terça-feira, abril 07, 2009

PARA...HIHIHI

DIÁRIO DE UMA MULHER

DIA 1 

Celebramos hoje o 25º Aniversário de Casamento. 

Tentamos reviver a nossa lua-de-mel, mas ele não conseguiu... 

DIA 2 

Hoje ele me contou o seu grande segredo: Está impotente! Grande novidade... Ele realmente pensa que eu ainda não sabia... 

DIA 3 

Este casamento vai mal... Uma mulher tem as suas necessidades... 

DIA 4 

Estou entusiasmada... Li no jornal, que há uma nova droga no mercado, que pode resolver nosso problema. Chama-se Viagra. Ele vai substituir o Prozac pelo Viagra, na esperança que levante algo mais do que só o entusiasmo... 

DIA 5 

Uma benção dos céus! 

DIA 6 

A vida é maravilhosa! 

DIA 7 

Tenho de confessar: O Viagra tem sido muito bom! Nunca fui tão feliz! 

DIA 8 

Acho que ele exagerou na dose do Viagra neste fim de semana... Já começo a ficar um pouco dolorida nas partes baixas... 

DIA 9 

Não tenho tempo para escrever... Ele pode me pegar... 

DIA 10 

O.k., admito, estou escondida! É que não há mulher que aguente tanto!!! O que hei de fazer? Estou toda moída... 

DIA 11 

EU JÁ NÃO AGÜENTO MAIS!!! É o mesmo que ir para a cama com uma furadeira Black & Decker! Acordei, esta manhã, colada à cama! 

DIA 12 

Quem me dera que ele fosse viado... Deixei de me maquiar, tomar banho, escovar os dentes... Mas, mesmo assim, ele vem atrás de mim. Até bocejar, se transformou num perigo! 

DIA 13 

Cada vez que fecho os olhos, lá vem mais um ataque... 

DIA 14 

Já fiz de tudo para ele me deixar em paz, mas não adianta... Até já me vesti como uma freira, mas ainda foi pior... Socorro!!! 

DIA 15 

Vou acabar por matá-lo... São umas dores infernais quando me sento... O cão e o gato fogem dele e os amigos nem se atrevem a aparecer em casa... 

DIA 16 

Hoje, sugeri-lhe que largasse o Viagra e voltasse a tomar o Prozac... ele quase me bateu!!! 

DIA 17 

Eu coloquei Prozac na caixa do Viagra, mas parece que não fez efeito...Lá vem ele outra vez!!! 

DIA 18 

GRAÇAS !!!! O Prozac começou finalmente a fazer efeito! Meu marido passa agora, o dia inteiro sentado em frente à TV, com o controle remoto na mão, à espera de que eu lhe faça tudo... 

COMIDA, CERVEJINHA, FUTEBOL, FILMES...DORME UM POUCO TARDE E RONCA... E... O PRINCIPAL... DORME A NOITE INTEIRA... NADA DE SEXO !!! 

Ah! meu querido diário, que vida calma e maravilhosa... 

ARI CUNHA

Thomas Edison, o criador


Correio Braziliense - 07/04/2009
 


New Jersey — Aqui perto vive a saudade de Thomas Edison. É uma casa pequena, com muitas das suas invenções para benefício da humanidade. É museu fabuloso. Escolares visitam-no regularmente e são acompanhados por guias que conhecem a história do grande homem. Não gostava da classificação de cientista. Para ele, seu prazer era criar novidades que ainda hoje favorecem o universo. O museu é instalado na primeira rua iluminada do mundo. A lâmpada criada por ele ainda está acesa. Na criação, Thomas Edison usou filamentos fortes para durar a eternidade. Com a industrialização de invento, as fábricas foram reduzindo a potência dos filamentos. Há algumas, em muitos países, que não resistem mais de 100 horas. A história de Edison é de lutador. Para viver, trabalhava nos Correios. Seu chefe era exigente. Ao chegar novamente atrasado, recebeu um murro que lhe fez perder o ouvido. O museu é pequena construção, onde ainda há parte que registra o tempo em que ali trabalhava. Aparelhos de gravações, aumentador do som, ligado a um violino. Nesse lugar você assiste a antigas gravações de músicas da época, reproduzidas com dificuldade de som, mas indicando o que viria no futuro. Jamais fez registro do que inventou. Era procurado pelas fábricas, a quem dava autorizações sem receber dinheiro pelo invento. Em alguns casos, era beneficiado por produtores agradecidos. Quem visita o museu sente o poder de criatividade de Thomas Edison. A cada dia é reconhecido pelos visitantes que tomam conhecimento do criador norte-americano que viveu na pequena comunidade dentro de New Jersey. Há livros sobre sua vida, seu trabalho. Foi um gênio que dedicou tudo o que aprendeu e produziu ao progresso da humanidade. Sempre respeitou a individualidade dos companheiros ou empregados. Vive no altar da vida norte-americana como benfeitor da humanidade.


