sexta-feira, março 27, 2009
FERNANDO GABEIRA
Balas anunciadas
Folha de S. Paulo - 27/03/2009 |
Enquanto as balas zunem sobre a cabeça dos cariocas, numa semana de intenso tiroteio, mergulho num livro que pode ser de alguma ajuda. |
PARA...HIHIHI
O discípulo:
- “Sábio e honrado mestre, poderia ensinar-me a diferença entre uma pérola e uma mulher?”
O Mestre:
- “A diferença, humilde gafanhoto, é que numa pérola pode-se enfiar pelos dois lados, enquanto numa mulher somente por um lado.”
O discípulo (um tanto confuso):
- “Mas Mestre, longe de mim pensar contradizer vossa himalaiana sabedoria, mas ouvi dizer que certas mulheres permitem ser enfiadas pelos dois lados!”
O Mestre (com um fino sorriso):
- “Nesse caso, curioso gafanhoto, não se trata de uma mulher e sim de uma pérola…”
ARI CUNHA
Bala perdida
Correio Braziliense - 27/03/2009 | |||
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INFORME JB
Cela e sala de aula para menor infrator
Jornal do Brasil - 27/03/2009 |
O relatório da ONU divulgado esta semana no Congresso revelando que só 18% dos detentos têm acesso à educação nos presídios fez suscitar um debate na Câmara. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lembra que apresentou dois projetos sobre o assunto. Uma das propostas, o PL 3442/08, passou pelo Senado e parou na Comissão de Educação da Câmara. Prevê a introdução do ensino fundamental e médio em todas as prisões e unidades de menores infratores. Ontem, a presidente da comissão na Câmara, deputada Maria do Rosário (PT-RS) (foto), confirmou à coluna que vai realizar audiência pública no fim de abril, com a presença do senador, para levar o PL à votação. A parlamentar concorda, e quer ver o projeto aprovado. VaivémSuspense na cozinha. A panela que servirá a ministra Dilma Rousseff em almoço segunda-feira, na Associação Comercial do Rio, pensa em remarcar porque o governador Sérgio Cabral não chegaria a tempo de Denver (EUA). EcléticoO presidente do STF, Gilmar Mendes, tem tido agenda eclética. Ontem, recebeu a senadora Fátima Cleide e depois o presidente da Associação Brasileira de Gays, Travestis e Transexuais, Toni Reis, para debater a ADPF 132. Libera geral A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental foi proposta pelo governador Sérgio Cabral para que seja aplicado o regime jurídico das uniões estáveis entre homossexuais às "uniões homoafetivas" de servidores. Indianas (os) Só para lembrar: enquanto isso, – mostrou a novela Caminho das Índias, da TV Globo – travestis são considerados seres metafísicos lá no país asiático. Sem-tela O tempo fechou de vez no PMDB do Rio. A bancada federal mandou carta assinada pelos 10 deputados contra os critérios usados para "distribuição do horário eleitoral" de TV e rádio. Reclamam que ninguém foi consultado. Vai ter volta Os deputados acusam Sérgio Cabral e o presidente da Alerj, Jorge Picciani, de se apoderarem da grade. Querem uma posição enérgica de Anthony Garotinho, presidente estadual do PMDB. PAC do TSE O vice-procurador eleitoral, Francisco Xavier Pinheiro, propôs ontem nova eleição no Tocantins. O governador Marcelo Miranda (PMDB) está na fila do TSE para ser cassado. PAC do TSE 2 O presidente Lula nomeou Joelson Costa Dias, advogado em Brasília e ligado à OAB-DF, para ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral, na vaga ocupada por Arnaldo Versiani – que agora foi efetivado ministro titular do tribunal. Buracão A Camargo Corrêa, direto docanteiro de obras para mira da PF, foi a empreiteira que liderou o consórcio da expansão do metrô paulista, na obra da estação Pinheiros, que cedeu gerando aquele imenso "buraco do metrô". Precedente A Camargo foi alvo de relatório do TCU de suspeita de superfaturamento na obra da refinaria Abreu Lima, da Petrobras, no porto de Suape, em Pernambuco. Féria fácil A AGU conseguiu no STF suspender reajuste para servidores ativos e inativos do TRE do Ceará. Ele só queriam... 84,32% de aumento. Rasante O Ministério Público Federal no Distrito Federal emparedou o Senado. Quer explicações sobre a gastança com passagens aéreas. O primeiro-secretário da Casa, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), terá de enviar relatório completo em um mês. Além da fila Briga judicial para instalação de detectores de metais e câmeras nos postos do INSS. O Sindicato dos Médicos do Rio, em ação pública, conseguiu liminar a favor, obrigando o uso. Mas o governo federal recorreu e derrubou. Pré-campanha? A senadora Serys Slhessarenko (PT) só usa roupas cor vermelha e branca. Aliás, foi precursora, antes mesmo de Dilma Rousseff. Reunião de líderes O presidente da Câmara, Michel Temer, faz palestra para o Lide – Grupo de Líderes Empresariais – segunda, no Hotel Renaissance, em São Paulo. |
CELSO MING
Ataque aos paraísos
O Estado de S. Paulo - 27/03/2009 |
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ANCELMO GOIS
Uma vela para Serra
O Globo - 27/03/2009 |
José Serra tem um eleitor na casa de Aécio Neves. Inez Maria Faria, mãe de Aécio, tem acendido velas para que o filho não dispute a Presidência. Até aqui, tudo bem Terra treme A FOTO CAPRICHADA enfeita longa entrevista de Dilma Rousseff à revista “Marie Claire” que chega às bancas amanhã. Nela, a chefe da Casa Civil abre o coração no maior estilo mulherzinha. Curió condenado Segue... Restos a pagar |
NELSON MOTA
Intocáveis e invencíveis
O Globo - 27/03/2009 |
Não tenho mais nenhuma ilusão de um dia ver algum desses criminosos travestidos de parlamentares atrás das grades e devolvendo o que nos roubou. Eles são muitos, e invencíveis. |
DAVID ZYLBERSZTAJN
Vai ser uma farra!
