quinta-feira, abril 11, 2013

Sinal fechado - ANCELMO GOIS

O GLOBO - 11/04

O Diário Oficial publica hoje decreto do prefeito Eduardo Paes proibindo a partir de segunda-feira a circulação de vans na Zona Sul do Rio

Maluf no Céu

Ontem, na reunião da Comissão de Justiça da Câmara, um senhorzinho começou a cantar:
- Glória, glória, aleluia. Vencendo, vem Jesus.
O crente avisou que todos ali iriam para o Céu.

Segue...

Paulo Maluf, que ontem teve os bens de sua empresa bloqueados, reagiu descrente:
- Eu também?

Parabéns pra você

Dia 26 agora haverá no Rio uma grande festa para comemorar os 60 anos do Ministro Luiz Fux.

Funeral de Thatcher

Do cineasta Ken Loach, crítico de Margaret Thatcher, sobre a discussão a respeito do gasto de R$ 30 milhões, de dinheiro público, com o funeral da Dama de Ferro:
- O enterro deveria ser privatizado. Como ela gostava, abre-se uma concorrência, e quem oferecer a proposta mais barata faz.

Mais tribunais

Ontem dava-se como certo que o governo iria entrar no Supremo contra a decisão do Congresso de criar novos tribunais federais, motivo de polêmica comJoaquim Barbosa. A conferir.

Direito autoral

Kátia Abreu não vai mais receber o clipping dos jornais, encaminhado todos os dias aos senadores.
Sua intenção é fortalecer o direito autoral, que "tem sido desconsiderado pelas empresas de clipping".

´A bossa nova é foda´

Caetano Veloso, 70 anos, o nosso baiano arretado que só ele, lança no Vevo (site de clipes) e nas suas redes sociais o novo videoclipe de "A bossa nova é foda", do álbum "Abraçaço", dirigido por Fernando Young e Tonho Quinta Feira. No vídeo, veja na foto, Caetano aparece sem camisa, mostrando o seu physique du rôle ao lado dos meninos da Banda Cê (Pedro Sá, Marcelo Callado, Ricardo Dias Gomes), cheio de caras e bocas. A música, que mistura lutadores de MMA e João Gilberto, é a predileta do grande cantor: "Ela é o grito de guerra do Brasil", acredita Caetano. Como diria seu amigo Gilberto Gil: Aquele abraço!

Zuenir e Fernanda

Eduardo Paes diz que leu com muita consideração, claro, artigos de Zuenir Ventura, no GLOBO, e Fernanda Torres, na "Veja Rio", sobre as condições de segurança do Elevado do Joá:
- É claro que o assunto mexe comigo e não só como prefeito. Minha mulher e meus filhos passam por ali todos os dias.
Paes lembra que estão em execução as obras, orçadas em R$ 70 milhões, para garantira estabilidade estrutural do elevado.

Aliás...

Sobre o ponto do artigo da querida Fernandinha dizendo que raramente vê "operários empenhados na recuperação da via", o prefeito diz que as obras principais são feitas na parte debaixo do elevado, junto ao mar, difícil de ser vista pelos motoristas.
Faz sentido.

Geração 68

Por falar em Mestre Zu, a editora Objetiva lança em maio uma nova edição de "1968 - o ano que não terminou" e "1968 - o que fizemos de nós".
No final do ano, "Minhas histórias dos outros" também ganha nova edição. A obra reúne reflexões de Zuenir sobre coberturas memoráveis, como o caso Chico Mendes e o de Marcinho VP, ex-chefe do tráfico no Morro Dona Marta .

As cadeiras do Maraca

Um abelhudo reparou que, na fixação das novas cadeiras do Maracanã, estão sendo usados dois parafusos para prendê-las, quando há quatro pontos de fixação no concreto. Nesta versão, que economizaria 157.276 parafusos, a cadeira não ficaria presa como deveria.
Mas a Emop, responsável pela obra, diz que é assim mesmo e que foi projetado o dobro de furos além do necessário como alternativa.
Ah, bom!

Auxílio-liberdade

Os presos do Rio que ganharem liberdade, a partir de agora, vão sair do presídio com um vale-transporte no valor de R$ 50.

Centro de convenções

Sabe a antiga casa de espetáculos Ribalta, no número 9.650 da Avenida das Américas, na Barra?
A prefeitura deu licença, ontem, para que sejam construídos no local um hotel com 190 quartos e um grande centro de convenções.

Alô, Marta!

Há uns dez dias o site do Ministério da Cultura anda mal das pernas.
O design mudou, voltou a ser como antes, e algumas atualizações recentes... sumiram.

Luto na Portela

De Noca da Portela, o querido sambista, sobre o falecimento, segunda passada, da mulher, Conceição Pereira, de 76, sua companheira de 58 anos.
- No domingo, ela tomou uma cervejinha sem álcool, aí eu pensei: "a nega velha melhorou". Mas de madrugada ela passou mal.

Uma das três Teresas

Denise Fraga posa nos bastidores de "3 Teresas", a nova série do GNT que mostra três mulheres com seus dramas pessoais, encarando juntas as questões do universo feminino contemporâneo. Calma, gente!

Uma lady no cabaré

Veja só como Lady Kate, a personagem da atriz curitibana Katiuscia Canoro, vai aparecer no humorístico "Zorra Total", da TV Globo . É que neste sábado, o programa vai estrear o quadro Kates Kabaret. Repare na... deixa pra lá

Ponto Final

Vilão da inflação, o tomate chegou a ser vendido numa feirado Jardim Botânico, no Rio, aR$ 14,80.Grana suficiente para comprar:
1,5kg de alcatra

11 tubos de 90g de pasta de dente

9 ações da OGX de Eike Batista

13 latas de 269ml de cerveja

4kg de feijão

Abaixo a exumação! - TUTTY VASQUES

O ESTADÃO - 11/04

Toda exumação é degradante para qualquer falecido, mas a de Pablo Neruda tem um agravante ainda mais constrangedor: que tipo de exame farão no que restou do poeta chileno para saber se o que o matou foi mesmo a próstata, como consta do atestado de óbito, ou a ditadura Pinochet, conforme suspeita um ex-motorista do Nobel de Literatura?
Os jornais falam em “perícias necessárias” e, ainda que não sejam exatamente aquelas a que se submetem os mortais quando vão ao urologista, ninguém merece confirmar se morreu mesmo disso 40 anos depois de partir desta para melhor. A História devia ter outros meios de se reescrever com justiça!
Até porque nada garante que, exumando figuras históricas, vá se recuperar a verdade. O Yasser Arafat, por exemplo, foi desenterrado em novembro do ano passado e até hoje não se chegou a nenhuma conclusão sobre seu suposto envenenamento.
Pior foi o Tim Maia, coitado, interrompido em seu descanso eterno para fazer papel de corno numa investigação de paternidade: era outro o pai da criança que brigava por herança na Justiça.
Enfim, no meu governo, vou criminalizar a exumação de uma maneira geral! Conto com seu voto?

Tapa buraco
Corre em Brasília o boato de que a presidente Dilma Rousseff estava só esperando a inflação estourar o teto da meta pra mandar o ministro Guido Mantega subir no telhado!

Via satélite
O Japão e a Coreia do Sul estão desde ontem em “alerta máximo” de vigilância via satélite ante a ameaça dos mísseis norte-coreanos. Isso quer dizer o seguinte: ninguém solta um pum em Pyongyang sem ser ouvido em Tóquio ou Seul. Vai dormir com um barulho desses.
Tarde demais
Entreouvido num ponto de ônibus de Londres:
“Se Margareth Thatcher soubesse que sua morte fosse dividir o Reino Unido desse jeito, talvez já tivesse morrido há mais tempo!”

Mata o velho
Na queixa de José Maria Marin contra Romário no STF, os advogados do presidente da CBF acusam o Baixinho por descumprimento do Estatuto do Idoso.

O ópio do povo
Que diabos está acontecendo com a Europa?
Na manhã desta quarta-feira, quando o resto do planeta acordava sob ameaça de uma guerra termonuclear, o Velho Mundo vivia intensamente a expectativa da escalação de Messi no jogo do Barcelona pelas quartas-de-final da Copa dos Campeões.
É muita alienação, né não?

