SNIF, SNIF
Microsoft deixa de distribuir Windows XP nesta segunda-feira
A Microsoft deixa de distribuir a partir desta segunda-feira (30) o sistema operacional Windows XP aos principais fabricantes de computadores e grandes estabelecimentos comerciais, mas continuará oferecendo o software a fabricantes menores.
Por meio do site do Windows XP, a Microsoft reconheceu que a decisão foi difícil, mas a empresa reiterou que seu "compromisso com a inovação" o obrigou a substituir o sistema operacional pelo Vista.
segunda-feira, junho 30, 2008
Painel - Brasil informal
Folha de S. Paulo
30/6/2008
Levantamento do Ministério da Previdência mostra que existem hoje 570 mil estabelecimentos comercias -como salões de beleza, mercearias, marcenarias -funcionando em áreas ocupadas no Brasil. Como não têm alvará, elas não conseguem registro de micro ou pequena empresa para ingressar no Supersimples, que reduz a carga de tributos que têm de pagar.
BRASIL FORMAL O ministério espera resolver a situação até julho, com a aprovação, no Congresso, de lei que permite que um alvará provisório, de dois anos, libere os estabelecimentos para conseguirem o registro. O mesmo projeto prevê que feirantes, camelôs, sacoleiros, pipoqueiros, borracheiros, pedreiros, pintores que ganhem até R$ 36 mil por ano -definidos como microempreendedores -paguem R$ 50 por mês e fiquem isentos de todos os demais impostos.
CUSTO MÍNIMO Ele quer. Mas está difícil para Paulo Maluf contratar Duda Mendonça para sua campanha. "Se você está com 50 pontos na pesquisa, tem que fechar o portão com cadeado. Se tem 12%, como eu, os amigos [que poderiam colaborar financeiramente] te dizem: "semana que vem, mês que vem"". Maluf diz que sua situação é mais difícil que a dos adversários porque os outros "têm padrinhos". Ele diz que gastará R$ 5 milhões.
MÍNIMO DE ÉTICA Maluf não fala quanto Duda quer cobrar por "um mínimo de ética. E se ele está cobrando mais do [bispo Marcelo] Crivella [candidato a prefeito do Rio] do que de mim?".
Folha de S. Paulo
30/6/2008
Levantamento do Ministério da Previdência mostra que existem hoje 570 mil estabelecimentos comercias -como salões de beleza, mercearias, marcenarias -funcionando em áreas ocupadas no Brasil. Como não têm alvará, elas não conseguem registro de micro ou pequena empresa para ingressar no Supersimples, que reduz a carga de tributos que têm de pagar.
BRASIL FORMAL O ministério espera resolver a situação até julho, com a aprovação, no Congresso, de lei que permite que um alvará provisório, de dois anos, libere os estabelecimentos para conseguirem o registro. O mesmo projeto prevê que feirantes, camelôs, sacoleiros, pipoqueiros, borracheiros, pedreiros, pintores que ganhem até R$ 36 mil por ano -definidos como microempreendedores -paguem R$ 50 por mês e fiquem isentos de todos os demais impostos.
CUSTO MÍNIMO Ele quer. Mas está difícil para Paulo Maluf contratar Duda Mendonça para sua campanha. "Se você está com 50 pontos na pesquisa, tem que fechar o portão com cadeado. Se tem 12%, como eu, os amigos [que poderiam colaborar financeiramente] te dizem: "semana que vem, mês que vem"". Maluf diz que sua situação é mais difícil que a dos adversários porque os outros "têm padrinhos". Ele diz que gastará R$ 5 milhões.
MÍNIMO DE ÉTICA Maluf não fala quanto Duda quer cobrar por "um mínimo de ética. E se ele está cobrando mais do [bispo Marcelo] Crivella [candidato a prefeito do Rio] do que de mim?".
SEGUNDA NOS JORNAIS
Folha de S.Paulo- Apagão" do gás freia expansão industrial
O Estado de S.Paulo- EUA tentam barrar a especulação do petróleo
Jornal do Brasil- Brasil têm 80 mil crianças em abrigos
O Globo- Procuradoria investigará assassinato de estudante
Gazeta Mercantil- Supermercado regional barra grandes do setor
Valor Econômico- Reajuste salarial continua acima da inflação em 2008
Estado de Minas- O que Japaraíba tem a nos ensinar
Jornal do Commercio- Bradesco abre mais agências por lucro maior
Folha de S.Paulo- Apagão" do gás freia expansão industrial
O Estado de S.Paulo- EUA tentam barrar a especulação do petróleo
Jornal do Brasil- Brasil têm 80 mil crianças em abrigos
O Globo- Procuradoria investigará assassinato de estudante
Gazeta Mercantil- Supermercado regional barra grandes do setor
Valor Econômico- Reajuste salarial continua acima da inflação em 2008
Estado de Minas- O que Japaraíba tem a nos ensinar
Jornal do Commercio- Bradesco abre mais agências por lucro maior
domingo, junho 29, 2008
TÁ VIRANDO TRADIÇÃO
Presidente do STF sofre tentativa de assalto em Fortaleza
Ministro viajou a Fortaleza para compromisso social.Um dos ladrões foi preso, mas o outro conseguiu fugir.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, foi alvo de uma tentativa de assalto na manhã deste domingo (29), no calçadão da Avenida Beira-Mar, principal corredor turístico de Fortaleza (CE).
O ministro caminhava próximo a área conhecida como Volta da Jurema, quando dois assaltantes tentaram levar o cordão de ouro dele.
Está virando rotina os Presidentes do STF, serem assaltados. No dia 08 de dezembro a Presidente anterior Ministra Ellen Gracie, foi assaltada no Rio de Janeiro, levaram suas malas com todas as calcinhas, no momento ela estava com o mesmo Gilmar Mendes que era vice na época. Tá tudo dominado.
Presidente do STF sofre tentativa de assalto em Fortaleza
Ministro viajou a Fortaleza para compromisso social.Um dos ladrões foi preso, mas o outro conseguiu fugir.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, foi alvo de uma tentativa de assalto na manhã deste domingo (29), no calçadão da Avenida Beira-Mar, principal corredor turístico de Fortaleza (CE).
O ministro caminhava próximo a área conhecida como Volta da Jurema, quando dois assaltantes tentaram levar o cordão de ouro dele.
Está virando rotina os Presidentes do STF, serem assaltados. No dia 08 de dezembro a Presidente anterior Ministra Ellen Gracie, foi assaltada no Rio de Janeiro, levaram suas malas com todas as calcinhas, no momento ela estava com o mesmo Gilmar Mendes que era vice na época. Tá tudo dominado.
NATAL
SE GRITAR PEGA LADRÃO, NÃO FICA UM...
Musiquinha que devia ter sido tocada ontem.
SE GRITAR PEGA LADRÃO, NÃO FICA UM...
Musiquinha que devia ter sido tocada ontem.
Reunião de Bacana
E quem não acredita grita então
Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um
Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um
Você me chamou para esse pagode
E me avisou aqui não tem pobre
Até me pediu pra pisar de mansinho
Porque sou da cor eu sou o escurinho
Aqui realmente está toda nata
Doutores, senhores até magnatas
Com a bebedeira e a discussão
Tire a minha conclusão
Se gritar pela ladrão...
Lugar meu amigo é minha baixada
Que ando tranquilo e ninguém me diz nada
E lá camburão não vai com a justiça
Pois não há ladrão e é boa a polícia
Lá até parece a Suécia bacana
Se se levam o bagulho e se deixa a grana
Não é como esse ambiente pesado
Que voce me trouxe para ser roubado.
sábado, junho 28, 2008
GRANDE EXEMPLO, PARABÉNS
Morador de rua passa em concurso do Banco do Brasil
Enquanto vivia de fazer bicos e pedir esmola, Ubirajara Gomes da Silva, de 27 anos, passou quase um ano carregando pelas ruas do Recife uma folha de papel dobrada com o comprovante de classificação no concurso do Banco do Brasil.
Neste mês, foi convocado para assumir o cargo de escriturário, cujo salário inicial é de R$ 942,90, mais gratificação de 25%.
Silva ficou na 136ª posição, entre 171 classificados para trabalhar no Recife. A aprovação no concurso não significa apenas um emprego para ele. Morador de rua há 12 anos, Silva finalmente vai realizar o desejo de ter um lar. Nas últimas semanas, ele tem vivido dias de "celebridade" nas ruas da capital pernambucana e também no site de relacionamentos Orkut – quase 400 recados foram postados em seu perfil com saudações pela conquista e votos de boa sorte, principalmente de candidatos a concursos.
Mas como um morador de rua tem um perfil no Orkut? Silva diz que costuma usar computadores em bibliotecas públicas e lan-houses que cobram preços baixos pelo uso. “Eu escolho entre comer ou acessar a internet”, conta.
Foi pela rede mundial de computadores que ele leu o edital do concurso, conseguiu material de estudo e trocou informações com outros candidatos. E foi também pela internet, em setembro do ano passado, que ele ficou sabendo que havia sido classificado no concurso. A boa notícia veio três dias antes de ele completar 27 anos.
O concurso teve mais de 19 mil candidatos inscritos. A prova, realizada em agosto do ano passado, tinha 150 questões – ele acertou 116. Mas antes de tentar entrar no Banco do Brasil ele já havia prestado quatro concursos nos últimos dois anos – sempre para o cargo de auxiliar administrativo, de nível médio.
“As pessoas me diziam para prestar para cargos de nível fundamental, mas eu sabia que podia tentar para nível médio”, diz.
Silva sempre carregava uma pasta cheia de cópias de apostilas e provas anteriores e estudava em praças e bibliotecas.
Silva diz que fugiu da casa onde morava com a avó materna e quatro irmãos aos 15 anos. Ele estava na 6ª série, em 1995. Em 2001, decidiu voltar a estudar e recebeu diploma de ensino médio após ser aprovado no supletivo. Ele diz que passou a ler até três jornais diários de grande circulação por dia, além de livros sobre economia, um de seus assuntos preferidos.
Silva pensa em fazer universidade. Suas preferências são pelos cursos de ciências contábeis, economia e administração. “Esses cursos podem ajudar bastante o trabalho no banco”, diz.
Há até alguns dias atrás, Silva vivia na esquina da rua da Amizade com rua das Pernambucanas, no bairro das Graças, perto da região central de Recife. Agora, um amigo que ele conheceu pela internet ofereceu abrigo em sua casa até que ele consiga uma casa para morar.
Esse mesmo amigo, que também passou em um concurso público, mas ainda não foi chamado, pagou a parte de uma dívida de Silva para limpar o nome dele no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), uma das exigências especificadas nos editais do BB para que os candidatos possam assumir o cargo. A outra parte do empréstimo Silva parcelou em 60 vezes e pretende pagar com o salário que passará a receber.
De acordo com o Banco do Brasil, se Silva fizer todos os exames médicos necessários e providenciar toda documentação até a semana que vem, ele assumirá o cargo de escriturário no dia 7 de julho, no Centro de Operações do BB, localizado no bairro Recife Antigo. Silva afirma que fará cabelo e barba e irá vestido com a roupa nova que ganhou de amigos.
Morador de rua passa em concurso do Banco do Brasil
Enquanto vivia de fazer bicos e pedir esmola, Ubirajara Gomes da Silva, de 27 anos, passou quase um ano carregando pelas ruas do Recife uma folha de papel dobrada com o comprovante de classificação no concurso do Banco do Brasil.
Neste mês, foi convocado para assumir o cargo de escriturário, cujo salário inicial é de R$ 942,90, mais gratificação de 25%.
Silva ficou na 136ª posição, entre 171 classificados para trabalhar no Recife. A aprovação no concurso não significa apenas um emprego para ele. Morador de rua há 12 anos, Silva finalmente vai realizar o desejo de ter um lar. Nas últimas semanas, ele tem vivido dias de "celebridade" nas ruas da capital pernambucana e também no site de relacionamentos Orkut – quase 400 recados foram postados em seu perfil com saudações pela conquista e votos de boa sorte, principalmente de candidatos a concursos.
Mas como um morador de rua tem um perfil no Orkut? Silva diz que costuma usar computadores em bibliotecas públicas e lan-houses que cobram preços baixos pelo uso. “Eu escolho entre comer ou acessar a internet”, conta.
Foi pela rede mundial de computadores que ele leu o edital do concurso, conseguiu material de estudo e trocou informações com outros candidatos. E foi também pela internet, em setembro do ano passado, que ele ficou sabendo que havia sido classificado no concurso. A boa notícia veio três dias antes de ele completar 27 anos.
O concurso teve mais de 19 mil candidatos inscritos. A prova, realizada em agosto do ano passado, tinha 150 questões – ele acertou 116. Mas antes de tentar entrar no Banco do Brasil ele já havia prestado quatro concursos nos últimos dois anos – sempre para o cargo de auxiliar administrativo, de nível médio.
“As pessoas me diziam para prestar para cargos de nível fundamental, mas eu sabia que podia tentar para nível médio”, diz.
Silva sempre carregava uma pasta cheia de cópias de apostilas e provas anteriores e estudava em praças e bibliotecas.
Silva diz que fugiu da casa onde morava com a avó materna e quatro irmãos aos 15 anos. Ele estava na 6ª série, em 1995. Em 2001, decidiu voltar a estudar e recebeu diploma de ensino médio após ser aprovado no supletivo. Ele diz que passou a ler até três jornais diários de grande circulação por dia, além de livros sobre economia, um de seus assuntos preferidos.
Silva pensa em fazer universidade. Suas preferências são pelos cursos de ciências contábeis, economia e administração. “Esses cursos podem ajudar bastante o trabalho no banco”, diz.
Há até alguns dias atrás, Silva vivia na esquina da rua da Amizade com rua das Pernambucanas, no bairro das Graças, perto da região central de Recife. Agora, um amigo que ele conheceu pela internet ofereceu abrigo em sua casa até que ele consiga uma casa para morar.
Esse mesmo amigo, que também passou em um concurso público, mas ainda não foi chamado, pagou a parte de uma dívida de Silva para limpar o nome dele no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), uma das exigências especificadas nos editais do BB para que os candidatos possam assumir o cargo. A outra parte do empréstimo Silva parcelou em 60 vezes e pretende pagar com o salário que passará a receber.
De acordo com o Banco do Brasil, se Silva fizer todos os exames médicos necessários e providenciar toda documentação até a semana que vem, ele assumirá o cargo de escriturário no dia 7 de julho, no Centro de Operações do BB, localizado no bairro Recife Antigo. Silva afirma que fará cabelo e barba e irá vestido com a roupa nova que ganhou de amigos.
sexta-feira, junho 27, 2008
PIAAAAADA
DJALMÃO
Favela, dia de sol, calor infernal. Três homens entram num barraco
pequeno, quente e úmido, arrastando um rapaz magrinho e franzino pelos braços.
Lá dentro, o Djalmão, um negão enorme, muito suado, fedendo, cara de enjoado, palito no canto da boca, limpando as unhas com um facão de cortar côco.
Um dos homens diz:
- Djalmão, o Chefe mandou você comer o cu desse cara aí. Disse que é pra ele aprender a não se meter a valente com o pessoal da favela.
A vítima grita de desespero e implora por perdão. Mas o Djalmão apenas rosna, ignorando os lamentos do homem:
- Pode deixar ele aí no cantinho, que eu cuido dele daqui a pouco.
Quando o pessoal sai, o rapaz disse:
- Sr. Djalmão por favor, não faz isso comigo não, me deixa ir embora, eu não digo para ninguém que o senhor me deixou ir embora sem a punição...
Djalmão disse: - Cala boca e fica quieto aí.
Cinco minutos depois, chegam mais dois homens arrastando um outro:
- O chefe mandou você cortar as duas mãos e furar os olhos desse elemento aí. É pra ele aprender a não roubar dinheiro das "bocas de fumo" e nem botar olho grande no que é dos outros.
Djalmão, com voz grave: - Deixa ele aí no cantinho que eu já resolvo.