O Globo - 27/03/2009 |
O tema do pré-sal anda meio esquecido, apesar de estar prometida para os próximos dias uma proposta de regulamentação ou de alteração do arcabouço jurídico que rege o setor do petróleo. |
ILIMAR FRANCO
Solidariedade de Brasília
Panorama Político |
O Globo - 27/03/2009 |
A Operação Castelo de Areia da Polícia Federal foi colocada no banco dos réus, ontem, no Senado. Senadores de todos os partidos foram solidários com o democrata José Agripino (RN) e o tucano Flexa Ribeiro (PA). Eles alegaram que a PF foi usada politicamente, ao colocar sob suspeição doações que constam da prestação de contas dos partidos. O fundo sem fundo do Fundo Soberano "Depois que se jogou um balde de merda na pessoa, pergunto: quem vai limpar a nossa honra?” — Jayme Campos, senador (DEM-MT), no plenário, criticando a PF pelo vazamento de insinuações contra senadores CONTRA-ATAQUE. Sob suspeição por causa da Operação Castelo de Areia, o DEM ameaça criar a CPI da Petrobras, devido aos indícios de superfaturamento da refinaria Abreu e Lima, obra feita por um consórcio que inclui a Camargo Corrêa. “Foi um grande erro não termos feito uma CPI da Petrobras na época do mensalão, porque ali devia estar um grande foco de corrupção”, afirmou o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). No corredor Pressão O telefone tocou novamente... O PT e a Conferência de Comunicação O PRESIDENTE da Câmara, Michel Temer (PMDB-RS), anuncia hoje um corte de gastos de R$ 69,8 milhões. AMIGOS do ministro José Gomes Temporão (Saúde) informaram ao senador Pedro Simon (PMDB-RS) que Temporão está impedido por lei de ser candidato a presidente da República. Ele é português. O BANCO Interamericano de Desenvolvimento realiza assembleia anual a partir de sábado, na Colômbia. |
PARA...HIHIHI
HOSPITAL DE LOUCOS
No corredor do manicômio, uma doida se diverte com sua cadeira de rodas.
Anda de um lado pro outro, imitando o barulho de um carro de corrida. De repente, sai um louco de um quarto, olha para ela e diz:
- Desculpe-me, mas a senhora estava circulando acima do limite de velocidade. Posso ver sua carteira de habilitação?
A doida procura nos bolsos da sua bata e tira um vale transporte usado.
O louco examina o documento, devolve, e, depois de adverti-la sobre os perigos do excesso de velocidade, a libera.
A doida segue em frente nas suas 500 milhas de Indianápolis e, ao passar pelo quarto do mesmo louco, ele a detém novamente e diz:
- Desculpe-me, mas a senhora estava transitando na contra-mão. Posso ver os documentos do seu carro?
A doida remexe novamente nos bolsos e tira um tíquete de supermercado todo amarrotado. O louco vê que a documentação está em ordem, faz nova advertência e deixa-a ir embora.
A doida dispara novamente pelo corredor e, quando passa novamente pela porta do doido, ele sai pela terceira vez do seu quarto, agora totalmente pelado e com uma ereção daquelas de pôr inveja em ator de filme pornô. A doida olha pra ele, arregala os olhos e diz:
- Ah, nãooooo!!! Teste do bafômetro de novo?
