quinta-feira, novembro 27, 2008

ASPONES,MAMADORES,PARASITAS


Essa é a relação da vergonha  do serviço público. Vejam os vagabundos, apadrinhados de secretários, políticos etc. Estes ocupam os famigerados, CARGOS COMISSIONADOS, que também podem ser chamados de cargos da propina. Aí tem, mãe, filho, primo, pai, o caralho a quatro. 
Essa cambada, é apenas uma pequena parte do destrambelho. Ainda tem os afilhados sem parentesco, os "PAU MANDADO". É essa corja que faz o serviço sujo dos poderosos, são eles que intermediam as propinas (vejam o caso do filho da gorvenadora e sua trupe).  É  voce que sustenta, com seu imposto, essa vadiagem. Cuspa na cara desses filhos da puta. CHEGA!!!!!

MARIA CÉLIA PESSOA PORPINO - SESAP.
ANTÔNIO CARLOS MAGALHÃES ALVES - SAPE.
VICENTE DE OLIVEIRA NETO - SESAP.
ARINALDO VITOR MEDEIROS - SEARA - Subcoordenador.
EXPEDITO MENDES DE REZENDE - SEJUC.
CRYSTIANNE GRANDI FERNANDES - GAC.doc
LOURIVAL ROCHA JÚNIOR - GAC.doc
JOSÉ GERCINO SARAIVA MAIA - SETHAS.
ANA CRISTINA OLÍMPIO GUEDES - SETHAS.doc
JOSÉ DANTAS - SETHAS.doc
CHRYSTIAN CIRINO DE MEDEIROS - SESED.
MARIA VERÔNICA BORGES DA SILVA - SETHAS.doc
LÚCIA EDITE ARAÚJO MAIA - SEARH.doc
MARISTELA GOMES PINHEIRO - SEARA CG.doc
PEDRO PAULO ALVES GAAG - SESAP.
CÉLIDA Mª LINHARES DE LIMA LEITE - SECD - DIRED.doc
NICODEMUS FERREIRA DA SILVA - SETUR.
LÍVIA LOPES MATOS - SESAP.doc
WELSON ASSUNÇÃO RAMOS - SEPLAN.doc
SÂNZIA FERREIRA CAVALCANTI - SETUR.doc
JOÃO BATISTA DE MEDEIROS JÚNIOR - GVG.doc

LAURO JARDIM - RADAR

Quinta-feira, 27 de Novembro de 2008

VEJA ONLINE

REFORMA TRIBUTÁRIA

Foi para a gaveta

A reforma tributária vai ficar, mais uma vez, para depois. Para quando? Ninguém sabe. Após uma reunião hoje de manhã com a oposição, o relator, Sandro Mabel, aceitou jogar para a primeira quinzena de março o início da votação.    

A proposta da oposição é criar um grupo de trabalho para debater o texto nos próximos três meses.    

O PT continua defendendo publicamente o início da votação até o fim do ano - mas é discurso para inglês ver. O partido sabe que não consegue botar em plenário a maioria suficiente para votar o texto.     

O desânimo na base governista na Câmara é geral. "Acabou. Quem sabe em março, mas de 2011", ironizou um peemedebista.

Serra de olho
Quem desde ontem participa das reuniões entre Sandro Mabel, Antonio Palocci e líderes do PSDB, do DEM e do governo é o secretário de Fazenda de São Paulo, Mauro Ricardo.

ECONOMIA

A marolinha toma impulso

Uma reunião de avaliação realizada ontem na Fiesp constatou que a queda nas vendas chegou aos eletrodomésticos neste mês de novembro. Os números do encolhimento chegam a dois dígitos.

Em relação aos alimentos, nenhuma nuvem cinzenta por enquanto. As vendas estão estáveis.

GOVERNO

Lula, o notívago

Lula deixou o Palácio Laranjeiras às 2 horas na madrugada de ontem. Ele fora a um jantar que Sergio Cabral ofereceu ao presidente russo Dmitri Medvedev. O russo deixou o Laranjeiras pouco antes de uma da manhã. Mas Lula e Edison Lobão ficaram, ficaram, ficaram...
ECONOMIA

Aposta no concreto

Apesar da crise, a CSN Cimentos manteve o cronograma: estréia sua produção em dezembro e começa a distribuir o produto em janeiro.
FUTEBOL

Tempos difíceis 1

 busca do Corinthians por um patrocinador que substitua a Medial é inglória até agora. No Corinthians, alguns dirigentes acham que a BR/Petrobras poderia ser uma boa saída - afinal, se a estatal já patrocina o time de maior torcida do país, o Flamengo, por que não patrocinar o segundo mais querido? Além do mais, é o time de Lula.