Luz no fim do inferno

José Genoíno arrumou, enfim, um bom inimigo!
Com Marco Feliciano pedindo sua cabeça no Congresso, francamente, capaz até de ser perdoado pelas minorias.
Bono & Lula
O músico irlandês Bono Vox propôs a Lula em Londres que façam juntos um Bolsa Família planetário.
Têm tudo para superar o sucesso da dupla Sting & Raoni no final dos anos 1980.

Mulheres infelizes - CONTARDO CALLIGARIS

FOLHA DE SP - 11/04

As mulheres têm sonhos que vão além de marido, família e uma vida ao abrigo da necessidade


François Mauriac publicou "Thérèse Desqueyroux" (Cosac Naify) em 1927; o romance foi um sucesso e, provavelmente, valeu ao seu autor o prêmio Nobel. A história é levada para o cinema (pela segunda vez) por Claude Miller, com o título, no Brasil, de "Therese D." (para que ninguém se atrapalhe com a pronúncia).

Tolstói publicou "Anna Karenina" (Itatiaia) entre 1873 e 77. O romance é levado para o cinema (pela sexta vez) por Joe Wright, com o título original.

Gustave Flaubert publicou "Madame Bovary" (Penguin Companhia e outras editoras) em 1857. O romance foi levado oito vezes para o cinema.

No Rio e em São Paulo, ainda é possível assistir a "Anna Karenina", de Joe Wright, e a "Therese D.", de Claude Miller, no mesmo cinema.

Depois disso, recomendo se enfiar na cama com uma cópia de "Madame Bovary" e ler até o amanhecer. Ou, então, na mesma cama, assistir a um DVD de "Madame Bovary" na versão de Vincente Minnelli (1949 --inesquecível Jennifer Jones perdida em devaneios) ou na de Claude Chabrol (1991).

Receio que a versão de Jean Renoir, de 1933, tenha envelhecido, mas que cada um escolha.

É sábio juntar as três histórias? Em termos; se você for um homem casado, prudência: afinal, trata-se de três mulheres infelizes com o marido, que é provedor, fiel, gentil e insosso.

Para mim, a modernidade poderia (ou deveria) começar, exemplarmente, com essas três histórias de insatisfação feminina, ou seja, com a descoberta de que as mulheres têm sonhos e devaneios que vão além de um marido devoto, de uma família e de uma vida ao abrigo da necessidade --em outras palavras, com a descoberta de que existe um desejo feminino.

Claro, talvez alguns homens prefiram pensar que o desejo feminino seja apenas uma necessidade do capitalismo moderno. As mulheres insatisfeitas seriam as consumidoras deslumbradas, perdidas pelos grandes magazines, das quais a sociedade de consumo precisa. É o que deixa esperar "O Paraíso das Damas", de Emile Zola, de 1882-83, (Estação Liberdade).

Mas o desejo feminino é mais do que isso, e sua aparição implica uma séria crise masculina. No fundo, trata-se de uma descoberta só: as mulheres têm desejos, e os homens não fazem suas companheiras tão felizes quanto eles imaginam ter feito a felicidade de suas mães (repito: IMAGINAM).

Não é por acaso, aliás, que, nos três romances, a maternidade não faz a felicidade das mães. A descoberta do desejo feminino acompanha a descoberta da inadequação e da insuficiência dos homens, como maridos e também como filhos.

Para Anna Karenina e para Emma Bovary, outros homens do que seus maridos se tornam desejáveis. Mas são todos medíocres (Vronsky como Rodolphe, como Léon).

Tanto Anna quanto Emma são julgadas por seus narradores. As duas acabam mal, e talvez essa punição final de mulheres e mães "indignas" tornasse os romances aceitáveis (embora os dois tenham escandalizado seus contemporâneos).

Thérèse é mais moderna. À diferença de Emma, ela é uma verdadeira leitora, não uma vítima de romances melados; por isso mesmo, ela não conhece a raiz de sua insatisfação com a vida que lhe cabe.

Como a gente, Thérèse não sabe o que quer. E ela não sonha propriamente com outro homem: ela é mais profundamente infiel e traidora do marido, pois ela sonha com algo maior do que um amante, ela quer algo que ela não saberia dizer sem citar "Os Frutos da Terra", de Gide, ela quer uma outra intensidade da vida.

SPOILER: pule este breve parágrafo se você não conhece a história. No fim do romance (e do filme), Thérèse não será punida pela infidelidade de seu desejo, ao contrário, ela parece se transformar na nova mulher do século 20, livre e urbana.

Mauriac era cristão e tradicionalista. Em 1935, ele não se aguentou e escreveu a continuação de "Thérèse Desqueyroux", "La Fin de la Nuit" (o fim da noite), em que Thérèse acaba pior do que suas antecessoras, Emma e Anna.

O jovem Sartre defendeu Thérèse, acusando Mauriac de julgar, perseguir e condenar a própria personagem que ele tinha criado, ou seja, de não respeitar a liberdade de Thérèse Desqueyroux, sua adorável criatura. Concordo com Sartre.

Fato curioso, tanto "Anna Karenina" quanto "Therese D." foram maltratados por críticos que respeito. Os dois filmes têm méritos diferentes ("Anna Karenina", em particular, é genial no conceito e na arte), mas talvez eles tenham mesmo um "defeito" comum: contam histórias que não acalentam os ouvidos masculinos.

Carrocinha de pipoca - LUIS FERNANDO VERÍSSIMO

O Estado de S.Paulo - 11/04

Eu sei que a coisa é séria. Se o Kim Jong-un disparar mesmo os foguetes que está ameaçando disparar contra bases americanas na Ásia, teremos uma guerra nuclear com dimensões e consequências imprevisíveis. Mas lendo sobre o perigo iminente não pude deixar de pensar na história do homem que foi atropelado por uma carrocinha de pipoca. Era um homem cauteloso que olhava para os dois lados antes de atravessar a rua e só atravessava no sinal, e que dificilmente um carro pegaria. Mas que um dia não viu que vinha uma carrocinha de pipoca, e paft. Já no ambulatório do hospital, onde lhe deram uns pontos no braço, o homem disse que tinha sido atropelado por um motoboy. Em casa, contou que tinha sido atropelado por um carro e só por sorte escapara da morte. Naquela noite, para os amigos que souberam do acidente e foram visitá-lo, especificou: tinha sido atropelado por um BMW. No dia seguinte disse aos colegas de trabalho que tinha sido atropelado por um caminhão e não sofrera mais do que um corte no braço por milagre. E quando um dos colegas de trabalho comentou que tinha visto o acidente e vira o homem ser atropelado por uma carrocinha de pipoca, gritou: "Calúnia!".

Por que me lembrei do homem que tinha vergonha de ter sido atropelado por uma carrocinha de pipoca? Desde o fim da Guerra Fria a possibilidade de um confronto nuclear entre duas potências, os Estados Unidos e a Rússia, diminuiu, mas os estoques de armas nucleares continuaram e sua proliferação também. Israel se segura para não usar seus foguetes para destruir as bombas nucleares que o Irã está ou não está construindo, Índia e Paquistão vivem comparando seus respectivos arsenais nucleares como guris comparando seus pipis, a França e a Inglaterra têm a bomba... Enfim, ainda se vive num frágil equilíbrio de terror possível, exigindo de todos os nucleares um cuidado extremo, um cuidado de atravessar a rua sem serem atropelados pelo imprevisto. E aí aparece o Kim Jong-un empurrando uma carrocinha de pipoca em alta velocidade...

Thatcher. Margaret Thatcher, aquela que encantou tantos com sua sentença de que sociedade não existe, lutou duas grandes guerras: uma contra o sindicato dos mineiros ingleses e outra contra os argentinos para que as ilhas Malvinas continuassem Falklands. Esta última teve mais mortos mas foi mais fácil. Sua vitória sobre os mineiros arrasou com os sindicatos e lhe deu forças para arrasar com o sistema de bem-estar social da Inglaterra e sua vitória sobre os generais de opereta da Argentina lhe rendeu glória e votos. No seu prontuário, além dos mortos para conservar um cisco do império no Atlântico Sul estão presos irlandeses em greve de fome que ela deixou morrer e todas as vítimas do neoliberalismo triunfante.


