O ANTAGONISTA - 13/04
Lula, em janeiro de 2013, fez um périplo por Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, pago pela Odebrecht.
Ele acompanhou Alexandrino Alencar, o executivo que, segundo Alberto Youssef e outros dois delatores da Lava Jato, era encarregado de distribuir a propina da empreiteira.
Em sua reportagem, O Globo informa que, embora a viagem tenha sido paga pela construtora, Lula não possuía qualquer relação oficial com as atividades da empresa naqueles países.
O documento da Líder Táxi Aéreo, que forneceu o avião usado por Lula, mostra que o contratante exigiu discrição. No campo “passageiro principal” do formulário, o funcionário da Líder escreveu: “voo completamente sigiloso”.
Para evitar que fosse vinculada ao fretamento, a Odebrecht usou uma de suas parceiras para pagar a despesa: a DAG Construtora, da Bahia.
O dono da empresa, Dermeval Gusmão, primeiro negou ter pagado pelo voo. Anteontem à noite, porém, ele ligou para O Globo informou ter localizado um pagamento de 435 mil reais à Líder e disse que um de seus diretores pode ter feito isso a pedido da Odebrecht.
segunda-feira, abril 13, 2015
"Rainha, enfim" - VINICIUS MOTA
Folha de SP - 13/04
Premonitórias foram as palavras do publicitário João Santana logo após a primeira eleição de sua pupila Dilma Rousseff. Ela estaria fadada a ocupar "a cadeira da rainha", uma lacuna na "mitologia política e sentimental brasileira".
A profecia agora se cumpre. Como ocorre com o monarca no Reino Unido, Dilma Segunda se senta no trono, mas não governa. Acalentou personificar a força da mulher e das minorias, mas entregou o cetro a quatro homens brancos, que farão o oposto do prometido na campanha.
Esse arremedo de república (ou, caricaturalmente, de monarquia) parlamentarista é a resultante não controlada nem planejada de um processo político estrambótico, em meio à deterioração da economia e da popularidade presidencial e à eclosão nas ruas de um movimento de centro-direita.
O arranjo político deve, por um momento, estancar a sangria em que se converteu a governabilidade nos últimos 90 dias. A popularidade da presidente parou de piorar, há sinais de distensão no Congresso, e a agenda de centro-esquerda do PT foi trocada por uma de centro-direita, liberal na economia e conservadora nos costumes e na distribuição de danos.
Desse modo o "governo de fato" se sintoniza com o que parece ser o sentimento majoritário circunstancial da sociedade. Amolda-se também ao tacão dos credores do governo e do país, que exige recomposição mínima de equilíbrio financeiro.
Fruto do improviso, esse balanço exótico de forças, que faz de Dilma uma presidente-observadora, não apresenta resposta duradoura à crise. Uma camada de gelo fino se cristalizou sobre um mar tumultuoso que continua a agitar-se logo abaixo.
A degradação da renda e do emprego da população apenas se inicia e veio para ficar por um longo tempo. O escândalo da corrupção partidária ainda tem muitos cartuchos para queimar. Faltará pão para saciar a fome de políticos vorazes.
Premonitórias foram as palavras do publicitário João Santana logo após a primeira eleição de sua pupila Dilma Rousseff. Ela estaria fadada a ocupar "a cadeira da rainha", uma lacuna na "mitologia política e sentimental brasileira".
A profecia agora se cumpre. Como ocorre com o monarca no Reino Unido, Dilma Segunda se senta no trono, mas não governa. Acalentou personificar a força da mulher e das minorias, mas entregou o cetro a quatro homens brancos, que farão o oposto do prometido na campanha.
Esse arremedo de república (ou, caricaturalmente, de monarquia) parlamentarista é a resultante não controlada nem planejada de um processo político estrambótico, em meio à deterioração da economia e da popularidade presidencial e à eclosão nas ruas de um movimento de centro-direita.
O arranjo político deve, por um momento, estancar a sangria em que se converteu a governabilidade nos últimos 90 dias. A popularidade da presidente parou de piorar, há sinais de distensão no Congresso, e a agenda de centro-esquerda do PT foi trocada por uma de centro-direita, liberal na economia e conservadora nos costumes e na distribuição de danos.