Pouco depois, chegam os mesmos homens, arrastando outro pobre coitado:
- Djalmão, o chefe disse que é pra você cortar o bilau desse cara aqui, pra ele aprender a não se meter com a mulher do chefe. Ah! Ele falou ainda pra você cortar também a língua dele e todos os dedos das mãos, para não haver a menor possibilidade dele bolinar mulher nenhuma na favela, tá?
Djalmão, voz mais grave ainda: - Já resolvo isso. Bota ele ali no cantinho, junto com os outros.
Os homens saem do barraco, e o primeiro rapaz entregue aos cuidados do Djalmão diz, com voz baixa:
- Seu Djalma, com todo o respeito...eu sei que o senhor é um homem muito ocupado, e eu estou vendo que tem muito serviço...Eu só queria lembrar, para o senhor não se confundir: O do cu sou
eu, tá?
COLABORAÇÃO ENVIADA POR APOLO.
DJALMÃO
Favela, dia de sol, calor infernal. Três homens entram num barraco
pequeno, quente e úmido, arrastando um rapaz magrinho e franzino pelos braços.
Lá dentro, o Djalmão, um negão enorme, muito suado, fedendo, cara de enjoado, palito no canto da boca, limpando as unhas com um facão de cortar côco.
Um dos homens diz:
- Djalmão, o Chefe mandou você comer o cu desse cara aí. Disse que é pra ele aprender a não se meter a valente com o pessoal da favela.
A vítima grita de desespero e implora por perdão. Mas o Djalmão apenas rosna, ignorando os lamentos do homem:
- Pode deixar ele aí no cantinho, que eu cuido dele daqui a pouco.
Quando o pessoal sai, o rapaz disse:
- Sr. Djalmão por favor, não faz isso comigo não, me deixa ir embora, eu não digo para ninguém que o senhor me deixou ir embora sem a punição...
Djalmão disse: - Cala boca e fica quieto aí.
Cinco minutos depois, chegam mais dois homens arrastando um outro:
- O chefe mandou você cortar as duas mãos e furar os olhos desse elemento aí. É pra ele aprender a não roubar dinheiro das "bocas de fumo" e nem botar olho grande no que é dos outros.
Djalmão, com voz grave: - Deixa ele aí no cantinho que eu já resolvo.
Pouco depois, chegam os mesmos homens, arrastando outro pobre coitado:
- Djalmão, o chefe disse que é pra você cortar o bilau desse cara aqui, pra ele aprender a não se meter com a mulher do chefe. Ah! Ele falou ainda pra você cortar também a língua dele e todos os dedos das mãos, para não haver a menor possibilidade dele bolinar mulher nenhuma na favela, tá?
Djalmão, voz mais grave ainda: - Já resolvo isso. Bota ele ali no cantinho, junto com os outros.
Os homens saem do barraco, e o primeiro rapaz entregue aos cuidados do Djalmão diz, com voz baixa:
- Seu Djalma, com todo o respeito...eu sei que o senhor é um homem muito ocupado, e eu estou vendo que tem muito serviço...Eu só queria lembrar, para o senhor não se confundir: O do cu sou
eu, tá?
COLABORAÇÃO ENVIADA POR APOLO.
SEXTA NOS JORNAIS
Folha de S.Paulo-País ignora o que ocorre em 14% da Amazônia, diz Incra
O Estado de S.Paulo- Bolsas desabam com risco nos EUA e petróleo
Jornal do Brasil- STJ concede liberdade a contraventor
O Globo- Bolsa Família sobe acima da inflação em ano eleitoral
Gazeta Mercantil- Petróleo bate novo recorde e se aproxima dos US$ 140
Valor Econômico- Ministro quer nova estatal e partilha para o petróleo
Estado de Minas- Terror assombra Contagem
Jornal do Commercio- Desembolsos do BNDES chegam a R$ 78,6 bilhões em 12 meses
Folha de S.Paulo-País ignora o que ocorre em 14% da Amazônia, diz Incra
O Estado de S.Paulo- Bolsas desabam com risco nos EUA e petróleo
Jornal do Brasil- STJ concede liberdade a contraventor
O Globo- Bolsa Família sobe acima da inflação em ano eleitoral
Gazeta Mercantil- Petróleo bate novo recorde e se aproxima dos US$ 140
Valor Econômico- Ministro quer nova estatal e partilha para o petróleo
Estado de Minas- Terror assombra Contagem
Jornal do Commercio- Desembolsos do BNDES chegam a R$ 78,6 bilhões em 12 meses
quinta-feira, junho 26, 2008
DE QUADRILHA
Que fique bem claro. É quadrilha junina.
A festança vai ser no Clube de Engenharia, amanhã 27 de junho. Pelas informações da rádio corredor, dizem que o capacete vai voar, pois tem umas engenherinhas que levantam qualquer estrutura. Lá, vai ter ainda, Mestre de Obra, Carpinteiro, Eletricista, Encanador etc. Estarei presente, por medida de segurança, levarei um rolo de VEDA ROSCA.
INFORMAÇÕES: TEL. 84 3211-1229
clique na foto para ampliar
Que fique bem claro. É quadrilha junina.
A festança vai ser no Clube de Engenharia, amanhã 27 de junho. Pelas informações da rádio corredor, dizem que o capacete vai voar, pois tem umas engenherinhas que levantam qualquer estrutura. Lá, vai ter ainda, Mestre de Obra, Carpinteiro, Eletricista, Encanador etc. Estarei presente, por medida de segurança, levarei um rolo de VEDA ROSCA.
INFORMAÇÕES: TEL. 84 3211-1229
clique na foto para ampliar
MUDANÇA DE FOCO
Imprensa de Natal, se faz de morta para comer o cu do (e)leitor.
Passada duas semanas, que o chefe da quadrilha, o elemento Lauro Maia, foi preso junto com a sua gangue, os jornais de Natal não tocam mais no assunto. A mãe do marginal, a governadora Wilma Faria, inventou uma mudança no secretariado para tirar o foco da roubalheira do seu filho, irmãos e genro. Os jornais, bem, os jornais precisam de publicidade oficial.
O (e)leitor, foda-se.
Imprensa de Natal, se faz de morta para comer o cu do (e)leitor.
Passada duas semanas, que o chefe da quadrilha, o elemento Lauro Maia, foi preso junto com a sua gangue, os jornais de Natal não tocam mais no assunto. A mãe do marginal, a governadora Wilma Faria, inventou uma mudança no secretariado para tirar o foco da roubalheira do seu filho, irmãos e genro. Os jornais, bem, os jornais precisam de publicidade oficial.
O (e)leitor, foda-se.
INDEPENDENTE, MAS NEM TANTO
Presidência pede foco no longo prazo, e Ipea suspende projeções trimestrais
CIRILO JUNIORda Folha Online, no Rio
O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) não divulgará mais, a cada trimestre, as projeções para o cenário econômico. A ordem é da diretoria do órgão, que é subordinado à secretaria de Planejamento de Longo Prazo, dirigida pelo ministro Mangabeira Unger.
Técnicos do Ipea afirmaram que as novas projeções, que seriam divulgadas neste mês, já estão feitas, mas a ordem da diretoria é que não sejam anunciadas.
(...)Questionado sobre a decisão de não divulgar mais as projeções trimestrais, Sicsú explicou que ela foi tomada pelo colegiado do Ipea, que é independente mas segue orientação da Presidência para focar pesquisas de médio e longo prazo, uma vez que os indicadores presentes indicam estabilidade..
Presidência pede foco no longo prazo, e Ipea suspende projeções trimestrais
CIRILO JUNIORda Folha Online, no Rio
O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) não divulgará mais, a cada trimestre, as projeções para o cenário econômico. A ordem é da diretoria do órgão, que é subordinado à secretaria de Planejamento de Longo Prazo, dirigida pelo ministro Mangabeira Unger.
Técnicos do Ipea afirmaram que as novas projeções, que seriam divulgadas neste mês, já estão feitas, mas a ordem da diretoria é que não sejam anunciadas.
(...)Questionado sobre a decisão de não divulgar mais as projeções trimestrais, Sicsú explicou que ela foi tomada pelo colegiado do Ipea, que é independente mas segue orientação da Presidência para focar pesquisas de médio e longo prazo, uma vez que os indicadores presentes indicam estabilidade..
REINALDO AZEVEDO
RUTH CARDOSO 1 - Como não sou político, jamais deixo de lado a política
Em dois dos posts que escrevi sobre a morte da professora e antropóloga Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, lembrei, claro, do dossiê que foi tramado contra ela e o marido na Casa Civil, cuja titular é Dilma Rousseff. Alguns petralhas reclamaram indignados: “Nem numa hora como essa você deixa de falar sobre política, seu...” Não! Eu não sou e não serei político. Por isso jamais deixo a política de lado. Entenderam?
Os profissionais da área podem fazê-lo. Eu não. Lula é um que vive acusando os outros de “fazer política”. O homem determinou o reajuste dos valores do Bolsa Família. E ai de quem reagir, sugerindo que ele deveria fazê-lo depois das eleições de outubro. Ele diria que a pessoa está... “fazendo política”. O Babalorixa só pensa no bem das pessoas, ora essa. Esta estupidez perigosa — negar a política fazendo política — está na moda. Querem um exemplo? Barack Obama nos EUA. Parte de seu charme, para quem o acha charmoso, deriva de ele parecer um não-político acusando os adversários de... mesquinharias políticas
.Mas volto ao ponto. Sim, eu lembrei, sim, a obra do ministério de Dilma Rousseff, que teve o mau gosto de comparecer ao velório. E lembrarei outras vezes. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conserva um papel institucional mesmo fora do poder. Ademais, é um homem civilizado. E não lhe cabia outro papel que não receber as condolências de Lula e seus ministros. É o que lhe recomendaria a sua parceira, mulher e amiga de mais de 56 anos. Na verdade, ele e Ruth se conheceram em 1948.
A morte de Ruth Cardoso nos surpreendeu a todos e, por algum tempo ao menos, parece ter tirado o país de uma espécie de transe. E nos demos conta, de súbito, de que chegava ao fim a trajetória de uma intelectual que, nos oito anos em que o marido foi presidente da República, comportou-se com uma elegância e discrição ímpares, sem, no entanto, deixar de fazer o seu trabalho: quem quer faça a genealogia honesta dos programas sociais em curso vai chegar às iniciativas de Ruth à frente do Comunidade Solidária. Mas uma lição da professora, no entanto, foi esquecida: ela tinha horror ao assistencialismo. Aliás, não custa anotar à margem: o governo FHC tinha uma espécie de vergonha de fazer propaganda de seus programas de transferência de renda. O lulismo, ao contrário, faz publicidade até da renda que não transfere.
Aos 77 anos, podendo viver uma vida confortável, dedicar-se apenas a seus livros, aos netos, às viagens que eventualmente fazia em companhia do marido em palestras mundo afora, Ruth, não obstante, trabalhava pra valer na ONG Comunitas, sucessora do Comunidade Solidária. E com recursos que buscava na iniciativa privada — aliás, era o que fazia também o Comunidade Solidária. A ONG de Ruth era mesmo “não-governamental”. Desde que se fez professora, no Brasil ou no exílio, jamais deixou de trabalhar. E a morte a encontrou, perto dos 80 anos... trabalhando! Não é espantoso? Ruth, sozinha, era um verdadeiro Partido dos Trabalhadores.
Sua frugalidade era notável e notória. Em tudo: dos gestos à vestimenta, do comportamento às palavras. Tinha uma incompatibilidade que parecia inata com o espetaculoso, o vulgar, o mundano. Media as palavras e ouvia educadamente o outro, sempre atenta ao sentido exato do que se dizia, cobrando precisão. Era, em suma, uma pessoa admirável.
Não é que certa estirpe hoje no poder ousou envolver o nome desta senhora exemplar numa tramóia para livrar o governo de revelar seus desatinos com os cofres públicos? A canalha comprometida com o dossiê sabe muito bem que o trabalho de plantação de notinhas em jornal sugerindo que FHC e Ruth viviam como nababos já havia começado. Sim, dossiê clandestino, mas forjado nos porões da Casa Civil. Quando as pegadas do comando já não podiam mais ser escondidas, então se inventou uma nova desculpa: aqueles gastos não eram mais sigilosos.Não, eu não sou político. Também não preciso, felizmente, sustentar nos ombros o papel institucional de FHC. E por isso reitero: a senhora Dilma Rousseff deveria ter alegado uma indisposição qualquer. De fato, poderia ter ficado em Brasília, reunida com Franklin Martins e José Múcio — também presentes ao velório —, todos eles personagens com algum grau de participação no — como é mesmo, Dilma? — “banco de dados” criado na Casa Civil.
Que as Erínias se encarreguem dos covardes que praticaram a lambança. Eu só ajudo com a memória. O ex-presidente está institucionalmente obrigado a poupá-los. Eu não estou. Três meses antes de Ruth morrer — trabalhando, aos 77 anos —, eles tentaram assassinar a sua reputação. Uma trama palaciana. Onde há um chefe inequívoco.
Morta, Ruth sobreviveu. Mesmo vivos, espero que eles não sobrevivam.
RUTH CARDOSO 1 - Como não sou político, jamais deixo de lado a política
Em dois dos posts que escrevi sobre a morte da professora e antropóloga Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, lembrei, claro, do dossiê que foi tramado contra ela e o marido na Casa Civil, cuja titular é Dilma Rousseff. Alguns petralhas reclamaram indignados: “Nem numa hora como essa você deixa de falar sobre política, seu...” Não! Eu não sou e não serei político. Por isso jamais deixo a política de lado. Entenderam?
Os profissionais da área podem fazê-lo. Eu não. Lula é um que vive acusando os outros de “fazer política”. O homem determinou o reajuste dos valores do Bolsa Família. E ai de quem reagir, sugerindo que ele deveria fazê-lo depois das eleições de outubro. Ele diria que a pessoa está... “fazendo política”. O Babalorixa só pensa no bem das pessoas, ora essa. Esta estupidez perigosa — negar a política fazendo política — está na moda. Querem um exemplo? Barack Obama nos EUA. Parte de seu charme, para quem o acha charmoso, deriva de ele parecer um não-político acusando os adversários de... mesquinharias políticas
.Mas volto ao ponto. Sim, eu lembrei, sim, a obra do ministério de Dilma Rousseff, que teve o mau gosto de comparecer ao velório. E lembrarei outras vezes. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conserva um papel institucional mesmo fora do poder. Ademais, é um homem civilizado. E não lhe cabia outro papel que não receber as condolências de Lula e seus ministros. É o que lhe recomendaria a sua parceira, mulher e amiga de mais de 56 anos. Na verdade, ele e Ruth se conheceram em 1948.
A morte de Ruth Cardoso nos surpreendeu a todos e, por algum tempo ao menos, parece ter tirado o país de uma espécie de transe. E nos demos conta, de súbito, de que chegava ao fim a trajetória de uma intelectual que, nos oito anos em que o marido foi presidente da República, comportou-se com uma elegância e discrição ímpares, sem, no entanto, deixar de fazer o seu trabalho: quem quer faça a genealogia honesta dos programas sociais em curso vai chegar às iniciativas de Ruth à frente do Comunidade Solidária. Mas uma lição da professora, no entanto, foi esquecida: ela tinha horror ao assistencialismo. Aliás, não custa anotar à margem: o governo FHC tinha uma espécie de vergonha de fazer propaganda de seus programas de transferência de renda. O lulismo, ao contrário, faz publicidade até da renda que não transfere.
Aos 77 anos, podendo viver uma vida confortável, dedicar-se apenas a seus livros, aos netos, às viagens que eventualmente fazia em companhia do marido em palestras mundo afora, Ruth, não obstante, trabalhava pra valer na ONG Comunitas, sucessora do Comunidade Solidária. E com recursos que buscava na iniciativa privada — aliás, era o que fazia também o Comunidade Solidária. A ONG de Ruth era mesmo “não-governamental”. Desde que se fez professora, no Brasil ou no exílio, jamais deixou de trabalhar. E a morte a encontrou, perto dos 80 anos... trabalhando! Não é espantoso? Ruth, sozinha, era um verdadeiro Partido dos Trabalhadores.