A frase que não foi pronunciada

“Tudo o que o banco me ofereceu foi vantagem. Para ele.”
Marggie Sting, pessoa comum, pensando em escrever um livro sobre o início da crise nos EUA.


Fusões 
A venda da Santelisa Vale, segundo maior complexo sucroalcooleiro do Brasil, para a francesa Louis Dreyfuss, vai dar início a uma série de fusões e aquisições no setor de etanol, que passa por dificuldades financeiras. Planos de saúde e odontológicos sofrem angústias econômicas e dificuldades financeiras. Precisam se ajustar às novas regras regulatórias da Agência Nacional de Saúde Suplementar e também deverão passar pelo mesmo processo. A constatação é da Consultoria LatinLink, dirigida pelo economista Ruy Coutinho. 

Futebol 
Muito dinheiro passa pelas mãos dos corretores que buscam jogadores de futebol. São enviados para a Europa e contratos fabulosos são firmados. Os clubes recebem, dos estrangeiros, rios de dinheiro não contabilizado. A crise está apertando os cartolas, que já não nadam mais no mesmo mar tranquilo de tanto dinheiro. 

Proteção 
Pela internet, a gente fica sabendo que há 70 cargos de direção na Assembleia Legislativa de São Paulo. O total de parlamentares chega a 94. O inchaço é grande. A imprensa, que bem podia indicar o caminho para evitar o inchaço, se deita em acusações. No exterior, o povo toma conhecimento dessas irregularidades. Tudo cai sobre os deputados, mas resulta em condenação ao Brasil. 

Castelo de Areia 
Não é das mais confortáveis a situação da Camargo Corrêa. A Polícia Federal está descobrindo coisas do arco da velha. O governo tenta sufocar. Acusa a polícia. Esta não responde. Os autos serão encaminhados à Justiça. A partir daí, pode demorar, mas o assunto não será engavetado. Mais dia, menos dia, os culpados vão depor e contar suas histórias. Citar os beneficiados ou esconder a verdade. O país está numa varredura sem fim. 

Crescimento 
Informações no exterior dão conta de que o Brasil não crescerá este ano. Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, jura de pés juntos que o país vai crescer durante este ano. Se tal acontecer, registre-se o otimismo do presidente Lula, que mal sente a força da ecatombe econômica universal. 

Obras 
O PAC está fiscalizando centavos. A recomendação é para quando for fazer obras, que as termine antes. Só assim receberá o dinheiro e terá aptidão para novos investimentos. O governo Lula tem todo interesse em não parar até as eleições. Vicente Fialho é o conselheiro de confiança. 

Limpeza do ar 
Presidente Obama abre os olhos em busca da energia renovável. É prioridade de seu governo. Em dezembro, participará de acordo na Dinamarca. O projeto procura acordo básico, para que não haja fiasco. De lá vão sair decisões para outros países também. Os EUA não aceitaram o Protocolo de Kyoto. Foi triste a posição de Bush. As coisas estão sendo consertadas.

História de Brasília

A Novacap ficou surpresa com o sucesso de vendas das mansões urbanas, que custam de cinco a nove milhões de cruzeiros, e os projetos de construção devem variar por volta de 15 milhões. A venda é realizada à vista, e de 45 mansões, 30 foram vendidas em poucos dias. (Publicado em 27/1/1961)

