terça-feira, janeiro 13, 2009

PARA...HIHIHIHI


O BALÃO E O COCO

O pirralho estava brincando pelo apartamento com um destes balõezinhos de festa de aniversário. Chutava prá cá, chutava prá lá, até que o balão acabou entrando no banheiro e foi cair justamente dentro da privada. Ele chegou, espiou a bola molhada, ficou com nojo e deixou a danada ali mesmo.

Pouco tempo depois seu pai entrou para se “desocupar” e nem notou a bola. Ficou ali, sentado, lendo jornal, enquanto fazia o serviço. Ao terminar, olhou horrorizado para o vaso sanitário. Suas fezes haviam coberto todo o balão e a impressão que se tinha era de um imenso, um absurdo, um gigantesco bolo fecal! Sem acreditar naquilo, ligou dali mesmo, pelo celular, para o seu amigo que era médico:

- Geraldo, eu enchi a privada de bosta. Nunca vi tanta assim na minha vida! Tá quase passando do limite do vaso! Acho que eu devo estar com um algum problema sério!
- Que isso, Anselmo, cê tá exagerando!
- Que exagerando, o quê, meu! Eu tô olhando pra esse “merdel” todo agora! Tem uns 15 quilos de cocô na privada, Geraldo! Eu devo estar doente!
- Bom, eu já estava mesmo indo pra casa; aproveito e passo aí que é caminho!

O médico chega e vai direto ao encontro do amigo, que estava na porta do banheiro esperando.

- Olá, Anselmo, cadê o negócio que vo... NOSSA MÃE DO CÉU! O que é isso? O que você comeu, criatura?
- Não falei?! Agora tá acreditando, né?!
- Nossa! Isso é inacreditável!
- E então, será que eu tenho algum problema sério?!
- Olha, o melhor é eu pegar uma amostra desse cocozão e mandar para análise!

O médico saca uma pequena espátula e um frasco esterilizado de sua maleta e quando espeta o “bolo” para coletar uma amostra do material... BUMMM !!!!

A bexiga estoura e voa merda pra tudo que é lado!

Seguem-se intermináveis segundos de absoluto silêncio. Os dois, embosteados, se olham e, estupefato, o médico diz:

- Puta que pariu! Eu achava que já tinha visto de tudo nesta vida, mas peido com casca, nunca!

ARI CUNHA

A realidade do virtual


Correio Braziliense - 13/01/2009
 

Há de se reconhecer o trabalho das operações realizadas pela Polícia Federal em 2008. Entre elas, a Operação Satiagraha. O problema é que o banqueiro Daniel Dantas está adiante de nossas autoridades também em termos criptográficos. Foi um golpe de criptonita nos super-homens. Não conseguiram decifrar os códigos. Acabou-se a oportunidade de levar a operação até o fim. Já os computadores que sumiram da Petrobras misteriosamente, não devem ter dado trabalho aos ladrões para acessar todo tipo de informação. Há mais de 15 anos a população tem acesso à internet e até hoje não temos leis sólidas sobre o assunto — pedofilia, crimes contra o direito autoral, invasão de privacidade, disseminação de vírus. Não há regras que valham. Primeiro, o crime; depois, a busca por solução. Engatinha na Câmara há 10 anos um projeto do ex-deputado Luiz Piauhylino. Já foi enviado ao Senado e devolvido à Câmara. Agora, ou os deputados aceitam ou rejeitam as propostas acrescidas pelos senadores. O que está gerando debates é a forma como foram definidos os crimes na internet. Com dupla interpretação, as propostas podem interferir na liberdade dos usuários que não têm conduta criminosa. Confunde o crime organizado com tarefas corriqueiras. Como copiar músicas, por exemplo. Outro problema, rebatido pelo senador Eduardo Azeredo, é que, do jeito em que está, o texto parece acabar com a rede sem fio, ou conexões abertas. Na opinião do professor de Direito Penal da Fundação Getúlio Vargas Thiago Bottino, a redação dos artigos é ampla demais, o que restringe até a forma de penalizar ou tipificar o crime. Carlos Eduardo Sobral, da PF, que reprime crimes cibernéticos, declarou que a melhor proposta seria a de manter a liberdade tanto para navegar quanto para punir. Além disso, a lei precisa garantir maior velocidade de acesso da polícia aos dados para investigação. Se está dando margem a discussões, o saldo é positivo. Pelo menos, o Congresso deu o primeiro passo para punir crimes na internet. Há argumentos para resolver a questão, o que é um mérito.


A frase que não foi pronunciada

“No carnaval, o rei momo; no futebol, o femomo.”
Pedro Luis, flamenguista doente, pensando enquanto brinca com as palavras.