Sua frugalidade era notável e notória. Em tudo: dos gestos à vestimenta, do comportamento às palavras. Tinha uma incompatibilidade que parecia inata com o espetaculoso, o vulgar, o mundano. Media as palavras e ouvia educadamente o outro, sempre atenta ao sentido exato do que se dizia, cobrando precisão. Era, em suma, uma pessoa admirável.
Não é que certa estirpe hoje no poder ousou envolver o nome desta senhora exemplar numa tramóia para livrar o governo de revelar seus desatinos com os cofres públicos? A canalha comprometida com o dossiê sabe muito bem que o trabalho de plantação de notinhas em jornal sugerindo que FHC e Ruth viviam como nababos já havia começado. Sim, dossiê clandestino, mas forjado nos porões da Casa Civil. Quando as pegadas do comando já não podiam mais ser escondidas, então se inventou uma nova desculpa: aqueles gastos não eram mais sigilosos.Não, eu não sou político. Também não preciso, felizmente, sustentar nos ombros o papel institucional de FHC. E por isso reitero: a senhora Dilma Rousseff deveria ter alegado uma indisposição qualquer. De fato, poderia ter ficado em Brasília, reunida com Franklin Martins e José Múcio — também presentes ao velório —, todos eles personagens com algum grau de participação no — como é mesmo, Dilma? — “banco de dados” criado na Casa Civil.
Que as Erínias se encarreguem dos covardes que praticaram a lambança. Eu só ajudo com a memória. O ex-presidente está institucionalmente obrigado a poupá-los. Eu não estou. Três meses antes de Ruth morrer — trabalhando, aos 77 anos —, eles tentaram assassinar a sua reputação. Uma trama palaciana. Onde há um chefe inequívoco.
Morta, Ruth sobreviveu. Mesmo vivos, espero que eles não sobrevivam.
QUINTA NOS JORNAIS
-FOLHA: Bolsa Família sobre acima da inflação em ano de eleições
-O ESTADÃO: BC eleva estimativa da inflação para 6%
-Jornal do Brasil:TRE autoriza obras na Providência
-O Globo: Bolsa Família sobe acima da inflação em ano eleitoral
-Gazeta Mercantil: Citigroup reestrutura o comando no Brasil
-Valor Econômico: Toyota decide construir fábrica de US$ 1 bi em SP
-Estado de Minas: Bolsa-família sobe 8% e passa inflação
-Jornal do Commercio: BC eleva projeção de inflação para 6% no ano
-FOLHA: Bolsa Família sobre acima da inflação em ano de eleições
-O ESTADÃO: BC eleva estimativa da inflação para 6%
-Jornal do Brasil:TRE autoriza obras na Providência
-O Globo: Bolsa Família sobe acima da inflação em ano eleitoral
-Gazeta Mercantil: Citigroup reestrutura o comando no Brasil
-Valor Econômico: Toyota decide construir fábrica de US$ 1 bi em SP
-Estado de Minas: Bolsa-família sobe 8% e passa inflação
-Jornal do Commercio: BC eleva projeção de inflação para 6% no ano
quarta-feira, junho 25, 2008
terça-feira, junho 24, 2008
OLHA AÍ, PALHAÇO
Essa é uma pequena amostra dos últimos dias
-PF prende 19 em operação contra lavagem .de dinheiro no Ceará
-Operação contra fraude em SC e SP prende delegados da PF e da Receita
-PF prende 40 acusados de integrar quadrilha de contrabando
- Receita e PF prendem 17 suspeitos por fraude de R$ 2 bi no setor de cana
-Receita e PF desmontam esquema que fraudou R$ 3 milhões no IR
-PF prende quatro em operação contra doleiros em SP
-Empresário é preso em SC acusado de lavagem de dinheiro
-Filho da governadora do RN é preso
-PF prende 18 por fraude de R$ 25 mi em financiamento de veículos
-Justiça Eleitoral embarga obras no morro da Providência
-Teixeira teve mais reuniões com Lula que com ministros
Essa é uma pequena amostra dos últimos dias
-PF prende 19 em operação contra lavagem .de dinheiro no Ceará
-Operação contra fraude em SC e SP prende delegados da PF e da Receita
-PF prende 40 acusados de integrar quadrilha de contrabando
- Receita e PF prendem 17 suspeitos por fraude de R$ 2 bi no setor de cana
-Receita e PF desmontam esquema que fraudou R$ 3 milhões no IR
-PF prende quatro em operação contra doleiros em SP
-Empresário é preso em SC acusado de lavagem de dinheiro
-Filho da governadora do RN é preso
-PF prende 18 por fraude de R$ 25 mi em financiamento de veículos
-Justiça Eleitoral embarga obras no morro da Providência
-Teixeira teve mais reuniões com Lula que com ministros
23/06/2008
Lula sabe o que fez
Fernando Canzian
Folha de são Paulo
O advogado Roberto Teixeira é amigo do presidente Lula há mais de 25 anos. Nessas duas décadas e meia prestou vários serviços ao presidente, pessoais e financeiros.
Além de ser padrinho de Luís Cláudio, filho mais novo do presidente, Roberto Teixeira tem a sua filha Valeska como afilhada de Lula. Por oito anos, Teixeira também cedeu à família Lula da Silva (sem cobrar nada) uma casa para que ela pudesse morar.
Quando Lula finalmente decidiu comprar um imóvel em 1996 (uma cobertura em São Bernardo do Campo), foi Teixeira quem o ajudou a fechar o negócio. O advogado chegou a comprar um carro de Lula para que o presidente pudesse "inteirar" a compra do imóvel. Outros dois apartamentos de Lula também já pertenceram a uma empresa que foi de Roberto Teixeira.
Após tanta generosidade, ficamos sabendo agora que Teixeira embolsou vários milhões de dólares para intermediar a venda da Varig à VarigLog. É um negócio cercado de suspeitas e possivelmente fora da lei, já que a legislação brasileira impede que grupos estrangeiros controlem uma empresa aérea nacional.
Com a ajuda de Teixeira, a VarigLog passou para as mãos do fundo estrangeiro Matlin Patterson. Outros três sócios brasileiros que entraram no negócio seriam apenas uma fachada para não caracterizar a ilegalidade.
Segundo a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu, partiu do próprio Palácio do Planalto a decisão de dispensar os sócios na transação de comprovarem a origem do dinheiro para o negócio.
Lula já disse no passado que sua relação com Teixeira é só de amizade e que não é casado em comunhão de bens com o advogado. Disse também não saber quem são os clientes dele.
Não é verdade. No caso específico da VarigLog, o presidente não apenas sabia quem eram os clientes de Teixeira como se deixou fotografar com todos eles dentro do Palácio do Planalto. Nesse caso, o presidente não tem como negar, como já fez no passado, que não conhecia os clientes do advogado. Clientes que, por sinal, devem ter ficado muito impressionados com o acesso que Teixeira tem ao seu amigo presidente.
Teixeira também não conta toda a verdade sobre o caso. Na semana passada, enrolou senadores em Brasília ao dizer que recebeu apenas US$ 350 mil da VarigLog para dar uma força no negócio. Quatro dias depois, reportagem do 'Estado' revelou que Teixeira recebeu pelo menos US$ 3,2 milhões. Agora, o próprio Teixeira admite que o contrato tem um valor total de US$ 5 milhões (R$ 8 milhões).
Em 2005, Lula afirmou que não sabia e que não foi avisado sobre o maior escândalo de seu governo, o mensalão. No caso da VarigLog, o presidente também pode negar que tenha tomado conhecimento das suspeitas de irregularidade que cercam o negócio, como a preponderância do capital estrangeiro no controle da empresa.
Mas não há dúvida sobre o que o presidente sabe: onde morou de graça nos oito anos financiados por Teixeira e o que estava fazendo naquela foto.
Lula sabe o que fez
Fernando Canzian
Folha de são Paulo
O advogado Roberto Teixeira é amigo do presidente Lula há mais de 25 anos. Nessas duas décadas e meia prestou vários serviços ao presidente, pessoais e financeiros.
Além de ser padrinho de Luís Cláudio, filho mais novo do presidente, Roberto Teixeira tem a sua filha Valeska como afilhada de Lula. Por oito anos, Teixeira também cedeu à família Lula da Silva (sem cobrar nada) uma casa para que ela pudesse morar.
Quando Lula finalmente decidiu comprar um imóvel em 1996 (uma cobertura em São Bernardo do Campo), foi Teixeira quem o ajudou a fechar o negócio. O advogado chegou a comprar um carro de Lula para que o presidente pudesse "inteirar" a compra do imóvel. Outros dois apartamentos de Lula também já pertenceram a uma empresa que foi de Roberto Teixeira.
Após tanta generosidade, ficamos sabendo agora que Teixeira embolsou vários milhões de dólares para intermediar a venda da Varig à VarigLog. É um negócio cercado de suspeitas e possivelmente fora da lei, já que a legislação brasileira impede que grupos estrangeiros controlem uma empresa aérea nacional.
Com a ajuda de Teixeira, a VarigLog passou para as mãos do fundo estrangeiro Matlin Patterson. Outros três sócios brasileiros que entraram no negócio seriam apenas uma fachada para não caracterizar a ilegalidade.
Segundo a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu, partiu do próprio Palácio do Planalto a decisão de dispensar os sócios na transação de comprovarem a origem do dinheiro para o negócio.
Lula já disse no passado que sua relação com Teixeira é só de amizade e que não é casado em comunhão de bens com o advogado. Disse também não saber quem são os clientes dele.
Não é verdade. No caso específico da VarigLog, o presidente não apenas sabia quem eram os clientes de Teixeira como se deixou fotografar com todos eles dentro do Palácio do Planalto. Nesse caso, o presidente não tem como negar, como já fez no passado, que não conhecia os clientes do advogado. Clientes que, por sinal, devem ter ficado muito impressionados com o acesso que Teixeira tem ao seu amigo presidente.
Teixeira também não conta toda a verdade sobre o caso. Na semana passada, enrolou senadores em Brasília ao dizer que recebeu apenas US$ 350 mil da VarigLog para dar uma força no negócio. Quatro dias depois, reportagem do 'Estado' revelou que Teixeira recebeu pelo menos US$ 3,2 milhões. Agora, o próprio Teixeira admite que o contrato tem um valor total de US$ 5 milhões (R$ 8 milhões).
Em 2005, Lula afirmou que não sabia e que não foi avisado sobre o maior escândalo de seu governo, o mensalão. No caso da VarigLog, o presidente também pode negar que tenha tomado conhecimento das suspeitas de irregularidade que cercam o negócio, como a preponderância do capital estrangeiro no controle da empresa.
Mas não há dúvida sobre o que o presidente sabe: onde morou de graça nos oito anos financiados por Teixeira e o que estava fazendo naquela foto.
LULA: O CORRUPTO
24/06/2008
Teixeira fez ao menos seis reuniões com Lula no Planalto
da Folha Online
A Presidência reconheceu que Roberto Teixeira esteve ao menos seis vezes no Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu compadre, desde 2006, em encontros não registrados na agenda pública de Lula. A informação está na reportagem de Letícia Sander e Alan Gripp na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
O advogado é acusado de influir na aprovação da venda da VarigLog ao fundo Matlin Patterson e a três sócios brasileiros, em junho de 2006.
Ao menos dois desses encontros estão relacionados diretamente com o negócio, aprovado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em junho de 2006. No mês seguinte, a VarigLog adquiriu a Varig.
A assessoria de Teixeira diz que as demais visitas foram apenas de cortesia ao amigo Lula. O Planalto argumenta que nem todos os compromissos do presidente são divulgados.
24/06/2008
Teixeira fez ao menos seis reuniões com Lula no Planalto
da Folha Online
A Presidência reconheceu que Roberto Teixeira esteve ao menos seis vezes no Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu compadre, desde 2006, em encontros não registrados na agenda pública de Lula. A informação está na reportagem de Letícia Sander e Alan Gripp na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
O advogado é acusado de influir na aprovação da venda da VarigLog ao fundo Matlin Patterson e a três sócios brasileiros, em junho de 2006.
Ao menos dois desses encontros estão relacionados diretamente com o negócio, aprovado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em junho de 2006. No mês seguinte, a VarigLog adquiriu a Varig.
A assessoria de Teixeira diz que as demais visitas foram apenas de cortesia ao amigo Lula. O Planalto argumenta que nem todos os compromissos do presidente são divulgados.
segunda-feira, junho 23, 2008
SEGUNDA NOS JORNAIS
FOLHA: PSDB lança Alckmin em convenção esvaziada
ESTADÃO: Serra promove acordo e PSDB confirma Alckmin
JB: Chacina deixa sete mortos no Rio
O GLOBO: MP começa a substituir Exército na Providência
GAZETA MERCANTIL: PAC e eleições impulsionam venda de asfalto
FOLHA: PSDB lança Alckmin em convenção esvaziada
ESTADÃO: Serra promove acordo e PSDB confirma Alckmin
JB: Chacina deixa sete mortos no Rio
O GLOBO: MP começa a substituir Exército na Providência
GAZETA MERCANTIL: PAC e eleições impulsionam venda de asfalto
domingo, junho 22, 2008
Pode ser que ele esteja maluco
ponto de vista
João Ubaldo Ribeiro
Sei que, para os lulistas religiosos, a ressalva preliminar que vou fazer não adiantará nada. Pode ser até tida na conta de insulto ou deboche, entre as inúmeras blasfêmias que eles acham que eu cometo, sempre que exponho alguma restrição ao presidente da República. Mas tenho que fazê-la, por ser necessária, além de categoricamente sincera. Ao sugerir, como logo adiante, que ele não está regulando bem do juízo, ajo com todo o respeito. Dizer que alguém está maluco, principalmente alguém tido como sagrado, pode ser visto até como insulto, difamação ou blasfêmia mesmo. Mas não é este o caso aqui. Pelo menos não é minha intenção. É que às vezes me acomete com tal força a percepção de que ele está, como se diz na minha terra, perturbado da idéia que não posso deixar de veiculá-la. É apenas, digamos assim, uma espécie de diagnóstico leigo, a que todo mundo, especialmente pessoas de vida pública, está sujeito.
Além disso, creio que não sou o único a pensar assim. É freqüente que ouça a mesma opinião, veiculada nas áreas mais diversas, por pessoas também diversas. O que mais ocorre é ter-se uma certa dúvida sobre a vinculação dele com a realidade. Muitas vezes - quase sempre até -, parece que, quando ele fala "neste país", está se referindo a outro, que só existe na cabeça dele. Há alguns dias mesmo, se não me engano e, se me engano, peço desculpas, ele insinuou ou disse claramente que o Brasil está, é ou está se tornando um paraíso. Fez também a nunca assaz lembrada observação de que nosso sistema de saúde já atingiu, ou atingirá em breve, a perfeição, até porque está ao alcance de qualquer cidadão, pela primeira vez na História deste país, ter absolutamente o mesmo tratamento médico que o presidente da República.
Tal é a natureza espantosa das declarações dele que sua fama de mentiroso e cínico, corrente entre muitos concidadãos, se revela infundada e maldosa. Ele não seria nem mentiroso nem cínico, pois não é rigorosamente mentiroso quem julga estar dizendo a mais cristalina verdade, nem é cínico quem tem o que outros julgam cara-de-pau, mas só faz agir de acordo com sua boa consciência. Vamos dar-lhe o benefício da dúvida e aceitar piamente que ele acredita estar dizendo a absoluta verdade.