Desse modo o "governo de fato" se sintoniza com o que parece ser o sentimento majoritário circunstancial da sociedade. Amolda-se também ao tacão dos credores do governo e do país, que exige recomposição mínima de equilíbrio financeiro.
Fruto do improviso, esse balanço exótico de forças, que faz de Dilma uma presidente-observadora, não apresenta resposta duradoura à crise. Uma camada de gelo fino se cristalizou sobre um mar tumultuoso que continua a agitar-se logo abaixo.
A degradação da renda e do emprego da população apenas se inicia e veio para ficar por um longo tempo. O escândalo da corrupção partidária ainda tem muitos cartuchos para queimar. Faltará pão para saciar a fome de políticos vorazes.
Peça decisiva - PAULO GUEDES
O GLOBO - 13/04
É importante interpretar as recentes iniciativas de poderes supostamente independentes para enfrentar a crise política e econômica que nos ameaça. Após cem dias de turbulência, o Executivo define finalmente sua estratégia. Encurralada pela crise de duas cabeças, a presidente Dilma Rousseff, que já havia convocado Joaquim Levy para a economia, entrega agora a coordenação política para Michel Temer. Dilma teve de executar esses dois movimentos, pois eram os que lhe restavam para promover o ajuste econômico e evitar o caos político.
"Dilma é a primeira presidente da República que não foi parlamentar. Ela não conhece o Congresso", havia criticado o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. "Dilma Rousseff confiou excessivamente em sua precária formação em economia. Tornou-se, portanto, indissociável do equivocado rumo tomado pela economia. Suas digitais estão em toda parte. A presidente tem de interditar a economista. Dilma deve se comprometer com a recuperação dos fundamentos fiscais, indicando pessoas com quem não gostaria de trabalhar e que provavelmente também não gostariam de trabalhar com ela", escrevi nesta coluna em novembro passado. Fomos ambos atendidos.
O Poder Legislativo ensaia uma agenda própria. Renan Calheiros quer examinar no Senado a independência do Banco Central. Eduardo Cunha quer levar adiante na Câmara de Deputados uma inadiável reforma política. Breve saberemos se o PMDB está apenas renegociando as condições de capitulação da presidente à velha política, oferecendo sustentação parlamentar e seguro presidencial contra impeachment a preços moderados ( ministérios do Turismo e da Pesca) quando comparados ao mensalão e ao petrolão. Ou, alternativamente, se está usando sua independência para aperfeiçoar nossas instituições.
Agora, a peça decisiva. Nossa transição do Antigo Regime para a Nova República dependeria então de uma aposta em menos oportunismo e fisiologia? Apesar da sensata sugestão de Cunha para a redução do número de ministérios, seria ingênuo contar com papas renascentistas para fazerem as reformas. Nossas esperanças estão agora com o Poder Judiciário. As atuações de Joaquim Barbosa, antes, e Sergio Moro, agora, são claras indicações de que há novas exigências éticas para o exercício da política
É importante interpretar as recentes iniciativas de poderes supostamente independentes para enfrentar a crise política e econômica que nos ameaça. Após cem dias de turbulência, o Executivo define finalmente sua estratégia. Encurralada pela crise de duas cabeças, a presidente Dilma Rousseff, que já havia convocado Joaquim Levy para a economia, entrega agora a coordenação política para Michel Temer. Dilma teve de executar esses dois movimentos, pois eram os que lhe restavam para promover o ajuste econômico e evitar o caos político.
"Dilma é a primeira presidente da República que não foi parlamentar. Ela não conhece o Congresso", havia criticado o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. "Dilma Rousseff confiou excessivamente em sua precária formação em economia. Tornou-se, portanto, indissociável do equivocado rumo tomado pela economia. Suas digitais estão em toda parte. A presidente tem de interditar a economista. Dilma deve se comprometer com a recuperação dos fundamentos fiscais, indicando pessoas com quem não gostaria de trabalhar e que provavelmente também não gostariam de trabalhar com ela", escrevi nesta coluna em novembro passado. Fomos ambos atendidos.