Pois bem, é bom esses corinthianos tirarem o cavalinho da chuva.

A ordem na Petrobras é não fechar qualquer contrato além do que já tem com o Flamengo. Avalia-se que, se abrir uma exceção, acabaria tendo que patrocinar um time por estado.

Tempos difíceis 2
A propósito, a BR/Petrobras manterá em 2009 o contrato de patrocínio de duas décadas que tem com o Flamengo. Mas sem aumento. Ao contrário, os atuais 16 milhões de reais anuais ficarão mais enxutos.

JULIANO MACHADO

O Filtro


Revista Época - 24/11/2008
 

 

 

As opiniões e análises que importam para entender o mundo
 
Gregg Newton
TRIBOS 
Uma aldeia no Xingu, em Mato Grosso, Estado onde será iniciado o monitoramento


BRASIL

Sensores para encontrar índios

O governo usa nova tecnologia para localizar tribos isoladas – e mantê-las assim

O governo brasileiro vai usar sensores térmicos, instalados num jato, para sobrevoar a Amazônia e tentar localizar índios de tribos que tiveram pouco ou nenhum contato com nossa civilização. Os sensores seriam capazes de distinguir seres humanos pelo calor, em meio à mata fechada. O objetivo do monitoramento é justamente manter esses índios a salvo do assédio de fazendeiros e garimpeiros, sem que eles nem percebam a presença de “espiões”. “O Brasil decidiu, com sensatez, parar de tentar levar ‘ordem e progresso’ a esses índios e agora os deixa em paz”, diz a revista britânica The Economist. A mudança de atitude do governo também chamou a atenção do jornal The Guardian. “Por séculos, a política de integrar os índios à civilização só trouxe resultados desastrosos.”

 

 Reprodução


POLÍTICA EXTERNA

Os Estados Unidos da América do Sul

Continua em alta entre seus colegas sul-americanos a popularidade do presidente Lula – mas não a do país que ele governa. A revista Newsweek diz que o Brasil começa a ocupar um papel no continente que antes cabia aos Estados Unidos: o de “alvo número um”. O texto lembra recentes episódios de animosidade, como a expulsão da construtora brasileira Odebrecht do Equador, e tenta entender por que somos vistos agora como os “imperialistas”: “Com uma economia de US$ 1,3 trilhão e uma agenda política global, o Brasil destoa numa região assolada pela pobreza e por governos ineficientes (confira os números)”.

 

Damon Winter
OBAMA 
Ele tem com que se preocupar


ESTADOS UNIDOS

Supremacia em xeque

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, prepara-se para administrar um país que não vai mais “dar as cartas” da forma como estava acostumado. E que, a partir de agora, terá “menos poder num mundo multipolar como não se via por décadas”. A previsão sombria é do próprio governo americano, em um relatório do Conselho Nacional de Inteligência que projeta o cenário global até 2025. O The Washington Post diz que “a ascensão de potências nucleares e a escassez de recursos naturais” contribuirão para o declínio dos EUA.

 

 Reprodução
NOS JORNAIS 
O plano de paz da Palestina virou anúncio de página inteira




ORIENTE MÉDIO

O anúncio da OLP nos jornais de Israel

A organização para a Libertação da Palestina decidiu apresentar sua proposta de paz aos israelenses sem a intermediação de governos ou autoridades. Na terça-feira passada, publicou um anúncio, em hebraico, com suas propostas nos maiores jornais de Israel – Haaretz,Yediot Ahronot e Maariv. O texto é ilustrado com 57 bandeiras de países árabes ou muçulmanos (mas sem o Irã). A iniciativa foi vista como uma tentativa de influenciar o cenário das eleições israelenses, em fevereiro.

CÁSSIO SCHUBSKY

Servidores e serviçais


Folha de S. Paulo - 27/11/2008
 

Perdura uma forma de tratamento antiquada: "o nobre senador", "o nobre deputado"... A que "Suas Excelências" se referem?