Até 2012 
Iniciado o processo de renovação do quadro dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Pouco conhecido da população, esse colegiado é o responsável por integrar políticas públicas, além de intermediar a vontade da sociedade no processo decisório sobre as águas. 

Susto 
No final de 2008, o plenário do Senado fez uma homenagem merecida ao Hospital Sarah Kubitschek. O susto foi durante o discurso do senador Pedro Simon. Ele disse que “o Hospital Sarah não era de primeiro mundo coisa nenhuma”. Depois explicou que o Brasil tem capacidade de ultrapassar o Primeiro Mundo quando gerencia com competência. 

Novidade 
Academias podem ser enquadradas como unidade produtiva da área de saúde. O deputado federal Otávio Leite acredita que com a profissão do professor de educação física regulamentada, a iniciativa seria pertinente tanto à segurança física dos frequentadores quanto jurídica do estabelecimento. 

Civismo 
Um projeto de lei (PL 2301/00) para fazer funcionar a lei (Lei 5.700/71). O deputado Lincoln Portela propõe que as escolas sejam obrigadas a executar o Hino Nacional. A diferença é a penalidade para as instituições que descumprirem a determinação. Uma pena a falta de patriotismo chegar a esse ponto. 

Oportunidade 
Campanha de utilidade pública do Conselho Nacional de Justiça é veiculada com o tema Começar de novo. Trata-se de tentativa de sensibilizar empresários e órgãos públicos para a necessidade de empregar ex-presidiários. 

Absurdo 
Não foi à toa que as obras na EPPN permaneceram sem a identificação das empresas. O estrago nos córregos do percurso é alarmante. A construção das pontes causou erosão na área. Vale a visita de ambientalistas para uma análise técnica. Cabe ao GDF cobrar das construtoras um serviço bem-feito. Já a população não tem como fazê-lo sem acesso aos nomes dos responsáveis. 

Em conta 
Vale a pena visitar o Albergue da Juventude de Brasília, dirigido por Herbert Pacheco. Qualquer pessoa pode fazer a carteirinha nacional e internacional de alberguista. Sem limite de idade. Com café da manhã e roupa de cama, a média cobrada por pessoa é de R$ 30. Há albergues por todo o país e várias partes do mundo.

História de Brasília

A Secretaria de Higiene deve interditar o Cruzeiro à vista de turistas. É que o lixo de muitos acampamentos está sendo despejado nas proximidades do local da primeira missa e o número de urubus é uma vergonha e uma humilhação. (Publicado em 20/1/1961)

ELIANE CANTANHÊDE

Bolivianas


Folha de S. Paulo - 13/01/2009
 

O Brasil foi, voltou e a qualquer hora vai de novo. Ou melhor: vai ter que ir, por causa da argumentação técnica e do bom senso. De que se fala aqui? Da compra de gás à Bolívia. 
O governo anunciou na sexta de manhã o desligamento de praticamente todas as usinas termelétricas e corte de boa parte da importação do gás boliviano. Com bons motivos: afinal, a chuva torrencial encheu os reservatórios das hidrelétricas, mais baratas e menos poluentes. Tudo resolvido? Não. 
Horas depois, a guinada: três usinas seriam religadas e o Brasil compraria até 4 milhões de metros cúbicos a mais por dia do vizinho muy amigo. O que houve? A chuva acabou? Os tanques furaram? 
Não exatamente. O que houve é que o assessor internacional, Marco Aurélio Garcia, e o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães foram agregados às reuniões com três ministros bolivianos, em Brasília. E os dois entronizaram a "questão geopolítica estratégica". A Bolívia é o país mais pobre da região... 
Como me disse Garcia, a solução foi "tecnicamente viável e politicamente conveniente para os dois lados". O Brasil fica adequadamente abastecido, e a Bolívia, vendendo bem para o maior país da América do Sul, não vai à bancarrota. 
Lula pode ir sem susto para a Bolívia na próxima quinta, pronto para ser muito bem recebido e ainda dar uma "canja" para a campanha de reeleição de Evo Morales, enquanto circula em Brasília um texto de uma página e meia do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) justificando a reabertura das termelétricas e mais gás boliviano. 
Há dois probleminhas aí. Primeiro: os motivos ali apresentados são puramente conjunturais e podem evaporar em semanas, ou meses. E, aí, corta-se o gás boliviano de novo, no recuo do recuo? Segundo: e se Rafael Correa (Equador) se animar com a equação do "politicamente conveniente"? Vai voltar à carga? Se vale para um, vale para todos. 
Aliás, como só tem acontecido.