CLÓVIS ROSSI

Os novos intocáveis


Folha de S. Paulo - 07/04/2009
 

Uma vez, no século passado, comia algo na lanchonete da Assembleia Legislativa de São Paulo até dar com a tabela do campeonato interno de futebol. Chamou-me a atenção o número alentado de times, ainda mais porque boa parte dos funcionários era do sexo feminino e o torneio interno não as incluía. 
Era uma evidência óbvia do inchaço típico do poder público. Por isso, não me emocionou muito o bom trabalho de Silvia Amorim, no "Estadão", apontando o fato de que "os deputados estaduais de São Paulo parecem seguir alheios ao combate do desperdício de dinheiro público". 
Silvia refere-se especificamente a atos dos dois meses mais recentes da Mesa que "mantiveram antigas regalias para deputados, como gabinetes especiais para ex-presidente, ex-primeiro-secretário e ex-segundo-secretário, com carro oficial e cargos de confiança". 
Sou obrigado a confessar que ando, como a maioria da população, meio anestesiado pela catarata de escândalos dos últimos muitíssimos anos. Há coisa mais antiga, por exemplo, do que a promiscuidade entre empreiteiras e políticos? 
Lembro-me que, anos atrás, um repórter desta 
Folha infiltrou-se numa reunião de empreiteiras e saiu dela com um relato impressionante da promiscuidade. O jornal publicou tudo. E daí? 
Daí, nada. Nada acontece quando se trata de corrigir um mundo político sumamente apodrecido. Mas o que sacudiu minha anestesia foi uma entrevista de Barros Munhoz (PSDB), presidente da Assembleia paulista, à rádio CBN, sobre a denúncia de Silvia Amorim. 
Disse pérolas como "a Assembleia é austera"; combater o inchaço denunciado "não é prioridade"; e algo sobre sua aversão a "ser pautado pela mídia". Essa gente perdeu completamente o fio terra e a noção de prestação de contas.

ELIANE CANTANHÊDE

O nosso Jamal


Folha de S. Paulo - 07/04/2009
 

"Quem quer ser um milionário?" é um filme obrigatório por vários motivos, não só porque ganhou o Oscar, e se torna ainda mais chocante se você está num voo para Dubai e para a própria Índia, o que potencializa o desconforto. 
Mas o pior foi uma imagem fixa, obsessiva, competindo com as cenas de crianças em bueiros de fezes, com os olhos queimados por azeite fervente ou assistindo ao assassinato brutal da própria mãe. Mais que uma imagem, uma paisagem paulistana: um menino de 7, 8 anos, largado numa calçada do largo do Arouche, entre restaurantes finos, hotéis razoáveis, loja de flores. No Brasil, como na Índia. 
Era quarta-feira, e ele estava ali, com os ossinhos aparentes das costelas, corpo imundo, crostas nos pés descalços, cor indefinida, cabelos indescritíveis. Dormia profundamente, apesar do sol forte, do trânsito intenso e das pessoas apressadas às 13, 14, 15 horas. 
Jamal, do filme, cresce entre dejetos, fugindo da polícia quando criança e sendo torturado por ela já adulto. Mas sobrevive. O nosso Jamal, o da vida, cresce como dejeto, abandonado pelo Estado e por toda a gente. O quanto viverá? 
Jamal, do filme, dá golpes em turistas, rouba tênis e carteiras e acaba virando um bom moço milionário e dançando com a moça que esperou a vida inteira, como nos contos de fada. Mas o nosso Jamal, o da vida, terá sorte se repetir o irmão do Jamal do filme, que queima o rosto de um agressor, mata a tiros um outro e vira assassino profissional até quando dá. Como o bandido das nossas favelas, valente aos 16 e presunto aos 20. 
No filme, o protagonista é bonzinho, apaixonado e sonhador com direito a final feliz. Mas o melhor personagem, por mais real, é o irmão capaz de qualquer coisa para sobreviver. Matar ou morrer. Matar até morrer. Como morrerão os nossos pequeninos coadjuvantes jogados às ruas, ao sol, à indiferença. Sem nenhuma chance

DOCE

UMA BATATA DO CARALHO!!!

ILIMAR FRANCO

"Fora, Zé"

Panorama Político 
O Globo - 07/04/2009
 

“ Essa demagogia de ricos ou brancos de olhos azuis ou pobres precisa acabar” — Roberto Freire, presidente do PPS, ao criticar o presidente Lula, que estaria querendo dividir o país entre ricos e pobres

O CARA DO CARA. O presidente Lula festejou, ao estilo Barack Obama, seu vice-presidente José Alencar ontem, em Montes Claros (MG). Alencar contou que o presidente, ao chegar para a reunião da Sudene, dirigiu-se a ele dizendo: “Você (Alencar) é o cara!”. Espirituoso, ele relatou que respondeu a Lula na mesma hora e moeda: “Eu sou o vice-cara!”. Alencar foi homenageado pelos governadores do Nordeste e pelo mineiro Aécio Neves.

Verde

O presidente da Febraban, Fábio Barbosa, e o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) assinam hoje um pacto de sustentabilidade ambiental, que vai instituir normas de financiamento que favorece o uso de tecnologia limpa.