Mãos limpas? - SONIA RACY

O ESTADÃO - 11/04

Consta que João Sayad teria feito um levantamento de erros durante a gestão de Marcos Mendonça na TV Cultura. E estaria espalhando a papelada – inclusive para integrantes do governo Alckmin.

Procurado, o atual presidente da emissora nega ter qualquer coisa do tipo em mãos.

Périplo
Além da África, Joaquim Barbosa vai, nas próximas semanas, para a Costa Rica encontrar-se com o presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos. ‘Agenda de chefe de Estado”, comenta um interlocutor.

Fogo amigo
Colegas de Barbosa atribuem a ele parte da responsabilidade pela aprovação dos novos Tribunais Regionais Federais – criticada pelo próprio.

Juram que, após a conversa do presidente do STF com Renan Calheiros e Henrique Alves, o projeto acabou andando… mais rápido.

Tête-a-cinco
José Roberto, Luiz e Fábio Ermírio de Morais, mais Raul Calfat, todos do conselho de administração do Grupo Votorantim, tiveram encontro com Dilma, ontem.

Além de relatar os investimentos – de R$ 70 bilhões – realizados na última década e os novos planos, falaram sobre competitividade.

Câmbio
Há boatos que pegam; já outros, não. Segundo a NGO Câmbio News, a especulação sobre eventual desoneração do IOF na entrada de capitais externos pegou.

Tanto assim que, mesmo que o governo já ão estivesse pensando em mexer na tributação, poderia ter de fazê-lo.

Câmbio 2
A ideia, pelo que se apurou no mercado de câmbio, é tirar o IOF de aplicações de longo prazo, priorizando o dinheiro que entra para investimentos em infraestrutura.

Candidatura morta?
Apesar de todo o auê, até ontem o nome de Amaury Ribeiro Jr.– autor de A Privataria Tucana– não havia sido inscrito para disputar vaga na ABL.

O prazo vai até dia 27.

Fidelidade
Christopher Makos, fotógrafo e amigo de Andy Warhol, chega esta semana a SP – para a abertura de sua exposição, Lady Warhol, no MAM.

Linha e tesoura
Questionados, anteontem à noite, Domenico Dolce e Stefano Gabbana não titubearam. Já recorreram mais de uma vez da multa de 343 milhões de euros baixada pelo fisco italiano – e o farão novamente. “Não devemos nada. O fisco é que é confuso e complicado”, explicou Gabbana, no evento do Shopping JK.

A fortuna de ambos é estimada pela Forbes em US$ 4 bilhões.

Linha 2
A dupla, em sua primeira viagem ao Brasil, trouxe a tiracolo… DJ próprio: Graziano della Nebbia. O moço agitou o Bar Numero, anteontem, com bela seleção de hits.

Os hosts escolhidos despertaram a curiosidade dos convidados: só homens, batizados de ushers.

E agora, José?
Aliados de Marin andam pressionando o presidente da CBF: querem que ele demita Ronaldo do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo.

Data-limite
Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento liberados pela Prefeitura, um “detalhe” contratual continua deixando dirigentes do Corinthians e da Odebrecht em suspense.

É que a lei que garante o benefício ao Itaquerão também estabelece que os CIDs só podem ser usados após a… partida de abertura da Copa de 2014.

Na frente
Temer estará em São Paulo, hoje, para um debate sobre seu livro de poesias, Anônima Intimidade. No CIEE.

Celso La Pastina comanda jantar com vinhos da Cantine Due Palme, de Puglia. Dia 15, no EAT Empório Restaurante.

São Paulo recebe a terceira edição da Travelweek. Dia 16, na Bienal do Ibirapuera.

Bete e Marcos Arbaitman recebem em torno de François Delahaye, da Dorchester Collection. Dia 18, nos Jardins.

Tarik e Murched Taha, Pedro Barbosa e Tatiana Monteiro de Barros se unem à agência Multicase para realizar o Baile do Movimento. Amanhã, na The Week.

E a prefeitura de Indaiatuba (no interior de São Paulo) recebeu mais de 300 inscrições para seminário que discute como trazer imigrantes com mão de obra especializada ao Brasil. Resultado? Precisou aumentar o espaço do evento. Hoje, no Paço Municipal.

QUAL É A MÚSICA - MÔNICA BERGAMO

FOLHA DE SP - 11/04

Sorocaba (da dupla Fernando & Sorocaba), o inglês Roger Waters (Pink Floyd), que se apresentou no Brasil no ano passado, Roberto Carlos, Victor Chaves (da dupla Victor & Leo), Thiaguinho e Chico Buarque foram os seis compositores que mais receberam dinheiro do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) no Brasil pela execução de suas músicas em shows em 2012.

BALADA
No ranking de músicas mais tocadas, "Ai, Se Eu te Pego" (cuja autoria será definida pela Justiça), "Balada" (Cássio Sampaio), "Fugidinha" (Rodriguinho/Thiaguinho), "Sou Brabo" (MC Vitinho), "Zoar e Beber" (Marquinhos Maraial/Luizinho) e "Amor Noite e Dia" (Humberto) foram as mais bem colocadas em 2012.

SOBE O SOM
O Ecad distribuiu em 2012 R$ 470 milhões em direitos autorais para 106 mil músicos, cujas canções foram exibidas em shows, eventos, rádio, TV, sonorização ambiental e música ao vivo. Foi um aumento de 14% em relação a 2011. Nos últimos cinco anos, a distribuição de direitos autorais cresceu 73%.

CONVITE
O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), está organizando uma festa de arromba no Rio para celebrar seus 60 anos, no dia 26. Todos os magistrados do STF foram convidados, além de 180 desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio e de uma centena de ministros de cortes superiores. O governador Sérgio Cabral, do Rio, e o prefeito Eduardo Paes estão na lista.

ESTRELA
A festa será na casa do advogado Sergio Bermudes. A filha do ministro, a advogada Marianna Fux, 32, que é do escritório de Bermudes, deve ser uma das estrelas. Candidata a vaga de desembargadora no Tribunal de Justiça do Rio, ela precisa entrar numa lista sêxtupla da OAB-RJ e depois ser escolhida pelos desembargadores para uma lista tríplice. E, enfim, ser nomeada por Sérgio Cabral.

POESIA
Marianna Fux escreveu recentemente artigo para o jornal "O Globo". Nele, falava sobre o Pacto de Pequim e a violência doméstica e inseria no assunto o poema "Entre o Luar e o Arvoredo", de Fernando Pessoa.

TÔ AQUI
A demora de Dilma Rousseff para nomear um ministro do STF casou rebuliço na Justiça. Até ontem, 30 candidatos já tinham procurado integrantes do governo. Só do Tribunal de Justiça de SP oito desembargadores se apresentaram para a missão.

NAS RODAS DE REGINA
A exposição sobre os 50 anos de carreira de Regina Duarte poderá captar R$ 4,5 milhões por meio de incentivos. Depois de Rio e SP, "Espelho da Arte - A Atriz e Seu Tempo" deve passar por Campinas, Salvador, Recife e Natal. A entrada será franca.

BATIDÃO
O ouvidor do Ministério Público de SP, Fernando José Marques, pediu atuação "urgente" e "firme" do órgão na fiscalização de bailes funk. Em março foram registradas 68 queixas por problemas como som alto, uso de álcool e drogas e "prática de sexo em público", até com a participação de menores.

EDITAL
O governo federal vai disponibilizar R$ 8 bilhões para empresas com projetos de desenvolvimento de medicamentos biológicos. O anúncio será feito pelo ministro Alexandre Padilha, da Saúde.

AMANTE DA NATUREZA
De Jéssica, jovem traficada na novela "Salve Jorge" (TV Globo), a Madalena, vigarista do filme "Julio Sumiu", seu novo trabalho, Carolina Dieckmann preserva uma característica: a barriga chapada.

