sexta-feira, setembro 11, 2009
CLAUDIA SAFATLE
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A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), criada em dezembro de 1972, nasceu a partir de um compromisso das autoridades da Aeronáutica de que seria uma empresa para regular o setor com, no máximo, 600 funcionários. Hoje, a Infraero emprega 28 mil trabalhadores, administra 67 aeroportos, 81 unidades de apoio à navegação aérea e 32 terminais de logística. |
JOÃO MELLÃO NETO
O Brasil, graças às recentes descobertas do pré-sal, está em via de ostentar uma das quatro maiores reservas mundiais de petróleo. Seguramente será a maior fora do Oriente Médio. Parabéns ao nosso país, parabéns ao povo brasileiro e parabéns também à Petrobrás. Infelizmente, as congratulações param por aí. O governo brasileiro, em relação a tudo isso, está exercendo um papel muito feio. |
MAURO ZANATTA
Segmento quer criar comitê de conciliação
Valor Econômico - 11/09/2009 |
Produtores, indústrias e tradings exportadoras de soja negociam a criação de um "comitê de conciliação" para mediar divergências em contratos de compra e venda do produto. O comitê, proposto durante a Bienal da Agricultura de Mato Grosso 2009, seria uma instância da Câmara Setorial da Soja que buscaria evitar arbitragens externas e disputas na Justiça consideradas desnecessárias. "O cumprimento de contratos é a alma do nosso negócio e seria o motivo maior do comitê", diz o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes. As 20 tradings nacionais e multinacionais reunidas na Anec defendem uma solução interna para as questões da cadeia produtiva. O objetivo principal do comitê é evitar o descumprimento de contratos e garantir a entrega do produto. "O comitê elimina o oportunismo de lado a lado. Há quem se aproveite de alguns momentos para levar vantagens indevidas", diz Mendes. Nas safras 2002/03 e 2003/04, quando o preço do mercado "spot" superou de longe as cotações acertadas em acordos de "soja verde", muitos produtores romperam contratos para vender o produto no mercado, deixando de entregar a soja às indústrias. Centenas de casos foram levados aos tribunais, sobretudo em Goiás, o que prejudicou as relações entre produtores e industriais. No fim do ano passado, o grupo mato-grossense Vanguarda, um dos maiores produtores de soja do Brasil, questionou um acordo comercial com a trading asiática Noble. O caso contribuiu para gerar insegurança jurídica nas relações da cadeia produtiva. O "comitê de conciliação" também deve debater questões específicas dos contratos. Os produtores querem a garantia de redução de multas e a instituição contratual do chamado "wash out", instrumento de recompra do compromisso de entrega. Nesse caso, o produtor pode entregar uma parte do volume contratado em uma safra, escalonando o restante para outras safras ou pagando a diferença entre os preços de venda e de mercado. "Há também contratos leoninos com multas muito altas estipuladas em contratos-padrão pela indústria", afirma o presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), Rui Prado. Os produtores querem usar acordos dentro do comitê para realizar "distratos amigáveis" de contratos. "Temos que debater, ainda, os modelos de adiantamentos de recursos feitos pelas tradings e as compras antecipadas", afirma Prado, que também preside a Câmara Setorial da Soja do Ministério da Agricultura. Se as tradings querem avançar rapidamente nas discussões, as indústrias esmagadoras de soja ainda estão reticentes. "Me parece que o comitê trabalharia mais em questões de varejo, de casos específicos entre produtor e indústria", diz o secretário-geral da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Fábio Trigueirinho. "Quando temos problemas, conversamos via entidades de classe". Responsável por uma fatia de 3,5% do processamento de soja no país, a brasileira Caramuru Alimentos tem simpatia pela ideia. "Seria um reforço para melhorar essas relações internas e criar um ambiente seguro para contratos", afirma o vice-presidente da empresa, César Borges de Sousa. "Mas o comitê tem que funcionar e ser reconhecido por todas as partes da cadeia", ressalva o executivo. |
INFORME JB
Toffoli no STF. Múcio no TCU
Leandro Mazzini |
Jornal do Brasil - 11/09/2009 |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva envia semana que vem para o Congresso duas mensagens. Vai indicar o atual advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli para a vaga de Carlos Alberto Direito no Supremo Tribunal Federal. E o deputado federal José Múcio Monteiro (PTB) para o Tribunal de Contas da União. A saída do ministro das Relações Institucionais para o TCU estava praticamente acertada, mas a indicação de Toffoli ainda sofria resistências dentro do próprio governo. Lula bancou Toffoli, que considera seu principal conselheiro para assuntos jurídicos. O presidente já tinha as mensagens prontas desde semana passada, mas preteriu esperar o impasse no Congresso sobre a urgência nos projetos do pré-sal - o presidente cedeu tempo, e agora cobrará a aprovação das indicações.