DORA KRAMER

Falando às escuras


O Estado de S. Paulo - 13/01/2009


O ex-deputado Roberto Freire, presidente do PPS, assumiu o discurso, mas o receio de que a abertura oficial do debate sobre o fim da reeleição abra espaço para propostas de prorrogação de mandatos, plebiscitos ou atalhos por onde transitaria a possibilidade de o presidente Luiz Inácio da Silva disputar um terceiro mandato é mais amplo. 

Assola o PSDB, mais exatamente a seção paulista do partido, cujo líder maior, o governador José Serra, é também o mais empenhado defensor do fim da reeleição. Serra articula apoios à proposta há tempos e durante todo o ano de 2008 avisou a vários interlocutores - sendo o mais poderoso deles o presidente Lula - que o tema ganharia substância logo após as eleições municipais.

Dito, feito. Em dezembro, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou a proposta e a nova presidência deve instituir comissão especial para dar prosseguimento à tramitação. O atual presidente, Arlindo Chinaglia, favorável, já anunciara disposição de instalar.

Se o sucessor for Michel Temer o assunto também terá tratamento preferencial, pois o presidente do PMDB é a favor, segundo ele, tanto para facilitar o processo de escolha de candidatos dentro do PSDB quanto para encurtar o tempo que separaria Lula do fim deste governo e uma eventual candidatura futura.

O problema dos tucanos é que as coisas podem assumir rumos não desejados e provocar efeitos colaterais desastrosos. Ninguém, em sã consciência, apostaria hoje na hipótese de o Congresso abrir caminho ao terceiro mandato.

Mas a simples inclusão do assunto na agenda nacional já seria um fator de perturbação e sinal de anormalidade institucional. O presidente do PPS - um assumido aliado de Serra e do PSDB em 2010 - denuncia “articulação” em prol do terceiro mandato apontando o dedo aos governistas.

Realmente, foram eles (ou alguns poucos entre eles ) que manifestaram vontade de retomar a discussão a partir do debate sobre o fim da reeleição. Mas, convenhamos, quem criou a oportunidade foi o PSDB ao patrocinar vivamente nos bastidores a instituição de mandato único de cinco anos.

Se porventura a questão da continuidade vier a ganhar destaque, as inevitáveis críticas decorrentes não poderão deixar de alcançar a oposição.

A preocupação do ex-deputado Roberto Freire é legítima, tem fundamento e abrigo até entre aliados do presidente Lula. Mas conta apenas parte da história quando joga a responsabilidade sobre eventuais distorções do debate nas costas dos suspeitos de sempre. 

Recapitulando

Há mais ou menos cinco meses o delegado Paulo Lacerda foi afastado temporariamente da chefia da Agência Brasileira de Inteligência para permitir “maior agilidade” e “isenção” na investigação da autoria de escutas telefônicas ilegais, notadamente no telefone do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.

O ato se baseava na alegação do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de que a Abin teria comprado equipamentos para grampos, extrapolando suas atribuições.

As investigações, inicialmente limitadas em 30 dias, ainda não terminaram oficialmente, mas, extraoficialmente, o ministro da Justiça, Tarso Genro, diz que Paulo Lacerda será inocentado.

A denúncia de Jobim também caiu por terra.

Nem por isso Lacerda foi ou será reconduzido ao cargo, indicado que está para o posto de adido policial na embaixada brasileira em Portugal.

Tarso Genro afirmou, em entrevista ao Estado no domingo, que não há relação entre os dois fatos nem a ida para o exterior pode ser vista como um prêmio de consolação ou arranjo para aplacar os conflitos internos da Polícia Federal. Segundo o ministro, a presença de Lacerda em Lisboa é ditada pela necessidade do País.

Até por ser o delegado merecedor de tanta confiança é de se perguntar se não seria o caso de, senão lhe devolver o posto no Planalto, ao menos dar uma explicação oficial - de preferência convincente - sobre o caso dos grampos, a Abin, Paulo Lacerda e quejandos. 

Perfeita imperfeição

A capacidade do Legislativo de criar fatos negativos desafia até a lógica do calendário. No recesso seria de se imaginar que o Congresso desse uma folga.

Em menos de um mês, contudo, faltando ainda duas semanas para a volta ao trabalho, o Senado gera com afinco uma crise política - por iniciativa do PMDB - e a Câmara já serviu de plataforma de lançamento de declarações de guerra ao Judiciário - muito ativo para o gosto do Legislativo - e produziu dois vexames: a aprovação de gratificações adicionais para 3.500 funcionários e o aval da direção a um contrato de plano de saúde sem licitação, negociado pelo sindicato dos funcionários da Casa.