DUZENTOS ANOS depois de sua chegada ao país, fugindo de Portugal, a família real volta ao Brasil, com toda a força, desta feita por meio de relatos históricos ou jornalísticos. 
A sensação, de alguma forma, é a de que nosso passado nobre -com reis e vice-reis, barões, marqueses e fidalgos de toda sorte, travestidos de servidores públicos- ressurgiu, de repente, depois de décadas de recolhimento. A verdade, no entanto, é que essa herança histórica, colonial e imperial nos assombra desde sempre, como resquício mal deglutido, incompreendido, nebuloso. 
Veja-se, por exemplo, o caso do Congresso Nacional. Nas duas Casas legislativas -no Senado e na Câmara dos Deputados-, bem como nos Parlamentos estaduais e municipais, perdura, entre os congressistas, uma forma de tratamento antiquada e, por isso mesmo, das mais significativas: "o nobre senador", "o nobre deputado", "o nobre vereador". 
A que, exatamente, estarão "Suas Excelências" se referindo? "É a tradição, faz parte dos usos e costumes do Parlamento", alegarão alguns para justificar tanta nobreza. Certo. Mas tradições existem para serem modificadas -do contrário, os "nobres parlamentares" continuariam a se utilizar de uma indumentária cheia de rendas e babados, incluindo, quiçá, alvas e encaracoladas perucas, um bom punhado de talco e ruge e cheirariam rapé no meio das sessões legislativas... 
"Questão meramente semântica", objetarão outros. "Pouco importa a forma pela qual deputados e senadores se tratam entre si, o que conta é como agem." É de desconfiar, no entanto, que o alheamento que muitos de nossos "nobres parlamentares" vivem a demonstrar com relação aos anseios populares seja irmão gêmeo de sua atitude ensimesmada, mais de olho em interesses próprios de fidalgos do que nas aspirações nacionais. 
Como se a função pública -mesmo quando fruto do voto- fosse uma benesse, uma prebenda, um bem pessoal a ser usufruído sem nenhuma prestação de contas ao eleitor, sem respeito ao programa partidário e aos mandamentos constitucionais. 
Ainda bem que vivemos em uma República, em que quem governa é o presidente, com pleno funcionamento do Congresso Nacional. E, como todos sabemos, o chefe do Poder Executivo só legisla por meio de medidas provisórias em caso de relevância e urgência, como reza a Constituição, não é mesmo? Aqui não temos mais dom João, dom Pedro ou dom José, tampouco dom Fernando, nem sequer dom Luiz. Quem elabora as leis é o Congresso livre, formado por "Suas Excelências", os "nobres parlamentares", legítimos representantes do povo. É deste, diga-se, que emana todo o poder, como, aliás, estabelece a Constituição Cidadã, já no artigo primeiro. Há quem diga que nos faltou uma revolução popular, como ocorreu na França, ou uma verdadeira guerra de independência, a exemplo da norte-americana, para dar cabo de um passado aristocrático, que continua nos atando a uma realidade anacrônica, com seu viés autoritário e antidemocrático. Nossa República é fruto de um golpe de Estado; de fato, a corte passou bem longe da guilhotina, da forca e dos fuzis. 
De outro lado, haverá quem possa argumentar que a Inglaterra ou a Espanha, sem falar no Japão, países ditos adiantados, são monarquias constitucionais e que, ali, todo título de nobreza integra o poder, com naturalidade. É verdade. Como é verdade, também, que somos (em tese) uma República e que, portanto, não temos mais (em tese) monarcas nem nobres. 
É de notar que, também no exercício de diversas funções públicas, mesmo quando legitimadas por concurso, continua imperando a atitude soberba e fidalga de muitas "Excelências", mais apegadas à liturgia do cargo do que às demandas da cidadania. 
Há nesses casos, também, resquícios de um passado aristocrático, quando os funcionários eram nomeados ao bel-prazer dos poderosos, um misto de sinecura e compartilhamento da riqueza a serviço do governante de plantão e de seus asseclas -fato até bem recentemente observado em muitas carreiras que nem sequer tinham concurso público. 
Ainda hoje não faltam servidores (serviçais?) sempre ávidos por usufruir das lambanças públicas (privadas?). Sem falar nos cargos de confiança que tanta desconfiança geram, em um triste espetáculo de avidez pelo bem comum. 
Tradição e passado devem servir à compreensão histórica, não para justificar a repetição perpétua de (maus) hábitos. Afinal, o que é mais nobre, Excelências: servir aos poderosos e a si mesmos ou, ao contrário, servir ao povo? Uma coisa é certa: há pouca participação popular em nossa democracia. Sobra nobre. Falta povo. 

CÁSSIO SCHUBSKY , 43, formado em direito pela USP e em história pela PUC-SP, é editor e historiador.