“Não há dúvida do esquema criminoso que desviou recursos públicos” Ivar Pavan (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, ao aceitar pedido de impeachment da governadora tucana Yeda Crusius
Ey, ey, ey... Agora vai. Mudança no cenário para 2010: José Maria Eymael (PSDC) autorizou a inclusão de seu nome nas pesquisas eleitorais.
Dilma é cultura A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, vai ficar em casa, em Brasília, nestes sete dias de miniférias. A presidenciável, que gosta de artes, deve fazer roteiro de livrarias.
On the road Dilma volta ao trabalho na segunda, bem cedo. Às 7h embarca com o presidente Lula para eventos em Roraima. Inaugura uma ponte binacional e uma rodovia. Calma, deputado Mesmo com a confirmação da ida de Alexandre Padilha para o lugar de Múcio, o líder do PT, deputado Cândido Vaccarezza (SP), insistiu no cargo.
No twitter Siga o blog e a coluna no Só borracha A CCJ do Senado aprovou projeto, em decisão terminativa, do senador Marcelo Crivella que proíbe agentes de segurança de usarem cassetete de madeira, espadas, facas ou outras armas cortantes. Cassetete, só de borracha...
Coisa de alemães Para alívio da nação, não pode ser debitada ao Brasil a trapalhada de Nelsinho Piquet. Ele é alemão, naturalizado brasileiro. Pelo campo Chega ao Rio na segunda o deputado federal Sabino Castelo Branco (AM), autor da PEC 246/08, que institui a Justiça Agrária no país. Faz palestra no Instituto dos Advogados do Brasil.
Tributo a Nejar Domingo, na Bienal do Livro do Rio, será lançado Carlos Nejar. Poeta da Condição Humana, organizado por João Ricardo Moderno (presidente da Academia Brasileira de Filosofia), em quem escritores brasileiros e estrangeiros homenageiam seus 70 anos. |
ARMANDO CASTELAR PINHEIRO
Homem Primata, Capitalismo Selvagem
Valor Econômico - 11/09/2009 |
Era sexta-feira no Rio e chovia. Chovia demais. Eu passava pelo Baixo Voluntários quando os Titãs irromperam no rádio do táxi: "Desde os primórdios, até hoje em dia / ... / o homem criava e também destruía / homem primata, capitalismo selvagem". Era uma coincidência irônica: nesse momento eu refletia sobre o debate que tivera mais cedo com empresários na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, que versou basicamente sobre o lado selvagem da regulação estatal com que os capitalistas brasileiros, em especial os pequenos e médios, precisam lidar. A "selva de pedra" para eles não era a do capitalismo selvagem dos Titãs, mas a do cipoal burocrático que aumenta o risco e o custo administrativo de empreender. Dificuldades no acesso ao crédito, alta carga tributária e a insegurança jurídica associada à proteção do meio ambiente foram os temas que dominaram o debate. A falta de crédito para o pequeno e médio empreendedor reflete, além da pequena escala - e, consequente, o alto custo de análise do risco de crédito, inclusive pelos bancos estatais que distribuem os subsídios públicos - o elevado risco de emprestar para essas empresas. Este, por sua vez, tem origem nos altos juros praticados no Brasil, na falta de garantias, na informalidade, e na pouca transparência na contabilidade dessas empresas. Essa escassez de crédito foi agravada pela crise, problema já superado no caso das grandes empresas, mas não no das pequenas e médias, para as quais os bancos continuam reticentes em emprestar, devido à inadimplência ainda alta. Essa situação tende a melhorar no médio prazo, pois a informalidade deve diminuir e a oferta de crédito bancário para essas empresas crescer, conforme as grandes firmas recorram mais ao financiamento externo e ao mercado de capitais e as famílias atinjam um teto no seu comprometimento de renda com o serviço de dívidas. A carga tributária cresceu sem parar nos últimos dezesseis anos, conforme se equilibrava a estabilidade da razão dívida pública / PIB com um gasto público que cresce o dobro do PIB. Essa escalada tributária deve continuar, já que não há indicação de que o gasto vá desacelerar nem espaço para crescer a dívida. Prova disso é o esforço para reinstituir a CPMF. Novos impostos e alíquotas mais altas nos aguardam no futuro, pelo menos enquanto o