PAINEL
O lobista da vez
RENATA LO PRETE
FOLHA DE SÃO PAULO - 27/03/09
Deputados e senadores reconheceram de imediato o prenome ‘Guilherme’, citado de passagem na decisão judicial que deflagrou a Operação Castelo de Areia. Trata-se de Guilherme Cunha Costa, que até 2007 era o operador político da Fiesp em Brasília. Nesse ano, a pedido do vice-presidente da Camargo Corrêa, Fernando Botelho, transferiu-se para o escritório da construtora na capital. Mas, segundo congressistas, Costa continua a lhes transmitir as mensagens do presidente da federação, Paulo Skaf.
Em 2005, quando Severino Cavalcanti (PP-PE) presidia a Câmara, Costa atuou para instalar o ex-deputado Augusto Nardes no TCU. Pelo gabinete do ministro transitam processos que envolvem a Camargo.
Fiscal - Nardes é o relator de processo que se arrasta desde maio de 2006, após uma auditoria constatar que aditivos do contrato da Camargo Corrêa para erguer as eclusas do Tucuruí (PA) foram reajustados acima do limite legal. Em 2008, a empreiteira recebeu R$ 55,5 milhões pela obra.
Mais uma - Também no ano passado, o Ministério Público Federal no Pará entrou com ação contra a empresa, um deputado estadual e o ex-diretor geral do Dnit Luiz Francisco Silva Marcos. Há suspeita de desvio de R$ 6,8 milhões da obra das eclusas.
Luz amarela - A Operação Castelo de Areia deixou o TCU em estado de atenção. Há pouco tempo, um emissário do Planalto fez chegar ao tribunal a informação de que dois de seus ministros estavam sob investigação.
Libera geral - Escolhido relator da MP do pacote habitacional, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN), vai dar dor de cabeça ao governo em pelo menos um ponto: pretende estender o programa às cidades com 50 mil habitantes. Pela proposta original, só aquelas com mais de 100 mil seriam atendidas.
Sem-teto - A ação de Alves incluirá cerca de 4.000 cidades no projeto. A pressão dos deputados é imensa. No Rio Grande do Norte, por exemplo, só Mossoró e Natal são atendidas na versão inicial.
Testemunhal - O locutor Luciano do Valle fez propaganda do pacote habitacional anteontem, durante a transmissão de São Paulo x Noroeste pela Band. ‘Isso só é possível graças à competência da minha amiga Maria Fernanda’, sentenciou, numa referência à presidente da Caixa Econômica Federal.
Tá no grampo - José Carlos Araújo (PR-BA), recém-eleito presidente do Conselho de Ética da Câmara, aparece em diálogos monitorados na Operação Satiagraha. O arquivo está em poder da CPI.
Sacudido - O mensaleiro José Janene (PP-PR), que adiou seu processo de cassação até ser absolvido e hoje recebe aposentadoria por invalidez, será candidato à Câmara.
Sem fim - Adversários de Eduardo Paes apostam que o prefeito do Rio vai se consumir com seu ‘choque de ordem’. O que mais há na cidade, observam, é edifício irregular em favela. ‘Não vai fazer outra coisa a não ser derrubar prédio’, diz um desafeto.
Aéreo - Jaques Wagner venceu queda-de-braço com a oposição e emplacou o deputado Nelson Pellegrino (PT) para coordenar a bancada baiana no Congresso. Sua primeira missão é tentar evitar que a regional da Infraero, com orçamento de R$ 88 milhões, migre para Recife.
Tiroteio
Falar sobre eleição a ministra não quer. Mas é só convidá-la para fazer campanha antecipada em qualquer lugar do Brasil que ela topa.
Do deputado FELIPE MAIA (DEM-RN), criticando Dilma Rousseff pelo bordão, repetido ontem, de que ‘nem amarrada’ falará sobre sua candidatura à Presidência.
Contraponto
Pré-Google
Jutahy Magalhães (1929-2000), pai do deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA), estava em seu primeiro mandato na Câmara, em 1974, quando visitou Antas, onde havia sido muito bem votado. Edvaldo Nilo, líder da região, aproveitou para pedir ajuda. Seu projeto era levar uma agência bancária para o município baiano.
-Olhe, deputado, se o senhor conseguir isso, entrará para a história de nossa cidade, assim como aconteceu com o político que nos trouxe a agência dos Correios!
-E quem foi?-, quis saber Magalhães.
Nilo olhou para toda parte em busca de socorro, mas infelizmente ninguém sabia dizer o nome do benemérito.
MÍRIAM LEITÃO
Sem mercado
O GLOBO - 27/03/09
O caso da Petrobras e o preço dos combustíveis é mais sério do que parece. Não é saber se cai ou não o preço da gasolina, é que o episódio mostrou a enorme distorção desse mercado no país. A empresa diz que está, agora, recuperando o prejuízo de 2008. Admite que praticou preços artificiais e entra em contradição com as explicações de que a queda do dólar tinha compensado a alta do petróleo.