Este último ato com direito ao excesso do lobista da empresa à reunião da Mesa Diretora.

Nesse ritmo de trabalho, o Legislativo em breve atinge o grau máximo em matéria de degenerescência.

COLUNA PAINEL

Boas Festas


Folha de S. Paulo - 13/01/2009
 

Candidato a comandar por mais dois anos o Congresso Nacional, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) usou a verba reservada para a "divulgação da atividade parlamentar" na produção e veiculação de uma mensagem televisiva de 30 segundos na qual deseja "Feliz Natal" aos seus conterrâneos.
A peça foi ao ar entre 22 de dezembro e 1º de janeiro na InterTV, antiga Cabugi (retransmissora da Globo no Rio Grande do Norte), cujo controle societário registrado na Anatel contém nomes da família Alves. Sua produção ficou a cargo da Raf Comunicações, que já doou dinheiro para campanhas de Garibaldi e de seu filho Walter Alves (PMDB), deputado estadual.
Garibaldi usou dos cofres públicos, em dezembro, R$ 33 mil a título de "divulgação do mandato".

Déjà vu
Em 2007, o primo de Garibaldi, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), fazia ação semelhante na Câmara. Ele usava a verba de "divulgação do mandato" para produzir reportagens a seu respeito no jornal que controla, a "Tribuna do Norte". 

Outro lado
A assessoria de Garibaldi argumenta que não houve "desvio de finalidade" no uso da verba porque, além da saudação de fim de ano, a mensagem de 30 segundos representou também uma prestação de contas aos eleitores do Estado. Diz também que, apesar de já ter pertencido à família Alves, a TV potiguar hoje é majoritariamente controlada por um empresário do Rio de Janeiro. 

Chapéu
Sob ameaça cada vez mais forte de perder o apoio do PDT, a combalida candidatura de Aldo Rebelo (PC do B-SP) à presidência da Câmara ganhou um reforço do aliado PSB. Desde ontem, os socialistas estão recolhendo contribuição de R$ 1.000 entre os deputados para a campanha de Aldo. Já contrataram uma empresa de assessoria de imprensa. 

Plataforma
O governador José Serra (PSDB) reunirá prefeitos e secretários de Saúde -área em que foi ministro- dos 645 municípios do Estado em fevereiro. Oficialmente, a pauta do encontro é criar uma agenda de ações conjuntas para "prevenção". 

Má impressão
Lula vetou integralmente uma das principais bandeiras do setor gráfico, o projeto de lei aprovado pelo Congresso que discriminava por quem os serviços seriam tributados, se por Estados ou por municípios. O argumento do governo é que o projeto traria perda de arrecadação aos municípios. 

Clientela
O Banco Votorantim, que teve metade de seu capital comprado pelo Banco do Brasil, é um grande doador de campanha para petistas influentes. Em 2006, deu R$ 1 milhão para a campanha de Lula, R$ 1 milhão para a do senador Aloizio Mercadante ao governo paulista e mais R$ 200 mil para a do presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP). 

Arrasta-pé
O forrozeiro Lázaro do Piauí, criador do jingle "Deixa o homem trabalhar", hit da campanha de Lula em 2006, será a estrela da festa de aniversário do PT, em fevereiro, e promete novas canções mencionando programas federais. Dilma Rousseff (Casa Civil) é presença certa no evento. 

Sacoleiro
Munido de uma grande bolsa, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) aproveitou a concentração de políticos ontem na Couromoda para distribuir exemplares do seu indefectível "Renda Básica de Cidadania". 

Bola de neve
A confusão sobre o plano de saúde da Câmara continua. A Agência Nacional de Saúde alertou o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), de que o plano dos servidores concursados está sob suspeita por não ter havido licitação. O petista reuniu-se ontem à noite com o presidente da ANS, Fausto Santos, para achar uma saída.

Tiroteio

"O Lula mostra novamente que se comporta mais como animador de auditório do que como presidente. Daqui a pouco vai estar jogando dinheiro que nem o Silvo Santos."

Do senador ALVARO DIAS (PSDB-PR), sobre a brincadeira em que Lula "ameaçou" atirar um sapato nos jornalistas.

Contraponto

Viagem ao fundo do mar

O presidente Lula retomou ontem os compromissos oficiais depois de 12 dias de férias. Bem-humorado, brincou com os jornalistas durante um evento de produtos de couro, em São Paulo, dizendo que o governador José Serra (PSDB) tinha ido "pegar sol em Washington". Momentos depois de simular o arremesso de um sapato nos cinegrafistas e fotógrafos, Lula falou do mergulho na praia de Atalaia, em Fernando de Noronha (PE):
-Vocês viram o mergulho que dei no mar?-, perguntou ele aos jornalistas.
Depois de alguns segundos, emendou:
-Fui tão fundo que quase bati lá no pré-sal!