brasileiro continuar votando por mais gasto e não se revogar a tirania aritmética que exige que o gasto público seja financiado por impostos, dívida ou inflação. Os elevados impostos transformam o governo num grande sócio das empresas brasileiras. A presença desse sócio oculto torna o investimento menos rentável para o empresário, estimula a informalidade e reduz o potencial de crescimento do país. Mas a transferência de renda da empresa (e do consumidor) para o governo é apenas parte do drama. Uma carga tributária elevada, calcada em impostos variados e regras instáveis, também gera uma perda social líquida, devido ao custo administrativo de cumprir todas as regras, ao risco de que estas mudem no meio do jogo, e à incerteza resultante da sua aplicação, pelo espaço para arbítrio na hora da fiscalização. É fácil ver que uma empresa pequena deve ter mais dificuldade em administrar esses problemas do que uma grande. Enquanto os problemas da falta de crédito e da alta carga tributária estão na agenda do empresariado nacional há muitos anos, o da incerteza jurídica causada pelas leis de proteção ao meio ambiente é um tema novo. Em parte, sem dúvida, as reclamações refletem o fato de que é mais caro produzir protegendo o meio ambiente do que sem levar isso em conta. Esse é um custo em que a sociedade resolveu incorrer - corretamente, a meu ver -; lutar contra isso é jogar tempo e dinheiro fora. Uma outra questão, porém, é se a legislação e a sua implementação são consistentes com esse objetivo e se são a forma mais eficiente de atingi-lo. Aqui há bons motivos para crer que a resposta seja não. Chamo a atenção para dois pontos. Primeiro, a desproporcionalidade de certas sanções, cuja própria severidade acaba sendo disfuncional. É corrente a piada de que caso alguém seja pego fazendo mal a um mico leão é melhor matar o fiscal e responder na justiça por assassinato do que por crime ambiental. Parece-me um erro proteger mais o meio ambiente do que a vida humana. O zelo punitivo também é ineficiente quando se responsabiliza pessoalmente o funcionário do Ibama pelas licenças ambientais que concede, o que incentiva a procrastinação na sua análise de projetos de investimento. Segundo, a multiplicidade de instâncias fiscalizatórias. Frequentemente para poder investir é preciso passar pela análise ambiental dos executivos federal, estadual e municipal, além do crivo do Ministério Público. Deveria ser suficiente passar pelo exame de apenas uma dessas instâncias. Creio que é necessário mais estudo e discussão sobre a eficiência da legislação ambiental, especialmente quando se tem em conta que a inclinação da sociedade e os incentivos político-eleitorais são no sentido de se endurecer as punições com pouca atenção para a sua funcionalidade. Não basta não destruir, o homem também precisa criar. Fui a Minas discutir a crise financeira internacional, tema que, para minha surpresa, despertou interesse quase nulo. É mais um sinal de que o Brasil já está deixando a crise para trás, mesmo em um setor tão afetado por ela como o industrial. Por outro lado, as críticas à má qualidade do ambiente de negócios mostram como continuamos marcando passo em eliminar as restrições estruturais que limitam o nosso crescimento. Estamos a pouco mais de um ano de eleições quase gerais, um bom prazo para tentar introduzir esses temas nas discussões, aproveitando a atenção incomum que as eleições despertam na população. As associações de classe estão numa posição privilegiada para fazer isso. Foi uma sexta das mais interessantes. Foi bom fechá-la ouvindo Jorge Ben Jor cantar "o Rio de Janeiro continua lindo ...", mesmo debaixo daquela chuva toda. |
BRASÍLIA - DF
Lula adia mudança nos royalties
Correio Braziliense - 11/09/2009 | ||||||||