No ano passado, a empresa negava que estivesse operando com prejuízo. A explicação dada, quando se perguntava por que o preço não havia subido apesar da disparada do dólar, era sempre a mesma: a de que os preços dos derivados eram decididos a partir do mix dólar-preço de petróleo. O petróleo havia subido, mas o dólar havia caído, e uma coisa teria compensado a outra. Essa semana, em depoimento no Congresso, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, admitiu que está, agora, reduzindo o prejuízo acumulado em 2008. Estranho: a mesma empresa, a mesma direção, mas uma explicação por ano.
Se a Petrobras praticou preços abaixo do que deveria, a ponto de acumular prejuízo, ela lesou os acionistas minoritários, manipulou preços e criou barreiras à entrada. Se, agora, ela admite que está recuperando o prejuízo, confirma que os preços eram, e são, artificiais.
As duas distorções – preços abaixo ou preços acima do devido – são irmãs e resultado de um mercado sobre o qual uma empresa exerce monopólio em vários segmentos.
O advogado e professor da PUC Pedro Paulo Cristofaro mandou e-mail para a coluna dizendo que um dos “ilícitos contra a concorrência” mais difíceis de caracterizar é exatamente o de praticar preços abaixo do mercado. “Em uma situação específica, o preço abaixo do custo causa prejuízos à concorrência no mercado. Isso ocorre quando uma empresa tem condições de, vendendo por preço muito baixo, afastar concorrentes, atuais ou potenciais, do mercado. O concorrente que está no mercado sai, o que não está, não entra, pois sabe que não terá condições de manter uma atividade capaz de pagar os seus investimentos e de gerar lucros. Nesse caso, o preço muito baixo passa a ser chamado de ‘preço predatório’”, diz ele.
Aliás, lembra Cristofaro, a própria Secretaria de Acompanhamento Econômico define o que é este preço predatório como um preço imposto “por uma firma dominante, por um tempo suficientemente longo, tendo por intenção expulsar alguns rivais ou deter a entrada de outras”. Segundo a Fazenda, o objetivo desse preço predatório é “um investimento em perdas, por um determinado período de tempo, com a perspectiva de se obter retornos suficientemente altos no futuro”.
Então, se os dirigentes da empresa admitem que estão recuperando perdas, eles praticaram preços predatórios no passado. A própria SEAE diz que o preço predatório dá uma ilusão de bem estar ao consumidor, mas é temporário, porque no fim isso aumenta o poder de mercado desta empresa.
A Petrobras segue as conveniências político-eleitorais do governo e, em compensação, não tem qualquer constrangimento em área alguma, como acabou de demonstrar ao impor ao país mais alguns anos de diesel com alto teor de enxofre, a despeito da resolução do Conama.
Cristofaro se pergunta se não é o caso do Cade investigar a conduta da Petrobras. O pior é que Cade analisou e concluiu que não há indícios de preços predatórios. Um dos argumentos é que a empresa não alteraria preços em todo o país só para afastar dois pequenos concorrentes (duas pequenas refinarias que entraram com queixa). Ora, a grande questão não é em relação a quem opera no Brasil, mas é que ninguém entra num mercado em que os preços são tão artificiais e imprevisíveis.
Para o economista David Zylberstajn, o que não tem cabimento é o fato da Petrobras não ter uma política de alinhamento de preços com a cotação internacional. Segundo ele, o melhor seria criar mecanismos para reajustar os preços em momentos de alta e de baixa, dando mais transparência ao mercado
“O mais perverso da manipulação de preços é que impede a entrada de novos agentes no país. Quando a Petrobras não elevou o preço do combustível, ela praticou um dumping, e aí ninguém entraria mesmo. Agora, que seria um momento propício para as empresas entrarem, porque o preço da Petrobras está alto, ninguém se arrisca, porque ninguém tem certeza da política de preços.”
Curiosa também foi a explicação dada pela direção da empresa no Congresso, esta semana, culpando as distribuidoras. A tese é que são as distribuidoras que aumentam os preços. Como a Petrobras é dona de quase 40% do mercado de distribuição, a desculpa dada pela empresa fica ainda mais esquisita.
Quando é criticado por estar com os preços altos demais, José Sérgio Gabrielli diz que os preços “podem” cair quando a cotação internacional estabilizar. Mas a questão é que a avaliação de “estabilidade” para a direção da empresa é tão obscura quanto qualquer outra decisão da própria empresa. Os preços cairão quando for de interesse do governo, mas nada a ver com qualquer equação econômica compreensível.