo, durante o recesso do Judiciário, sobre a MP que destinou recursos ao recém-aprovado Fundo Soberano. Numa ação direta de inconstitucionalidade (adin), a liminar é quase sempre colegiada. 

Eu recomendo. Empresários que conversaram recentemente com Antonio Palocci (PT-SP) se impressionam com as palavras elogiosas do deputado a respeito da ex-colega de ministério e presidenciável Dilma Rousseff.
Cubo mágico 1. As concessionárias de transporte em São Paulo já foram avisadas: em 2009, o teto das transferências de recursos da prefeitura para o sistema ficará nos mesmos R$ 600 milhões deste ano. Isso num período em que a tarifa de ônibus não poderá subir, em obediência à promessa de campanha de Gilberto Kassab (DEM). 

Cubo mágico 2. Diante da necessidade, já anunciada pelo prefeito, de congelar o Orçamento, a maior preocupação dos técnicos é estimar corretamente a queda de arrecadação, de modo a não comprimir demais áreas estratégicas. No caso da saúde, a idéia é destinar de 17% a 18% do total de recursos -ainda acima do piso legal de 15%. 

Despejo. Andrea Matarazzo continuará secretário das Subprefeituras, mas teve de limpar as gavetas e deixar a sala de vice, que ocupava desde a ida de Kassab para o lugar de José Serra. Vice na chapa reeleitoral, Alda Marco Antônio (PMDB) será a dona do pedaço a partir desta quinta. 

The book is... A notícia de que José Dirceu fará um curso de inglês nos EUA em janeiro foi recebida com algum ceticismo por quem o conhece de longa data. O ex-ministro fala em aprender o idioma desde o tempo da guerrilha. No momento, ele descansa na praia do Carneiro (PE). Já almoçou com o governador Eduardo Campos (PSB) e com o prefeito de Recife, João Paulo (PT).



Tiroteio 

"Com o exílio de Paulo Lacerda em Lisboa, vai para além-mar a caixa-preta de todos os escândalos do primeiro mandato de Lula." 
Do deputado 
JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA), sobre a nomeação do ex-diretor-geral da PF, derrubado da Abin na esteira da Operação Satiagraha, para o cargo de adido policial da embaixada em Portugal.



Contraponto

Galo cantou

Encerrada a famosa sessão pré-recesso na qual os senadores atravessaram a madrugada e aprovaram 32 projetos, Arthur Virgílio chegou em casa exausto e, antes de se deitar, orientou a mulher a acordá-lo às 10h em ponto.
-Eu provavelmente vou reclamar, mas você insista. É muito importante-, advertiu o líder da bancada do PSDB.
O pedido foi acatado. O tucano de fato esperneou, mas, diante dos esforços da mulher, saiu da cama. Curiosa, ela perguntou o que havia de tão importante a fazer.
-Preciso estar preparado. Daqui a pouco você saberá...
Horas depois, com a base aliada desatenta, a oposição conseguiu derrubar os R$ 14,2 bi para o Fundo Soberano. Foi, porém, uma vitória efêmera. Dias depois, o governo providenciou o crédito por meio de medida provisória.

EDITORIAL - ESTADÃO

A crise do etanol

O Estado de S. Paulo - 30/12/2008
 

Alguns meses atrás, as atividades vinculadas à cana-de-açúcar eram tidas como as mais atraentes da economia nacional. Hoje, atravessam grave crise, especialmente as unidades que se dedicam à produção de álcool. Alguns projetos em fase de implantação foram suspensos, muitas empresas estão inadimplentes e poderão pedir concordata e a cana-de-açúcar plantada em grandes áreas pode não ser colhida.

O setor sucroalcooleiro não foi vítima direta da crise financeira internacional. Dela não sofreu mais que efeitos marginais. Essa crise tem origem no excessivo otimismo com que os produtores de etanol encararam suas possibilidades de exportação, incentivados pelo presidente Lula, certo de que convenceria os países ricos a importar um combustível que reduz a poluição e permite substituir em parte o petróleo - cujo preço, no início de 2008 apresentava uma curva de alta que parecia projetar-se por vários anos à frente.