Depois de colocar fogo na discussão entre os estados, o que agastou o governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB) com seu governo, o presidente Luiz Inácio da Silva resolveu retirar de pauta a mudança na lei dos royalties de petróleo. Mais especificamente, do dispositivo constitucional que garante participação especial para estados e municípios produtores também no pré-sal. Não abre// O prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Faria (PT), não vai recuar no grito da intenção de disputar o governo do Rio de Janeiro. Avalia que já queimou o filme com Cabral e, aos 39 anos, não tem nada a perder. Se for candidato ao Senado e não se eleger, Lindberg poderá ser visto como político que voa baixo. Prestígio Com um pé no Tribunal de Contas da União (TCU) e outro no “bolo de noiva”, anexo do Itamaraty onde fica seu gabinete, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro (PTB), recebeu a solidariedade do líder do PMDB. “Ele nos ajudou muito na retirada do regime de urgência”, garante Alves, que defende a indicação de um petista para o lugar de Múcio. Sacoleiros O governo resolveu limitar a importação-formiguinha. Pelo regime, ao atravessar a fronteira, os sacoleiros pagarão uma única tarifa de 25% sobre o pr eço de aquisição das mercadorias importadas. O limite será de R$ 110 mil por ano. Ficha-suja O Senado arrasta a aprovação da minirreforma eleitoral e cria nova polêmica entre os deputados. Emenda do senador Pedro Simon (PMDB-RS) aprovada tarde da noite de quarta-feira veta os ficha-suja. O texto prevê que a Justiça Eleitoral poderá negar candidatura a políticos que não comprovem idoneidade moral e reputação ilibada. Invocado
Urgência
Simancol
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NELSON MOTTA
Cenas obscenas
O Estado de S. Paulo - 11/09/2009 |
Só não é uma comédia de erros porque é dramático e constrangedor demais para todos os protagonistas e para os que acompanham o caso do italiano acusado de beijar na boca a filha de 8 anos, na piscina de um hotel de Fortaleza.
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PARA....HIHIHIHI
GRAVIDEZ NA 3ª IDADE
Com toda esta nova tecnologia recente sobre a fertilidade, uma senhora de 78 anos foi capaz de dar à luz um menino. Quando ela teve alta hospitalar, foi para casa, e seus familiares e amigos vieram visitá-la.
- Podemos ver o novo bebê? – alguém perguntou.
- Ainda não – disse a mãe – Vou fazer um café e poderemos conversar um pouco antes.
Trinta minutos se passaram e outro perguntou:
- Podemos ver o bebê agora?
- Não, ainda não – disse a mãe.
Depois de mais alguns minutos, eles perguntaram de novo.
- Podemos ver o bebê agora?
- Não, ainda não. – respondeu a mãe.
Já meio impacientes, eles perguntaram:
- Bem… então quando poderemos ver o bebê?
- Quando ele chorar! – ela disse a eles.
- Quando ele chorar??? E por que temos que esperar ele chorar?
- Porque eu esqueci onde o coloquei!
CONFIDENCIAL
Em novembro de 2007, o titular da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, arrancou do presidente Lula Medida Provisória que abria o serviço de dragagem a estrangeiros. A decisão radical tinha explicação: afinal, 98% das exportações e importações fluem pelos portos. A MP virou lei e, além disso, o ministro Brito garantia haver obtido R$ 1,5 bilhão para dragar 17 portos. E quais os resultados obtidos até agora? Quase nada. No maior porto do Brasil, o de Santos, responsável por quase metade de toda a operação nacional com contêineres, a mais que urgente dragagem continua emperrada. Primeiro, por problemas de licitação; agora, de burocracia ambiental. A última notícia é que o órgão federal (Ibama) aguarda parecer da estadual Cetesb. Recentemente, o vice-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e diretor da Fenavega, Meton Soares, lembrou que o mundo já opera navios de mais de 13 mil contêineres, enquanto em Santos só podem atracar embarcações com menos da metade desse volume, muitas vezes ainda tendo de esperar a subida da maré.
Até tu, Ideli?
A líder do Governo no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC), explica mas não justifica o fato de a Casa haver torrado R$ 70 mil para ela e um assessor participarem, no exterior, do curso The Art of Business Coaching, promovido pela Newfield Consulting. Não colou a alegação de que o curso serviu para melhorar gestão de seu gabinete e o desempenho de sua equipe. Afinal, o fundador da Newfield no Brasil, Luiz Sérgio Gomes da Silva, é filiado ao PT, ex-funcionário do Palácio do Planalto e ex-assessor da CUT.
