FOLHA DE SP - 11/04
Micro e pequenas indústrias de SP estão em compasso de espera, diz pesquisa
A maioria das micro e pequenas indústrias do Estado de São Paulo não pretende contratar nem demitir em um futuro próximo. Tampouco prevê novos investimentos em produção ou ampliação de suas instalações.
A expectativa de boa parte do empresariado de que a economia e as condições de mercado se manterão como estão ajuda a explicar a falta de apetite para expansão.
Os dados são da primeira pesquisa do Indicador de Atividade das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo, realizada pelo Datafolha, a pedido do Simpi-SP (sindicato do setor).
O levantamento se estenderá por 11 meses e as informações coletadas farão parte de um índice inédito, que medirá o nível de atividade desse segmento da indústria.
A KPMG fará uma análise internacional e a Universidade Mackenzie realizará estudos nas áreas econômica e jurídica, além de sugestões de políticas para o segmento.
Para Joseph Couri, presidente do Simpi, a pesquisa destaca problemas do setor, como a concorrência com importados, apontada por 72% dos 304 empresários ouvidos.
"As pessoas não estão desesperançosas, mas divididas quanto ao crescimento e preocupadas com a inflação", diz. No setor, 55% afirmam que a inflação vai subir, contra 45% da população.
A inadimplência mostrou-se alta, com 39% das empresas endividadas.
A avaliação de governantes também é diferente da observada na média nacional. O desempenho da presidente Dilma Rousseff é considerado ótimo e bom para 65% da população. Entre os empresários do setor, a avaliação cai para 39%. "Isso mostra a necessidade de políticas para o setor", diz.
"Para 44% dos empresários a situação vai melhorar neste mês, mas só 2% esperam forte crescimento no faturamento"
Demora na Anvisa aumenta deficit, afirma entidade
O deficit tecnológico brasileiro em 2012 na área de saúde atingiu a marca de aproximadamente US$ 16 bilhões, conforme um levantamento da Protec (associação do setor de tecnologia).
A lentidão no registro dos produtos farmacêuticos e dos equipamentos hospitalares por parte da Anvisa, seria um dos motivos para o mercado nacional procurar os importados, segundo a entidade.
"O governo precisa investir em inovação tecnológica e não somente focar os esforços em commodities. A espera para um registro da Anvisa pode chegar a dois anos", diz Roberto Nicolsky, diretor-geral da Protec.
A Anvisa reconhece o longo tempo de espera, mas afirma que está tomando medidas para a redução dos prazos de concessão de registro e das inspeções internacionais feitas no país.
A diferença na balança comercial de todo o setor tecnológico brasileiro também preocupa, afirma Nicolsky.
Em 2006, o deficit entre exportações e importações era de US$ 21 bilhões e saltou para US$ 109 bilhões registrados no ano passado.
VIDA REAL
Para vender a necessidade de contratar seguros de diversas modalidades, o Grupo Bradesco Seguros usará referências ao filme "Missão Impossível" em uma grande campanha publicitária que será lançada na próxima segunda-feira.
O foco são os benefícios que os produtos oferecem, com o acompanhamento de especialistas, afirma Marco Antonio Rossi, presidente do Grupo Bradesco Seguros.
"Não se pode esperar na vida real que um agente de Missão Impossível' surja de repente, mas se pode contar com um seguro", diz.
"Queremos mostrar os seguros de forma mais simples e acessível", afirma Rossi.
Serão dois comerciais diferentes produzidos pela agência AlmapBBDO e veiculados em várias mídias.
O primeiro mencionará diversos tipos de seguros e o segundo será dedicado à área de saúde, uma das que mais crescem na companhia.
R$ 3,6 bilhões
foi o lucro líquido do Grupo no acumulado em 2012
12,1%
é o crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior
VEÍCULO CORPORATIVO
A ALD, empresa do grupo Sociétè Générale que gerencia carros de empresas como Nestlé, Kraft e Hypermarcas, espera crescer 20% neste ano no Brasil.
"Temos muita oportunidade para crescer aqui. Ainda há muitas multinacionais e empresas de médio porte que podemos conquistar", diz o CEO da ALD, Mike Masterson.
ENGENHARIA DIVIDIDA
Executivos de engenharia industrial estão otimistas com segmentos que têm negócios ligados a Copa do Mundo e Olimpíada, mas pessimistas com setores que dependem do mercado externo.
O estudo foi feito com 140 associados da Abemi (associação que reúne empresas como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa).
Para 73% dos entrevistados, o setor de infraestrutura vai investir mais por conta dos eventos esportivos.
Sete em cada dez executivos acham que a siderurgia vai se retrair neste ano.
"As empresas estão cautelosas, aguardando as definições dos clientes", de acordo com Antonio Müller, presidente da entidade.
Para 56%, o setor de óleo e gás também vai investir menos. A petroquímica preocupa 48% dos entrevistados.
Trem... Começa a circular dia 24 de abril a primeira locomotiva de carga de grande porte que atende aos requisitos do BNDES, com índice de nacionalização superior a 60%. A GE Transportation investiu US$ 20 milhões no projeto.
...nativo A empresa desenvolveu 56 novos fornecedores locais, que receberam mais de 300 mil horas de treinamentos. A locomotiva AC44 também envolveu a criação de 1.100 postos de trabalho.
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