Tanto a campanha pró etanol brasileiro não teve o êxito almejado quanto o preço do petróleo entrou em declínio.

O malogro deveu-se essencialmente à incapacidade do governo brasileiro de convencer os governos estrangeiros de que a produção da cana-de-açúcar não ocupava área suscetível de reduzir a oferta de alimentos, num momento em que, em razão da queda da produção alimentícia, o mundo se deparava com escassez de gêneros. Para a opinião pública externa, a área ocupada pela cana no Brasil poderia ter sido usada para aumentar a oferta de outros produtos. Além disso, era difícil que alguns movimentos de ecologistas esquecessem das disputas, no País, em torno dos malefícios da monocultura em certas regiões. O Brasil deveria ter-se preparado também para as críticas no exterior de que o corte da cana é obra de trabalho escravo, enquanto, na verdade, parte importante da colheita é feita por máquinas.

Teria sido necessário que, antes mesmo de querer exportar grande quantidade de etanol, o Brasil fizesse investimentos no exterior para promover os motores flex ou para exportar automóveis desse tipo e assim comprovar as vantagens desse combustível.

Os investidores certamente foram seduzidos pelos resultados potenciais. O preço médio do etanol em 2006 era de US$ 469,69 por m³, mas caiu para US$ 418,58 em 2007. Essa variação deveria ter sido observada pelos produtores que, no entanto, preferiram olhar os dados das exportações em 2008, que alcançaram US$ 2,227 bilhões nos 11 primeiros meses do ano ante apenas US$ 1,380 bilhão no mesmo período de 2007. O que não previram foi a rapidez da queda dos preços do petróleo, fator decisivo, pois o etanol só pode ser competitivo se o petróleo custar mais do que US$ 35 o barril, e que os usuários desse combustível precisam de uma faixa de segurança maior. Por outro lado, é preciso levar em conta também a evolução das exportações de açúcar, cuja produção é ligada à de álcool e que estão sofrendo também queda de preços.

A crise do setor pode ter efeitos sociais graves além do desperdício de investimentos que, em muitos casos, foram financiados com recursos externos e que, com a desvalorização do real, podem ter dificuldades de reembolso.

O problema maior, no entanto, será de caráter social. Os cortadores de cana-de-açúcar já sofrem atrasos no pagamento de salários e enfrentam a perspectiva de falta de trabalho na safra 2008/09, uma vez que os grupos produtores poderão, segundo o ex-ministro da agricultura Roberto Rodrigues, passar dos 200 atuais para 50 nos próximos cinco anos.

O governo não conseguiu, como esperava, transformar o etanol em commodity cotada no mercado internacional, como o petróleo. No entanto, não pode permanecer apenas como simples espectador da crise atual.

Se realmente acredita que o etanol tem futuro no mercado internacional, e que o preço do petróleo voltará a subir, sem, porém, alcançar o nível absurdo do início de 2008, deve constituir estoques de etanol e melhorar o marketing do produto. A compra de uma refinaria no Japão representa um passo positivo nessa direção.

CELSO MING

Os pinotes do petróleo


O Estado de S. Paulo - 30/12/2008
 

Quem aprecia os pinotes de barriga e de traseira que as bestas exibem nos rodeios deve ter se impressionado com o que aconteceu ontem no mercado global do petróleo.

Os preços saltaram logo no início do dia, foram valentes corcovadas que ultrapassaram os US$ 42 por barril em Nova York - alta de 11,9%, uma enormidade para um único dia. Mas, depois, voltaram a despencar para os US$ 37,50. No entanto, quando tudo parecia ficar por aí, fecharam o dia pouco acima dos US$ 40, com alta de 6,2%.