O Poder Legislativo ensaia uma agenda própria. Renan Calheiros quer examinar no Senado a independência do Banco Central. Eduardo Cunha quer levar adiante na Câmara de Deputados uma inadiável reforma política. Breve saberemos se o PMDB está apenas renegociando as condições de capitulação da presidente à velha política, oferecendo sustentação parlamentar e seguro presidencial contra impeachment a preços moderados ( ministérios do Turismo e da Pesca) quando comparados ao mensalão e ao petrolão. Ou, alternativamente, se está usando sua independência para aperfeiçoar nossas instituições.
Agora, a peça decisiva. Nossa transição do Antigo Regime para a Nova República dependeria então de uma aposta em menos oportunismo e fisiologia? Apesar da sensata sugestão de Cunha para a redução do número de ministérios, seria ingênuo contar com papas renascentistas para fazerem as reformas. Nossas esperanças estão agora com o Poder Judiciário. As atuações de Joaquim Barbosa, antes, e Sergio Moro, agora, são claras indicações de que há novas exigências éticas para o exercício da política
Deus salve a rainha! - RICARDO NOBLAT
O GLOBO - 13/04
Que maneira infeliz de celebrar os primeiros cem dias de governo! Seis em cada dez brasileiros consideram péssima ou ruim a administração de Dilma. Quase seis em dez acham que ela sabia da corrupção na Petrobras e nada fez. Para quase oito em dez, a inflação aumentará. Assim como o desemprego, para sete em cada dez. Dois em cada três são favoráveis à abertura de um processo de impeachment contra Dilma.
AS MANIFESTAÇÕES de rua são apoiadas por sete em cada dez. E se a eleição para a escolha do sucessor de Dilma tivesse ocorrido na semana passada, Aécio Neves teria derrotado Lula por 33% dos votos contra 29%, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. Dos seus vários bunkers em Brasília, a presidente só sai para lugares onde não corra o risco de ser vaiada. Se falar na televisão, pode deflagrar um panelaço.
O QUE DILMA fez para merecer isso? Mentiu. Apenas mentiu. Simples assim. O Brasil era um paraíso na propaganda dela para se reeleger. Menos de dois meses depois, o paraíso se evaporara. Dilma jurou que jamais faria certas coisas que só seriam feitas por seus adversários. Começou a fazê-las antes do fim do seu primeiro mandato. Mentiu de novo? Não. Era a mesma mentira. Tudo era uma mentira só.
UMA PESSOA QUE não ama seus semelhantes, ou que não sabe expressar seu amor por eles, não pode ser amada. Que o diga Jane, ex-criada do Palácio da Alvorada. Um dia, Dilma não gostou da arrumação dos seus vestidos. E numa explosão de cólera, jogou cabides em Jane. Que, sem se intimidar, jogou cabides nela. O episódio conhecido dentro do governo como "a guerra dos cabides" custou o emprego de Jane.
MAS ELA DEU sorte. Em meio à campanha eleitoral do ano passado, Jane foi procurada pela equipe de marketing de um dos candidatos a presidente com a promessa de que seria bem paga caso gravasse um depoimento a respeito da guerra dos cabides. Dilma soube. Zelosos auxiliares dela garantiram a Jane os benefícios do programa "Minha Casa, Minha Vida", uma soma em dinheiro e um novo emprego. Jane aceitou. Por que não?
Que maneira infeliz de celebrar os primeiros cem dias de governo! Seis em cada dez brasileiros consideram péssima ou ruim a administração de Dilma. Quase seis em dez acham que ela sabia da corrupção na Petrobras e nada fez. Para quase oito em dez, a inflação aumentará. Assim como o desemprego, para sete em cada dez. Dois em cada três são favoráveis à abertura de um processo de impeachment contra Dilma.
AS MANIFESTAÇÕES de rua são apoiadas por sete em cada dez. E se a eleição para a escolha do sucessor de Dilma tivesse ocorrido na semana passada, Aécio Neves teria derrotado Lula por 33% dos votos contra 29%, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. Dos seus vários bunkers em Brasília, a presidente só sai para lugares onde não corra o risco de ser vaiada. Se falar na televisão, pode deflagrar um panelaço.
O QUE DILMA fez para merecer isso? Mentiu. Apenas mentiu. Simples assim. O Brasil era um paraíso na propaganda dela para se reeleger. Menos de dois meses depois, o paraíso se evaporara. Dilma jurou que jamais faria certas coisas que só seriam feitas por seus adversários. Começou a fazê-las antes do fim do seu primeiro mandato. Mentiu de novo? Não. Era a mesma mentira. Tudo era uma mentira só.
