sábado, setembro 06, 2014

Velha política em xeque - MERVAL PEREIRA

O GLOBO - 06/09

O que na verdade vai movimentar a campanha presidencial nos próximos dias, podendo até mesmo definir as reais possibilidades competitivas da presidente Dilma, é o depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que já começou a denunciar deputados, senadores e governadores que estavam no esquema de corrupção na estatal dominada pelos interesses políticos do PT.
A candidata Marina Silva se tornou necessariamente o alvo de seus adversários, a presidente Dilma, a quem venceria no 2º turno hoje, e o senador Aécio Neves, a quem deslocou do 2º lugar. Há quem veja um erro de estratégia de Aécio nos ataques que vem desferindo contra Marina, como se a tentativa de desconstruir a candidata do PSB só ajudasse o PT.

Aécio estaria fazendo o mesmo esforço inútil que o tucano José Serra fez em 2002, destruindo, com sucesso, as candidaturas de Roseana Sarney e Ciro Gomes para depois ser derrotado por Lula no segundo turno. Há no entorno do PSDB quem defenda uma "renúncia branca" de Aécio, que deveria se dedicar mais à eleição de Minas para garantir seu cacife político.

Melhorando em Minas, onde segundo o Datafolha está em 3º lugar, Aécio melhoraria indiretamente no plano nacional, já que Minas é o segundo maior colégio eleitoral do país. Também em São Paulo haveria espaço a recuperar ao lado do governador Geraldo Alckmin. Na realidade, os ataques que Aécio vem fazendo a Marina são sinalizações de que não pretende desistir da candidatura, mas sua tarefa principal a essa altura é mesmo garantir que Minas não caia nas mãos do PT.

Vencer a eleição para presidente por lá também seria fundamental para melhorar seu cacife político para futuros acordos internos dentro do PSDB e no apoio a Marina no 2º turno. O fato é que Marina, transformada no alvo preferencial dos adversários, está assumindo o papel de representante da sociedade contra os velhos métodos de fazer política no país.

A candidata do PSB já se utiliza da vitimização para se defender, e lança ao eleitorado a tarefa de defendê-la pelo boca a boca, já que tem menos tempo de propaganda oficial que os adversários. Marina acena com a chegada ao 2º turno para equilibrar a disputa, pois nele os tempos são iguais para os dois pretendentes.

Marina caracterizou os ataques que vem recebendo como oriundos de um sentimento de desespero de seus adversários que fizeram "uma frente" para tirá-la da competição, na tentativa de colocar à margem a sociedade civil organizada que ela representaria.

Os integrantes da "velha política" teriam receio de disputar com movimentos espontâneos do eleitorado, e gostariam de circunscrever as possibilidades de chegar ao poder aos dois partidos que polarizam as disputas desde 1994, PT e PSDB, um preferindo ter o outro como opositor, e os dois temendo enfrentar Marina e a espontaneidade da sociedade organizada.

Ela citou ontem especificamente a ação de seus adversários no Rio, onde lidera a recente pesquisa Datafolha com 37% no estado e 41% na capital. Enfrentando as máquinas estadual e federal, que têm como candidatos a presidente Dilma e o senador Aécio, Marina vem confirmando o caráter libertário do eleitorado do Rio, que já deu a ela em 2010 uma votação expressiva.

Marina se mostrou irritada especialmente com o que chamou de "máquina de boatos" que tem espalhado que ela é contra a distribuição dos royalties do petróleo em proporção maior para o Rio, uma antiga disputa no Congresso que agora surge na campanha presidencial.

Esse seria um tema obrigatório caso Eduardo Campos estivesse na disputa, pois ele foi um dos defensores da distribuição mais igualitária dos royalties, em defesa dos interesses do Nordeste. Marina acabou sendo atacada por outro flanco, o da prioridade do pré-sal.

Alegam que ao reduzir a importância do petróleo na estratégia de energia do país, Marina acabará reduzindo o valor dos royalties para estados e municípios. Há ainda a esperteza política de sindicatos de petroleiros ligados à CUT que querem fazer um protesto contra a suposta política do pré-sal de Marina, o que não passa de um ato politiqueiro.

Discutir os programas partidários, atacar suas contradições e imperfeições e mostrar as debilidades de Marina faz parte do jogo. Mas tentar usar a religião como instrumento de desqualificação política ou inventar posições inexistentes para fazer a "luta política" é realmente usar o pior da velha política. Que estará mais uma vez em xeque a partir deste fim de semana com as revelações da delação premiada do ex-diretor da Petrobras.