Na surdina

Pré-candidato ao governo de Minas Gerais, o ministro Hélio Costa (Comunicações) saiu satisfeito da conversa com o governador José Serra, no Palácio Bandeirantes, em São Paulo. “Ele disse que gosta de mim”, relatou a um aliado político.

Greve de prefeitos ameaça São João

Prefeitos da Bahia ameaçam cancelar as festas juninas devido à crise econômica. Além das dificuldades devido à queda do FPM, essa é uma forma de pressionar o governador Jaques Wagner a aumentar os repasses para o Programa Saúde da Família e dar mais apoio para segurança pública e transporte escolar. O governo do estado já está fazendo propaganda em todo o país das festas juninas para promover o turismo.

Petistas contra regularização fundiária

A assessoria técnica do PT na Câmara aponta inconstitucionalidades na medida provisória para a regularização de terras na Amazônia.

Contesta a legalização de áreas acima de 1.500 hectares por licitação. Alega que, acima de 2.500 hectares, é necessária prévia autorização do Congresso. “O dispositivo atenta, no mínimo, contra o princípio da moralidade, pois termina por favorecer a grilagem”, diz o documento, que aponta a criação de uma forma de “usucapião” de terras públicas.

O PRESIDENTE da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), está empenhado em fazer o vice-presidente de Loterias da Caixa Econômica Federal, Moreira Franco, ministro do governo Lula.

O MINISTRO César Asfor Rocha, presidente do STJ, disse ontem aos representantes dos partidos de oposição que também se preocupa com a falta de fiscalização do trabalho da Polícia Federal.

O ÍNDICE de aumento do desemprego, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), aumentou de 25% em dezembro para 30% em março.

MERVAL PEREIRA

Danças regionais


O Globo - 07/04/2009
 

A reunião de ontem da Sudene foi uma amostra perfeita do jogo regional em que se transformam as eleições no Brasil. O governador de Minas, Aécio Neves, pretendia que a reunião com os governadores do Nordeste fosse uma oportunidade para evidenciar seus laços com a região. Lula levou para a festa de Aécio sua candidata, Dilma Rousseff, que redescobriu recentemente as vantagens de ser mineira de nascimento. Foi o bastante para o locutor da solenidade dizer que o próximo presidente da República, tudo indica, sairá de Minas. Dilma já havia sido apresentada à região recentemente pelo presidente Lula, que, num comício em Salgueiro, Pernambuco, lhe ensinou: “Dilma, se você olhar na cara dessa gente, vai perceber que o sertanejo é diferente do povo de outros estados”.

 

Aécio quer demonstrar aos nordestinos que tem melhores condições de entender seus problemas do que o governador de São Paulo, José Serra, já que Minas tem uma região incluída no Nordeste, enquanto o subtexto da candidatura de Aécio acusa os paulistas de dominarem o país, crescendo às custas das outras regiões.

 

A estratégia de Aécio corresponde ao que o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, descobriu por experiência própria: Minas é o reflexo do Brasil. Tem sua parte nordestina na região do Vale do Jequitinhonha, e por isso faz parte da Sudene; ao mesmo tempo, é a segunda economia do país (disputando com o Rio), com uma região fortemente industrializada, grande influência paulista na divisa com São Paulo; Juiz de Fora é muito ligada ao Rio de Janeiro; e o estado tem no agronegócio uma parte influente de sua economia.

 

Se o resultado do primeiro turno na eleição de 2006 no país repetisse o de Minas, aliás, Lula teria vencido no primeiro turno: teve 50,80% (48,6% no país), contra 40,6% (41,6% no país), o que é um indicativo de que o governador Aécio Neves pode decidir a eleição.

 

Os governadores do Nordeste, hoje, são na maioria esmagadora da base aliada do governo: os petistas Jaques Wagner (BA), Marcelo Déda (SE) e Wellington Dias (PI); os do PSB Eduardo Campos (PE), Wilma Faria (RN) e Cid Gomes (CE); e os peemedebistas do Espírito Santo, Paulo Hartung, e da Paraíba, José Maranhão, além do pedetista Jackson Lago (MA).

 

Desses, apenas Hartung pode ser considerado um potencial dissidente, com ligações fortes com os líderes do PSDB, partido do qual é oriundo, especialmente os governadores de Minas, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra.

 

O pedetista Jackson Lago, devido às disputas com o grupo do senador José Sarney no Maranhão, pode ser uma dissidência regional da visão nacional do partido, que tende a apoiar a candidatura oficial do governo.