Capa da "Boa Forma", nas bancas amanhã, a atriz de 34 anos revela ter trocado o muay thai por caminhadas na praia e partidas de frescobol com Davi, o filho mais velho.

"Redescobri o prazer de praticar atividades físicas ao ar livre. Há meses, meu marido e eu fizemos uma trilha. Terminamos com um banho numa cachoeira. Jamais faria o mesmo numa esteira."

BOLEIROS UNIDOS
Walter Casagrande lançou sua biografia, "Casagrande e Seus Demônios", escrita com o jornalista Gilvan Ribeiro, anteontem. Victor Hugo, filho do ex-jogador do Corinthians, os narradores esportivos Galvão Bueno e Milton Leite, o comentarista Caio Ribeiro, o ex-árbitro Carlos Roberto Silva e o músico Carlini estiveram na Livraria Cultura.

CURTO-CIRCUITO
O AfroReggae inaugura hoje sua sede paulistana.

O humorista Evandro Santo lança o livro "O Melhor do Pior", hoje, às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.

O Prêmio Empreendedor do Ano será hoje, no Unique, no Jardim Paulista.

Tiê canta à 0h no Studio SP, na Augusta. 18 anos.

O maestro João Carlos Martins rege concerto hoje em homenagem ao médico Daher Cutait (1913-2001).

A editora Brasileiros faz seminário com o ministro Guido Mantega amanhã, na Vila Olímpia.

PEC - 37 - MAIS UMA NA BUNDA DO POVO!


MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 11/04

Micro e pequenas indústrias de SP estão em compasso de espera, diz pesquisa
A maioria das micro e pequenas indústrias do Estado de São Paulo não pretende contratar nem demitir em um futuro próximo. Tampouco prevê novos investimentos em produção ou ampliação de suas instalações.

A expectativa de boa parte do empresariado de que a economia e as condições de mercado se manterão como estão ajuda a explicar a falta de apetite para expansão.

Os dados são da primeira pesquisa do Indicador de Atividade das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo, realizada pelo Datafolha, a pedido do Simpi-SP (sindicato do setor).

O levantamento se estenderá por 11 meses e as informações coletadas farão parte de um índice inédito, que medirá o nível de atividade desse segmento da indústria.

A KPMG fará uma análise internacional e a Universidade Mackenzie realizará estudos nas áreas econômica e jurídica, além de sugestões de políticas para o segmento.

Para Joseph Couri, presidente do Simpi, a pesquisa destaca problemas do setor, como a concorrência com importados, apontada por 72% dos 304 empresários ouvidos.

"As pessoas não estão desesperançosas, mas divididas quanto ao crescimento e preocupadas com a inflação", diz. No setor, 55% afirmam que a inflação vai subir, contra 45% da população.

A inadimplência mostrou-se alta, com 39% das empresas endividadas.

A avaliação de governantes também é diferente da observada na média nacional. O desempenho da presidente Dilma Rousseff é considerado ótimo e bom para 65% da população. Entre os empresários do setor, a avaliação cai para 39%. "Isso mostra a necessidade de políticas para o setor", diz.

"Para 44% dos empresários a situação vai melhorar neste mês, mas só 2% esperam forte crescimento no faturamento"

Demora na Anvisa aumenta deficit, afirma entidade
O deficit tecnológico brasileiro em 2012 na área de saúde atingiu a marca de aproximadamente US$ 16 bilhões, conforme um levantamento da Protec (associação do setor de tecnologia).

A lentidão no registro dos produtos farmacêuticos e dos equipamentos hospitalares por parte da Anvisa, seria um dos motivos para o mercado nacional procurar os importados, segundo a entidade.

"O governo precisa investir em inovação tecnológica e não somente focar os esforços em commodities. A espera para um registro da Anvisa pode chegar a dois anos", diz Roberto Nicolsky, diretor-geral da Protec.

A Anvisa reconhece o longo tempo de espera, mas afirma que está tomando medidas para a redução dos prazos de concessão de registro e das inspeções internacionais feitas no país.

A diferença na balança comercial de todo o setor tecnológico brasileiro também preocupa, afirma Nicolsky.

Em 2006, o deficit entre exportações e importações era de US$ 21 bilhões e saltou para US$ 109 bilhões registrados no ano passado.

VIDA REAL
Para vender a necessidade de contratar seguros de diversas modalidades, o Grupo Bradesco Seguros usará referências ao filme "Missão Impossível" em uma grande campanha publicitária que será lançada na próxima segunda-feira.

O foco são os benefícios que os produtos oferecem, com o acompanhamento de especialistas, afirma Marco Antonio Rossi, presidente do Grupo Bradesco Seguros.

"Não se pode esperar na vida real que um agente de Missão Impossível' surja de repente, mas se pode contar com um seguro", diz.

"Queremos mostrar os seguros de forma mais simples e acessível", afirma Rossi.

Serão dois comerciais diferentes produzidos pela agência AlmapBBDO e veiculados em várias mídias.

O primeiro mencionará diversos tipos de seguros e o segundo será dedicado à área de saúde, uma das que mais crescem na companhia.

R$ 3,6 bilhões

foi o lucro líquido do Grupo no acumulado em 2012

12,1%

é o crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior

VEÍCULO CORPORATIVO
A ALD, empresa do grupo Sociétè Générale que gerencia carros de empresas como Nestlé, Kraft e Hypermarcas, espera crescer 20% neste ano no Brasil.

"Temos muita oportunidade para crescer aqui. Ainda há muitas multinacionais e empresas de médio porte que podemos conquistar", diz o CEO da ALD, Mike Masterson.

ENGENHARIA DIVIDIDA
Executivos de engenharia industrial estão otimistas com segmentos que têm negócios ligados a Copa do Mundo e Olimpíada, mas pessimistas com setores que dependem do mercado externo.

O estudo foi feito com 140 associados da Abemi (associação que reúne empresas como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa).

Para 73% dos entrevistados, o setor de infraestrutura vai investir mais por conta dos eventos esportivos.

Sete em cada dez executivos acham que a siderurgia vai se retrair neste ano.

"As empresas estão cautelosas, aguardando as definições dos clientes", de acordo com Antonio Müller, presidente da entidade.

Para 56%, o setor de óleo e gás também vai investir menos. A petroquímica preocupa 48% dos entrevistados.

Trem... Começa a circular dia 24 de abril a primeira locomotiva de carga de grande porte que atende aos requisitos do BNDES, com índice de nacionalização superior a 60%. A GE Transportation investiu US$ 20 milhões no projeto.

...nativo A empresa desenvolveu 56 novos fornecedores locais, que receberam mais de 300 mil horas de treinamentos. A locomotiva AC44 também envolveu a criação de 1.100 postos de trabalho.

FLÁVIA OLIVEIRA - NEGÓCIOS & CIA

O GLOBO - 11/04

FiNANCIAMENTO À INOVAÇÃO NO RIO
AgeRio terá R$ 30 milhões da Finep para emprestar a empresas fluminenses

AgeRio e Finep assinam hoje o acordo que fará da agência estadual de fomento um canal de repasse de recursos para inovação do órgão federal. Micro, pequenas e médias empresas, com até R$ 90 milhões de receita operacional por ano, estão aptas a obter financiamento para projetos inovadores em produtos, processos, modelos de negócios e marketing. As operações independem dos editais de seleção da Finep. A AgeRio, na prática, será agente financeiro do órgão federal. De início, haverá R$ 30 milhões da linha Inovacred, da Finep, disponíveis para empresas fluminenses. Mas a verba pode chegar a R$ 80 milhões, segundo Domingos Vargas, presidente da AgeRio. Acordo semelhante já foi firmado com o BNDES, para financiar bens de capital e capital de giro no estado.

Na estrada
O Dnit já licitou 19 obras via Regime Diferenciado de Contratações. O governo criou o RDC para apressar projetos para Copa 2014, Jogos 2016, aeroportos e do PAC. A duração do processo licitatório caiu de dez meses para dois meses e meio.