Fogueiras da Razão - DEMÉTRIO MAGNOLI

FOLHA DE SP - 06/09


Fundamentalistas querem substituir o livro das leis pela Lei do Livro. Marina não é, portanto, fundamentalista


Política, ao menos na democracia, é diálogo. A condição para o diálogo é a disposição genuína de ouvir --isto é, de mudar de ideia. O fanático não dialoga, prega. Ele pretende converter o interlocutor, mas não contempla a hipótese de rever suas próprias convicções. No fundo, almeja um poder absoluto: moldar o outro segundo o figurino de crenças que selecionou como verdadeiro. O artigo "Desvendando Marina", de Rogério Cezar de Cerqueira Leite (Folha, 31/8), não desvenda a candidata do PSB/Rede, mas atesta a virulência antidemocrática dos fanáticos da Razão.

O articulista classifica Marina Silva como uma fundamentalista cristã. No universo da ciência política, o conceito de fundamentalismo religioso aplica-se às correntes que exigem a subordinação das instituições públicas e da vida civil aos dogmas de uma fé. Os fundamentalistas querem substituir o livro das leis (o contrato constitucional) pela Lei do Livro (a Bíblia, o Corão ou a Torá). Marina não é, portanto, uma fundamentalista --e, assim como a teoria da evolução, tal conclusão não é uma questão de opinião.

O pensamento científico assenta-se sobre modelos e evidências, abrindo-se ao teste da falseabilidade. Do alto de uma torre erguida com a argamassa da arrogância, o fanático da Razão viola as regras que simula seguir, operando por espasmos de subjetividade. Cerqueira Leite escandaliza-se com as "crenças íntimas" de Marina, mas nem tenta apontar nas propostas políticas da candidata alguma contaminação fundamentalista. Marina defende a laicidade do Estado, sugere submeter o tema do aborto a plebiscito e alinha-se com a decisão do STF sobre a união civil de homossexuais. São posições semelhantes às de Dilma e Aécio, que também não reproduzem o catecismo do movimento LGBT. No fim, o "desconforto" do Inquisidor da Razão é com a liberdade de religião.

As grandes fogueiras da Igreja apagaram-se no passado, ainda que suas brasas continuem queimando aqui e ali. No Ocidente, as fogueiras do último século foram acesas por Estados totalitários que falavam a linguagem da Razão. A URSS de Stálin e a China de Mao eliminaram milhões de pessoas em nome da Ciência da História, que decifrara o enigma do futuro da humanidade. A Alemanha de Hitler construiu as engrenagens do exterminismo sobre o alicerce da Ciência da Raça, que prometia a salvação nacional no Reich de mil anos. O fanático da Razão, tanto quanto o da religião, quer um governo que administre as almas, não as coisas. Na democracia, contudo, as almas não fazem parte da esfera de autoridade do Estado.

A pecha de fundamentalista religiosa lançada contra Marina circula no submundo da internet, propagada por blogueiros governistas sustentados por patrocínios de empresas estatais. Simultaneamente, e de acordo com uma calculada lógica da duplicidade, o governo ensaia reativar um projeto de lei que concede benefícios tributários às igrejas. Mas o Inquisidor da Razão parece não sentir "desconforto" com a privatização partidária da máquina pública nem com a transgressão do princípio elementar da separação entre Estado e religião. Ele se incomoda, de fato, com "crenças íntimas".

Sou agnóstico. Acho graça nos mitos religiosos da Criação --e aborreço-me com pregadores que têm a exagerada pretensão de retificar minhas "crenças íntimas". Só existem superficiais diferenças de linguagem entre eles e os intragáveis pregadores do ateísmo, que querem matar Deus, erradicando-o da mente dos seres humanos. Uns e outros sonham com um Estado inquisitorial, aparelhado para desentranhar as "ideias daninhas" que envenenam seus concidadãos.

Marina já não é uma esfinge. A candidata divulgou um extenso programa de governo, atravessado por tensões e não isento de contradições. Melhor criticá-lo que acender uma fogueira com os galhos secos da árvore da intolerância.

O repique da inflação - EDITORIAL O ESTADÃO

O ESTADO DE S.PAULO - 06/09


Contrariando as profecias do governo, a inflação deu um repique, voltou a subir e atingiu 0,25% em agosto, ponto inicial de uma nova escalada, segundo projeções do setor financeiro. A taxa prevista para setembro é 0,41% e o ano será fechado, pelos cálculos correntes, com um resultado acima de 6%, pouco pior que o de 2013, de 5,91%. Como no ano passado, a inflação declinou durante algum tempo e em seguida ganhou impulso. Neste ano, o ponto mais baixo, de 0,01%, foi atingido em julho. Na quarta-feira, os dirigentes do Banco Central (BC) decidiram por unanimidade manter em 11% a taxa básica de juros, a Selic, seu principal instrumento de política anti-inflacionária. Foram prudentes e tomaram a decisão mais segura - criticada, como sempre, por líderes empresariais defensores da tolerância à inflação.