 

Mas não tem muito espaço entre os tucanos, pois substituiu o governador Cássio Cunha Lima, cassado por abuso de poder econômico.

 

Aécio Neves tem também uma base bastante forte no PSB, partido que poderia apoiar sua candidatura caso ela prevalecesse no PSDB.

 

Mas o apoio de Ciro Gomes, em vez de fortalecê-lo no PSDB, enfraquece.

 

Os problemas regionais entre o PT e o PMDB para a montagem de palanques regionais podem facilitar a composição com os tucanos de uma parte expressiva do PMDB.

 

O Palácio do Planalto considera que estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco e Mato Grosso do Sul são refratários a uma união com o PT, sendo o caso de São Paulo o mais delicado, e não apenas pela importância de ser o maior colégio eleitoral do país, dominado pelos tucanos e democratas.

 

A delicadeza da posição de seu presidente nacional, o deputado Michel Temer, é um ponto sensível nas negociações.

 

Ele foi o último na lista de deputados eleitos pelo PMDB no estado, e depende de um bom entendimento com o presidente regional, Orestes Quércia, para se reeleger.

 

Por isso, estaria interessado em ser o representante do partido na chapa oficial, como vice. Mas o PMDB do Senado, que sempre foi o fiel da balança no apoio ao governo, não gosta da ideia de que o partido na Câmara, que sempre foi mais identificado com os tucanos, ganhe tal relevância.

 

O caso do PMDB da Bahia é outro difícil de ser resolvido, pois o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, tem uma relação desgastada com o governador Jaques Wagner e o PT baiano, embora tenha uma relação pessoal boa com o presidente Lula.

 

Ta m b é m e m M i n a s o PMDB tem dificuldades, pois o ministro das Comunicações, Hélio Costa, lidera as pesquisas, mas o PT tem dois fortes candidatos ao governo, o ex-prefeito Fernando Pimentel e o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias. Mas aí o espaço para acordos é reduzido, pois o governador Aécio quer fazer de seu supersecretário, Antonio Anastasia, o sucessor.

 

Até no Rio de Janeiro, onde o governador Sérgio Cabral é um dos principais aliados do governo federal, o PT coloca obstáculos, com o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, querendo disputar o governo. O mais provável, porém, é que Lindberg seja obrigado a desistir pela direção nacional.

 

Também no Pará a governadora petista Ana Julia Carepa não está se entendendo com o peemedebista Jader Barbalho, que quer se candidatar ao Senado.

 

Todas essas potenciais dissidências já estão sendo exploradas pelo governador de São Paulo, José Serra, que estaria se utilizando de um interlocutor especial dentro do partido, o presidente regional em São Paulo, Orestes Quércia, outro sinal de como o jogo de forças da política brasileira não respeita ideologias nem programas partidários.

 

Em contrapartida, também o governador Aécio Neves se aproxima do Democratas, partido que até recentemente desdenhava nas composições políticas que poderiam levá-lo à candidatura. Essa “dança das cadeiras” ainda está longe de terminar.

BRASÍLIA - DF

O comandante


Correio Braziliense - 07/04/2009
 

Está fechada a indicação do chefe-de-gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para comandar o PT. A cúpula do partido acredita que não há mais dúvidas por um motivo muito simples: foi o nome que mais agregou nas consultas de bastidores feitas nos últimos meses. Une governadores, bancada e estrelas do partido. E um detalhe: o presidente Lula parou de falar mal dessa possibilidade. Há alguns meses, qualquer um que falasse em deslocar Gilberto Carvalho ouvia cobras e lagartos. Agora, Lula está mais maleável a essa mudança. Afinal, Gilberto lá é a certeza de que tudo será como o presidente deseja. Pelo menos, no que depender do comandante petista. Por esses atributos, a oficialização do nome de Gilberto é apenas questão de tempo.


Candidatos em campo

Começa a se desenhar a disputa pela sucessão do interino Alexandre Gazineo na diretoria-geral do Senado. Apoiado pelo PSDB e parte do PT, o diretor da consultoria de orçamento, Fábio Gondin, tem frequentado o cafezinho da Casa e rodas de senadores. Contra ele, se movimenta o diretor da consultoria legislativa, Bruno Dantas, ligado à turma do ex-diretor-geral Agaciel Maia. 