Em tempo
Três dos 19 contratos somam R$ 1,02 bi. Só o da BR 280 (SC) chega a R$ 669,9 milhões. A Secretaria do PAC divulga hoje os números do RDC de Dnit e Infraero.

Nos trilhos
A MRS Logística vai investir R$ 100 milhões num polo intermodal ferroviário em Queimados. A unidade será ponto de escoamento de produção para os portos de Itaguaí (RJ) e Santos (SP). As obras começam em 2014. Dia 18 sai o acordo com governo do Rio e prefeitura.

Aporte
Chega a R$ 16 milhões o aporte do Banco de Desenvolvimento de Minas na SIX Semicondutores, em Ribeirão das Neves. A instituição investirá R$ 48,2 milhões na empresa do grupo EBX. Deve começar a operar no início de 2015. Custará R$ 1 bilhão, no total.

Visita
Cinco deputados alemães vão à ThyssenKrupp CSA, em Santa Cruz, hoje. Falarão com moradores e militantes dos direitos humanos sobre os impactos socioambientais da siderúrgica.

R$ 10 M1LHÕES
É o valor máximo do empréstimo da 1novacred/Finep para médias empresas do Rio. Micro e pequenas poderão tomar de R$150 mil a R$ 2 milhões. 0 prazo é de até oito anos; a taxa, TAP mais juros.

Rock
A Bacardi Brasil anuncia hoje apoio ao Rock in Rio. A marca de bebidas terá estande de cem metros quadrados no festival e vai abastecer camarins e área VIP. Hoje, também apresenta quiosque na orla. Fica na altura do Posto Cinco, em Copacabana.

Axé
Supermercados Guanabara e Skol patrocinam o show de Ivete Sangalo, no Rio, em 11 de maio. "Real fantasia" já passou por 25 cidades.

Óleo e gás
A BG Brasil cuidará das atividades em petróleo e gás da britânica BG Group na América do Sul. Nelson Silva, presidente brasileiro, será o número um na região. O país foi responsável por 4% da produção da empresa no ano passado. A previsão é que chegue a um terço, até 2020. A BG integra consórcio licenciado para explorar quatro blocos do pré-sal.

Quem vai
Graça Foster estreia este ano no Fórum de Comandatuba, reunião de pesos-pesados do PIB. O grupo Lide elegeu a
presidente da Petrobras como personalidade do ano. O evento é na Bahia, de 27 a 30.

DECORAÇÃO
A Lacca, de móveis, investiu R$ 500 mil em publicidade e showroom da coleção 2013. ToMe Group assina a campanha, que estreia amanhã em mídia impressa. A meta é vender 20% a mais até dezembro.

CIRCUITO
A Casa da Criação assina a campanha do Circuito de Destaques, do CasaShopping. A veiculação começa hoje, em impressos e rádio. E a 14 edição do evento, que vai de amanhã a 2 de junho.

A expectativa é aumentar em 30% as vendas no período. 0 Casa Shopping investiu R$ 500 mil na ação. Espera elevar em 40% o fluxo de clientes durante o circuito. 

VINGADORES
A rede Telecine vai a bares de São Paulo amanhã para promover o lançamento de"The avengers - Os vingadores°.
0 filme estreia dia 20 de abril, no canal Premium. Haverá distribuição de 250 mil bolachas de chope (fotos) com os símbolos e de cinco mil máscaras dos personagens. A ação integra campanha nacional, assinada pela agência Havas Worldwide.

INVERNO
A Casual Street, de moda feminina, põe na rua amanhã as fotos da coleção outono-inverno. A modelo Luna Castilho posou para Guto Costa. As imagens estarão no catálogo e na campanha da grife para web e lojas. Dona de sete pontos no Rio, a marca espera alta de 15% nas vendas.

De frutas
A General Brands venderá polpa de frutas à Bananeiras, empresa alemã que comercializa produtos orgânicos. É contrato de
US$ 50 mil. Atualmente, o mercado europeu consome 150 toneladas do produto por mês. Equivale a US$ 500 mil.

É batata 1
A Lutosa, belga produtora de batatas, começa a fornecer para supermercados do Rio Grande do Norte (Nordestão) e do Piauí (Carvalho) este mês. Ano passado, vendeu 19,5 mil toneladas no Brasil. Prevê 24,5 mil toneladas para 2013, alta de quase 25%.

É batata 2
A Piraquê lança, semana que vem, a batata frita ondulada Carioca. As embalagens terão fotos do Rio, caso do saudoso Maracanã (foto) e do calçadão de Copacabana. Espera vender 50 mil pacotes no primeiro mês. 

Livre Mercado
0 Verdano, do Mundo Verde, planeja abrir dez lojas no eixo Rio-SP este ano. Aporte de R$ 380 mil em cada.

A Portobello Shop, de revestimento cerâmico, abre em Botafogo, dia 18. Aporte de R$1,1 milhão.

Usina e 1nternet 1ntelligence lançaram ontem a Smartbill, de software de gestão de cobrança. 1nvestiram R$1 milhão. Querem faturar R$1,8 milhão no 1° ano.

A Guarda Municipal do Rio fez seu 1° pregão eletrônico. Comprou 316 mil unidades de água mineral por R$167 mil, economia de 10%.

Em março, o Nova América vendeu 40% mais que um ano atrás. No 1° tri, o salto foi de 36%. Pesaram as lojas na área expandida e a Páscoa.

A venda de fraldas no Walmart cresceu 16% em 2012, o dobro do mercado brasileiro. A rede priorizou os pacotes com 48 e 96 unidades. E a marca própria, Parent's Choice.

A Pizzaria Bráz começa este mês a operar com vale presente. 0 valor mínimo será de R$ 50.

É o mercado - ADRIANO PIRES

O ESTADÃO - 11/04

Nos últimos sete anos os EUA promoveram uma grande revolução energética. Desde 2006, as importações de petróleo caíram 40%, o que levou uma série de analistas e a Agência Internacional de Energia a preverem que os EUA poderão chegar à autossuficiência no prazo de 15 a 20 anos. De 2008 a 2012, a produção de petróleo aumentou 37% e a de gás natural, 20%.

Além da expansão da oferta, a demanda de energia caiu na maioria dos setores intensivos em petróleo. Na indústria e na geração de energia, o petróleo foi substituído pelo gás natural, que ficou mais barato com a chegada ao mercado de grandes volumes de gás não convencional. No transporte também ocorreu diminuição do consumo de petróleo, em razão das significativas mudanças no uso dos veículos. O total de milhas percorridas vem declinando desde 2007 e, ao mesmo tempo, a eficiência média dos combustíveis nas estradas americanas está aumentando. Isso provocou uma queda de 5% no consumo de gasolina e de diesel desde 2007.

Mas o que está por trás dessa nova revolução energética e que vem determinando essas transformações estruturais no setor de petróleo e gás natural no mercado americano? Simples: respeito às regras de mercado e estabilidade regulatória. Exatamente o que também explica o Brasil não participar intensamente dessa nova revolução energética.

Em 2008, com o anúncio do pré-sal, todos apostavam que o Brasil seria o destino dos grandes investimentos das empresas petrolíferas e que o Rio de Janeiro seria a nova Houston. No entanto, perdemos a oportunidade, pelo fato de o governo da época ter determinado o fim dos leilões - consequentemente, o fechamento do mercado - e, paralelamente, o congelamento dos preços da gasolina e do diesel. Assim, começou a existir no País insegurança regulatória e desrespeito às regras de mercado.

O governo americano, ao contrário do brasileiro, acredita que o preço de mercado de um bem é aquele que equilibra a oferta e a demanda, ou seja, o que compatibiliza os interesses dos consumidores e os dos produtores. Essa compatibilização é conseguida quando a quantidade procurada pelos consumidores é igual à oferecida pelos produtores, situação verificada quando o preço do bem é o seu preço de equilíbrio.