UMA PESSOA QUE não ama seus semelhantes, ou que não sabe expressar seu amor por eles, não pode ser amada. Que o diga Jane, ex-criada do Palácio da Alvorada. Um dia, Dilma não gostou da arrumação dos seus vestidos. E numa explosão de cólera, jogou cabides em Jane. Que, sem se intimidar, jogou cabides nela. O episódio conhecido dentro do governo como "a guerra dos cabides" custou o emprego de Jane.
MAS ELA DEU sorte. Em meio à campanha eleitoral do ano passado, Jane foi procurada pela equipe de marketing de um dos candidatos a presidente com a promessa de que seria bem paga caso gravasse um depoimento a respeito da guerra dos cabides. Dilma soube. Zelosos auxiliares dela garantiram a Jane os benefícios do programa "Minha Casa, Minha Vida", uma soma em dinheiro e um novo emprego. Jane aceitou. Por que não?
LULA SE QUEIXA de Dilma porque ela não segue seus conselhos. Segue, sim. Só que às vezes demora. Para que abdicasse da maioria dos seus poderes, por exemplo, foi decisivo o bate-boca que teve com Lula no Palácio da Alvorada, em março último. A certa altura, Lula disse: "Eu lhe entreguei um país que estava bem..." Dilma devolveu: "Não, presidente. Não estava. E as medidas que estou tomando são para corrigir erros do seu governo".
A RÉPLICA NÃO demorou. "Do meu governo? Que governo? O seu já tem mais de quatro anos", disparou Lula. Os assessores de Dilma que aguardavam os dois para jantar e escutaram o diálogo em voz alta, não sabem dizer se ela nesse instante respondeu a Lula ou se preferiu calar. Um deles guardou na memória o que Lula comentou em seguida: "Você sabe a coisa errada que eu fiz, não sabe? Foi botar você aí".
FOI PRESSIONADA por Lula que Dilma entregou o comando da economia ao Ministro Joaquim Levy, da Fazenda, que pensa muito diferente dela. Foi também pressionada por Lula que delegou o comando da política a Michel Temer, seu vice, a quem sempre desprezou. Levy está sujeito a levar carões públicos de Dilma, já levou. Temer, não. Levy pode ser trocado por outro banqueiro. Temer, não.
LULA INVENTOU o parlamentarismo à brasileira para tentar impedir o naufrágio de Dilma. É sua última cartada para salvar a chance de voltar à Presidência em 2018.
A RÉPLICA NÃO demorou. "Do meu governo? Que governo? O seu já tem mais de quatro anos", disparou Lula. Os assessores de Dilma que aguardavam os dois para jantar e escutaram o diálogo em voz alta, não sabem dizer se ela nesse instante respondeu a Lula ou se preferiu calar. Um deles guardou na memória o que Lula comentou em seguida: "Você sabe a coisa errada que eu fiz, não sabe? Foi botar você aí".
FOI PRESSIONADA por Lula que Dilma entregou o comando da economia ao Ministro Joaquim Levy, da Fazenda, que pensa muito diferente dela. Foi também pressionada por Lula que delegou o comando da política a Michel Temer, seu vice, a quem sempre desprezou. Levy está sujeito a levar carões públicos de Dilma, já levou. Temer, não. Levy pode ser trocado por outro banqueiro. Temer, não.
LULA INVENTOU o parlamentarismo à brasileira para tentar impedir o naufrágio de Dilma. É sua última cartada para salvar a chance de voltar à Presidência em 2018.
COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO
VARGAS RECEBIA A COMISSÃO DEVIDA À AGÊNCIA
A ganância e a soberba levaram o ex-deputado André Vargas (ex PT-PR) a ser preso na 11ª fase da Lava Jato, acusado de receber propinas da agência de propaganda Borghi/Lowe. Controlada por estrangeiros, e por não entender esse sistema, a agência declinou do “BV”, espécie de comissão paga por fornecedores (gráficas, produtoras de TV etc), para evitar problemas com a Justiça. Vargas “cresceu o olho” para o “BV”.