Quem sabe das coisas

Um grupo expressivo e altamente qualificado — todos concursados — de chefes-de-gabinete dos senadores começou a se organizar para ter voz ativa na condução da reforma administrativa da Casa. Eles, atualmente, estão praticamente excluídos do processo de reestruturação. Só que os gabinetes não estão livres das aberrações muito parecidas com as que ocorrem nas diretorias e que eles estão dispostos a ajudar a limpar. O movimento já conta com o apoio de 54 dos 81 chefes de gabinete, número suficiente para se aprovar uma emenda constitucional. 

Skaf fora

Deu certo o coro da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) contra a filiação do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, para concorrer ao governo de São Paulo. A executiva nacional do partido já tomou uma decisão contrária à adesão. Concluíram que não dá para misturar o chefe da Federação das Indústrias de São Paulo com a base partidária paulista e que não é hora de correr o risco de ver os próprios filiados falando de Skaf por causa da nuvem de fumaça criada pela Operação Castelo de Areia. 

Veja bem

O governo tem um discurso pronto para apresentar aos prefeitos para tentar explicar por que reduziu o IPI dos carros e das motos. É que a indústria não estava vendendo. Se não tivesse ocorrido a diminuição do imposto, o perigo era não haver arrecadação ainda menor. Agora, pelo menos, pinga um pouquinho para os prefeitos. 

Rebelião iminente

A bancada ruralista ameaça paralisar as votações no Congresso, caso o governo não resolva logo a polêmica sobre o crédito para a safra 2009/2010. Os produtores alegam que os bancos têm rebaixado a classificação dos produtores na hora de contrair um empréstimo, o que significa juros mais altos. A bancada já tentou levar os ministros da área econômica, inclusive o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para discutir o problema na Comissão de Agricultura do Senado. Só que, até agora, o governo só enviou o terceiro escalão. 

No cafezinho


 
 

Agrado/ Sacrificado pelo PMDB na eleição para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), o senador Leomar Quintanilha (foto), do Tocantins, terá agora o seu lugar ao sol. Será o relator na Comissão Mista de Orçamento do projeto que abre R$ 6 bilhões de crédito para o programa habitacional minha Casa, Minha Vida. 

Degola à vista/ A Procuradoria-Geral Eleitoral deu parecer favorável à perda de mandato do deputado Dr. Paulo César (PR-RJ) por infidelidade partidária. O parlamentar conquistou uma vaga de suplente pelo PTB, mas mudou de partido antes de assumir a cadeira deixada por Sandro Mattos (PR), eleito prefeito de São João do Meriti. O PTB entrou com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para entregar a vaga ao suplente Fernando Vasconcelos (PTB). 

Dois amores/ O PT da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, entrou na reunião de Montes Claros (MG) crente de que os três governadores do PSB no Nordeste — Eduardo Campos (PE), Wilma de Faria (RN) e Cid Gomes (CE) — tendem a apoiá-la em 2010. Em tese, sim. Mas, se o governador mineiro, Aécio Neves, vencer as prévias tucanas, tudo pode mudar. A proximidade entre o PSB e Aécio era visível ontem. 

In loco/ O embaixador da Alemanha, Prot Von Kunow, e o encarregado de direitos humanos do governo alemão, Gunther Nooke, seguem hoje para a reserva Yanomami, em Roraima. Ontem, eles foram à sede da Funasa e saíram recheados de dados sobre a redução do número de casos de malária em 34% em relação a 2007 e sobre o abastecimento de água para as aldeias. Agora, vão visitar as instalações. 

NAS ENTRELINHAS

O último ano


Correio Braziliense - 07/04/2009
 

A equipe de Lula em 2010 é um mistério para o qual possivelmente nem ele tem a resposta. Pode ser um grande comitê eleitoral ou uma demonstração do vazio que cerca o fim dos mandatos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem horror à perspectiva do fim do mandato. Não, esta não é mais uma coluna sobre o fantasma de alguma manobra para quebrar o arcabouço legal e tentar lhe garantir mais algum tempo de poder. Já deixei claro em outros textos que não acredito nessas teorias conspiratórias. Lula sairá em 1º de janeiro de 2011. E é justamente a inexorabilidade desse afastamento que o preocupa. O presidente gosta do poder e quer exercê-lo plenamente até o último momento. O que lhe causa apreensão é o risco daqueles últimos meses, em que o político com a expectativa de poder se torna mais importante do que o atual ocupante do cargo. Como diz a velha piada, são aqueles momentos em que o café demora tanto a ser providenciado que já chega frio ao gabinete. 

