quinta-feira, fevereiro 19, 2009
F A R S A
PAINEL
Direito autoral
Folha de S. Paulo - 19/02/2009 |
A julgar pelo discurso de Dilma Rousseff ontem na Força Sindical, o PT não pretende deixar para José Serra, caso este concorra à Presidência em 2010, nem mesmo a bandeira da redução dos juros, historicamente empunhada pelo tucano. A ministra e pré-candidata não foi tão longe quanto o anfitrião Paulinho, que exortou o governo a "enquadrar o Meirelles" -nesse momento, ela apenas sorriu. Mas disse que os sindicalistas ali reunidos "têm razão" e que "é preciso baratear o custo do capital". De quebra, caracterizou Lula como o paladino dessa causa: "O responsável por estarmos discutindo isso aqui hoje é o presidente, que sempre defendeu a necessidade de baixar os juros". Encerrada, anteontem, a reunião em que a Mesa da Câmara resolveu dar publicidade (limitada) às notas fiscais da verba indenizatória dos deputados, jornalistas cercaram o primeiro-secretário, Rafael Guerra (PSDB-MG). O tucano explicou que a ideia é mostrar apenas as futuras notas, e mesmo assim só a partir do segundo trimestre. |
EILIANE CANTANHÊDE
Minas, fiel da balança
Folha de S. Paulo - 19/02/2009 |
Com tantas coisas em comum, para o bem e para o mal, PT e PSDB têm agora a mesma avaliação: alavancada pelos 80% de Lula e pelo PAC, Dilma vai indo; com Aécio pela frente, Serra empaca. Parece espremido entre a desenvoltura de uma e a pressão do outro. |
MÓNICA BÉRGAMO
Despedida
Folha de S. Paulo - 19/02/2009 |
A ex-prefeita Marta Suplicy e Luis Favre estão separados. Depois de oito anos juntos, eles tomaram a decisão nesta semana e já passam o Carnaval solteiros. O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) solicitou a homenagem por suas músicas terem atingido a marca de 100 mil downloads pagos. |
CLÓVIS ROSSI
O medo venceu a alegria
Folha de S. Paulo - 19/02/2009 |
Fiquei com uma dúvida, que compartilho com o leitor, a propósito do belo texto de Tostão ontem publicado por esta Folha. |
DORA KRAMER
PMDB repõe Aécio na agenda
O Estado de S. Paulo - 19/02/2009 |
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, retomou o diálogo interrompido com o PMDB sobre a possibilidade de se candidatar pelo partido a presidente da República em 2010. Na semana passada, aproveitou uma agenda em Brasília para conversar com Michel Temer, presidente do PMDB, e com o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves. Desta vez, o governador foi assertivo e falou em data. Disse que se até 31 de março o PSDB não resolvesse realizar as prévias para escolher o candidato a presidente ele deixaria o partido e poderia se filiar ao PMDB. Pôs as coisas nos seguintes termos: continuaria nas próximas semanas a "bater o bumbo" em defesa das prévias e, se não conseguisse, estaria à vontade, teria motivação e discurso para sair. Provavelmente também uma justificativa para evitar a perda do mandato de governador um ano antes do prazo de desincompatibilização, por causa da restrição legal à troca de partidos. O discurso de Aécio, caso viesse mesmo a concretizar a decisão, incluiria a denúncia da "ditadura das elites partidárias" e o anúncio da disposição de cumprir o destino desejado "pelo povo de Minas", além da retomada da trajetória do tio-avô, Tancredo Neves, interrompida pela morte antes da posse na Presidência, em abril de 1985. Talvez não por coincidência o governador tenha dado o prazo de 31 de março na conversa com o PMDB. Teria abril à disposição caso a providência se fizesse necessária. O PMDB, cujo presidente, Michel Temer, dias antes considerara "fato vencido" a hipótese de Aécio Neves trocar de partido, deu à conversa a devida proporção: acha que há mais chance de o PSDB ceder para Aécio ficar que os tucanos comprarem uma briga do tamanho do segundo colégio eleitoral Brasil. De qualquer modo, os pemedebistas se sentiram fortalecidos. Começaram a sonhar com palanques regionais