Preço da beleza
Jessica Simpson (foto) parou Ipanema nesta quarta-feira. Conta Lu Lacerda que a cantora americana chegou à cidade para gravar cenas do reality show "The price of beauty" (O preço da beleza). Entrevistou a turbinada Angela Bismarchi (que já fez mais de 40 cirurgias plásticas) e tomou umas caipirinhas enquanto filmava. Depois da entrevista, pediu a Angela que fizesse um topless para conferir os seios siliconados.
Jornalista Niemeyer
O arquiteto Oscar Niemeyer, de 101 anos, está convocando os candangos que trabalharam na construção de Brasília. É para uma matéria especial sobre os 50 anos da capital federal que vai publicar na sua revista, "Nosso caminho".
Cumprimento, nem à francesa
Autoridades de saúde francesas pedem à população que evite qualquer tipo de contato físico para reduzir as chances de contágio por gripe suína. Algumas escolas e empresas proibiram até o beijo no rosto, cumprimento tradicional na França.
Know how de toxicologia
O diretor do Centro Internacional de Toxicologia (CIT) da França, Roy Foster, desembarca este mês em São Paulo. Em evento sobre fármacos e medicamentos, vai apresentar resultados do estudo de validação de um novo teste oferecido pelo CIT: o Tissue Cross-Reactivity, feito com placas de tecidos humanos e animais.
Brasil ocupa a rede virtual
Dois de cada três dos 95,6 milhões de computadores da América Latina estão no México e no Brasil, embora o país da região com mais aparatos por habitante seja o Chile. Segundo a empresa de consultoria Everis, que elaborou o estudo com dados de 50 países, há 42,9 milhões de computadores no Brasil, enquanto no México há 20,6 milhões.
Perguntar não ofende
Do leitor Carlos Grand: "Sua coluna informa que o Governo do Pará vai gastar R$ 100 milhões para colocar em 18 meses um linhão que levará energia elétrica à Ilha de Marajó. Não sairia mais barato e mais rápido o investimento em energia eólica?"
FÓRUM. O ex-ministro Reis Velloso comanda, dias 17 e 18 próximos, mais um Fórum Especial, no BNDES. Tema: "Na crise - esperança e oportunidade, desenvolvimento como sonho brasileiro, oportunidade para favelas.
DO RELATÓRIO. O private equaly Axxon, que comprou o controle da rede Mundo Verde, pretende abrir a primeira loja nos Estados Unidos no início de 2010.
HISTÓRIA. Contratado pela Nova Fronteira, o cantor, compositor e guitarrista Lobão, de 52 anos, está escrevendo a autobiografia.
LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS
Padrões da recuperação econômica
Folha de S. Paulo - 11/09/2009 | |
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TODA MÍDIA
No UOL, "Bolsa sobe e atinge o maior nível" desde julho de 2008. No Valor Online, "Bolsa fecha em nova máxima". Pouco antes, no Valor Online, "Bolsa já sobe 98% desde outubro".
Para marcar o aniversário da quebra do Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, a BBC Brasil vem postando especial sobre os efeitos no país, "Um ano de crise", com o logo acima. Ontem na manchete, entrevista com o ministro da Fazenda e o enunciado "Brasil pode ser quinta economia na próxima década, diz Mantega". No enunciado do dia anterior, "Crise fortaleceu papel do Brasil no mundo, dizem analistas" de Economist Intelligence Unit e outras.
Por outro lado, manchete do "Wall Street Journal" à Folha Online, ontem no início da noite, o "preço alto da recessão nos EUA", segundo o Census Bureau, com queda na renda familiar e "maior pobreza".
"DESMAMAR"
economist.com
Nada de 11/9. A nova "Economist" também abre com o aniversário da crise global, 15/9, e a avaliação de que foi "Seleção não natural". As Bolsas "sobrevivem graças ao apoio estatal e precisam desmamar, agora". Apoia "regular os bancos para torná-los mais seguros"
"ESPLENDOR"
Regalado produziu vídeo de testes dos blindados e até se colocou "na linha de tiro"
Na capa do "WSJ", ao lado, "Nas ruas cruéis de São Paulo, os ricos rodam em esplendor blindado". No subtítulo, "Alta taxa de crime e gosto apurado levam a "upgrade" dos carros; para jovem de 19 anos, Fusca rosa à prova de bala".