Lula tentará fugir a essa regra e até já tem uma fórmula. Como não pode ser candidato, investiu na criação da candidatura de sua auxiliar mais próxima, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Avalia que, no último ano de mandato, a condição de privilegiado cabo eleitoral lhe garantirá a importância que deseja. É uma boa aposta. Todos, no governo e na oposição, sabem que o alcance da candidatura oficial dependerá diretamente da popularidade de Lula e do grau de envolvimento que ele terá na campanha. 

O que me deixa preocupado é imaginar o que acontecerá com o governo federal ao longo de 2010. Um levantamento feito pelo jornalista Josias de Souza revela que entre 18 e 21 ministros pensam em candidatar-se a algum cargo nas próximas eleições. Tudo bem que o governo Lula tem 37 ministros, mas mesmo assim, será uma tremenda mudança. A lei eleitoral exige que eles saiam dos cargos em março de 2010, quando ainda faltarão nove meses para o fim do mandato do presidente. 

Será uma megarreforma ministerial. Alterará as áreas mais sensíveis do governo, desde a Casa Civil até o Banco Central, passando por Educação, Justiça e outras pastas estratégicas. E, para complicar ainda mais a vida do presidente, ele não poderá chamar para sua equipe ninguém que tenha pretensões eleitorais. 

O presidente nunca se mostrou muito confortável com reformas ministeriais. Leva um longo tempo para afastar auxiliares e ainda mais para escolher os novos ocupantes das cadeiras. Isso, quando a encrenca envolve um ministério. Imagine-se com 20. 

Qual será a cara dessa equipe de final de mandato? A saída dos políticos e a impossibilidade de chamar outros apontariam para uma equipe de técnicos. Por outro lado, Lula aposta na força do governo para eleger Dilma. É de se supor que ele espere ver seus ministros trabalhando politicamente por sua candidata. 

Deverão ser técnicos escolhidos politicamente, por indicações dos partidos que integram a base do governo. Mas também terão que contar com a confiança de Lula. A última coisa que ele vai querer é descobrir que algum de seus novos ministros está fazendo corpo mole ou ajudando outros candidatos. 

Há outro elemento para complicar a equação. A base governista de hoje é congressual. Foi montada para dar a Lula maioria na Câmara e no Senado. O presidente deseja que a mesma (imensa) base esteja no palanque de Dilma, ao menos formalmente. Mas essa será uma nova negociação, com regras próprias. Os espaços no ministério podem ser tanto uma forte moeda de troca quanto um instrumento de retaliação contra os rebeldes. A lei eleitoral impõe uma série de restrições ao uso político da máquina pública em anos eleitorais, mas todos sabem que apesar delas os cargos mantém boa parte do seu poder de fogo. 

A equipe de Lula para o último ano de governo é um mistério para o qual possivelmente nem ele tem a resposta. Pode ser um grande comitê eleitoral ou uma demonstração do vazio que cerca o fim dos mandatos.

ANCELMO GOIS

Lula é o cara


O Globo - 07/04/2009
 

A Portela planeja desfilar no carnaval de 2010 com um enredo sobre... Lula.

A exemplo do filme de Fábio Barreto, a escola de samba carioca deve se basear no livro “Lula — O filho do Brasil”, de Denise Paraná.

Pensando melhor

Nem todas as empresas que solicitaram autorização para novos voos do Santos Dumont confirmaram o pedido.

A própria Azul, que comandou a luta pela ampliação dos voos no aeroporto, devolveu dez horários dos 24 pedidos.

Mas...

Entre todas as voadoras que se habilitaram a voar do Santos Dumont, o pedido que mais surpreendeu foi o da Pantanal Linhas Aéreas.

É que a miúda está em recuperação judicial e, segundo a Rádio Aeroporto, à venda.

Perto da Lapa

O ministro Carlos Minc avisou a amigos que, ano que vem, se candidata mais uma vez a deputado estadual no Rio. Prefere a Lapa a Brasília.

Eu também.

Tambores de guerra

O embaixador da Coreia do Norte, Pak Hyok, conversa hoje no Itamaraty com a chefe do Departamento da Ásia e da Oceania, Regina Danhas. Falarão do lançamento do foguete no país.

PONTO FINAL

A rigor, por esta conta, cada casa concluída no Morro da Providência, deste projeto do senador Marcelo Crivella, custou uns R$ 120 mil. Dinheiro suficiente para comprar um apartamento em bairros do Rio como Grajaú, Méier, Engenho Novo...