A função dos preços como instrumento de informação torna-se mais importante quando a complexidade da economia aumenta, como é o caso da brasileira. O que o governo do Brasil precisava entender é que, quanto mais complexa a economia, menor seria a possibilidade de um ente central obter e interpretar as informações relevantes, de forma a fixar os preços dos bens ou determinar variáveis importantes como o investimento em cada setor. Os preços monetários transmitem informações sobre a escassez relativa e fornecem, do mesmo modo, o incentivo para agir de acordo com os sinais. Um preço que sobe pode não ser sinal de abuso ou de inflação, mas, sim, de escassez de um bem ou de alguma ineficiência no sistema de incentivos que deve ser corrigida.

Nos EUA, o preço elevado do petróleo nos últimos sete anos levou a um menor crescimento do consumo, à queda das importações e ao incentivo aos investimentos. Ao permitir que a sinalização dos preços funcionasse, o governo provocou o crescimento da produção do petróleo e do gás não convencional. No Brasil, a produção de petróleo estagnou e as importações de gasolina cresceram 73%.

Continua a imperar no País a visão equivocada de que o fechamento da economia, a intervenção estatal e o monopólio são sinônimos de independência, quando, na verdade, ocorre o contrário. A manipulação da Petrobrás, do mercado de petróleo e derivados, se traduz em prejuízos, redução de investimentos, queda da produção e, consequentemente, maior necessidade de importação de derivados de petróleo. Assim nos tornamos mais dependentes do mercado externo de petróleo para satisfazer o aumento da demanda doméstica. Enquanto isso, nos EUA, o mercado aberto e os preços livres levam o país à autossuficiência e à independência energética.

Um país sem saídas de emergência - GLAUBER SILVEIRA

Valor Econômico - 11/04

Como amplamente previsto, o apagão logístico ocorreu com a escuridão nos portos brasileiros. Nossa exportação foi afetada, carregamentos foram cancelados e, mais que tudo, perdemos mais competitividade no fornecimento de alimentos e credibilidade junto aos importadores.

Infelizmente, não podemos mais fazer nada para esta safra, a não ser contabilizar os prejuízos. Economistas diziam, há dois anos, que o Brasil só não cresceria se fizessem tudo errado. E, parece, vão conseguir.

O agronegócio brasileiro tem mantido o saldo positivo da balança comercial brasileira. Na safra 2011/12, foram produzidos 161,45 milhões de toneladas de grãos e exportadas diretamente 34% - ou seja, 55 milhões de toneladas. Isso contribuiu para que o Brasil tivesse uma receita de exportações US$ 95,81 bilhões com o agronegócio e um saldo positivo de US$ 19,43 bilhões na balança comercial. Chamo atenção especial para a cadeia da soja, responsável por 27% das exportações do agronegócio e que tornou o Brasil o maior exportador mundial do grão e o segundo em farelo e óleo.

Dados do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostram que a agricultura brasileira tem perdido US$ 4 bilhões por ano; e a indústria, US$ 17 bilhões. No total, o Brasil tem um prejuízo de US$ 23 bilhões em virtude de portos e estradas ruins. O caos portuário tem se agravado a cada ano. Afinal, saímos de uma produção de 100 milhões de toneladas, em 2000, para 180 milhões nesta safra. E com investimentos insignificantes em infraestrutura.

Na região Centro-Oeste, a produção estimada nesta safra aproxima-se de 70 milhões de toneladas, das quais 45 milhões serão exportadas pelos portos de Paranaguá e Santos. Em 2009, o porto paranaense exportou 10 milhões de toneladas de soja e milho; em 2011, foram 14,8 milhões. Para 2013, devem ser embarcadas 18 milhões. Ou seja, um crescimento de 80% em três anos. Situação igual ocorre em Santos.

O Brasil tem crescido baseado nas exportações. Mas, segundo dados de 2012 do Ministério dos Transportes, diferentemente de outros países exportadores do grupo dos Brics, é o que menos investe em infraestrutura. Apenas 0,42% do seu Produto Interno Bruto (PIB). A China investiu 10,6%; a Índia; 8%; e a Rússia, 7%. Não é para menos que o Fórum Econômico Mundial de Davos classificou o Brasil como 104º colocado no ranking de qualidade de infraestrutura geral, além de 118º em rodovias e 130º em portos.

O resultado desta ineficiência logística brasileira tem se refletido diretamente na competitividade da agricultura do país, onde os custos de transporte, da lavoura até o porto, aumentaram 204% nos últimos dez anos, saindo da média de US$ 28 para US$ 85 a tonelada. Enquanto isso, nossos principais competidores, Estados Unidos e Argentina, têm um custo de apenas US$ 22.

O problema é agravado por nossa inadequada matriz de transporte, composta por 61% de rodovias, 21% de ferrovias e só 14% de hidrovias. É preciso mudar esta matriz para sermos mais competitivos. Os modais têm que ser equilibrados de forma que 60% do transporte seja realizado por ferrovias e hidrovias. Estima-se que esta mudança geraria um impacto econômico e ambiental extraordinário, com redução de 41% no consumo de combustíveis fósseis, 39% na emissão de dióxido de nitrogênio (NO2) e 32% em dióxido de carbono (CO2).

Fica fácil visualizar esse impacto se considerarmos que para transportar uma tonelada de alimento em um trecho de 1 mil quilômetros gastam-se 56 litros de combustível por estrada, 10 litros por ferrovia e apenas 5 litros em hidrovias.

Outros grandes causadores de perda de competitividade brasileira são os portos, com sua baixa eficiência nas operações de importação e exportação, procedimentos alfandegários complexos e pouco eficientes. Como parâmetro de comparação, o tempo médio gasto para uma carga ser liberada em portos de referência é de um a dois dias. No Brasil, leva-se de quatro a cinco dias. Somado a esta demora, temos o agravante da espera nas vias de acesso aos portos, onde um caminhão tem levado de três a quatro dias para descarregar. E, a cada ano, esse tempo fica maior.

Os problemas, todos conhecem. Mas precisamos de atitudes que possam reverter o quadro no curto prazo. Alguns investimentos pontuais dariam fôlego ao Brasil para continuar a crescer. Entretanto, o problema brasileiro não são recursos, mas a burocracia e as licenças ambientais que, em muitos casos, não saem ou custam mais caro do que a obra.

Alguns investimentos seriam prioritários. Um deles é a imediata liberação da hidrovia do rio Paraguai, com a construção de um terminal de transbordo de cargas em Morrinhos (MT). Por esta via, poderíamos transportar 3 milhões de toneladas de grãos, bem como levar fertilizante à região central do país. Uma obra fundamental é a conclusão da BR-163, que precisa de 380 quilômetros de asfalto para garantir acesso ao porto de Miritituba (PA) e, posteriormente, à Santarém. A conclusão rápida da BR-163 desafogaria em 10 milhões de toneladas as exportações pelos portos do Sul e Sudeste.

As BRs 242, 158 e 080 também deveriam ser prioridade, pois dariam acesso aos portos do chamado Arco Norte que, em 2020, devem ser responsáveis pelo escoamento de 60 milhões de toneladas de grãos. Os portos do Arco Norte, em sua maioria, terão terminais de carga privados, o que facilitará a construção. Mas eles precisarão ter prioridade na liberação de licenças ambientais. Caso contrário, teremos rodovias e ferrovias dando acesso a portos que nem terminaram de ser construídos nem foram liberados para operar.

O problema da logística brasileira é conhecido por todos, mas, infelizmente, pouco se faz. O governo brasileiro tem sido eficiente em criar grupos de discussão para buscar soluções dos problemas. Mas pouca utilidade prática tem saído destes grupos. Está na hora de criar grupos de execução de obras, com planejamentos emergenciais. O Brasil não pode ser movido por tragédias. É preciso ter sempre saídas de emergência.