ILIMAR FRANCO

Centrais divididas

Panorama Político 
O Globo - 13/01/2009
 

As centrais sindicais dos trabalhadores vão entrar divididas hoje na reunião com os empresários, na Fiesp, para debater medidas contra a crise. O setor patronal está fechado com a proposta de flexibilizar a legislação trabalhista. Já o presidente da CUT, Artur Henrique, está batendo na Força Sindical: "Acordo sem luta é inaceitável". Ele critica acordo fechado por sindicatos da Força que combina redução da jornada e de salário. 

Centrais criticam Mantega 

As centrais dos trabalhadores estão unidas apenas no que se refere à postura do governo Lula. Todas elas cobram do governo que exija a manutenção dos empregos para socorrer as empresas. "Eles tinham se comprometido, mas o (Guido) Mantega continua fechando benefícios sem contrapartida para os trabalhadores. O governo não avançou nada", critica o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força. Por causa disso, a expectativa é de que em janeiro os números do emprego sejam ainda piores que os de dezembro, cuja estimativa do Ministério do Trabalho é de 600 mil postos fechados. 

Se Garibaldi Alves for mesmo candidato à presidência do Senado, por razões potiguares votarei nele" - José Agripino, líder do DEM no Senado

CAMPANHA ANTECIPADA. Como a propaganda é a alma do negócio, o governador José Roberto Arruda (DF) está faturando em cima da reforma do estádio do Bezerrão. A obra foi feita de olho na Copa de 2014 e, pelo visto, na reeleição de Arruda ou na sua ida para o Senado. No amistoso entre o Gama e o Atlético Goianense, sábado, via-se uma imensa faixa onde lia-se: "Obrigado Arruda pelo novo Bezerrão".

Battisti 

O jurista Dalmo Dallari enviou parecer ao ministro Tarso Genro (Justiça) contra a extradição do italiano Cesare Battisti. Tarso vai decidir nesta semana. Dallari diz que os supostos crimes seriam políticos, e o julgamento, irregular.

Na sala de espera 

Está na Casa Civil a indicação para a recondução de Alayde Sant"Anna para a Ouvidoria da Anac. É a única sobrevivente da antiga direção da agência, que foi toda para o espaço depois que um acidente com a TAM evoluiu para o caos aéreo. 

Esperneio 

O ministro Fernando Haddad (Educação) ameaçou pedir demissão, em reunião com o 
ministro Paulo Bernardo (Planejamento), no fim do ano passado, devido ao corte de R$1 bi em seuorçamento. Ficou acertado então que o governo baixaria uma portaria para que o MEC fique com os recursos da venda de imóveis da Rede Ferroviária Federal, neste ano, para compensar a tesourada. A portaria ainda não saiu... 

Aldo, Vieira e o sermão dos peixes 

O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) resolveu fazer uma campanha cercada de sigilo para a presidência da Casa. Diz que "a Câmara é um oceano infestado de tubarões" e que precisa proteger os seus. Em carta enviada aos deputados, cita o Sermão de Santo Antonio aos peixes, do padre Antonio Vieira: "A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros (...) Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos". 

O SENADOR José Sarney (PMDB-AP) já tem na ponta da língua sua fala quando se reunir com o presidente Lula. Vai perguntar se o presidente não quer que ele seja o presidente do Senado. 

OS CALL CENTERS das telefônicas, das TVs por assinatura e das empresas de ônibus são campeãs de reclamação. O ministro Tarso Genro (Justiça) decidiu visitar uma dessas empresas. 

NA COUROMODA, ontem, o governador José Serra e a ministra Dilma Rousseff conversaram enquanto o presidente Lula era paparicado na sala vip.

GAMBIARRA


TERÇA NOS JORNAIS


Globo: Prefeituras perdem verba de moradia por falta de projetos

Folha: GM começa demissão nas grandes montadoras

Estadão: Lula prevê trimestre difícil e promete 'inventar' obras

JB: Vem aí novo pacote anticrise

Correio: Lembra da bolsa-chefia? Eles querem mais...

Valor: Linhas externas voltam com prazo curto e custo alto

Gazeta Mercantil: Exposição a derivativos cai, mas risco persiste

Estado de Minas: E vem aí mais uma sapatada

Jornal do Commercio: Boa Viagem vai mudar em fevereiro