CLÓVIS ROSSI

O "homem do saco" e a crise


Folha de S. Paulo - 27/11/2008
 

Quando do lançamento do Plano Cruzado (1986), o então deputado Antonio Delfim Netto produziu uma daquelas suas corrosivas frases: "Se inflação não tem causa, então o plano dará certo". 
Como inflação tem causas, e como as causas não foram atacadas, o plano malogrou, depois de nove mágicos meses. 
A frase de Delfim me volta à mente agora toda vez que leio sobre o tsunami de ajudas que os governos do mundo todo estão concedendo ao setor privado. 
Se todos os problemas do mundo pudessem ser resolvidos nessa base, nunca haveria problemas no mundo. Bastaria, como agora, privatizar o dinheiro público e estatizar o risco. Bastaria botar para funcionar as máquinas impressoras das casas da moeda -e pronto, nunca haveria crise. 
Mas é como diz clássico refrão da economia que ninguém, a não ser por birra, é capaz de contestar: Não há almoço grátis. 
Algum dia, os zilhões de ajuda serão pagos, ou na forma de déficit público cada vez maior, que, por sua vez, tende a gerar inflação, que tende a gerar contração da economia ou desorganização; ou na forma de endividamento desorbitado, que, não custa lembrar, é a causa original da presente crise. 
O que torna a situação ainda mais dramática é a pergunta que James Horney, diretor de política fiscal federal do Center on Budget and Policy Priorities, de Washington, fez ao notável Sérgio Dávila: "Qual é a alternativa? Se o governo não se mexer para estimular a economia, o resultado poderá ser pior".
Quando era criança, me diziam que, se não me comportasse, viria o "homem do saco" e me pegaria. Hoje, vivem me dizendo que, sem esses pacotes todos, vem a "crise sistêmica" e me pega.
Nunca vi o "homem do saco". Alguém aí paga para ver se a "crise sistêmica" existe?

MÓNICA BÉRGAMO

Ponto...


Folha de S. Paulo - 27/11/2008
 

A próxima queda de braço da Anac será com o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB-MG). A agência colocará em consulta pública no começo do próximo ano a proposta de abrir o aeroporto central da Pampulha para vôos que liguem Belo Horizonte a cidades como São Paulo, Rio e Brasília. O governador é contra -e já disse isso à presidente da Anac, Solange Vieira. Ele quer manter os vôos exclusivamente no aeroporto de Confins.

...A PONTO 
E, apesar da oposição do governador do Rio, Sérgio Cabral, a Anac manterá o calendário para a abertura do aeroporto Santos Dumont, de onde as empresas aéreas pretendem fazer vôos diretos principalmente para Brasília e Belo Horizonte -além da ponte aérea com SP. Ele quer manter as rotas exclusivamente no Galeão.

MUTIRÃO 
A agência também marcou para o começo de dezembro a mudança para um novo prédio, de 22 andares, na avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, onde serão abrigados 1.400 funcionários.

ALERTA 
E o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) já alertou empresas aéreas e governo de que os atrasos de vôos no período de férias de fim de ano vão ser de, em média, 30 minutos na região de SP e Brasília; e de até uma hora no sul do país. Tudo por causa das chuvas de verão.

MEU BOLSO 
O presidente Lula pulou da poltrona ao ser informado de que o Ministério da Saúde pretende gastar R$ 60 milhões para veicular anúncios de prevenção à dengue. Pediu que seus auxiliares negociem para que as TVs e rádios coloquem a campanha de graça -já que ela é de utilidade pública.

DONA MARISA 
A direção do filme "Lula, o Filho do Brasil" convidou a atriz Juliana Baroni, que protagonizou "Dance, Dance, Dance", na Band, para interpretar a primeira-dama, Marisa Letícia. 
A atriz global Leandra Leal recusou o papel alegando problemas de agenda.

LINHA DA VIDA 
Os governos de Brasil e Uruguai vão assinar um acordo de cooperação para que a população que vive na fronteira dos dois países tenha acesso a serviços de saúde pública no país vizinho, como cesarianas e transplantes de órgãos. Os custos serão financiados pelo país de origem do paciente. A medida pretende evitar que a população percorra longas distâncias para se tratar.