Talvez haja sinais, como dizem ser comum entre malucos, de uma certa insegurança quanto a tal convicção, porque ele parece procurar evitar ocasiões em que ela seria desmentida. Quando houve o tristemente célebre acidente aéreo em Congonhas, a sensação que se teve foi a de que não tínhamos presidente, pois os presidentes e chefes de governo em todo o mundo, diante de catástrofes como aquela, costumam cumprir o seu dever moral e, mesmo correndo o risco de manifestações hostis, procuram pessoalmente as vítimas ou as pessoas ligadas a elas, para mostrar a solidariedade do país. Reis e rainhas fazem isso, presidentes fazem isso, primeiras-damas fazem isso, premiers fazem isso. Ele não. Talvez tenha preferido beliscar-se para ver ser não estava tendo um pesadelo. Mandou um assessor dizer umas palavrinhas de consolo e somente três dias depois se pronunciou a distância sobre o problema. O Nordeste foi flagelado por inundações trágicas, o Sul assolado por seca sem precedentes, o Rio acometido por uma epidemia de dengue, ele também não deu as caras. E recentemente, segundo li nos jornais, confidenciou a alguém que não compareceria a um evento público do qual agora esqueci, por temer receber as mesmas vaias que marcaram sua presença no Maracanã.
Portanto, como disse Polônio, personagem de Shakespeare, a respeito do príncipe Hamlet, há método em sua loucura. Não é daquelas populares, em que o padecente queima dinheiro (somente o nosso, mas aí não vale) e comete outros atos que só um verdadeiro maluco cometeria. Ele construiu (enfatizo que é apenas uma hipótese, não uma afirmação, porque não sou psiquiatra e longe de mim recomendar a ele que procure um) um universo que não pode ser afetado por cutucadas impertinentes da realidade. Notícia ruim não é com ele, que já tornou célebre sua inabalável agnosia ("não sei de nada, não ouvi nada, não tive participação nenhuma") quanto a fatos negativos. Tudo de bom tem a ver com ele, nada de ruim partilha da mesma condição.
Agora ele anuncia que, antes de deixar o mandato, vai registrar em cartório todas as suas realizações, para que se comprove no futuro que ele foi o maior presidente que já tivemos ou podemos esperar ter. Claro que se elegeu, não revolucionariamente, mas dentro dos limites da ordem (?) jurídica vigente, com base numa série estonteante de promessas mentirosas e bravatas de todos os tipos. Não cumpriu as promessas, virou a casaca, alisou o cabelo, beijou a mão de quem antes julgava merecedor de cadeia e hoje é o presidente favorito dos americanos, chegando mesmo, como já contou, a acordar meio aborrecido e dar um esbregue em Bush. Cadê as famosas reformas, de que ouvimos falar desde que nascemos? Cadê o partido que ia mudar nossos hábitos e práticas políticas para sempre? O que se vê é o que vemos e testemunhamos, não o que ele vê. Mas ele acredita o contrário.
Acredita, inclusive, nas pesquisas que antigamente desdenhava, pois os resultados o desagradavam. Agora não, agora bota fé - e certamente tem razão - depois que comprou, de novo com o nosso dinheiro, uma massa extraordinária de votos. Não creio que ele se julgue Deus ainda, mas já deve ter como inevitável a canonização e possivelmente não se surpreenderá, se lhe contarem que, no interior do Nordeste, há imagens de São Lula Presidente e que, para seguir velha tradição, uma delas já foi vista chorando. Milagre, milagre, principalmente porque ninguém vai ver o crocodilo por trás da imagem.
''É que, às vezes, me acomete a percepção de que ele está, como se diz na minha terra, perturbado da idéia''
''Ao sugerir que o presidente não está regulando bem do juízo, ajo com todo o respeito''
ponto de vista
João Ubaldo Ribeiro
Sei que, para os lulistas religiosos, a ressalva preliminar que vou fazer não adiantará nada. Pode ser até tida na conta de insulto ou deboche, entre as inúmeras blasfêmias que eles acham que eu cometo, sempre que exponho alguma restrição ao presidente da República. Mas tenho que fazê-la, por ser necessária, além de categoricamente sincera. Ao sugerir, como logo adiante, que ele não está regulando bem do juízo, ajo com todo o respeito. Dizer que alguém está maluco, principalmente alguém tido como sagrado, pode ser visto até como insulto, difamação ou blasfêmia mesmo. Mas não é este o caso aqui. Pelo menos não é minha intenção. É que às vezes me acomete com tal força a percepção de que ele está, como se diz na minha terra, perturbado da idéia que não posso deixar de veiculá-la. É apenas, digamos assim, uma espécie de diagnóstico leigo, a que todo mundo, especialmente pessoas de vida pública, está sujeito.
Além disso, creio que não sou o único a pensar assim. É freqüente que ouça a mesma opinião, veiculada nas áreas mais diversas, por pessoas também diversas. O que mais ocorre é ter-se uma certa dúvida sobre a vinculação dele com a realidade. Muitas vezes - quase sempre até -, parece que, quando ele fala "neste país", está se referindo a outro, que só existe na cabeça dele. Há alguns dias mesmo, se não me engano e, se me engano, peço desculpas, ele insinuou ou disse claramente que o Brasil está, é ou está se tornando um paraíso. Fez também a nunca assaz lembrada observação de que nosso sistema de saúde já atingiu, ou atingirá em breve, a perfeição, até porque está ao alcance de qualquer cidadão, pela primeira vez na História deste país, ter absolutamente o mesmo tratamento médico que o presidente da República.
Tal é a natureza espantosa das declarações dele que sua fama de mentiroso e cínico, corrente entre muitos concidadãos, se revela infundada e maldosa. Ele não seria nem mentiroso nem cínico, pois não é rigorosamente mentiroso quem julga estar dizendo a mais cristalina verdade, nem é cínico quem tem o que outros julgam cara-de-pau, mas só faz agir de acordo com sua boa consciência. Vamos dar-lhe o benefício da dúvida e aceitar piamente que ele acredita estar dizendo a absoluta verdade.
Talvez haja sinais, como dizem ser comum entre malucos, de uma certa insegurança quanto a tal convicção, porque ele parece procurar evitar ocasiões em que ela seria desmentida. Quando houve o tristemente célebre acidente aéreo em Congonhas, a sensação que se teve foi a de que não tínhamos presidente, pois os presidentes e chefes de governo em todo o mundo, diante de catástrofes como aquela, costumam cumprir o seu dever moral e, mesmo correndo o risco de manifestações hostis, procuram pessoalmente as vítimas ou as pessoas ligadas a elas, para mostrar a solidariedade do país. Reis e rainhas fazem isso, presidentes fazem isso, primeiras-damas fazem isso, premiers fazem isso. Ele não. Talvez tenha preferido beliscar-se para ver ser não estava tendo um pesadelo. Mandou um assessor dizer umas palavrinhas de consolo e somente três dias depois se pronunciou a distância sobre o problema. O Nordeste foi flagelado por inundações trágicas, o Sul assolado por seca sem precedentes, o Rio acometido por uma epidemia de dengue, ele também não deu as caras. E recentemente, segundo li nos jornais, confidenciou a alguém que não compareceria a um evento público do qual agora esqueci, por temer receber as mesmas vaias que marcaram sua presença no Maracanã.
Portanto, como disse Polônio, personagem de Shakespeare, a respeito do príncipe Hamlet, há método em sua loucura. Não é daquelas populares, em que o padecente queima dinheiro (somente o nosso, mas aí não vale) e comete outros atos que só um verdadeiro maluco cometeria. Ele construiu (enfatizo que é apenas uma hipótese, não uma afirmação, porque não sou psiquiatra e longe de mim recomendar a ele que procure um) um universo que não pode ser afetado por cutucadas impertinentes da realidade. Notícia ruim não é com ele, que já tornou célebre sua inabalável agnosia ("não sei de nada, não ouvi nada, não tive participação nenhuma") quanto a fatos negativos. Tudo de bom tem a ver com ele, nada de ruim partilha da mesma condição.
Agora ele anuncia que, antes de deixar o mandato, vai registrar em cartório todas as suas realizações, para que se comprove no futuro que ele foi o maior presidente que já tivemos ou podemos esperar ter. Claro que se elegeu, não revolucionariamente, mas dentro dos limites da ordem (?) jurídica vigente, com base numa série estonteante de promessas mentirosas e bravatas de todos os tipos. Não cumpriu as promessas, virou a casaca, alisou o cabelo, beijou a mão de quem antes julgava merecedor de cadeia e hoje é o presidente favorito dos americanos, chegando mesmo, como já contou, a acordar meio aborrecido e dar um esbregue em Bush. Cadê as famosas reformas, de que ouvimos falar desde que nascemos? Cadê o partido que ia mudar nossos hábitos e práticas políticas para sempre? O que se vê é o que vemos e testemunhamos, não o que ele vê. Mas ele acredita o contrário.
Acredita, inclusive, nas pesquisas que antigamente desdenhava, pois os resultados o desagradavam. Agora não, agora bota fé - e certamente tem razão - depois que comprou, de novo com o nosso dinheiro, uma massa extraordinária de votos. Não creio que ele se julgue Deus ainda, mas já deve ter como inevitável a canonização e possivelmente não se surpreenderá, se lhe contarem que, no interior do Nordeste, há imagens de São Lula Presidente e que, para seguir velha tradição, uma delas já foi vista chorando. Milagre, milagre, principalmente porque ninguém vai ver o crocodilo por trás da imagem.
''É que, às vezes, me acomete a percepção de que ele está, como se diz na minha terra, perturbado da idéia''
''Ao sugerir que o presidente não está regulando bem do juízo, ajo com todo o respeito''
sábado, junho 21, 2008
PERSONAL SEX TRAINER
Ultimamente tem acontecido vários lançamentos de manuais sobre sexo, sempre com tiragens esgotadas, o que mostra uma carência e falta de conhecimento no assunto. Em função desse "boom", resolvi entrar nesse mercado.
Esse é um assunto que domino muito bem, tenho pleno conhecimento, tanto prático como teórico, por isso resolvi me lançar como Personal Sex Trainer, para poder passar meus truques e práticas que não constam de manual nenhum, e faz do Kamasutra, um livrinho para pré-adolescentes. Para contratar O Grande Mestre Mumu-Sex-Trainer, entre em contato atráves do e-mail, ccmurilo@act.psi.br.
Ultimamente tem acontecido vários lançamentos de manuais sobre sexo, sempre com tiragens esgotadas, o que mostra uma carência e falta de conhecimento no assunto. Em função desse "boom", resolvi entrar nesse mercado.
Esse é um assunto que domino muito bem, tenho pleno conhecimento, tanto prático como teórico, por isso resolvi me lançar como Personal Sex Trainer, para poder passar meus truques e práticas que não constam de manual nenhum, e faz do Kamasutra, um livrinho para pré-adolescentes. Para contratar O Grande Mestre Mumu-Sex-Trainer, entre em contato atráves do e-mail, ccmurilo@act.psi.br.
Ensaio:
Roberto Pompeu de Toledo
Tudo muito normal
A morte dos três jovens do Morro da Providência foi simples dano colateral numa cadeia rotineira de eventos
"Cimento social" é o nome marqueteiro do projeto de reforma das casas do morro carioca da Providência imaginado pelo senador e candidato a prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella. O cimento que une, camada por camada, a história que vai da concepção da obra à morte de três rapazes do morro, entregues por militares a traficantes de um morro rival, revela uma arquitetura que nada tem de excepcional. Ao contrário, e isso é que é digno de nota, inscreve-se da forma mais completa na normalidade em que estamos inseridos. Se não, vejamos:
Camada nº 1 – O senador apresenta sua idéia ao governo federal. O governo concorda em levá-la adiante, e o Ministério das Cidades aloca uma verba de 16,6 milhões de reais para sua execução. Em outras partes soaria estranho o patrocínio governamental a uma obra que diz respeito à agenda pessoal de um político, ainda mais um político-candidato a poucos meses da eleição. No Brasil não. A obra iniciou-se em fins do ano passado, com previsão para terminar até o fim deste ano. Quer dizer: seu período de maior velocidade e visibilidade coincidiria com a temporada eleitoral.
Camada nº 2 – O Exército é convocado para dar segurança aos trabalhos. Em outras partes surpreenderia que uma simples obra de embelezamento de fachadas, construção de telhados e pequenos reparos no interior das residências necessitasse de uma tropa a lhe prover segurança. Nos morros do Rio de Janeiro tal necessidade é vista como normal. Também surpreenderia que um órgão da administração pública, ou, mais que isso, uma instituição do estado, fosse posto a serviço do projeto pessoal de um político. Não no Brasil, onde o loteamento do governo é a regra. Dar soldados ao senador Crivella, do PRB (o mesmo partido do vice-presidente José Alencar), inscreve-se na mesma lógica de dar ministério ao PMDB e diretoria da Petrobras ao PSC.
Camada nº 3 – Antes de iniciada a obra (segundo algumas versões), emissários do senador Crivella negociam um acordo de paz com traficantes do morro. Nós não mexemos no seu negócio e vocês não mexem no nosso. Normalíssimo.
Camada nº 4 – Os soldados patrulham a obra, mas não se envolvem com o que se passa ao lado. São agentes do estado, para o qual o tráfico de drogas é crime, assim como o porte ilegal de armas, que é inerente à profissão de traficante, mas a missão se restringe a não deixar que a atividade bandida atrapalhe o andamento da obra. Se não atrapalha, pode continuar. Muito normal, num país em que, no inóspito território dos morros, a soberania do estado se recolhe.
Camada nº 5 – Os soldados, depois de meses de permanência, já se inserem, para o bem ou para o mal, no contexto local. Aparentemente, funcionam com rédea solta. Provocam e são provocados. Um advogado morador das redondezas dá queixa na polícia de espancamento, depois de ter sido obrigado a parar e identificar-se. Na manhã do sábado 14, os soldados julgam-se desacatados por três jovens que saíam de um baile funk. Detêm os rapazes. Normal.
Camada nº 6 – Que corretivo aplicar aos três moços? Ora, no mundo dos morros do Rio de Janeiro, mais retalhado em facções criminosas rivais do que os Bálcãs em etnias, divertido mesmo é entregar pessoas que vivem ao abrigo de uma facção à facção adversária. Os soldados pegam os moços da Providência e os entregam aos traficantes do Morro da Mineira. Em outras partes soaria estranho que agentes do estado se envolvessem em operação que equivale ao reconhecimento diplomático de organizações dedicadas ao crime e de seu direito de exercer a justiça. No Rio de Janeiro estão todos tão acostumados a elas... Por que os soldados também não estariam?
Camada nº 7 – Os corpos dos rapazes são recolhidos por um caminhão de lixo e despejados num lixão da Baixada Fluminense. Eram eles David Wilson Florêncio da Silva, de 24 anos, Wellington Gonzaga Costa, de 19, e Marcos Paulo da Silva, de 17. Morreram, coitados, mas tecnicamente não passam de "danos colaterais", como se diz em linguagem militar, numa cadeia rotineira de eventos. Os danos colaterais acontecem, que fazer? Às vezes os bombardeios não atingem povoações civis?
•
O caso do Morro da Providência reacendeu a eterna discussão sobre o aproveitamento do Exército em operações de segurança. O.k., o Exército mostrou-se desastroso. Mas a polícia agiria melhor? Os desmandos da polícia, no Rio de Janeiro, têm uma história muito mais longa e fornida. Outra questão é: se o Exército não serve para isso, serve para quê? A resposta singela é que serve para a guerra, mas guerra contra quem? Há tempos que o país necessita de um debate sobre a função das Forças Armadas. Esse debate não se dá menos por responsabilidade dos militares do que dos políticos e da sociedade, um pouco por temor de entrar numa seara que, por herança da ditadura, ainda soa indigesta, mas no principal por puro e simples desinteresse.
Camada nº 1 – O senador apresenta sua idéia ao governo federal. O governo concorda em levá-la adiante, e o Ministério das Cidades aloca uma verba de 16,6 milhões de reais para sua execução. Em outras partes soaria estranho o patrocínio governamental a uma obra que diz respeito à agenda pessoal de um político, ainda mais um político-candidato a poucos meses da eleição. No Brasil não. A obra iniciou-se em fins do ano passado, com previsão para terminar até o fim deste ano. Quer dizer: seu período de maior velocidade e visibilidade coincidiria com a temporada eleitoral.