Governo já aceita ICMS com duas alíquotas - RIBAMAR OLIVEIRA

Valor Econômico - 11/04

Os secretários de Fazenda dos Estados do Sudeste e do Sul estão fazendo cálculos para saber quanto vão perder com a manutenção de duas alíquotas interestaduais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de 4% e 7%. Os governadores dos Estados dessas duas regiões já sabem que o Ministério da Fazenda é simpático a essa proposta, defendida com unhas e dentes pelos governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

"É melhor que eles cobrem 7% do que 12%", disse ao Valor um importante funcionário do governo, numa referência à atual alíquota interestadual de 12% que os Estados das três regiões mais pobres do país cobram dos bens que exportam para as duas regiões mais ricas. A alíquota interestadual de 7% seria aplicada apenas aos bens industriais produzidos pelos Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. As demais mercadorias teriam alíquota interestadual de 4%.

A expectativa que existe no Senado é que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), relator do projeto de resolução que trata da reforma do ICMS, incluirá em seu parecer as alíquotas diferenciadas de 4% e 7%. Delcídio apresentará o parecer na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na terça-feira e, assim, dará início às negociações em torno das mudanças do ICMS.

Não é de todo impossível que se chegue a um acordo em torno dessas alíquotas diferenciadas, desde que, como disse ao titular desta coluna um secretário de Fazenda do Sudeste, seja "modulado" o efeito dessa medida, estabelecendo-se os setores industriais que terão direito à alíquota de 7% ou fixando-se um prazo, mesmo que longo, para a manutenção dos 7%.

O que os Estados do Sul e do Sudeste não aceitam é a manutenção da alíquota interestadual do ICMS de 12% para os produtos da Zona Franca de Manaus (ZFM) e para o gás natural. O argumento principal é que se a ZFM ficar com a atual alíquota interestadual de 12% continuará tendo o mesmo espaço para conceder benefícios tributários às empresas que lá se instalarem, o que resultará em grande prejuízo para as indústrias de outros Estados da federação. O temor é que as empresas corram para a ZFM.

No caso do gás natural, alguns senadores acreditam que a intenção do governo foi beneficiar o Mato Grosso do Sul, por onde entra o gás da Bolívia, e que é o Estado do senador Delcídio do Amaral. Mas da forma como está redigido o texto, a alíquota de 12% se aplicará a todas as operações com gás natural, o que beneficiará também os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e outros que são produtores, em prejuízo dos não produtores.

Essa alíquota de 12% para o gás natural levanta também outra discussão sobre a alíquota interestadual zero do ICMS que é aplicada atualmente ao petróleo e seus derivados e à energia elétrica. Os governos do Rio e do Paraná sempre reclamaram contra essa discriminação.

Assim, um acordo em torno de alíquotas interestaduais do ICMS de 4% e de 7% só será possível se a alíquota de 7% também se aplicar aos produtos industriais provenientes da ZFM e ao gás natural, garantem os secretários estaduais de Fazenda ouvidos pelo Valor. "Caso contrário, teremos no país três alíquotas interestaduais diferentes, de 4%, de 7% e de 12%", observou um secretário.

É importante observar que a proposta de redução da alíquota de 12% para 7% da ZFM e do gás natural poderá ter apoio até mesmo de Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, pois eles ficarão em situação desigual. É provável e compreensível que o governo não entre nessa discussão, quando ela acontecer na CAE, pois entende que essas questões precisam ser decididas pelos senadores, que são os legítimos representantes dos Estados.

Para tornar possível o acordo em torno da reforma do ICMS, o governo poderá atender uma das principais reivindicações dos governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que desejam uma mudança na composição do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR) - criado pela Medida Provisória 599 para ajudar os Estados mais pobres a executarem projetos que estimulem a industrialização local.

A MP estabelece que o FDR será constituído por 25% de recursos orçamentários e 75% de financiamentos. As verbas orçamentárias poderão ser utilizadas livremente pelos governadores para fazer os investimentos que considerarem indispensáveis, enquanto os financiamentos são destinados às empresas. Por isso, os governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste querem inverter essa equação.

O Ministério da Fazenda já deixou claro que isso não é possível, por causa das atuais limitações de recursos, mas deu a entender a alguns interlocutores que poderá aumentar a parcela das verbas orçamentárias. Há indicações de que o governo terminará aceitando 50% de dotações orçamentárias e 50% de financiamentos durante o curso das negociações no Senado.

Um aspecto do Fundo de Desenvolvimento Regional começou a ser questionado por alguns secretários estaduais de Fazenda. A Medida Provisória 599 determina que o FDR coloque à disposição de empresas, interessadas em realizar investimentos nos Estados mais pobres, financiamentos no montante de R$ 3 bilhões em 2014, R$ 6 bilhões em 2015, R$ 9 bilhões em 2016 e R$ 12 bilhões a partir de 2017 até 2033. O total dos financiamentos será de R$ 222 bilhões.

Alguns secretários entenderam que, da forma como está redigida a MP, o Tesouro não irá subsidiar as empresas interessadas em fazer esses investimentos. O eventual subsídio será concedido pelo Estado onde estará localizado o investimento, conforme estabelece o Parágrafo 1º do Artigo 20 da MP. Hoje, uma empresa interessada em investir pode obter um empréstimo no BNDES, dentro do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que será subsidiado pelo Tesouro. Caso a MP 599 seja aprovada com o texto atual, a empresa poderá pedir financiamento ao FDR que será subsidiado pelo Estado onde o investimento será realizado. Para conceder o subsídio, o Estado utilizará os recursos orçamentários que foram repassados pelo Tesouro.

Um rosário de ressentimentos - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 11/04

O DEM reclama que foi massacrado pelos tucanos em 2012, quando o partido esperava eleger um número maior de prefeitos em Minas Gerais e São Paulo. Protesta contra a implosão da candidatura de Valéria Pires ao Senado, no Pará, em 2010. O Democratas quer o PSDB alinhado com a candidatura do ex-prefeito Cesar Maia, que tem 10% nas pesquisas para o governo do Rio. Questiona os tucanos por apoiarem "a fórceps" o prefeito ACM Neto em Salvador. O líder na Câmara, Ronaldo Caiado, quer equidistância em Goiás, onde pretende disputar o governo contra a reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB). O partido vai vender caro o seu tempo de TV.

Correção de rumos
O Ministério das Cidades vai baixar portaria determinando que, a partir de agora, todos os contratos do Minha Casa Minha Vida terão de incluir a construção de escola e posto de saúde. Os já entregues serão enfrentados caso a caso.

Batendo cabeça
O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), contesta o governador Cid Gomes (CE), contrário à candidatura própria ao Planalto: "A forma de acumular forças é concorrendo e não ficar no alambrado aplaudindo o time dos outros."

Dois para lá, dois para cá
A desenvoltura do governador Eduardo Campos (PE) não recebe só elogios no PSB. O prefeito socialista Alexandre Cardoso (Duque de Caxias) pergunta: "Posso ser governo nos cargos e oposição no discurso?" Sobre a fusão PSB-PPS, argumenta: "Como pode? Eles apoiaram oito anos o governo FH, e eu era oposição. Apoiei oito anos o governo Lula, e eles fizeram oposição."

O novo ministro será o relator
Por conta da demora da presidente Dilma em indicar o sucessor de Ayres Britto no STF, juristas avaliam que não haverá tempo para julgar, no ano que vem, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) pelo chamado "mensalão mineiro".

Previsão do tempo
Especialistas em eleições e vida partidária avaliam que a sucessão presidencial vai sair da agenda no final de setembro. Acreditam que os atuais movimentos se devem ao prazo de filiação para pré-candidatos ao Legislativo em 2014.

Nada será como antes
Temendo que o aliado embarque no projeto Eduardo Campos (PSB), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) reuniu-se ontem com a cúpula do DEM. Seu presidente, senador José Agripino (RN), reclamou que os tucanos não respeitam compromissos. Disse que o objetivo de seu partido é eleger 50 deputados federais em 2014. E que, para isso, fará alianças estaduais com PSB, PDT e PMDB.

Fura fila
O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), pediu aos presidentes das comissões que selecionem dois projetos relevantes de suas áreas. Sua intenção é dar urgência para sua votação. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pretende fazer o mesmo. O objetivo é melhorar a imagem do Congresso na sociedade.

O empresário Joesley Batista continua na J&F (holding da JBS). O pré-candidato do PMDB ao governo de Goiás é o seu irmão José Batista Júnior.