BV NO BOLSO
Articulado com o vice-presidente da Borghi/Lowe, seu parceiro Ricardo Hoffmann, também preso, André Vargas recebia os valores do “BV”.
COMISSÃO POLÊMICA
Agências multinacionais declinam do “BV” temendo ilegalidade. O TCU acha que o valor deveria ser convertido em desconto para o governo.
ERA PROPINA MESMO
A suspeita da força-tarefa é que os repasses do “BV” a André Vargas, eram o pagamento pelo contrato milionário que ele garantiu na Caixa.
SOBERBA É PECADO
Certo da impunidade, Vargas usou suas empresas de fachada (com o irmão Leon), e emitiu notas fiscais à Borghi/Lowe no valor dos “BVs”.
ITAMARATY PUNE SABOIA POR ASSESSORAR TUCANO
O diplomata Eduardo Saboia não foi punido apenas pela coragem que falta a seus chefes, no Itamaraty, salvando a vida do senador boliviano Roger Molina ao favorecer sua fuga para o Brasil. A punição é atribuída no Itamaraty à retaliação do governo Dilma ao fato de Saboia ter sido convidado por um senador de oposição, Aloysio Nunes (PSDB-SP), para assessorar a Comissão de Relações Exteriores do Senado.
BUROCRACIA
A requisição de Eduardo Saboia já foi enviada pelo presidente do Senado ao governo, mas a Casa Civil não a retira da gaveta.
ANÃO DIPLOMÁTICO
A punição a um diplomata da estirpe de Eduardo Saboia apenas reforça a péssima imagem da atual política externa brasileira.
MEDO DE AVIÃO?
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, deve fazer o trajeto do Rio para Brasília de carro. Em 2 meses gastou R$15 mil em gasolina.
PIRATARIA NA EMBRAPA
Pesquisadores da Embrapa estão estarrecidos: o banco de dados dos recursos genéticos da área de animais tem sido compartilhado com os EUA, contrariando decretos presidenciais. Os americanos aproveitam as informações que são preciosas, porque Brasil é referência na área.
JOGO DE RISCO
Deputados ligados a Eduardo Cunha acham que Michel Temer na articulação é a “bala de prata” de Dilma. Mas se o governo desandar de vez, dizem eles, essa bala atingirá em cheio a cabeça do PMDB.
SIBÁ É GASTADOR
O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), torrou R$ 77,7 mil entre janeiro e março, com a verba indenizatória. Flaviano Melo, um conterrâneo do PMDB, gastou menos de um terço: R$ 24,2 mil.
MICHEL TEM A FORÇA
Para entender o novo papel de Michel Temer no governo: Dilma terceirizou para seu vice algumas das mais ambicionadas formas de exercer o poder, ou sejam, nomear, demitir e liberar emendas. A dúvida é saber por quanto tempo Madame vai aguentar isso.
SEM PAPO
Michel Temer ouviu de líderes aliados reclamações já conhecidas (e ignoradas) pelo Planalto: ministros resistem em receber parlamentares. Na última reunião, abriram fogo contra Arthur Chioro (Saúde).
CONVENIÊNCIA
O deputado Rubens Jr (PCdoB-MA) culpava o clã Sarney pelo caos no presídio de Pedrinhas. Mas agora que seu partido governa o Maranhão e a anarquia continua, ele diz sentir “cheiro de sabotagem”.
COLETA SELETIVA
Vem fracassando a coleta seletiva determinada pelo prefeito paulistano Fernando Haddad. Pena. Como em outras cidades, o lixo separado pela população acaba misturado nos caminhões que o recolhe.
INVESTIMENTO
Na contramão da crise, o polo de Manaus agora tem a primeira fábrica da Nippon Carbide na America Latina. A NCI atua no segmento de películas decorativas e autoadesivas. Investimento de R$ 8 milhões.
PENSANDO BEM...
...parlamentares devem examinar melhor a Lei da Terceirização, porque o eleitor anda louco para terceirizar suas excelências.