ELIANE CANTANHÊDE

Feio e bonito

Folha de S. Paulo - 27/11/2008
 

No espaço de uma semana, três poderosos entraram na linha de fogo e foram atingidos. 
Ontem, o Supremo Tribunal Federal abriu ação penal contra o ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça. De magistrado, Medina passa a réu, por "indícios suficientes" de envolvimento num esquema de venda de sentenças judiciais para bicheiros e donos de bingos da chamada "máfia dos caça-níqueis". Feio, não é? 
Também ontem, o deputado Paulo Piau deu parecer favorável à cassação do colega Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) no Conselho de Ética da Câmara. Paulinho da Força Sindical -que estava convidado para um jantar de Lula com sindicalistas ontem mesmo- é suspeito em diferentes casos cabeludos de desvio de verbas, ora do BNDES, ora do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Feio, não é? 
E, na quinta-feira passada, o TSE decidiu cassar o mandato do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), e de seu vice, José Lacerda (DEM), sob a acusação de distribuição irregular de recursos públicos que seriam de... programas sociais. Feio, não é? 
Feio para eles. O importante é que os processos andam, são analisados, criam polêmica e têm consequência. Os suspeitos/acusados têm direito a ampla defesa e dão as explicações que julgam pertinentes, a população acompanha tudo e pode concordar ou discordar. 
Melhor assim do que inquéritos mirabolantes que custam fortunas, enroscam-se neles mesmos e acabam dando em nada. Ou quando -o que não é raro- acabam misturando réus e vítimas, acusados e acusadores, numa barafunda em que ninguém mais é capaz de saber quem é quem. Daí surgirem acusações e defesas igualmente inflamadas contra o investigado ou contra os seus investigadores. 
Quem quiser que vista a carapuça. E você, aí, que não é nem uma coisa nem outra, sabe muito bem de quem estamos falando, certo?

COLUNA PAINEL

Bode na sala


Folha de S. Paulo - 27/11/2008
 

Um dia depois de introduzir, no debate sobre a reforma tributária, a idéia de estabelecer um Imposto de Renda maior para os bancos, o governo ontem já dava sinais de que aceitará recuar da proposta, objeto de grande resistência na Câmara, em troca da ressurreição da CSLL. Extinta no relatório de Sandro Mabel (PR-GO), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido é um dos principais tributos cobrados dos bancos.
Enquanto ao Ministério da Fazenda interessa manter a CSLL por uma simples questão de receita, líderes da base aliada, especialmente petistas, argumentam que ela tem também um "valor simbólico". Afirmam que o fim da contribuição sobre os bancos fornece discurso para rejeitar a reforma como um todo.

Também quero
A chamada bancada dos computadores, com 170 deputados, faz pressão para que sejam incluídos na reforma os pólos especiais criados pela Lei de Informática para fabricação e montagem de componentes mediante incentivos fiscais.
Pedem o mesmo tratamento dispensado à Zona Franca de Manaus, que conseguiu duas décadas de sobrevida.

Romaria
Em reunião com Guido Mantega, a bancada de Mato Grosso do Sul reclamou que a mudança no sistema de tributação tira R$ 1 bilhão por ano da receita estadual com o gasoduto vindo da Bolívia.

Barrado
Jader Barbalho (PMDB-PA) tenta há seis meses obter visto de entrada nos EUA. O pedido vem sendo repetidamente rejeitado pela embaixada em Brasília. A razão para as negativas é uma investigação do FBI e da CIA sobre atividades do deputado.

Mico 1
Garibaldi Alves (PMDB-RN) e o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), foram ontem ao gabinete de Arlindo Chinaglia (PT-SP) na Câmara pedir ajuda para resolver a encrenca da MP das filantrópicas, que tantos elogios rendeu ao presidente do Senado na semana passada.

Mico 2
A tendência da Comissão de Constituição e Justiça do próprio Senado é concluir que o presidente não poderia ter devolvido a medida provisória ao Executivo sem o respaldo formal da Casa.

Mãe de todos
Apesar de os recursos para consertar os estragos das enchentes em Santa Catarina saírem de um leque de ministérios, o site do PT ontem dava todo o crédito da ajuda federal à sua presidenciável Dilma Rousseff.

Que tal?
Em conversa de corredor durante seminário realizado pelo PT de São Paulo, no final de semana passado, com prefeitos do partido, alguém lançou na roda os nomes de Antonio Palocci e Aloizio Mercadante como opções para a candidatura ao governo estadual em 2010. 

Voto contra
Eloi Pietá, prestes a concluir o segundo mandato em Guarulhos, descartou as duas sugestões.
"Quem já esteve envolvido em escândalo não pode." Pietá, que em 2006 apoiou Mercadante na disputa interna contra Marta Suplicy, agora aposta no ministro da Educação, Fernando Haddad. 

Assim não
A Assembléia de Minas recebeu ontem de volta de Carlos Calazans a medalha que lhe havia conferido em 2005. O ex-delegado regional do Trabalho do Estado tomou a decisão depois que a Casa concedeu a mesma comenda ao tucano Antônio Mânica, prefeito reeleito de Unaí e um dos suspeitos da chacina de fiscais do trabalho na cidade quatro anos atrás. 