Essas convulsões têm alguma coisa a dizer a quem se interessa por economia e assuntos afins. Nos últimos cinco meses, as cotações do petróleo haviam despencado 75%. Foi a ação devastadora da crise que, com golpes de variada importância, atingiu não só o petróleo, mas praticamente todas commodities. (Veja o gráfico.)

Quem é do setor do petróleo está sendo obrigado a operar com estoques quase zerados. Isso vai sendo determinado por duas principais razões. Primeira, porque a crise derrubou o consumo, os preços derreteram, como ficou dito, e trabalhar com estoques elevados, quando a tendência dos preços é de baixa, equivale a perder dinheiro. É ter de comprar mais caro hoje para revender mais barato amanhã.

A segunda razão pela qual os estoques globais estão zerados ou perto disso é o bloqueio global do crédito. Estoque exige financiamento e, com financiamento estancado, não há como financiá-lo ou fica caro demais.

Estoques muito baixos numa terra em transe econômico provocam fenômenos como o visto ontem. 

A primeira reação dos agentes do petróleo, que estão com estoques baixos, foi de quase pânico porque a violência dos ataques na Faixa de Gaza poderia provocar dois problemas: destruição de instalações (poços, oleodutos, reservatórios e refinarias) e brusca interrupção no fornecimento a título de revide por parte de alguns importantes fornecedores árabes.

Além disso, reforçaram-se os rumores de que a China já começou a aproveitar os preços mais baixos para fazer provisões físicas de petróleo.

A estocada de ontem também demonstrou que o mundo vive hoje um vácuo de poder no país mais importante do mundo, o que deixa soltas algumas das bruxas mais raivosas. 

Depois, os preços recuaram porque, agora se vê, tanto pânico talvez não se justifique. Quase tudo isso é muito subjetivo.

Alguma coisa do que foi dito acima não vale apenas para o mercado do petróleo. Vale para a maioria das commodities, especialmente alimentos. No mundo inteiro os negócios estão sendo administrados de maneira a manter os estoques o mais baixo possível. Qualquer traço fora das projeções pode provocar solavancos. 

Curiosamente, ninguém mais gasta argumento acusando os dirigentes políticos ou os produtores de desviarem terras antes destinadas à produção de alimentos ou de desviarem matéria-prima (milho) para a produção de biocombustíveis (especialmente álcool). Os preços dos alimentos caíram 29% de junho até agora, ninguém está se queixando de falta de alimentos e, no entanto, os biocombustíveis continuam sendo produzidos como antes. 



Confira

Bom sinal - A queda da inflação medida pelo IGP-M traz duas boas notícias: a de que a alta do dólar está sendo neutralizada pela baixa das commodities e a de que o custo de vida (IPCA) pode apontar inflação mais baixa nesta virada de ano.

ILIMAR FRANCO

Fato consumado

Panorama Político

O Globo - 30/12/2008
 

O governo apostou mais uma vez no fato consumado ao editar medida provisória para capitalizar o Fundo Soberano. Mesmo que o STF aceite pedido da oposição e considere a MP inconstitucional, o governo já vai ter garantido os R$14,2 bi para a poupança fiscal. "A oposição está chorando o leite derramado, quer fazer terceiro turno", diz o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). 

Quanto pior, melhor? 

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirma que o governo tenta driblar o Legislativo e o Judiciário ao editar essa medida provisória. Apesar de ter recorrido ao STF, ele minimiza a criação do Fundo Soberano. "Esse pessoal não gasta nem o dinheiro que tem, não consegue nem executar o PAC, imagina esse fundo", disse o tucano. Já a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) reclama que a oposição faz discursos acusando o governo de minimizar a crise e agora estaria contra um instrumento para minimizar seus efeitos. "Comparado com o que os outros países fizeram, isso não é nada. O que são R$14 bi fiscais?", questiona ela. 