Camada nº 2 – O Exército é convocado para dar segurança aos trabalhos. Em outras partes surpreenderia que uma simples obra de embelezamento de fachadas, construção de telhados e pequenos reparos no interior das residências necessitasse de uma tropa a lhe prover segurança. Nos morros do Rio de Janeiro tal necessidade é vista como normal. Também surpreenderia que um órgão da administração pública, ou, mais que isso, uma instituição do estado, fosse posto a serviço do projeto pessoal de um político. Não no Brasil, onde o loteamento do governo é a regra. Dar soldados ao senador Crivella, do PRB (o mesmo partido do vice-presidente José Alencar), inscreve-se na mesma lógica de dar ministério ao PMDB e diretoria da Petrobras ao PSC.
Camada nº 3 – Antes de iniciada a obra (segundo algumas versões), emissários do senador Crivella negociam um acordo de paz com traficantes do morro. Nós não mexemos no seu negócio e vocês não mexem no nosso. Normalíssimo.
Camada nº 4 – Os soldados patrulham a obra, mas não se envolvem com o que se passa ao lado. São agentes do estado, para o qual o tráfico de drogas é crime, assim como o porte ilegal de armas, que é inerente à profissão de traficante, mas a missão se restringe a não deixar que a atividade bandida atrapalhe o andamento da obra. Se não atrapalha, pode continuar. Muito normal, num país em que, no inóspito território dos morros, a soberania do estado se recolhe.
Camada nº 5 – Os soldados, depois de meses de permanência, já se inserem, para o bem ou para o mal, no contexto local. Aparentemente, funcionam com rédea solta. Provocam e são provocados. Um advogado morador das redondezas dá queixa na polícia de espancamento, depois de ter sido obrigado a parar e identificar-se. Na manhã do sábado 14, os soldados julgam-se desacatados por três jovens que saíam de um baile funk. Detêm os rapazes. Normal.
Camada nº 6 – Que corretivo aplicar aos três moços? Ora, no mundo dos morros do Rio de Janeiro, mais retalhado em facções criminosas rivais do que os Bálcãs em etnias, divertido mesmo é entregar pessoas que vivem ao abrigo de uma facção à facção adversária. Os soldados pegam os moços da Providência e os entregam aos traficantes do Morro da Mineira. Em outras partes soaria estranho que agentes do estado se envolvessem em operação que equivale ao reconhecimento diplomático de organizações dedicadas ao crime e de seu direito de exercer a justiça. No Rio de Janeiro estão todos tão acostumados a elas... Por que os soldados também não estariam?
Camada nº 7 – Os corpos dos rapazes são recolhidos por um caminhão de lixo e despejados num lixão da Baixada Fluminense. Eram eles David Wilson Florêncio da Silva, de 24 anos, Wellington Gonzaga Costa, de 19, e Marcos Paulo da Silva, de 17. Morreram, coitados, mas tecnicamente não passam de "danos colaterais", como se diz em linguagem militar, numa cadeia rotineira de eventos. Os danos colaterais acontecem, que fazer? Às vezes os bombardeios não atingem povoações civis?
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O caso do Morro da Providência reacendeu a eterna discussão sobre o aproveitamento do Exército em operações de segurança. O.k., o Exército mostrou-se desastroso. Mas a polícia agiria melhor? Os desmandos da polícia, no Rio de Janeiro, têm uma história muito mais longa e fornida. Outra questão é: se o Exército não serve para isso, serve para quê? A resposta singela é que serve para a guerra, mas guerra contra quem? Há tempos que o país necessita de um debate sobre a função das Forças Armadas. Esse debate não se dá menos por responsabilidade dos militares do que dos políticos e da sociedade, um pouco por temor de entrar numa seara que, por herança da ditadura, ainda soa indigesta, mas no principal por puro e simples desinteresse.
Fonte: Revista Veja
SÁBADO NOS JORNAIS
- JB: TRF: Exército continua na Providência
- Folha: Operação da PF em 7 Estados investiga deputados e prefeitos
- Estadão: Quadrilha desviava dinheiro do PAC em 7 Estados
- Correio: Fraude milionária em obras do PAC
- Gazeta Mercantil: PF prende executivos da Agrenco
- Valor: Multis se unem na Europa contra biocombustíveis
- JB: TRF: Exército continua na Providência
- Folha: Operação da PF em 7 Estados investiga deputados e prefeitos
- Estadão: Quadrilha desviava dinheiro do PAC em 7 Estados
- Correio: Fraude milionária em obras do PAC
- Gazeta Mercantil: PF prende executivos da Agrenco
- Valor: Multis se unem na Europa contra biocombustíveis
sexta-feira, junho 20, 2008
PARA QUEM VAI BEBER
ADVERTÊNCIA PARA FINS DE SEMANA OU FERIADOS
O orifício circular corrugado, localizado na parte ínfero-lombar da região glútea de um indivíduo em alto grau etílico, deixa de estar em consonância com os ditames referentes ao direito individual de propriedade.
TRADUÇÃO: (Cú de bêbado não tem dono!)
ADVERTÊNCIA PARA FINS DE SEMANA OU FERIADOS
O orifício circular corrugado, localizado na parte ínfero-lombar da região glútea de um indivíduo em alto grau etílico, deixa de estar em consonância com os ditames referentes ao direito individual de propriedade.
TRADUÇÃO: (Cú de bêbado não tem dono!)
SEXTA NOS JORNAIS
- JB: Gastos de projetos sociais sob suspeita
- FOLHA: Lula quer mais verbas para alimentos contra inflação
- ESTADÃO: 11 militares são indiciados por assassinato de jovens no Rio
- GAZETA MERCANTIL: Brasil pode liderar produção de leite em 5 anos, prevê Parmalat
- VALOR: Multis se unem na Europa contra biocombustíveis
- JB: Gastos de projetos sociais sob suspeita
- FOLHA: Lula quer mais verbas para alimentos contra inflação
- ESTADÃO: 11 militares são indiciados por assassinato de jovens no Rio
- GAZETA MERCANTIL: Brasil pode liderar produção de leite em 5 anos, prevê Parmalat
- VALOR: Multis se unem na Europa contra biocombustíveis
quinta-feira, junho 19, 2008
OPERAÇÃO ABAFA
Deu no blog chapa branca
Secretário de Segurança será um delegado da Polícia Federal
O substituto de Carlos Castim na Secretaria de Segurança que não será mais o procurador Edílson França, será um delegado da Polícia Federal.
A governadora Wilma de Faria consultou o ministro da Justiça, Tarso Genro.
Também ouviu o ex-secretário Francisco Glauberto.
Isso se chama; abrir caminho na Polícia Federal
Deu no blog chapa branca
Secretário de Segurança será um delegado da Polícia Federal
O substituto de Carlos Castim na Secretaria de Segurança que não será mais o procurador Edílson França, será um delegado da Polícia Federal.
A governadora Wilma de Faria consultou o ministro da Justiça, Tarso Genro.
Também ouviu o ex-secretário Francisco Glauberto.
Isso se chama; abrir caminho na Polícia Federal
quarta-feira, junho 18, 2008
Loteamento de agências
editorial
O Estado de S. Paulo
18/6/2008
O governo petista cumpre o seu programa: em breve não restará no Brasil uma única agência reguladora digna desse nome. Uma a uma, todas vêm sendo submetidas ao loteamento de cargos e ao aparelhamento, como todo o resto da administração pública federal. Agora chegou a vez do PMDB, que será favorecido com a próxima nomeação para uma diretoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ao chegar ao governo, em 2003, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva queixou-se de ser o último a saber das decisões tomadas por diretores de agências. Demonstrando não entender a diferença entre órgão de governo e órgão de Estado, chegou a reclamar de uma “terceirização” de funções e poderes governamentais. Não havia nenhuma terceirização. Mas tem havido, nos últimos anos, um evidente e escandaloso processo de nomeações orientadas por critérios exclusivamente políticos, no sentido mais ignóbil dessa expressão.
Com a escolha de pessoa indicada pelos senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), a Anatel terá preenchidas cinco diretorias, número necessário para a votação do novo Plano Geral de Outorgas (PGO), tornado necessário para a regularização da compra da Brasil Telecom pela Oi - antiga Telemar, do Grupo Jereissati. Os dois peemedebistas defendem a nomeação de uma assessora especial da presidência do Senado, Emília Ribeiro. Formada em administração e direito, foi nomeada em 2006 para o Conselho Consultivo da Anatel e daí decorre toda a sua experiência no setor de telecomunicações.
O episódio é especialmente instrutivo para quem pretenda estudar os estilos de ação desse governo. Durante sete meses ficou vago o assento do quinto diretor da Anatel, enquanto se discutia uma indicação política.
Tudo se passou, nesse tempo, como se a agência não fosse mais que um apêndice do Executivo, sujeito às disputas e ao toma-lá-dá-cá das conveniências político-eleitorais. Isso é a negação mais elementar do conceito de agência reguladora. Além disso, quem for nomeado assumirá o posto com a missão de regularizar uma operação realizada com estímulo do governo e sob sua proteção. Seu papel, portanto, será cumprir ordens de um ministro ou de quem estiver acompanhando o caso da compra da Brasil Telecom.
O loteamento, segundo reportagem do Estado, foi resolvido já no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com base no acordo, a diretoria vaga há sete meses deve caber ao PMDB. A próxima vaga será aberta em novembro e pertencerá, em princípio, à cota do PT. No Brasil, partidos, grupos e políticos influentes têm cotas na administração: essa é a concepção dominante de coisa pública. O nome cotado é o professor Márcio Wohlers, indicado pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho, articulador da compra da Brasil Telecom.
Para a opinião pública, o caso mais ostensivo de loteamento e aparelhamento de uma agência foi o da Anac, responsável pela definição de normas para a aviação civil. Dois dos mais graves acidentes da história da aviação brasileira, com centenas de mortos, chamaram a atenção para um quadro espantoso de incompetência. A sucessão de tragédias acabou resultando no afastamento de toda uma diretoria. Os desmandos facilitados pela relação promíscua entre Executivo e agência continuam, no entanto, aparecendo, com as denúncias sobre a articulação da venda da Varig.
A desmoralização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) começou com a nomeação de um presidente escolhido com base em critério político e ideológico. O resultado mais ostensivo dessa escolha foi a desastrada revelação da descoberta do Campo de Tupi.
Desde o início do primeiro mandato, o governo do presidente Lula vem trabalhando para destruir o sistema de agências reguladoras. Agências desse tipo, existentes em países desenvolvidos, são órgãos de Estado, não de governo. Devem funcionar com independência política, proporcionando estabilidade e previsibilidade às condições de investimento em setores básicos, como energia, transportes e telecomunicações. O presidente Lula e seus principais auxiliares nunca aceitaram essa concepção, assim como jamais aceitaram os critérios de impessoalidade e competência na gestão pública.
editorial
O Estado de S. Paulo
18/6/2008
O governo petista cumpre o seu programa: em breve não restará no Brasil uma única agência reguladora digna desse nome. Uma a uma, todas vêm sendo submetidas ao loteamento de cargos e ao aparelhamento, como todo o resto da administração pública federal. Agora chegou a vez do PMDB, que será favorecido com a próxima nomeação para uma diretoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ao chegar ao governo, em 2003, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva queixou-se de ser o último a saber das decisões tomadas por diretores de agências. Demonstrando não entender a diferença entre órgão de governo e órgão de Estado, chegou a reclamar de uma “terceirização” de funções e poderes governamentais. Não havia nenhuma terceirização. Mas tem havido, nos últimos anos, um evidente e escandaloso processo de nomeações orientadas por critérios exclusivamente políticos, no sentido mais ignóbil dessa expressão.
Com a escolha de pessoa indicada pelos senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), a Anatel terá preenchidas cinco diretorias, número necessário para a votação do novo Plano Geral de Outorgas (PGO), tornado necessário para a regularização da compra da Brasil Telecom pela Oi - antiga Telemar, do Grupo Jereissati. Os dois peemedebistas defendem a nomeação de uma assessora especial da presidência do Senado, Emília Ribeiro. Formada em administração e direito, foi nomeada em 2006 para o Conselho Consultivo da Anatel e daí decorre toda a sua experiência no setor de telecomunicações.
O episódio é especialmente instrutivo para quem pretenda estudar os estilos de ação desse governo. Durante sete meses ficou vago o assento do quinto diretor da Anatel, enquanto se discutia uma indicação política.
Tudo se passou, nesse tempo, como se a agência não fosse mais que um apêndice do Executivo, sujeito às disputas e ao toma-lá-dá-cá das conveniências político-eleitorais. Isso é a negação mais elementar do conceito de agência reguladora. Além disso, quem for nomeado assumirá o posto com a missão de regularizar uma operação realizada com estímulo do governo e sob sua proteção. Seu papel, portanto, será cumprir ordens de um ministro ou de quem estiver acompanhando o caso da compra da Brasil Telecom.
O loteamento, segundo reportagem do Estado, foi resolvido já no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com base no acordo, a diretoria vaga há sete meses deve caber ao PMDB. A próxima vaga será aberta em novembro e pertencerá, em princípio, à cota do PT. No Brasil, partidos, grupos e políticos influentes têm cotas na administração: essa é a concepção dominante de coisa pública. O nome cotado é o professor Márcio Wohlers, indicado pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho, articulador da compra da Brasil Telecom.
Para a opinião pública, o caso mais ostensivo de loteamento e aparelhamento de uma agência foi o da Anac, responsável pela definição de normas para a aviação civil. Dois dos mais graves acidentes da história da aviação brasileira, com centenas de mortos, chamaram a atenção para um quadro espantoso de incompetência. A sucessão de tragédias acabou resultando no afastamento de toda uma diretoria. Os desmandos facilitados pela relação promíscua entre Executivo e agência continuam, no entanto, aparecendo, com as denúncias sobre a articulação da venda da Varig.
A desmoralização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) começou com a nomeação de um presidente escolhido com base em critério político e ideológico. O resultado mais ostensivo dessa escolha foi a desastrada revelação da descoberta do Campo de Tupi.
Desde o início do primeiro mandato, o governo do presidente Lula vem trabalhando para destruir o sistema de agências reguladoras. Agências desse tipo, existentes em países desenvolvidos, são órgãos de Estado, não de governo. Devem funcionar com independência política, proporcionando estabilidade e previsibilidade às condições de investimento em setores básicos, como energia, transportes e telecomunicações. O presidente Lula e seus principais auxiliares nunca aceitaram essa concepção, assim como jamais aceitaram os critérios de impessoalidade e competência na gestão pública.
DORA KRAME - DE MAL A PIOR
O Estado de S. Paulo
18/6/2008
Algo de grave acontece com a sensibilidade dos espíritos quando políticos são acusados de comandar quadrilhas, a polícia se alia ao bandido e militares trabalham a soldo de traficantes, mas as pessoas acham que vai tudo muito bem porque pobre compra DVD, a Receita arrecada como nunca, o rico continua rindo à toa e o País sobe ao grau de “bom” para investimento.
Quanto à demolição dos mais comezinhos valores, a destruição de referências e a extinção paulatina da segurança, que ameaça não deixar um só brasileiro vivo para contar a história de tantas maravilhas, tudo isso horroriza, mas não mobiliza.
Há menos de um mês, a Polícia Federal e o Ministério Público disseram que o ex-governador Anthony Garotinho estava no topo do esquema criminoso comandado por um ex-chefe de polícia e atual deputado estadual, e hoje a notícia está esquecida.
Não impressiona ninguém. A começar pelo governador do Estado mais atingido, ocupado em semear charme e simpatia. Para Sérgio Cabral Filho foi como se não tivesse acontecido, não obstante os acusados convivam com ele no mesmo partido.