Visita à Folha
Roberto Kupski, presidente da Febrafite (Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais), e Luiz Carlos Toloi Junior, presidente da Afresp (Associação dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo), visitaram ontem a Folha. Estavam com Nivaldo Nocelli, da ANN Comunicações. 

Tiroteio

Entre outros defeitos graves, essa reforma tributária descapitaliza a Previdência. Vai sucateá-la e por fim levar à sua privatização. 
Do deputado 
MIRO TEIXEIRA (PDT-RJ), sobre o relatório recém-aprovado em comissão especial da Câmara.

Contraponto 

Ao gosto do freguês

José Nery tentava concluir um discurso na tribuna do Senado, durante sessão dedicada ao "Pacto Global pela Cidadania da Infância", mas era insistentemente interpelado por Mão Santa. Sentado na cadeira de presidente, o peemedebista queria avisá-lo de que o tempo se esgotara.
-Gostaria de reclamar dessa campainha que está me infernizando!-, protestou o único senador do PSOL.
Em campanha para assumir uma vaga na Mesa Diretora no próximo biênio, Mão Santa foi solícito:
-Lamento que haja só esta campainha. Se você votar em mim, vou pedir para instalarem som de palmas...

ANCELMO DE GOIS

Decolando

O Globo - 27/11/2008
 

Segunda agora, começa a venda de passagens da Azul. 

A voadora assinou ontem o contrato de concessão com a Anac. O primeiro vôo parte dia 15, de Campinas.

Malha fina 

Os auditores do TRE que analisam as contas dos candidatos que disputaram as eleições municipais no Rio este ano deram parecer contrário à aprovação das prestações da candidata a prefeita Solange Amaral e dos vereadores eleitos Elton Babu, Carminha Jerominho e Alfredo Sirkis.

Pressão de volta 

O comando de Furnas mudou. Mas não a intenção da direção da companhia elétrica de substituir Sérgio Wilson Fontes na presidência do fundo de pensão Real Grandeza.

O IDIOTA

ALBERTO TAMER

Quem no Brasil teme a recessão?


O Estado de S. Paulo - 27/11/2008

Lá fora, todos correm,se assustam, arregaçam as mangas e enfrentam a recessão. Cortam juros, investem centenas de bilhões de dólares na produção, anunciam cortes de impostos para estimular a demanda e criar empregos. Estão com medo. Paulson fala em retração “dramática” da economia. Obama pede a Bush e ao Congresso, imediatamente, um pacote de estímulo fiscal, sinônimo de juro menor, para elevar a renda. Não há como esperar dois meses, até a posse. Pode ser tarde e o preço a pagar, inaceitável. O mundo lá fora se agita. Nunca se viu nada igual há mais de 60 anos.


NÓS NÃO TEMOS PRESSA

Aqui, reina a lentidão dos atrasados que não têm pressa. Estamos bem, diz o ministro da Fazenda, nos preparamos. Sim, mas para esta crise com proporções que ninguém previu?

“A crise é deles, não nossa, repete Lula, sempre que aparece um microfone à sua frente. “Eles, os ricos, é que são os culpados!” Sim, mas e daí? O que muda com o esse diagnóstico de estranha lucidez? Nós, o países emergentes, vamos sair mais fortes, proclama o presidente. Lula confunde “menos fracos” com “mais fortes”. E a diferença é grande. Vamos sair mais fracos, sim, e pouco ajuda saber que seja menos que eles. É uma espécie de “vamos que vamos nós que aqui nós seguramos.”

O governo continua iludido com os resultados de outubro, projetando-os para novembro e dezembro, como se nada tivesse mudado. Acho que não lêem as agências noticiosas, os jornais, desligaram a CNN, que só dá notícia ruim.

Ele esquece que a crise de crédito leva algum tempo para chegar à economia real. Não aquela do mercado financeiro, virtual, onde o dinheiro entra e sai sem ninguém o ver, mas a que investe em produção, cria empregos, demanda, atende ao mercado interno e exporta. Essa somente agora começa - sim, apenas começa - a sentir o choque.

As empresas já adiam investimentos e o consumidor, cauteloso, prefere poupar. Segue a onda mundial, onde, agora, se compra menos e guarda mais, um processo prudente, sim, mas, se generalizado, é o caminho mais curto para a recessão.

A sensação de insegurança precisa ser superada e isso não se faz só com palavras. Elas pretendem acalmar, mas só criam incertezas. A sociedade quer fatos e os poucos que vieram eram importantes, mas insuficientes porque o impacto externo é maior do que se previa.