A longa e irônica reportagem de Antonio Regalado relata que o salto na indústria de carros blindados ocorreu há dez anos, quando filhos de um banqueiro escaparam de sequestro graças, segundo uma revista, ao "carro herói". "Conforme o dinheiro e o crime se cruzaram, mudaram os hábitos" e São Paulo é hoje considerada "a capital mundial do carro blindado, segundo algumas estimativas".
"THE END"?
news.yahoo.com
Biggs, nos despachos
Noticiado dias atrás por aqui, o lançamento do projeto "Fim da Linha" ou "The End of the Line", daPolícia Federal, ecoa no exterior com fotos do mais célebre dos muitos criminosos que se esconderam no Brasil, Ronald Biggs.
O correspondente da BBC, Gary Duffy, escreveu que "o Brasil quer mudar sua imagem de destino promissor para os fugitivos da Justiça", presente em Hollywood desde pelo menos "Notorious" (1946) até "Inimigos Públicos", agora. Abrindo a reportagem da AFP, o país está "cansado de sua imagem de santuário para criminosos".
"YOU LIE"
Repercutiu menos o discurso de Barack Obama, ontem no Congresso, do que a interrupção por um republicano, gritando "você mente". Foi manchete on-line o dia todo, por Huffington Post, Drudge Report etc. Com alguma boa vontade, o site Politico arriscou que pode até "unificar os democratas". Mas ontem mesmo o ataque já ganhou apoio de referências ultraconservadoras como o radialista Rush Limbaugh.
INTIMIDAÇÃO
clarin.com
O "Clarín" destacou operação "intimidatória" contra o próprio jornal, por "batalhão de inspetores" do fisco argentino, após dar reportagem sobre o próprio fisco. Ressaltou a "grande repercussão" por Brasil etc.
GOOGLE & JORNAIS
Deu no blog do Nieman Lab, de Harvard, e ecoou por toda parte que o Google avisou à Associação Americana de Jornais que se prepara para disponilizar uma ferramenta de micropagamentos on-line até meados de 2008.
ARI CUNHA
Houve época em que a Cantareira deixava de cuidar do pequeno riacho. Os restos do Mercado Central eram jogados em suas águas. Vinha a chuva e transbordava. Morria gente afogada e as casas da 25 de Março eram invadidas. Prejuízos enormes. O riacho recebia toda espécie de lixo. Veio a organização. Água sem sujeira passou a ser a novidade. São Paulo virou mar. Invadida pelas águas. Tudo pára. A cidade grande vira lagoa. A Marginal do Tietê vira mar. Desespero. A prefeitura fecha os olhos. Esgotos clandestinos entram no rio sujo que há anos se fala em voltar às águas tranquilas. Debalde. São Paulo se curva à realidade e naufraga. Os impostos pagos entopem os ralos. Mesmo a 800 metros de altura, a cidade virou mar.
A frase que foi pronunciada
“A FAB não fará escolha, porque está feita. Poderá indicar prós e contras de cada avião a ser comprado no exterior.”
» Nelson Jobim, ministro da Defesa do Brasil.
Licitação
» Brasil abriu licitação para a compra de aviões. A França avançou e ofereceu mais. Outros países não desistiram. Os Estados Unidos podem oferecer a Boeing para fabricar aviões. Perguntado pela imprensa, Lula minimiza. “Daqui a pouco vou receber tudo de graça.” Outros países não desistem da licitação. Alguma coisa séria vai acontecer.
CPI
» Câmara Legislativa resolve criar CPI. São investigações rápidas. A Mesa deu meio ano para decidir, com direito a se prolongar. Vai se passar um ano para se registrar fofoca. Quem sabe não tem nada a esconder. É dizer logo, e pronto. O segredo não é guardado. É intriga política em época eleitoral.
Ônibus
» Brasil produz os melhores ônibus, e são exportados. Transporte do povo é feito com modelo antigo e impróprio. Bom seria que se incentivasse a produção de ônibus para o povo viver feliz. Os nossos são desenhos velhos por economia. Saudade dos ônibus da Light no Rio. Construídos em alumínio, davam segurança aos passageiros.