GOSTOSA


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PARA...HIHIHI

Os sete anões no Vaticano

Os sete anões fizeram uma excursão ao Vaticano e, chegando, foram correndo falar com o Papa. Dunga, o mais agitado dos sete, foi logo perguntando:
- Papa! Papa! Aqui no Vaticano tem alguma freira anã?
O Papa ficou constrangido com a pergunta do pequeno orelhudo, mas respondeu, sem perder a calma:
- Não, meu filho... Não existe nenhuma freira anã no Vaticano...
- Anhh... – decepcionou-se o anão, enquanto os seus amigos cochichavam, segurando as risadas.
- Mas, Santo Papa, existe freira anã na Itália, não existe?
- Não, Dunga! Na Itália também não existe nenhuma freira anã...
Os outros seis riram, agora um pouco mais alto e Dunga não desistiu:
- Mas... Excelentíssimo Papa, na Europa tem freira anã, não tem?
- Não, Dunga, não existe freira anã em nenhuma parte Europa...
Até que os outros seis anões não se agüentaram e soltaram gargalhadas. Mas Dunga persistiu:
- Anhh... Senhor Papa, deve existir freira anã na África ou na América, não é?
Então o Papa começou a perder a paciência e disse:
- Não, Dunga! Não existe freira anã na África, nem na América, nem na Ásia, nem na Oceania, nem em lugar nenhum!
Os seus pequenos amigos, que já estavam rolando e chorando de tanto rir, organizaram uma roda e começam a pular e gritar, em coro:
- O Dunga comeu um pingüim! O Dunga comeu um pingüim!

INFORME JB

Governo quer trocar diretor da Anac

Leandro Mazzini

JORNAL DO BRASIL - 07/04/09

A Casa Civil do Palácio do Planalto já avisou ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que indicará outro diretor para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – subordinada ao ministério – no lugar de Ronaldo Seroa da Motta (foto), cujo mandato venceu em 21 de março – lembrou a coluna. A questão do mandato dos diretores é tratada no Decreto nº 5.731, de 20 de março de 2006, que regulamenta a Lei nº 11.182/05. Seroa da Motta substituiu, há mais de um ano, Joseph Barat – que entrou em 2006 e teria mandato de três anos. A Anac insiste em manter o diretor, embora discuta internamente uma saída honrosa para o nobre que ainda ocupa a vaga. O decreto supracitado, aliás, é usado como parâmetro para outras agências reguladoras em casos similares.

Palanque Dr. CPI

Presidente da Câmara e (licenciado) do PMDB, o deputado federal Michel Temer (SP) esticou a viagem de ontem do Ceará para o Piauí. Passou em Teresina para lançar ao governo o deputado federal Marcelo Castro.

Psiquiatra, o doutor Marcelo Castro ficou conhecido como presidente da CPI do Apagão Aéreo.

Vai ou não vai?

A intenção do PMDB piauiense é forçar o PT do governador Wellington Dias a negociar com o partido.

Eunício feliz

A filiação ontem do Raimundão Gente Fina ao PMDB (vindo do PSDB), prestigiada pelo próprio Michel Temer em Juazeiro do Norte, tem caminho certo: palanque para a candidatura de Eunício Oliveira ao Senado.

Recado

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), mandou recado para José Sarney: se a troca de diretores do órgão for de seis por meia dúzia, ele fará guerra contra o grupo do poder.

Superamigos

O senador Gim Argello (PTB-DF) voltou às boas com o ex-senador Joaquim Roriz.

Ceará ferve

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) desconfia que partiu do Ceará a denúncia sobre uso da verba de viagem de que ele se serviu para alugar jatinhos da TAM.

De casa

A família do senador tucano em Fortaleza vem pressionando-o para que ele desista da política e se dedique às empresas.

49 anos

Dia 21 de abril, Xuxa e J. Quest vão fazer a festa em Brasília, na Esplanada, no aniversário da cidade promovido pela Brasiliatur.

Emergiu

A Marinha vai apresentar ao público o projeto do submarino a propulsão nuclear. Será na Latin American Aero & Defense, a feira internacional de Defesa, no Rio, de 14 a 17.

Professor Kassab

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, quer qualificar 104 mil trabalhadores – 50 mil em cursos a distância.

Na rua

A vereadora do Rio Clarissa Garotinho (PMDB) lançou o gabinete móvel. Boa iniciativa, mas não é novidade. Agnaldo Timóteo, quando deputado estadual, fazia o mesmo no Centro do Rio. A diferença é que ele vendia CD.