Justiça se faça, não está só na indiferença ao indício mais acachapante já surgido sobre a promiscuidade entre o poder público e a bandidagem.
O dar de ombros é generalizado. Deu-se o dito como natural, como se algo daquela dimensão não contasse com cúmplices em toda parte, vários deles eleitos com o dinheiro das propinas coletadas pelos delegados.
Mas não era esse o fundo do poço. Isso fica evidente quando militares se alugam a facções criminosas e, como parte do trabalho, entregam gente para servir de repasto aos traficantes na macabra rotina de torturas e assassinatos já incorporada ao cotidiano dos territórios dominados pelo terror no Rio de Janeiro.
Sim, há terrorismo compartilhado por agentes do Estado na cidade mais visível do País, e nossas autoridades continuam reféns de paliativos. Uns mais fracos, outros mais fortes, mas nenhuma ação ganha o carimbo da urgência urgentíssima conveniente à situação de óbvia ameaça à segurança nacional.
O presidente da República lamenta episódios, mas no geral só comemora a chegada (dele) ao “paraíso”. Parece achar que olhar o lado podre, e sem votos, dá azar. Ou talvez, na lógica panfletária, considere esse trabalho da oposição. É também, mas ela só pode apontar a problemática. A solucionática é tarefa de governos, que há anos assistem inertes ao avanço do crime.
Algo os impede de agir. Fazem planos, prometem projetos conjuntos, visitam experiências bem-sucedidas, e nada. Sérgio Cabral mesmo é cheio de gás. Manda a polícia endurecer, de vez em quando exibe como troféus os corpos de meia dúzia de facínoras, fatura apoio da população nas pesquisas e as atrocidades prosseguem.
O auge da repercussão da mais recente alcançou Sérgio Cabral na Alemanha. Enquanto eram enterrados os rapazes arrastados para as mãos dos traficantes do Morro da Mineira por militares que atuavam clandestinamente em prol de um senador da República no Morro da Providência, o governador passeava de triciclo em frente ao Portão de Brandenburgo.
Antes de embarcar, o governador disse umas palavras de repulsa, é verdade. Ontem o presidente Lula externou “profunda indignação” com o assassinato dos rapazes.
Nenhum dos dois, no entanto, se sentiu minimamente obrigado a explicar o que faz o Exército no Morro da Providência, dando guarida à execução de um projeto de reforma de casas de autoria do senador Marcelo Crivella, candidato predileto do presidente à Prefeitura do Rio.
Muitas vezes o governador Cabral pediu o reforço das Forças Armadas no combate à criminalidade. Antes dele, outros governadores tentaram o mesmo. Os militares sempre se recusaram, sob a alegação de despreparo para ações de polícia e, à boca pequena, confessavam o temor de que soldados e oficiais pudessem vir a ser cooptados pelo crime, como ocorre com policiais.
A despeito disso, o senador conseguiu assinar um convênio com o Ministério das Cidades que, sabe-se lá como, pôs os militares no morro. Não no combate ao tráfico, mas para ajudar um candidato a prefeito filiado ao partido do vice-presidente e companheiro constante de palanques do presidente, a posar de benfeitor e amealhar votos naquela agradecida comunidade.
Isso é lícito? O governador sabia? Certamente, senão por exigência legal, pela convivência leal com Brasília. Falou a respeito depois do acontecido? Nem uma palavra.
Cabral não gosta de Crivella, mas, sabe como é, Lula, o grande carreador de verbas federais para o Rio, gosta e isso basta para fazê-lo ignorar um fato inédito até ser revelado por esse episódio: a participação das Forças Armadas na ciranda do aparelhamento do Estado em prol de afilhados políticos.
Do topo das instituições mais confiáveis na percepção do público, os militares vêem de novo seu nome misturado a torturas e assassinatos. Em nome do quê? De uma disputa político-eleitoral. Reles e, sobretudo, vil.
O Estado de S. Paulo
18/6/2008
Algo de grave acontece com a sensibilidade dos espíritos quando políticos são acusados de comandar quadrilhas, a polícia se alia ao bandido e militares trabalham a soldo de traficantes, mas as pessoas acham que vai tudo muito bem porque pobre compra DVD, a Receita arrecada como nunca, o rico continua rindo à toa e o País sobe ao grau de “bom” para investimento.
Quanto à demolição dos mais comezinhos valores, a destruição de referências e a extinção paulatina da segurança, que ameaça não deixar um só brasileiro vivo para contar a história de tantas maravilhas, tudo isso horroriza, mas não mobiliza.
Há menos de um mês, a Polícia Federal e o Ministério Público disseram que o ex-governador Anthony Garotinho estava no topo do esquema criminoso comandado por um ex-chefe de polícia e atual deputado estadual, e hoje a notícia está esquecida.
Não impressiona ninguém. A começar pelo governador do Estado mais atingido, ocupado em semear charme e simpatia. Para Sérgio Cabral Filho foi como se não tivesse acontecido, não obstante os acusados convivam com ele no mesmo partido.
Justiça se faça, não está só na indiferença ao indício mais acachapante já surgido sobre a promiscuidade entre o poder público e a bandidagem.
O dar de ombros é generalizado. Deu-se o dito como natural, como se algo daquela dimensão não contasse com cúmplices em toda parte, vários deles eleitos com o dinheiro das propinas coletadas pelos delegados.
Mas não era esse o fundo do poço. Isso fica evidente quando militares se alugam a facções criminosas e, como parte do trabalho, entregam gente para servir de repasto aos traficantes na macabra rotina de torturas e assassinatos já incorporada ao cotidiano dos territórios dominados pelo terror no Rio de Janeiro.
Sim, há terrorismo compartilhado por agentes do Estado na cidade mais visível do País, e nossas autoridades continuam reféns de paliativos. Uns mais fracos, outros mais fortes, mas nenhuma ação ganha o carimbo da urgência urgentíssima conveniente à situação de óbvia ameaça à segurança nacional.
O presidente da República lamenta episódios, mas no geral só comemora a chegada (dele) ao “paraíso”. Parece achar que olhar o lado podre, e sem votos, dá azar. Ou talvez, na lógica panfletária, considere esse trabalho da oposição. É também, mas ela só pode apontar a problemática. A solucionática é tarefa de governos, que há anos assistem inertes ao avanço do crime.
Algo os impede de agir. Fazem planos, prometem projetos conjuntos, visitam experiências bem-sucedidas, e nada. Sérgio Cabral mesmo é cheio de gás. Manda a polícia endurecer, de vez em quando exibe como troféus os corpos de meia dúzia de facínoras, fatura apoio da população nas pesquisas e as atrocidades prosseguem.
O auge da repercussão da mais recente alcançou Sérgio Cabral na Alemanha. Enquanto eram enterrados os rapazes arrastados para as mãos dos traficantes do Morro da Mineira por militares que atuavam clandestinamente em prol de um senador da República no Morro da Providência, o governador passeava de triciclo em frente ao Portão de Brandenburgo.
Antes de embarcar, o governador disse umas palavras de repulsa, é verdade. Ontem o presidente Lula externou “profunda indignação” com o assassinato dos rapazes.
Nenhum dos dois, no entanto, se sentiu minimamente obrigado a explicar o que faz o Exército no Morro da Providência, dando guarida à execução de um projeto de reforma de casas de autoria do senador Marcelo Crivella, candidato predileto do presidente à Prefeitura do Rio.
Muitas vezes o governador Cabral pediu o reforço das Forças Armadas no combate à criminalidade. Antes dele, outros governadores tentaram o mesmo. Os militares sempre se recusaram, sob a alegação de despreparo para ações de polícia e, à boca pequena, confessavam o temor de que soldados e oficiais pudessem vir a ser cooptados pelo crime, como ocorre com policiais.
A despeito disso, o senador conseguiu assinar um convênio com o Ministério das Cidades que, sabe-se lá como, pôs os militares no morro. Não no combate ao tráfico, mas para ajudar um candidato a prefeito filiado ao partido do vice-presidente e companheiro constante de palanques do presidente, a posar de benfeitor e amealhar votos naquela agradecida comunidade.
Isso é lícito? O governador sabia? Certamente, senão por exigência legal, pela convivência leal com Brasília. Falou a respeito depois do acontecido? Nem uma palavra.
Cabral não gosta de Crivella, mas, sabe como é, Lula, o grande carreador de verbas federais para o Rio, gosta e isso basta para fazê-lo ignorar um fato inédito até ser revelado por esse episódio: a participação das Forças Armadas na ciranda do aparelhamento do Estado em prol de afilhados políticos.
Do topo das instituições mais confiáveis na percepção do público, os militares vêem de novo seu nome misturado a torturas e assassinatos. Em nome do quê? De uma disputa político-eleitoral. Reles e, sobretudo, vil.
QUARTA NOS JORNAIS
- JB: Comércio sente o efeito da inflação
- FOLHA: Governo pede desculpas e mantém Exército no Rio
- ESTADÃO: Venda da VarigLog foi ilegal, admite documento da Anac
- GLOBO: Ministro sobe favela e pede perdão por crime de militares
- GAZETA MERCANTIL: Déficit na balança do petróleo sobe 630%, para US$ 2,75 bi
- ESTADO DE MINAS: TCE abriu brecha para máfia atuar
- JORNAL DO COMMERCIO: BNDES ensaia a morte da TJLP
- JB: Comércio sente o efeito da inflação
- FOLHA: Governo pede desculpas e mantém Exército no Rio
- ESTADÃO: Venda da VarigLog foi ilegal, admite documento da Anac
- GLOBO: Ministro sobe favela e pede perdão por crime de militares
- GAZETA MERCANTIL: Déficit na balança do petróleo sobe 630%, para US$ 2,75 bi
- ESTADO DE MINAS: TCE abriu brecha para máfia atuar
- JORNAL DO COMMERCIO: BNDES ensaia a morte da TJLP
terça-feira, junho 17, 2008
MIREM-SE NO EXEMPLO
VIVA OS ARGENTINOS!
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou, nesta terça-feira, que enviará ao Congresso Nacional a medida que prevê o aumento dos impostos às exportações de grãos e que provocou protestos do setor rural que já duram 97 dias.
Isso quer dizer o seguinte: Os ruralistas vão poder negociar com o congresso um novo texto para a lei que aumentava impostos dos ruralistas. Lá ao contrário de cá, a presidente tem o poder de criar impostos sem a anuência do congresso. Los hermanos, diferentes dos brazucas, foram para a rua, paralizaram o país e o resultado é que o governo deu macha ré.
Nós o que fazemos?
VIVA OS ARGENTINOS!
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou, nesta terça-feira, que enviará ao Congresso Nacional a medida que prevê o aumento dos impostos às exportações de grãos e que provocou protestos do setor rural que já duram 97 dias.
Isso quer dizer o seguinte: Os ruralistas vão poder negociar com o congresso um novo texto para a lei que aumentava impostos dos ruralistas. Lá ao contrário de cá, a presidente tem o poder de criar impostos sem a anuência do congresso. Los hermanos, diferentes dos brazucas, foram para a rua, paralizaram o país e o resultado é que o governo deu macha ré.
Nós o que fazemos?
PIPIADA
Sinceridade masculina
Um homem estava em coma há algum tempo. Sua esposa ficava à
cabeceira dele
dia e noite. Até que um dia o homem acorda, faz um sinal para a mulher
para
se aproximar e sussurra-lhe:
-Durante todos estes anos você esteve ao meu lado.
-Quando me licenciei, você ficou comigo.
-Quando a minha empresa faliu, só você ficou lá e me apoiou.
-Quando perdemos a casa, você ficou perto de mim.
-Quando perdemos o carro, também estava comigo.
-E desde que fiquei com todos esses problemas de saúde, você nunca me
abandonou. Sabe de uma coisa?
Os olhos da mulher encheram-se de lágrimas:
-Diz amor...
-Acho que você me dá azar!!!
Colboração enviada por apolo
Sinceridade masculina
Um homem estava em coma há algum tempo. Sua esposa ficava à
cabeceira dele
dia e noite. Até que um dia o homem acorda, faz um sinal para a mulher
para
se aproximar e sussurra-lhe:
-Durante todos estes anos você esteve ao meu lado.
-Quando me licenciei, você ficou comigo.
-Quando a minha empresa faliu, só você ficou lá e me apoiou.
-Quando perdemos a casa, você ficou perto de mim.
-Quando perdemos o carro, também estava comigo.
-E desde que fiquei com todos esses problemas de saúde, você nunca me
abandonou. Sabe de uma coisa?
Os olhos da mulher encheram-se de lágrimas:
-Diz amor...
-Acho que você me dá azar!!!
Colboração enviada por apolo
URGENTE - ALÔ DUNGA Esse blog consegue mais um furo. Segundo informantes, que a varanda mantém, junto a seleção Argentina, descobri a arma secreta que os "hermanos" vão usar no jogo de amanhã contra o Brasil.
Recomendo ao pastorador do time, o Dunga, recorrer ao Ibama, Ministério do meio ambiente, ONGs, pois os pernas de pau correm sério risco.
QUEM AVISA...
Recomendo ao pastorador do time, o Dunga, recorrer ao Ibama, Ministério do meio ambiente, ONGs, pois os pernas de pau correm sério risco.
QUEM AVISA...
TERÇA NOS JORNAIS
- JB: Brasil pode se beneficiar com crise
- FOLHA: Militares se envolveram na morte de jovens
- ESTADÃO: Crédito imobiliário cresce 75,9% em 5 meses
- GLOBO: Tenente confessa crime e Exército entra em choque com moradores temporária de 11 militares
- GAZETA MERCANTIL: Acordo limita atuação de conselheiros
- VALOR: Ritmo de consumo vigoroso puxa indústria no Nordeste
- ESTADO DE MINAS: Pressão derruba Bejani. PF fecha cerca à máfia
- JORNAL DO COMMERCIO: Mercado já prevê IGP-M de dois dígitos para o ano
- JB: Brasil pode se beneficiar com crise
- FOLHA: Militares se envolveram na morte de jovens
- ESTADÃO: Crédito imobiliário cresce 75,9% em 5 meses
- GLOBO: Tenente confessa crime e Exército entra em choque com moradores temporária de 11 militares
- GAZETA MERCANTIL: Acordo limita atuação de conselheiros
- VALOR: Ritmo de consumo vigoroso puxa indústria no Nordeste
- ESTADO DE MINAS: Pressão derruba Bejani. PF fecha cerca à máfia
- JORNAL DO COMMERCIO: Mercado já prevê IGP-M de dois dígitos para o ano
segunda-feira, junho 16, 2008
CONVENÇÃO
PSB- QUADRILHA DIVIDIDA
Depois da última reunião do PSB, onde quebrou o maior pau, o partido reúne-se, hoje, em convenção, onde duas quadrilhas vão se enfrentar. A quadrilha chefiada pelo Dep. Rogério Marinho e a quadrilha da governadora Wilma Faria. O resultado é imprevisível, pois grande parte da quadrilha da governadora encontra-se atrás das grades na PF, inclusive o seu filho o meliante Lauro Maia.
Alô Polícia, passa nessa convenção e leva todo mundo.
PSB- QUADRILHA DIVIDIDA
Depois da última reunião do PSB, onde quebrou o maior pau, o partido reúne-se, hoje, em convenção, onde duas quadrilhas vão se enfrentar. A quadrilha chefiada pelo Dep. Rogério Marinho e a quadrilha da governadora Wilma Faria. O resultado é imprevisível, pois grande parte da quadrilha da governadora encontra-se atrás das grades na PF, inclusive o seu filho o meliante Lauro Maia.
Alô Polícia, passa nessa convenção e leva todo mundo.