Todos por Marina - VERA MAGALHÃES - PAINEL

FOLHA DE SP - 11/04

Os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) reagiram à tentativa do governo de sufocar o novo partido de Marina Silva. A candidatura da ex-ministra é vital para haver segundo turno em 2014. Diz o tucano: "A Rede, que Dilma quer asfixiar, é uma lufada de ar fresco diante da cooptação partidária promovida pelo PT". Para Campos, "é inútil tentar barrar o processo político com casuísmo'': "Quando as ideias são justas encontram uma forma de se expressar''.

Eu não Gilberto Kassab nega que tenha pedido ajuda a Dilma Rousseff para aprovação de projeto que restringe acesso de novas siglas ao fundo partidário e ao tempo de TV. "Nunca tratei desse assunto com a presidente", diz.

Placar O PSD, de Kassab, anuncia hoje apoio dos diretórios do Distrito Federal, da Paraíba e de Sergipe à reeleição de Dilma. Já são nove os Estados alinhados ao PT.

No pé 1 Em operação casada com advogados do mensalão, o setorial jurídico do PT pedirá a Roberto Gurgel que instaure procedimento para apurar a conduta de Luiz Fux na fase anterior à sua nomeação para o STF.

No pé 2 O coordenador do setorial, Marco Aurélio Carvalho, vai procurar Márcio Thomaz Bastos e José Luis Oliveira Lima. Acha que, se for declarada a suspeição de Fux, o processo pode ser revisto.

Pesos... Advogados dos condenados rechaçaram reação do procurador-geral da República de rejeitar investigação contra Fux, alegando que José Dirceu não merece crédito por suas declarações.

... e medidas Afirmam que as acusações contra Lula também partiram de um condenado, Marcos Valério, e o Ministério Público mandou abrir sete inquéritos. "Se não abrir, Gurgel estará prevaricando", diz um criminalista.

De casa Desde dezembro, Dilma já recebeu Delfim Neto e Luiz Gonzaga Beluzzo quatro vezes no Palácio da Alvorada para discutir a evolução dos números da economia.

Tomateiro A ordem no Planalto é manter "sangue frio" com a divulgação da inflação acumulada pelo IPCA. A expectativa é que a taxa só caia a partir de setembro.

Escola Antonio Anastasia (PSDB) anunciará hoje socorro de R$ 3 bilhões para municípios mineiros, em iniciativa similar à de Eduardo Campos (PE). Ambos apontam falta de apoio federal às cidades.

Fiel Após a truncada liberação de créditos da prefeitura para o Itaquerão, Fernando Haddad e Geraldo Alckmin inspecionarão o estádio hoje, ao lado do ministro Aldo Rebelo (Esporte). Vão inaugurar obras no entorno.

Mais-valia Terminou em bate-boca ontem nova reunião sobre a MP dos Portos. "Viemos aqui defender o trabalhador e não o empresário", disse Eduardo Guterra, da Federação dos Portuários, ligada à CUT, dirigindo-se a Paulinho da Força (PDT-SP).

Panelaço Força Sindical, CTB, UGT e Nova Central farão protesto contra os juros na sede paulista do Banco Central no dia 17, data em que o Copom se reunirá.

Torcida Do tucano Alberto Goldman, comentando em seu blog a onipresença do ministro Aloizio Mercadante (Educação) nas agendas de Dilma. "Deve estar fazendo aquecimento para as eleições. É um bom freguês".

Visita à Folha Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava com Nunzio Briguglio Filho, secretário de Comunicação, e Leila Suwwan, secretária-adjunta de Comunicação.

tiroteio
"Quem está precisando ir para um resort para descansar e esfriar a cabeça é o ministro Joaquim Barbosa, que está muito nervoso."
DE ALBERTO TORON, advogado de João Paulo Cunha no mensalão, sobre o presidente do STF ter dito que novos TRFs seriam instalados em resorts''.

contraponto


Pela ordem ou pela fé?
Durante reunião da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, ontem, Sílvio Costa (PTB-PE) fez um apelo ao presidente Marco Feliciano (PSC-SP) para ser ouvido. Sem sucesso, o petebista recorreu ao pastor:

--Na Bíblia está escrito: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que dizem. Eles não sabem o que dizem, porque o regimento permite que eu fale!

Feliciano concedeu a palavra ao colega, mas antes decidiu corrigi-lo sobre a citação:

--Deputado, isso não está na Bíblia!

Infernos artificiais - DENISE ROTHENBURG

CORREIO BRAZILIENSE - 11/04

A dor de cabeça provocada por uma sucessão presidencial antecipada pode ser infinitamente pior do que ressaca provocada por um uísque falsificado. Quem é do governo que o diga. Daqui para a frente, nada será feito de forma natural e tranquila. Tudo será transformado em crises. Fabricadas exatamente para que alguém ganhe alguma coisa com ela. E, certamente, esse alguém não será o cidadão comum, muito menos o contribuinte. A fila de crises está grande. CPI da Petrobras, o novo marco relatório dos portos, o Orçamento Impositivo, as disputas em torno da Comissão Mista de Orçamento e até mesmo nuances da natimorta reforma política são faces da mesma moeda, cunhada especialmente para tentar colocar o governo nas cordas, ou dificultar a vida a ponto de deixar a presidente Dilma Rousseff no papel de ter que dançar conforme a música ditada pelos congressistas.

A CPI da Petrobras, por enquanto, é o que salta aos olhos. Nenhuma CPI interessa ao governo e essa, muito menos. Mas está proposta justamente por deputados que se dizem aliados ao Planalto: Maurício Quintella, do PR de Alagoas, Leonardo Quintão, do PMDB de Minas Gerais, que ficou insatisfeito com o fato de não ter sido escolhido ministro, e, ainda, Carlos Magno, do PP de Rondônia. Os lideres dos partidos deixam o barco correr. Não estão com pressa de abafar essa ou aquela crise. Deixam correr para ver como é que fica. Afinal, ainda há uma lista de posições de governo restrita ao PT e a técnicos que rezam pela cartilha de Dilma.

Enquanto isso, no plenário...

A única proposta em discussão na Câmara que soa sob encomenda para ajudar a presidente é a janela para troca de partido. Há em curso no Congresso, conforme é do conhecimento daqueles mais familiarizados com o tema, propostas para tentar abrir a janela para troca-troca partidário sem que seja necessário criar uma nova legenda. Mas, na verdade, o que os grandes partidos desejam é coibir a criação de novos partidos com direito a horário eleitoral gratuito de rádio e tevê. Hoje, se um deputado migra para uma nova legenda, leva consigo a fração de rádio e tevê que ajudou seu partido a conquistar. Algo em torno de 2 segundos. As grandes legendas e o PSD de Gilberto Kassab, que se beneficiou da regra há um ano, querem agora estancar essa sangria por causa da oposição. O presidente do PPS, Roberto Freire, se prepara para criar uma nova legenda, fruto da fusão entre o PPS e o PMN. Considera essa proposta a janela para a oposição, da mesma forma que o partido de Kassab funcionou como um portal para oposicionistas interessados em migrar para o apoio ao governo. E é justamente a abertura dessa porta para apoio a Eduardo Campos, do PSB, ou à Rede de Marina Silva que PT e PMDB planejam evitar.

Por falar em PSB...

Na hipótese de os deputados se rebelarem contra a cúpula de seus próprios partidos e preferirem manter a “portabilidade” do tempo de tevê em caso de migração para um novo partido, o Planalto manterá o plano A em relação aos socialistas. Consiste em manter o governador do Ceará, Cid Gomes, agarradinho. Nesse sentido, que ninguém se surpreenda se o PT cearense amansar em relação ao futuro e fechar com o PSB na corrida ao governo estadual. Pelo menos até que o PSB decida seu caminho, é o governador a ponta de lança petista para tentar matar a pré-candidatura de Eduardo Campos. Por isso, daqui para frente, vale observar de perto todos os movimentos de Cid e Ciro Gomes, como também os de Dilma Rousseff em relação ao governador, bem como as crises artificiais, criadas especialmente para emparedar o governo.