Ministro Temporão
» Todo brasileiro é doido ou entende de medicina. Ministro Temporão é da Saúde e sustenta seu pensamento com energia e dignidade. Não faz segredo do que acontece no mundo. Muita gente morrerá por causa do progresso. Gente de todos os países enche os aviões e leva o mal ao mais longínquo recanto.
Férias
» Governo americano sabe usar férias. Barack Obama tira o paletó e a gravata. Se for a algum lugar, vai em trajes esportivos. Vê-se que a gravata é imposição social a quem não precisa dela. Usa para honrar o cargo ou receber o respeito que mereceria como simples cidadão.
Encontro
» Vice-governador Paulo Octávio se uniu ao deputado federal Alberto Fraga. Encontro com Michel Temer, presidente da Câmara, para discutir o plano de cargos e salários da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Voos da TAP
» A TAP descobriu que no Brasil é importante viajar pelo mundo. Novas viagens estão sendo inauguradas partindo do Rio, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Natal e Salvador. Pelo litoral, o passageiro atinge 62 destinos em 30 países. A operação soma em torno de 1.850 voos por semana.
Ecologia
» Chevron Corporation tem tecnologia para descobrir petróleo em qualquer profundidade. Brasil fica com o pé atrás. A Chevron, participa do escandaloso uso da floresta amazônica equatoriana. Herdou da antiga Texaco quase 70 bilhões de litros de água contaminada. Sessenta e quatro milhões de litros de petróleo são despejados no Lago Agrio, perto de 1 mil pontos de lixo tóxico.
Da Fonte
» Deputado Eduardo da Fonte, que preside a CPI das Contas de Luz, chegou ontem a Boa Vista. Foi à Câmara Municipal da cidade para a primeira oitiva. Ele quer saber a razão para a região Norte do Brasil pagar tarifas tão caras pela energia elétrica e com aumentos tão constantes. Ainda sem holofotes, a CPI promete abrir a caixa-preta das companhias, concessionárias e distribuidoras de energia elétrica.
História de Brasília
A campanha de estabilidade dos funcionários da Novacap está tomando impulso. Apenas achamos que a data deveria ser 21 de abril, porque, desse dia em diante, muita gente foi admitida para satisfazer a pedidos políticos, o que não acontecia com os antigos que vinham para Brasília, pelo espírito pioneiro, que é, no caso, o que se deve premiar. (Publicado em 8/2/1961)
CLÓVIS ROSSI
Fim da mudança que nem houve?
FOLHA DE SÃO PAULO - 11/09/09
SÃO PAULO - Mudança, lembra-se? Era a palavra-chave da campanha eleitoral de Barack Obama.
Vitoriosa como foi, deu-se por assegurado que os Estados Unidos haviam sofrido uma mudança de proporções históricas.
Parece que não é bem assim. A formidável resistência que está encontrando o plano de cobertura de saúde que Obama enviou ao Congresso demonstra que uma parcela substancial dos norte-americanos (a maioria?) continua sendo profundamente conservadora, reacionária até e impregnada de um individualismo feroz.
Tudo bem que o poderoso lobby das empresas de seguro-saúde contribuiu fortemente para a resistência. Até aí, é uma questão de negócios: o presidente deixou claro, em seu discurso de anteontem no Congresso, que seu projeto tapa os buracos que permitem aos planos de saúde deixar seus segurados ao sereno, com truquinhos que os brasileiros conhecem bem.
Que os órfãos do "bushismo" reagissem com mentiras estapafúrdias, também era compreensível.
Baixaria é um componente da política, aqui como lá.
Mas que uma parte do público comprasse mentiras e engodos indica uma invencível resistência no tecido social norte-americano a aceitar qualquer coisa que venha do Estado, até o bem.
Afinal, os Estados Unidos é o país rico que mais gasta com saúde e o que mais pobre atendimento oferece a seus cidadãos. Ou, como disse Obama, "nosso fracasso coletivo em enfrentar esse desafio -ano após ano, década após década- levou-nos a um ponto de ruptura".
Atingido esse ponto, rejeitar a mudança em nome de defender escolhas individuais, sem que o poder público se meta, só pode aprofundar o "fracasso coletivo". E, de quebra, destruir no percurso a promessa mais ampla de mudança, "comprada" pela maioria dos eleitores enquanto era slogan.