VEJAM O QUE ELES FAZEM

As manchetes das agências e dos jornais americanos e ingleses de ontem mostram um cenário cada vez mais sombrio: “China faz o maior corte de juros em 10 anos e anuncia mais investimentos”; “União Européia propõe US$ 259 bilhões para estimular a demanda”; “Fed acrescenta US$ 800 bilhões para estimular o crédito”; “Economia americana recuou 0,5% e não 0,3% no trimestre”.

E vai aí por adiante, no Wall Street Journal, no Financial Times, na Reuters, na Economist, na Bloomberg. É o reflexo de uma crise que assusta porque ninguém conseguiu avaliar, ainda, a dimensão.

Quanto vai custar? US$ 3 trilhões, US$ 5 trilhões? Ninguém sabe. E muito menos nós. É certo apenas que o sistema financeiro ainda não está equilibrado. Vejam o City pedindo socorro e vendendo um pedaço para o governo.

Agora, é salvar o sistema e evitar que a economia também afunde. Estão todos convencidos de que a crise é séria, muito séria. Mas nós, não. Financiamos o sistema financeiro e pronto, está tudo resolvido.

E A REUNIÃO FOI SÓ ISSO

Sim, apenas mais uma reunião ministerial. Dizem até, em Brasília, que será a última dos 38 ministros neste ano; afinal, a crise já passou. O presidente mandou os ministros investirem o que resta de suas verbas ociosas.

Ora, senhores, estamos em dezembro! Já devia ter sido tudo investido! Falta apenas um mês para terminar o ano! Lula, Mantega e a sempre otimista Dilma afirmaram, depois dessa reunião de esperanças perdidas, que “o PAC, por antecipação, é o programa anticíclico da crise, veio antes dela.” 

PAC É POUCO E PAROU

Só que até agora o Plano de Ação Acelerada parou. Está provado que os recursos não foram totalmente aplicados. Querem ver? Do orçamento de R$ 17,9 bilhões do plano, foram empenhados R$ 10,8 bilhões, ou seja, 60,2%. Ora, não é tão ruim, podem dizer. É, sim, porque a maior parte dos desembolsos, de R$ 6,8 bilhões, corresponde a “restos a pagar”, isto é, dinheiro empenhado em 2007 (sim, do ano passado) e pagos só neste ano. E é com com pouco mais de R$ 5 bilhões do PAC anticíclico que vamos enfrentar a crise que assusta lá fora e ajudar a evitar a recessão, aquela ameaça que era “deles”. 

MAS HÁ MAIS DINHEIRO!

Sei que o governo federal havia destinado, ao todo, para este ano, investimentos da ordem de RS$ 42,3 bilhões; o PAC era apenas uma parte. Mas, aí, o cenário é o mesmo.Vejam: desse total, até o dia 7, só haviam sido empenhados R$ 20,7 bilhões, um pouco menos da metade e, atentem, desembolsado,liberado, investido, pago - escolham o verbo que quiserem que dá no mesmo - R$4,75 bilhões, ou seja, 11,24%.

Sei também que atrasar o PAC em dias calmos é até uma rotina - afinal, há tantos papéis a assinar! -, mas depender dele para sustentar o crescimento e evitar a recessão é um risco que não podemos aceitar.

PARA, EU QUERO DESCER!

Senhores de Brasília, o mundo está inquieto, assustado, corre celeremente para sair da crise, salvar a economia. Está provado que a recessão se alastra rapidamente e já nos ameaça. Podemos impedi-la.O mundo tem medo, está com pressa. E não podemos pedir para ele parar que queremos descer.

DORA KRAMER

De mau a pior


O Estado de S. Paulo - 27/11/2008
 

 

 
A Câmara dos Deputados passou o ano todo indo, voltando, virando e mexendo no projeto de emenda constitucional que altera o rito de tramitação das medidas provisórias. Embromando, seria o termo mais exato.

Na semana passada o presidente do Senado, Garibaldi Alves, deu um susto geral devolvendo de forma unilateral a MP de anistia às entidades filantrópicas, na terça-feira o Parlamento resolveu simular uma providência aprovando uma emenda que, na essência, não muda coisa alguma.

Ou, por outra, piora o que já estava ruim: conserva o poder de interdição da pauta do Legislativo nas mãos do Executivo, cria uma zona franca para o pedido de créditos suplementares e ainda livra o Congresso da responsabilidade constitucional de examinar os preceitos de relevância e urgência das MPs.