SEGUNDA NOS JORNAIS
- JB: Polícia pedirá prisão de 11 militares
- FOLHA: Inflação já afeta 71% dos preços pesquisados
- ESTADÃO: Inflação freia vendas no Norte e Nordeste
- GLOBO: Justiça decreta prisão temporária de 11 militares
- GAZETA MERCANTIL: Mais empresas brasileiras ampliam internacionalização
- CORREIO: Flanelinhas privatizam estacionamento público
- VALOR: Novo ciclo de riquezas virá com a potência do petróleo
- ESTADO DE MINAS: Os extremos da violência em BH
- JB: Polícia pedirá prisão de 11 militares
- FOLHA: Inflação já afeta 71% dos preços pesquisados
- ESTADÃO: Inflação freia vendas no Norte e Nordeste
- GLOBO: Justiça decreta prisão temporária de 11 militares
- GAZETA MERCANTIL: Mais empresas brasileiras ampliam internacionalização
- CORREIO: Flanelinhas privatizam estacionamento público
- VALOR: Novo ciclo de riquezas virá com a potência do petróleo
- ESTADO DE MINAS: Os extremos da violência em BH
domingo, junho 15, 2008
POSTO DE GASOLINA
O governo do RN anunciou nos últimos dias a instalação, pela Petrobras, de uma refinaria no valor de 200 milhões. Isso se chama, no popular, um cala boca. Na mesma semana a Petrobras anunciou duas outras refinarias, uma no Maranhão e outra no Ceará, ambas com investimento em torno de 15 BILHÕES.
Um Estado que não tem porto e nem ferrovia, como é que pode ter uma refinaria? O mais é bla bla bla para encher jornal e blog (nós também) e mostrar a fragilidade política e econômica do Rio Grande do Norte. Na realidade o que a Petrobras vai construir é um POSTO DE GASOLINA. Será que vai ter loja de conveniência?
O governo do RN anunciou nos últimos dias a instalação, pela Petrobras, de uma refinaria no valor de 200 milhões. Isso se chama, no popular, um cala boca. Na mesma semana a Petrobras anunciou duas outras refinarias, uma no Maranhão e outra no Ceará, ambas com investimento em torno de 15 BILHÕES.
Um Estado que não tem porto e nem ferrovia, como é que pode ter uma refinaria? O mais é bla bla bla para encher jornal e blog (nós também) e mostrar a fragilidade política e econômica do Rio Grande do Norte. Na realidade o que a Petrobras vai construir é um POSTO DE GASOLINA. Será que vai ter loja de conveniência?
sábado, junho 14, 2008
BLOG CHAPA BRANCA
VEJAM A NOTA ABAIXO: PUXA-SAQUISMO EXPLÍCITO
14.06
Operação realizada na Sexta 13 fez parte do roteiro pirotécnico
O fato da Operação Higia, realizada pela Polícia Federal no Rio Grande do Norte, em plena Sexta Feira 13...
Não foi coincidência coisíssima nenhuma...
Dentro do sistema pirotécnico com o qual ela foi executada, a Sexta 13 fez parte do roteiro cinematográfico.
Há informação que uma das pessoas detidas ontem pela PF, foi abordada dentro do banheiro.
Tomando banho.
O adjunto da Secretaria de Esporte, João Henrique Bahia, foi acordado com 5 homens dentro do seu quarto, que entraram no apartamento após terem derrubado a porta.
Espetáculo desnecessário.
Caso tivessem sido convocados a depor na Polícia Federal, nenhum dos envolvidos teria se negado.
A prisão fez parte do espetáculo da sexta-feira 13.
*
Há poucos meses tal espetáculo aconteceu em um dos prédios da avenida Getúlio Vargas.
Quando um senhor de mais de 70 anos foi levado para a PF.
Simplesmente para depor.
Depois...
Nada deu em nada...
E a população que assiste à pirotecnia...termina frustrada com seu desfecho, tamanha é a fragilidade com que os espetáculos são encenados.
Pois é...
POIS É... BLOGUINHO FINANCIADO COM DINHEIRO PÚBLICO...
VEJAM A NOTA ABAIXO: PUXA-SAQUISMO EXPLÍCITO
14.06
Operação realizada na Sexta 13 fez parte do roteiro pirotécnico
O fato da Operação Higia, realizada pela Polícia Federal no Rio Grande do Norte, em plena Sexta Feira 13...
Não foi coincidência coisíssima nenhuma...
Dentro do sistema pirotécnico com o qual ela foi executada, a Sexta 13 fez parte do roteiro cinematográfico.
Há informação que uma das pessoas detidas ontem pela PF, foi abordada dentro do banheiro.
Tomando banho.
O adjunto da Secretaria de Esporte, João Henrique Bahia, foi acordado com 5 homens dentro do seu quarto, que entraram no apartamento após terem derrubado a porta.
Espetáculo desnecessário.
Caso tivessem sido convocados a depor na Polícia Federal, nenhum dos envolvidos teria se negado.
A prisão fez parte do espetáculo da sexta-feira 13.
*
Há poucos meses tal espetáculo aconteceu em um dos prédios da avenida Getúlio Vargas.
Quando um senhor de mais de 70 anos foi levado para a PF.
Simplesmente para depor.
Depois...
Nada deu em nada...
E a população que assiste à pirotecnia...termina frustrada com seu desfecho, tamanha é a fragilidade com que os espetáculos são encenados.
Pois é...
POIS É... BLOGUINHO FINANCIADO COM DINHEIRO PÚBLICO...
PIPIADA
A MELHOR DA SEMANA
*O velho Padre, durante anos, havia trabalhado fielmente com o pessoal da Amazônia,mas agora estava morrendo no Hospital de Base de Brasília.
De repente ele faz um sinal para a enfermeira, que se aproxima. - Sim, Padre? diz a enfermeira. - Eu queria ver o Presidente Lula e o José Dirceu antes de morrer,
sussurrou o Padre. - Acalme-se, verei o que posso fazer, respondeu a enfermeira.
De imediato, ela entra em contato com o Palácio do Planalto e com José Dirceu. Logo recebe um aviso: ambos gostariam muito de visitar ao Padre moribundo.
A caminho do Hospital, Dirceu disse a Lula: - Eu não sei por que o velho padre quer nos ver, mas por certo isso vai ajudar a melhorar nossa imagem perante a Igreja, nós que sempre enfrentamos embaraços com ela.
Lula concordou. Era uma grande oportunidade para eles e até um comunicado oficial à imprensa, sobre a visita, foi expedido.
Quando chegaram ao quarto, o velho Padre, pegou a mão de Lula, com sua mão direita, e a mão de José Dirceu, com sua esquerda.
Houve um grande silêncio e se viu um ar de pureza e serenidade no semblante do Padre.
José Dirceu, então, falou: - Padre, porque fomos os escolhidos, dentre tantas pessoas, para estar ao seu lado no seu final?
O velho Padre, lentamente, falou: -Sempre, em toda a minha vida, procurei ter como modelo o Nosso Senhor Jesus Cristo.
-Amém, disse Lula. -Amém, disse Zé Dirceu.
O Padre continuou: -'Como Ele morreu entre dois ladrões, eu queria fazer o mesmo!!!'
Colaboração enviada por NERI JR
A MELHOR DA SEMANA
*O velho Padre, durante anos, havia trabalhado fielmente com o pessoal da Amazônia,mas agora estava morrendo no Hospital de Base de Brasília.
De repente ele faz um sinal para a enfermeira, que se aproxima. - Sim, Padre? diz a enfermeira. - Eu queria ver o Presidente Lula e o José Dirceu antes de morrer,
sussurrou o Padre. - Acalme-se, verei o que posso fazer, respondeu a enfermeira.
De imediato, ela entra em contato com o Palácio do Planalto e com José Dirceu. Logo recebe um aviso: ambos gostariam muito de visitar ao Padre moribundo.
A caminho do Hospital, Dirceu disse a Lula: - Eu não sei por que o velho padre quer nos ver, mas por certo isso vai ajudar a melhorar nossa imagem perante a Igreja, nós que sempre enfrentamos embaraços com ela.
Lula concordou. Era uma grande oportunidade para eles e até um comunicado oficial à imprensa, sobre a visita, foi expedido.
Quando chegaram ao quarto, o velho Padre, pegou a mão de Lula, com sua mão direita, e a mão de José Dirceu, com sua esquerda.
Houve um grande silêncio e se viu um ar de pureza e serenidade no semblante do Padre.
José Dirceu, então, falou: - Padre, porque fomos os escolhidos, dentre tantas pessoas, para estar ao seu lado no seu final?
O velho Padre, lentamente, falou: -Sempre, em toda a minha vida, procurei ter como modelo o Nosso Senhor Jesus Cristo.
-Amém, disse Lula. -Amém, disse Zé Dirceu.
O Padre continuou: -'Como Ele morreu entre dois ladrões, eu queria fazer o mesmo!!!'
Colaboração enviada por NERI JR
André Petry
As coisas estranhas
"Se Teixeira tinha permissão para usar o nome de Lula, é bomba de nêutrons. Se não tinha, talvez Lula queira censurá-lo, até romper com ele pelo abuso da amizade e pela prova cabal de deslealdade"
Uma das leis clássicas da política informa que político jamais diminui seu poder por vontade própria. Pode renunciar a ele, mas, enquanto não o fizer, moverá montanhas para mantê-lo ou ampliá-lo. Reduzi-lo, jamais. É por isso que político nunca antecipa sua sucessão. Fazê-lo equivale a encurtar seu mandato, expor-se ao risco de deixar o ponto mais iluminado do palco ou ter de dividi-lo com outros. Equivale, no leilão diário de impressões e informações de que se constitui a política, a apresentar-se menor, enfraquecido, como ficam todos os políticos às vésperas de perder a potência. Um pato manco, como dizem os americanos. Por isso, o movimento do presidente Lula na semana passada fere uma lei clássica da política. E isso é estranho.
Lula disse, pela primeira vez com clareza, que a ministra Dilma Rousseff é "o nome do PT" para suceder-lhe em 2010. Lula está antecipando a disputa por sua sucessão, faltando ainda trinta meses para ir embora. Políticos não fazem isso. Por que Lula fez? Será que Dilma não é o "nome do PT", e Lula apenas o soltou para ver se cola no partido? Será que quer jogar Dilma às feras, distraindo as feras do verdadeiro candidato?
É estranho… Lula encarregou-se de explicar seu gesto precoce. Disse que Dilma é perseguida porque é candidata. A prova seria a cascata de denúncias. Primeiro, foi o dossiê com os gastos do ex-presidente FHC. Agora, veio a pressão para vender a Varig à Gol por preço módico. Com tanto canivete chovendo, Lula quis proteger a ministra, oferecendo-lhe um abrigo. Então, lançou-a candidata sabendo que é perseguida por ser candidata? E colocou-a sob suas asas, correndo o risco de reduzir seu próprio poder?
É estranho… Lula nunca reduziu seu poder para defender quem quer que seja. Reformulando, em nome da precisão: entre José Dirceu e Matilde Ribeiro, Lula já defendeu quem quer que seja, sempre pondo "a mão no fogo" pelo acusado da hora, mas para preservar seu poder, nunca para reduzi-lo. Por que faria isso agora por Dilma? Por que a ministra habita seu coração e fazê-la sua sucessora é a meta superior de Lula, ainda que isso lhe custe nacos de poder a dois anos e meio do fim?
É estranho… O escândalo da Varig é do tipo que faz muito ziguezague, mas acaba no coração do governo. Denise Abreu, ex-funcionária graduada, acusou Dilma de pressioná-la para facilitar a venda da Varig à Gol. Como não há provas materiais, a ministra poderá defender-se na linha tênue que separa pressão de pressa. Mas Denise Abreu também fez uma acusação fortíssima: disse que sofreu pressão "imoral" do advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, que dizia falar em nome do presidente. E nada acontece?
É estranho… A acusação precisa ser esclarecida. Denise Abreu está mentindo? Se o advogado tinha permissão para usar o nome de Lula, é bomba de nêutrons. Se não tinha, talvez Lula queira censurá-lo, até romper com ele pelo abuso da amizade e pela prova cabal de deslealdade. Em vez disso, Lula preferiu lançar Dilma, proteger Dilma, defender Dilma. É a receita perfeita para Dilma nunca mais deixar os holofotes. Considerando que na política, tal como na física, dois corpos não ocupam o mesmo espaço, talvez nada disso seja tão estranho.
Lula disse, pela primeira vez com clareza, que a ministra Dilma Rousseff é "o nome do PT" para suceder-lhe em 2010. Lula está antecipando a disputa por sua sucessão, faltando ainda trinta meses para ir embora. Políticos não fazem isso. Por que Lula fez? Será que Dilma não é o "nome do PT", e Lula apenas o soltou para ver se cola no partido? Será que quer jogar Dilma às feras, distraindo as feras do verdadeiro candidato?
É estranho… Lula encarregou-se de explicar seu gesto precoce. Disse que Dilma é perseguida porque é candidata. A prova seria a cascata de denúncias. Primeiro, foi o dossiê com os gastos do ex-presidente FHC. Agora, veio a pressão para vender a Varig à Gol por preço módico. Com tanto canivete chovendo, Lula quis proteger a ministra, oferecendo-lhe um abrigo. Então, lançou-a candidata sabendo que é perseguida por ser candidata? E colocou-a sob suas asas, correndo o risco de reduzir seu próprio poder?
É estranho… Lula nunca reduziu seu poder para defender quem quer que seja. Reformulando, em nome da precisão: entre José Dirceu e Matilde Ribeiro, Lula já defendeu quem quer que seja, sempre pondo "a mão no fogo" pelo acusado da hora, mas para preservar seu poder, nunca para reduzi-lo. Por que faria isso agora por Dilma? Por que a ministra habita seu coração e fazê-la sua sucessora é a meta superior de Lula, ainda que isso lhe custe nacos de poder a dois anos e meio do fim?
É estranho… O escândalo da Varig é do tipo que faz muito ziguezague, mas acaba no coração do governo. Denise Abreu, ex-funcionária graduada, acusou Dilma de pressioná-la para facilitar a venda da Varig à Gol. Como não há provas materiais, a ministra poderá defender-se na linha tênue que separa pressão de pressa. Mas Denise Abreu também fez uma acusação fortíssima: disse que sofreu pressão "imoral" do advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, que dizia falar em nome do presidente. E nada acontece?
É estranho… A acusação precisa ser esclarecida. Denise Abreu está mentindo? Se o advogado tinha permissão para usar o nome de Lula, é bomba de nêutrons. Se não tinha, talvez Lula queira censurá-lo, até romper com ele pelo abuso da amizade e pela prova cabal de deslealdade. Em vez disso, Lula preferiu lançar Dilma, proteger Dilma, defender Dilma. É a receita perfeita para Dilma nunca mais deixar os holofotes. Considerando que na política, tal como na física, dois corpos não ocupam o mesmo espaço, talvez nada disso seja tão estranho.
Diogo Mainardi
Dois estalos— e virei Newton
"Além de cobrar 1 220 448 reais, Teixeira se atribuía a seguinte vitória: ‘Tivemos êxito integral na defesajurídica dos interesses do grupo, livrando-o, até o momento, da sucessão das dívidas trabalhistas da Varig’"
Me deu um estalo durante o depoimento de Denise Abreu no Senado. Se eu fosse Newton, teria descoberto a lei da gravidade. Eu sou o Newton do lulismo. Cada um tem o Newton que merece. Estou para Newton assim como o lulismo está para as leis.
Acompanhe. Denise Abreu declarou que foi convocada por Dilma Rousseff dezenove dias depois de ser empossada na Anac. Isso significa que o encontro ocorreu precisamente em 8 de abril de 2006. Dilma Rousseff teria falado sobre a necessidade de criar um plano emergencial para atender os passageiros da Varig, porque o fim da empresa era iminente. Vinte dias mais tarde, Denise Abreu foi novamente convocada ao Palácio do Planalto. O tom de Dilma Rousseff era outro. Segundo Denise Abreu, ela agora fazia de tudo para agilizar a venda da Varig aos sócios arrebanhados pelo fundo americano Matlin Patterson. Foi nesse momento do depoimento que me deu o estalo: o que aconteceu entre os dias 8 e 28 de abril? Qual foi o fator que pode ter determinado o novo rumo do negócio? Quem teria persuadido o Palácio do Planalto a mudar de idéia, de uma hora para a outra? O que teria induzido a Casa Civil a pressionar a Anac no sentido de ignorar a suspeita de que os compradores da Varig eram apenas testas-de-ferro do fundo americano?