A ganância e a soberba levaram o ex-deputado André Vargas (ex PT-PR) a ser preso na 11ª fase da Lava Jato, acusado de receber propinas da agência de propaganda Borghi/Lowe. Controlada por estrangeiros, e por não entender esse sistema, a agência declinou do “BV”, espécie de comissão paga por fornecedores (gráficas, produtoras de TV etc), para evitar problemas com a Justiça. Vargas “cresceu o olho” para o “BV”.
BV NO BOLSO
Articulado com o vice-presidente da Borghi/Lowe, seu parceiro Ricardo Hoffmann, também preso, André Vargas recebia os valores do “BV”.
COMISSÃO POLÊMICA
Agências multinacionais declinam do “BV” temendo ilegalidade. O TCU acha que o valor deveria ser convertido em desconto para o governo.
ERA PROPINA MESMO
A suspeita da força-tarefa é que os repasses do “BV” a André Vargas, eram o pagamento pelo contrato milionário que ele garantiu na Caixa.
SOBERBA É PECADO
Certo da impunidade, Vargas usou suas empresas de fachada (com o irmão Leon), e emitiu notas fiscais à Borghi/Lowe no valor dos “BVs”.
ITAMARATY PUNE SABOIA POR ASSESSORAR TUCANO
O diplomata Eduardo Saboia não foi punido apenas pela coragem que falta a seus chefes, no Itamaraty, salvando a vida do senador boliviano Roger Molina ao favorecer sua fuga para o Brasil. A punição é atribuída no Itamaraty à retaliação do governo Dilma ao fato de Saboia ter sido convidado por um senador de oposição, Aloysio Nunes (PSDB-SP), para assessorar a Comissão de Relações Exteriores do Senado.
BUROCRACIA
A requisição de Eduardo Saboia já foi enviada pelo presidente do Senado ao governo, mas a Casa Civil não a retira da gaveta.
ANÃO DIPLOMÁTICO
A punição a um diplomata da estirpe de Eduardo Saboia apenas reforça a péssima imagem da atual política externa brasileira.
MEDO DE AVIÃO?
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, deve fazer o trajeto do Rio para Brasília de carro. Em 2 meses gastou R$15 mil em gasolina.
PIRATARIA NA EMBRAPA
Pesquisadores da Embrapa estão estarrecidos: o banco de dados dos recursos genéticos da área de animais tem sido compartilhado com os EUA, contrariando decretos presidenciais. Os americanos aproveitam as informações que são preciosas, porque Brasil é referência na área.
JOGO DE RISCO
Deputados ligados a Eduardo Cunha acham que Michel Temer na articulação é a “bala de prata” de Dilma. Mas se o governo desandar de vez, dizem eles, essa bala atingirá em cheio a cabeça do PMDB.
SIBÁ É GASTADOR
O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), torrou R$ 77,7 mil entre janeiro e março, com a verba indenizatória. Flaviano Melo, um conterrâneo do PMDB, gastou menos de um terço: R$ 24,2 mil.
MICHEL TEM A FORÇA
Para entender o novo papel de Michel Temer no governo: Dilma terceirizou para seu vice algumas das mais ambicionadas formas de exercer o poder, ou sejam, nomear, demitir e liberar emendas. A dúvida é saber por quanto tempo Madame vai aguentar isso.
SEM PAPO
Michel Temer ouviu de líderes aliados reclamações já conhecidas (e ignoradas) pelo Planalto: ministros resistem em receber parlamentares. Na última reunião, abriram fogo contra Arthur Chioro (Saúde).
CONVENIÊNCIA
O deputado Rubens Jr (PCdoB-MA) culpava o clã Sarney pelo caos no presídio de Pedrinhas. Mas agora que seu partido governa o Maranhão e a anarquia continua, ele diz sentir “cheiro de sabotagem”.
COLETA SELETIVA
Vem fracassando a coleta seletiva determinada pelo prefeito paulistano Fernando Haddad. Pena. Como em outras cidades, o lixo separado pela população acaba misturado nos caminhões que o recolhe.
INVESTIMENTO
Na contramão da crise, o polo de Manaus agora tem a primeira fábrica da Nippon Carbide na America Latina. A NCI atua no segmento de películas decorativas e autoadesivas. Investimento de R$ 8 milhões.
PENSANDO BEM...
...parlamentares devem examinar melhor a Lei da Terceirização, porque o eleitor anda louco para terceirizar suas excelências.
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