robustos, livres da dicotomia PSDB-PT e com uma candidatura própria passível de vir a conquistar o apoio do presidente Luiz Inácio da Silva como alternativa a Dilma Rousseff. Um acréscimo considerável ao cacife político do partido e um sinal de que a sorte definitivamente se decidira por uma aliança com o PMDB, um colecionador de vitórias. O estigma Assim estava em regozijo o espírito pemedebista até o fim de semana passado, quando a entrevista do senador Jarbas Vasconcelos à Veja tachando o partido de "corrupto" fez baixar a apreensão e acendeu a desconfiança. Teria o senador escolhido estrategicamente esse momento de glória para dizer de público o que há muito diz em particular? Se o lance obedeceu a uma lógica política, entraria ele nesse jogo desguarnecido, sem munição suficiente para revidar a um contra-ataque imprudente? Sob a marca de "corrupto" impressa na testa por um correligionário, o PMDB não veria se esvaziar seu papel até agora tido como decisivo na definição dos rumos da sucessão presidencial? E Aécio Neves, ficaria tão à vontade para entrar no partido, como dissera havia poucos dias, se à legenda fosse pregado o estigma de má companhia? Logo agora que corria tudo bem e o País já se esquecera daquele dia de dezembro de 2002 quando o recém-eleito Luiz Inácio da Silva desistira na última hora de entregar três ministérios ao PMDB por não considerá-lo à altura do governo "plural" e imune a "feudos" com o qual iniciaria a era da mudança. O mal-estar, o constrangimento e a cautela pautaram a decisão da Executiva do PMDB de sair pela tangente com uma nota oficial de sete linhas totalmente anódinas. Qualquer movimento brusco poderia ser fatal. Havia dois caminhos a seguir: partir para a briga de rua na base da desqualificação do senador ou questionar ponto a ponto as acusações, exigir provas e perguntar a ele por que não fizera denúncias formais aos canais competentes. Uma terceira possibilidade foi sugerida - a intervenção da Executiva Nacional no diretório regional de Pernambuco, sob a alegação de mau desempenho político-eleitoral -, mas, por ora, arquivada. Analisadas as perdas e os ganhos, decidiu-se tentar não provocar, trabalhar em silêncio para a poeira baixar e esperar o carnaval passar. Do PMDB diga-se tudo, menos que lhe falta senso de realidade para perceber que Jarbas Vasconcelos prega em terreno fértil, atira em dois símbolos do estigma (José Sarney e Renan Calheiros) e, por mais dispersas que possam ser suas razões para bater, o partido sabe precisamente porque apanha. Assim é Autoridades governamentais, partidárias e parlamentares, situacionistas e oposicionistas, cumprem o acerto tácito de formalizar o vácuo em torno das declarações do senador Jarbas Vasconcelos sobre o PMDB. É de se notar, porém, que, se todas elas evitaram corroborar as afirmações, nenhuma delas tampouco se dispôs a oferecer as mãos ao fogo em prol do desmentido. |
FERNANDA KRAKOVICS
Além PAC
Panorama Político |
O Globo - 19/02/2009 |
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai incluir as empresas estaduais de energia no fundo garantidor de empreendimentos do setor elétrico. Os governos estaduais, no entanto, terão de pôr dinheiro. Cunha é relator da MP que cria o fundo, considerado fundamental para o PAC. Há ainda forte lobby para que as garantias dadas a financiamentos concedidos por instituições financeiras federais sejam estendidas a fontes de financiamento privado e organismos multilaterais. Incansável |
QUINTA NOS JORNAIS
- Globo: Hidrelétrica privada terá 69% de recursos públicos
- Folha: Carga dos impostos aumenta e bate recorde
- Estado: Pacote imobiliário de Obama ajudará 9 milhões de famílias
- JB: Rio resiste à crise
- Correio: 6 mil vagas no serviço público
- Valor: Desvios na política regional deixam buraco de R$ 12,2 bi
- Gazeta Mercantil: Varejo prevê inflação com novo ICMS
- Estado de Minas: Chefe de bando matou até senador