A resposta à primeira pergunta foi moleza. Fiz dois telefonemas e descobri que o fato mais marcante ocorrido no período entre 8 e 28 de abril de 2006 foi a entrada em cena de Roberto Teixeira. Para ser mais exato, ele apresentou sua proposta de honorários aos sócios do fundo americano em 15 de abril. Foi imediatamente contratado. Falta descobrir o seguinte: ele se reuniu com Dilma Rousseff naqueles dias? Mais importante: ele se reuniu com Lula?
Durante o depoimento de Denise Abreu, me deu um segundo estalo. Dois estalos no mesmo dia podem ser considerados um feito histórico. E o segundo estalo foi ainda melhor do que o primeiro, porque corroborado por um documento inédito.
Os compradores da Varig foram isentados do pagamento das dívidas fiscais e trabalhistas da companhia aérea. Esse é um dos aspectos mais nebulosos do negócio. No interrogatório a Denise Abreu, os senadores lulistas insistiram que o procurador-geral da Fazenda e o juiz encarregado do caso decidiram a matéria com total autonomia, baseados em argumentos puramente técnicos, sem nenhuma interferência política. Meu estalo me levou a perguntar qual havia sido o papel de Roberto Teixeira nessa história. Fiz mais dois telefonemas e descobri um documento assinado pelo próprio Roberto Teixeira, datado de 24 de janeiro de 2008. Além de cobrar 1.220.448 reais dos sócios da Matlin Patterson, ele se atribuía a seguinte vitória: "Tivemos êxito integral na defesa jurídica dos interesses do grupo, livrando-o, até o momento, da sucessão das dívidas trabalhistas da Varig, que a muitos pareceria impossível".
Alguns dos principais escritórios de advocacia do Brasil, como Pinheiro Neto e Machado Meyer, foram consultados sobre o assunto. A todos eles pareceu impossível livrar a Varig das dívidas. O compadre de Lula dispunha de outros meios. Segundo seu cliente Marco Antonio Audi, Roberto Teixeira tinha "trânsito privilegiado" nos órgãos federais. A ele, tudo podia parecer possível.
Me deu um estalo durante o depoimento de Denise Abreu no Senado. Se eu fosse Newton, teria descoberto a lei da gravidade. Eu sou o Newton do lulismo. Cada um tem o Newton que merece. Estou para Newton assim como o lulismo está para as leis.
Acompanhe. Denise Abreu declarou que foi convocada por Dilma Rousseff dezenove dias depois de ser empossada na Anac. Isso significa que o encontro ocorreu precisamente em 8 de abril de 2006. Dilma Rousseff teria falado sobre a necessidade de criar um plano emergencial para atender os passageiros da Varig, porque o fim da empresa era iminente. Vinte dias mais tarde, Denise Abreu foi novamente convocada ao Palácio do Planalto. O tom de Dilma Rousseff era outro. Segundo Denise Abreu, ela agora fazia de tudo para agilizar a venda da Varig aos sócios arrebanhados pelo fundo americano Matlin Patterson. Foi nesse momento do depoimento que me deu o estalo: o que aconteceu entre os dias 8 e 28 de abril? Qual foi o fator que pode ter determinado o novo rumo do negócio? Quem teria persuadido o Palácio do Planalto a mudar de idéia, de uma hora para a outra? O que teria induzido a Casa Civil a pressionar a Anac no sentido de ignorar a suspeita de que os compradores da Varig eram apenas testas-de-ferro do fundo americano?
A resposta à primeira pergunta foi moleza. Fiz dois telefonemas e descobri que o fato mais marcante ocorrido no período entre 8 e 28 de abril de 2006 foi a entrada em cena de Roberto Teixeira. Para ser mais exato, ele apresentou sua proposta de honorários aos sócios do fundo americano em 15 de abril. Foi imediatamente contratado. Falta descobrir o seguinte: ele se reuniu com Dilma Rousseff naqueles dias? Mais importante: ele se reuniu com Lula?
Durante o depoimento de Denise Abreu, me deu um segundo estalo. Dois estalos no mesmo dia podem ser considerados um feito histórico. E o segundo estalo foi ainda melhor do que o primeiro, porque corroborado por um documento inédito.
Os compradores da Varig foram isentados do pagamento das dívidas fiscais e trabalhistas da companhia aérea. Esse é um dos aspectos mais nebulosos do negócio. No interrogatório a Denise Abreu, os senadores lulistas insistiram que o procurador-geral da Fazenda e o juiz encarregado do caso decidiram a matéria com total autonomia, baseados em argumentos puramente técnicos, sem nenhuma interferência política. Meu estalo me levou a perguntar qual havia sido o papel de Roberto Teixeira nessa história. Fiz mais dois telefonemas e descobri um documento assinado pelo próprio Roberto Teixeira, datado de 24 de janeiro de 2008. Além de cobrar 1.220.448 reais dos sócios da Matlin Patterson, ele se atribuía a seguinte vitória: "Tivemos êxito integral na defesa jurídica dos interesses do grupo, livrando-o, até o momento, da sucessão das dívidas trabalhistas da Varig, que a muitos pareceria impossível".
Alguns dos principais escritórios de advocacia do Brasil, como Pinheiro Neto e Machado Meyer, foram consultados sobre o assunto. A todos eles pareceu impossível livrar a Varig das dívidas. O compadre de Lula dispunha de outros meios. Segundo seu cliente Marco Antonio Audi, Roberto Teixeira tinha "trânsito privilegiado" nos órgãos federais. A ele, tudo podia parecer possível.
Ensaio:
Roberto Pompeu de Toledo
Eleições primárias aqui não têm vez
E mais: o compadre Roberto Teixeira como "Papai"; Álvaro Lins como Clark Kent
A cada quatro anos fica-se com inveja do sistema americano de escolher candidato às eleições. Nenhum outro é tão transparente e proporciona tanta participação popular. Mais ainda se ficou desta vez, em que a disputa do Partido Democrata foi acirrada e à qualidade dos candidatos se somava a peculiaridade de um ser negro e o outro mulher. Não adianta ter inveja. A instituição da eleição primária, fruto da combinação do radical federalismo americano com o sistema bipartidário, viaja mal para outros climas. No Brasil, as chances de vingar com igual viço são nulas.
Do federalismo vigente nos Estados Unidos resulta que nem mesmo a eleição presidencial pode ser considerada propriamente nacional. É, antes, a soma das diversas eleições estaduais. Tanto é assim que nem sempre o candidato que obtém mais votos nacionalmente é o eleito – o que vale é o Colégio Eleitoral, em que cada estado tem determinado peso. A mesma lógica impõe uma seqüência em que as primárias se sucedem estado por estado. Exige-se dos candidatos que marquem presença e façam campanha em cada um deles. Teria pouco sentido, em países sem o mesmo tipo de federalismo – e o Brasil é um deles –, copiar o modelo. Mesmo que tivesse sentido, esbarraríamos em outro obstáculo – o quadro partidário amalucadamente pródigo. Pressuposto para o interesse e o engajamento popular nas primárias é um quadro partidário enxuto. Nos EUA, são só dois os partidos que contam. Fossem muitos, a atenção popular, assim como a cobertura de mídia, tenderia a se dispersar, se é que haveria condições de haver as eleições, tantos seriam os desafios logísticos impostos aos organizadores.
Pode-se contrapor que tais argumentos não impedem a realização de prévias no âmbito dos filiados aos partidos, num mesmo dia, sem a peregrinação estado por estado. O.k., mas assim não teríamos nem transparência nem, principalmente, participação popular como nos EUA. Pode-se argumentar também que eleições primárias não são o único jeito de garantir transparência e participação à escolha. Haverá outros, e a internet está aí para ajudar a encontrá-los. Mas... interessa? A resposta é não. A escolha é fechada porque assim se deseja. A organização (ou desorganização) política brasileira como um todo – da liberalidade com que proliferam os partidos à eleição para deputado por um sistema que o eleitor não compreende e que só canhestramente o representa – já provou ser disfuncional. Nem por isso será reformada. Interessa a seus operadores que seja disfuncional. De igual modo, interessa escolher os candidatos em segredo. Resta-nos o consolo de que, com todas as suas virtudes, as eleições primárias também produzem monstrengos. George W. Bush passou por elas – e venceu.
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"Papai" é o novo personagem que irrompe no cenário político brasileiro. Quer dizer: "Papai" já estava aí, mas faltava o glamour que o apelido lhe confere. "Papai" é o advogado Roberto Teixeira, o compadre do presidente Lula. Na entrevista aos repórteres Mariana Barbosa e Ricardo Grinbaum, do jornal O Estado de S. Paulo, que desenterrou o caso da venda da Varig, a advogada Denise Abreu, ex-integrante da Agência Nacional de Aviação Civil, contou que a filha de Teixeira, Valeska, combativa propugnadora da operação, dizia coisas como: "Agora temos de ir embora porque papai já está no gabinete do presidente Lula". Tanto se ouviu a filha invocar papai que, segundo Denise Abreu, papai virou "Papai" mesmo para quem não era filha. "Nas reuniões (...) várias vezes ouvimos a Erenice falando com o Zuanazzi e referindo-se a alguém como ‘papai’", disse. Erenice Guerra é a número 2 da Casa Civil; Milton Zuanazzi, o ex-presidente da Anac. Denise contou ainda que ouviu Erenice e a ministra Dilma Rousseff dizendo uma para a outra: "Porque papai precisa analisar". Eis as manda-chuvas da República estremecidas de desvelos filiais, a Mãe do PAC sem vergonha de reduzir-se a filha. Há apelidos que valem mais que mil palavras. "Papai" ilumina o papel do compadre como nada poderia fazê-lo.
E mais: o compadre Roberto Teixeira como "Papai"; Álvaro Lins como Clark Kent
A cada quatro anos fica-se com inveja do sistema americano de escolher candidato às eleições. Nenhum outro é tão transparente e proporciona tanta participação popular. Mais ainda se ficou desta vez, em que a disputa do Partido Democrata foi acirrada e à qualidade dos candidatos se somava a peculiaridade de um ser negro e o outro mulher. Não adianta ter inveja. A instituição da eleição primária, fruto da combinação do radical federalismo americano com o sistema bipartidário, viaja mal para outros climas. No Brasil, as chances de vingar com igual viço são nulas.
Do federalismo vigente nos Estados Unidos resulta que nem mesmo a eleição presidencial pode ser considerada propriamente nacional. É, antes, a soma das diversas eleições estaduais. Tanto é assim que nem sempre o candidato que obtém mais votos nacionalmente é o eleito – o que vale é o Colégio Eleitoral, em que cada estado tem determinado peso. A mesma lógica impõe uma seqüência em que as primárias se sucedem estado por estado. Exige-se dos candidatos que marquem presença e façam campanha em cada um deles. Teria pouco sentido, em países sem o mesmo tipo de federalismo – e o Brasil é um deles –, copiar o modelo. Mesmo que tivesse sentido, esbarraríamos em outro obstáculo – o quadro partidário amalucadamente pródigo. Pressuposto para o interesse e o engajamento popular nas primárias é um quadro partidário enxuto. Nos EUA, são só dois os partidos que contam. Fossem muitos, a atenção popular, assim como a cobertura de mídia, tenderia a se dispersar, se é que haveria condições de haver as eleições, tantos seriam os desafios logísticos impostos aos organizadores.
Pode-se contrapor que tais argumentos não impedem a realização de prévias no âmbito dos filiados aos partidos, num mesmo dia, sem a peregrinação estado por estado. O.k., mas assim não teríamos nem transparência nem, principalmente, participação popular como nos EUA. Pode-se argumentar também que eleições primárias não são o único jeito de garantir transparência e participação à escolha. Haverá outros, e a internet está aí para ajudar a encontrá-los. Mas... interessa? A resposta é não. A escolha é fechada porque assim se deseja. A organização (ou desorganização) política brasileira como um todo – da liberalidade com que proliferam os partidos à eleição para deputado por um sistema que o eleitor não compreende e que só canhestramente o representa – já provou ser disfuncional. Nem por isso será reformada. Interessa a seus operadores que seja disfuncional. De igual modo, interessa escolher os candidatos em segredo. Resta-nos o consolo de que, com todas as suas virtudes, as eleições primárias também produzem monstrengos. George W. Bush passou por elas – e venceu.
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"Papai" é o novo personagem que irrompe no cenário político brasileiro. Quer dizer: "Papai" já estava aí, mas faltava o glamour que o apelido lhe confere. "Papai" é o advogado Roberto Teixeira, o compadre do presidente Lula. Na entrevista aos repórteres Mariana Barbosa e Ricardo Grinbaum, do jornal O Estado de S. Paulo, que desenterrou o caso da venda da Varig, a advogada Denise Abreu, ex-integrante da Agência Nacional de Aviação Civil, contou que a filha de Teixeira, Valeska, combativa propugnadora da operação, dizia coisas como: "Agora temos de ir embora porque papai já está no gabinete do presidente Lula". Tanto se ouviu a filha invocar papai que, segundo Denise Abreu, papai virou "Papai" mesmo para quem não era filha. "Nas reuniões (...) várias vezes ouvimos a Erenice falando com o Zuanazzi e referindo-se a alguém como ‘papai’", disse. Erenice Guerra é a número 2 da Casa Civil; Milton Zuanazzi, o ex-presidente da Anac. Denise contou ainda que ouviu Erenice e a ministra Dilma Rousseff dizendo uma para a outra: "Porque papai precisa analisar". Eis as manda-chuvas da República estremecidas de desvelos filiais, a Mãe do PAC sem vergonha de reduzir-se a filha. Há apelidos que valem mais que mil palavras. "Papai" ilumina o papel do compadre como nada poderia fazê-lo.
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Este senhor Álvaro Lins, com nome de ilustre crítico literário, ex-chefe da Polícia do Rio de Janeiro, denunciado como chefe de quadrilha, não espanta apenas pelo exemplo vivo de como o cargo de máximo defensor da lei é o melhor lugar possível para transgredi-la. Espanta também pela cara. Tão sério, tão bem-apessoado... Álvaro Lins tem um quê de Clark Kent. Não são só os óculos, ou a expressão contida. É também o tórax avantajado que se adivinha sob o terno e a gravata. Clark Kent, quando virava o Super-Homem, combatia o mal. Álvaro Lins é acusado do contrário. Mas como sabe disfarçar! Nisso, é até melhor que Clark Kent. Só bobo não desconfiava do fato de que Kent só aparecia na redação do Planeta Diário quando o Super-Homem não estava em ação; era só o Super-Homem surgir nos céus e ele faltava ao serviço. Álvaro Lins contava com a vantagem de poder executar sua dupla função no mesmo local de trabalho e sob a mesma aparência
Este senhor Álvaro Lins, com nome de ilustre crítico literário, ex-chefe da Polícia do Rio de Janeiro, denunciado como chefe de quadrilha, não espanta apenas pelo exemplo vivo de como o cargo de máximo defensor da lei é o melhor lugar possível para transgredi-la. Espanta também pela cara. Tão sério, tão bem-apessoado... Álvaro Lins tem um quê de Clark Kent. Não são só os óculos, ou a expressão contida. É também o tórax avantajado que se adivinha sob o terno e a gravata. Clark Kent, quando virava o Super-Homem, combatia o mal. Álvaro Lins é acusado do contrário. Mas como sabe disfarçar! Nisso, é até melhor que Clark Kent. Só bobo não desconfiava do fato de que Kent só aparecia na redação do Planeta Diário quando o Super-Homem não estava em ação; era só o Super-Homem surgir nos céus e ele faltava ao serviço. Álvaro Lins contava com a vantagem de poder executar sua dupla função no mesmo local de trabalho e sob a mesma aparência
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