Hoje, uma medida provisória passa na frente de todos os outros projetos 46 dias depois de editada e paralisa a agenda até ser aprovada ou rejeitada. Pela nova regra, uma MP ganha prioridade no 16º dia de edição, mas pode perder essa condição se a maioria absoluta dos parlamentares (257 deputados ou 41 senadores) concordarem em inverter a ordem dos assuntos em pauta.

Em tese, o Congresso recupera a iniciativa e o poder sobre o andamento dos trabalhos. Na prática, fica tudo como está. O Executivo continua dono da chuva e do sol dentro do Parlamento.

Tendo a maioria e sendo ela ora subserviente ora fisiológica, de duas, uma: ou o governo sempre conseguirá mobilizar naturalmente sua base para impedir a inversão da pauta ou fará isso movimentando mais instrumentos de negociação caso a caso para assegurar a fidelidade da tropa.

Se o objetivo do Legislativo era reequilibrar a correlação de forças com o Executivo, o texto aprovado pela Câmara não dá motivo para comemoração. O Planalto ganhou mais uma vez.

Pode ser que venha a perder quando a emenda for a exame no Senado, onde a maioria governista é mais estreita e menos cordata. Mas, por enquanto está em vantagem.

No início, jogou duro contra qualquer mudança. A Casa Civil chegou a mandar uma proposta aumentando a validade de uma MP de 120 para 240 dias. Provocação pura.

Alertado para a necessidade de falar sério se não quisesse assistir a uma reforma para valer, o governo aceitou dar prosseguimento ao assunto, mantendo, porém, o trancamento da pauta como ponto de honra. Cláusula pétrea.

Pelo seguinte: se as medidas provisórias de alguma forma não paralisassem a pauta de votações não poderiam mais ser aprovadas em bloco e por acordo como ocorre atualmente. Nesse caso, o Executivo seria obrigado a tratar de cada medida em separado negociando a entrada na pauta e a aprovação do mérito.

Ou, então, diminuir o número de medidas provisórias. Como isso estava fora de cogitação, criou-se o inócuo atalho.

Essa é a parte, digamos, boa da história. A ruim impõe dois retrocessos: abre uma brecha para o pedido de créditos suplementares por meio de medida provisória para fugir das sentenças de inconstitucionalidade dadas pelo Supremo Tribunal Federal e extingue a exigência do exame de admissibilidade das MPs por uma comissão especial com poder de devolvê-las.

A comissão nunca se reúne, mas a prerrogativa de fazê-lo está lá, lembrando ao Congresso que ele não cumpre suas obrigações. Agora as medidas precisam de um parecer da Comissão de Constituição e Justiça que, seja qual for, não impede o curso da MP até o plenário.

Quer dizer, para o Executivo a situação é a mesma e para o Legislativo ficou bem mais confortável.

Honra da firma

O clima no governo não corresponde ao otimismo exibido depois da reunião ministerial de segunda-feira, da qual resultou uma "determinação" do presidente Lula para que os ministérios gastassem o dinheiro em caixa a fim de combater preventivamente os efeitos da crise econômica mundial.

A atmosfera tampouco é de pessimismo. Prepondera, na realidade, a incerteza. Ninguém sabe o que vem por aí em 2009. Por via das dúvidas, a ordem geral é manter o moral da tropa nacional elevado enquanto não se desenham com exatidão as conseqüências internas da crise externa. 

O objetivo do encontro foi puramente virtual. Até porque os investimentos em questão não dependem da palavra do presidente. Quem não gastou recursos previstos no Orçamento (menos da metade até novembro) não o fez por falta de "autorização" de Lula, mas por insuficiência de desempenho.

É inócuo também o incentivo governamental ao consumo porque no cotidiano ninguém organiza as respectivas despesas conforme orientação do Palácio do Planalto. 

Na política, contudo, o otimismo serve como antídoto ao baixo-astral que, como bem sabe o PT, quando se alastra pelo ambiente tende a desgastar o governo e favorecer a oposição. 

E, se o ambiente é de mandato em reta final, com mais velocidade as más profecias se tornam o motor de sua própria realização.

QUINTA NOS JORNAIS

Globo: Lula sobrevoa SC e libera R$ 2 bi

 

Folha: Terror mata 86 e faz reféns na Índia

 

Estadão: Obama cria comitê para enfrentar a crise

 

JB: 97 mortos, 78 mil desalojados e socorro de R$ 2 bilhões

 

Correio: Depois do puxão de orelha, BB baixa juros

 

Valor: FGTS terá participação em empresas de saneamento

 

Gazeta Mercantil: Crise ajuda empresas na recompra de bônus

 

Estado de Minas: Dengue põe sete cidades em risco