Não se cassa um governador de estado como quem tira água do pote" - Domingos Dutra, deputado (PT-MA), elogiando o TSE por ter adiado o julgamento do pedido de cassação do governador Jackson Lago (MA) 

Chopinho 

E o governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves, está fazendo escola. Seu colega José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal, curtiu o domingo no Rio. Bateu ponto no Bracarense, tradicional botequim do Leblon. 

Reforma política 

No momento em que o presidente Lula voltou a cobrar ontem contrapartida dos prefeitos em áreas como saúde e educação, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, diz que o problema é a falta de comunicação entre os 
orçamentos dos municípios com os de estados e o da União, no que diz respeito a investimentos. E defendeu a coincidência de mandatos entre prefeitos, governadores e presidente da República. 

De olho no Senado 

O presidente Lula está acompanhando de perto o imbróglio que virou a sucessão no Senado. Vai marcar nova reunião com a cúpula do PMDB, na segunda semana de janeiro, e quer ouvir o senador José Sarney (PMDB-AP) antes, separadamente. Vai perguntar mais uma vez se ele não quer ser candidato à presidência do Senado. O presidente Lula tem pedido relatos sobre a disputa, que, por enquanto, é entre Tião Viana (PT-AC) e Garibaldi Alves (PMDB-RN). 

MESMO COM a crise, o Ministério do Turismo comemora aumento de R$400 milhões em seu
orçamento de 2009, graças a emendas parlamentares. 

O SENADOR Romero Jucá deu o troco ontem ao 
ministro Paulo Bernardo, que pegou no seu pé ao vê-lo em um shopping, sexta-feira. Ligou às 13h30m, mas o ministro estava em trânsito. "Ele engavetou meio expediente", disse Jucá, brincando. 

O DEPUTADO Otávio Leite (PSDB-RJ) penava ontem em Brasília tentando empenhar suas emendas ao 
Orçamento de 2008. "Natal é o nascimento de Jesus, mas isso aqui é a Via Crucis", disse ele.

Sem polêmica 

O presidente Lula pretende visitar as obras das usinas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, até o início de março. Ele não foi ao lançamento por causa da contestação, pela Odebrecht, da mudança do local de Jirau após a licitação. 

TUDO IGUAL


TERÇA NOS JORNAIS

JORNAIS NO BRASIL E NO MUNDO


Jornais nacionais

Folha de S.Paulo
Israel se declara em "guerra total"

Agora S.Paulo
Explode concessão de aposentadoria por invalidez em 2008

O Estado de S.Paulo
Israel avança em 'guerra aberta' contra o Hamas

Jornal do Brasil
Estradas matam 180% a mais no feriadão

O Globo
Israel decreta guerra total; ataques já mataram 350

Correio Braziliense
Mais turistas de Brasília caem no golpe do abadá

Estado de Minas
Lacerda anuncia a demissão de 250 assessores

Diário do Nordeste
Estado reduz IPVA e muda pagamento dos servidores

Extra
Financeiras, bancos e lojas oferecem vantagens para quitação de dívida

Correio do Povo
Inter e Grêmio garantem projetos

Zero Hora
Câmara de Vereadores aprova projetos dos novos estádios da dupla Gre-Nal

Jornais internacionais

The New York Times (EUA)
Não há fim próximo para "guerra total" contra o Hamas em Gaza

The Washington Post (EUA)
"Guerra-total" declarada ao Hamas

The Times (Reino Unido)
Israel quer varrer Hamas do poder

The Guardian (Reino Unido)
"Eu não via nenhuma de minhas meninas, somente uma pilha de tijolos"

Le Monde (França)
O exército israelense preparado para uma ofensiva terrestre

China Daily (China)
Mortes em Gaza passam de 360 no terceiro dia de ataque israelense

El País (Espanha)
"Guerra-total contra o Hamas"

Clarín (Argentina)
Um kirchnerista duro na frente da AFIP