O número oficial de agosto foi pouco maior que o previsto, uma semana antes, pelos economistas consultados pelo BC na pesquisa Focus. A mediana de suas estimativas havia ficado em 0,22%. Talvez algum ministro ou funcionário do governo acreditasse, de fato, numa forte redução das pressões inflacionárias, depois da acomodação dos indicadores a partir de maio. No mercado financeiro e nas consultorias, a maior parte dos economistas previu uma evolução parecida com a de 2013, quando a inflação chegou a 0,03% em julho e em seguida embicou para cima.

Afinal, nenhum grande fator inflacionário foi eliminado, mesmo com a elevação dos juros em abril. Os consumidores ficaram mais cautelosos e menos dispostos, mas o crédito permaneceu em expansão, aumentos salariais continuaram superando os ganhos de produtividade e, acima de tudo, as contas públicas pioraram a cada mês, porque a gastança prosseguiu e a receita decepcionou.

A queda dos preços por atacado foi apontada pelos mais otimistas como um prenúncio de inflação domada. Mas previsões desse tipo são geralmente baseadas em uma confusão. Oscilações de mercado podem pressionar alguns preços por algum tempo, mas só alimentam a espiral inflacionária quando há condições especiais para isso - excesso de crédito ou de gasto público, por exemplo. Errou, no passado recente, quem atribuiu a inflação brasileira à elevação dos preços das commodities no mercado internacional. Essa elevação afetou também outros países, mas poucos tiveram inflação tão alta quanto a do Brasil. Errou também - e a explicação é a mesma - quem previu o fim das pressões inflacionárias quando os preços das commodities caíram por alguns meses.

De julho para agosto a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 0,01% para 0,25%, num salto considerável, embora o custo de alimentos e bebidas tenha diminuído 0,15%. O custo do vestuário também recuou, com variação negativa de 0,15%. Os outros sete grandes componentes do índice aumentaram.

O quadro parece menos mau quando se examina a porcentagem de itens com variação positiva. Esse indicador, conhecido como coeficiente de difusão, diminuiu de 59% em julho para 55% em agosto. Mas isso se explica basicamente pela queda dos preços de muitos alimentos e bebidas e também do vestuário. No caso dos alimentos, só a lista das "principais quedas" apontadas no informe oficial do IBGE inclui 24 produtos. Seria irrealista apostar na continuação dessa tendência ainda por muito tempo.

Em agosto, a alta do IPCA acumulada em 12 meses bateu em 6,51% e superou pela segunda vez no ano o limite de tolerância, de 6,5%. O governo tem prometido manter a inflação dentro dessa margem. A insistência nessa promessa, e em nada mais sério, confirma a desistência de buscar a meta efetiva, de 4,5%. A meta real do governo tem sido e continua a ser qualquer número até o limite de 6,5%. É um número muito alto pelos padrões internacionais.

Se depender do governo e de seus interesses eleitorais, haverá muito combustível para a inflação. Desde agosto o Tesouro abandonou o precário represamento e voltou a soltar grandes volumes de dinheiro para os programas oficiais. É hora de investir em votos.


Inflação é coisa séria - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE

CORREIO BRAZILIENSE - 06/09

O governo insiste em dar à inflação tratamento de campanha eleitoral. Compreende-se o sufoco que a equipe da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, vem passando ante os resultados das últimas pesquisas de intenção de voto. Tudo o que o governo não quer é ter de enfrentar o debate sobre a situação da economia, especialmente quanto ao crescimento e à inflação.
"Podemos fazer o diabo quando é hora de eleição", disse a presidente em março do ano passado, em evento político em João Pessoa. Ela e a equipe têm levado essa "máxima" ao pé da letra, sobretudo quando se trata de explicar maus resultados. Mais fácil tem lhes parecido fazer de conta que o fato não ocorreu, que tudo não passa de má vontade da mídia ou de conspiração da oposição.

Mas, como dinheiro não aceita desaforo, os desmentidos têm sido inexoráveis. O ministro da Fazenda repete o mantra de que a inflação está controlada e segue trajetória de queda. A presidente aproveitou a queda sazonal do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho (cresceu apenas 0,01%) para dizer que "a inflação é quase zero", o que é menos do que meia verdade, já que em 12 meses está distante da meta de 4,5% ao ano.

Passada a temporada de alta nos preços dos alimentos in natura, não significa que a alimentação está mais barata do que no ano passado, mas apenas que os preços deixaram de subir todos os meses. E quando eram esses itens os vilões, especialistas respeitáveis lembravam que, além deles, outros fatores puxavam os preços na direção oposta aos salários do trabalhador.

Ou seja, a inflação vem sendo movida por algo mais do que a sazonalidade da feira. Os analistas estavam certos. Em agosto, a estabilidade nos preços dos alimentos ajudou a segurar a inflação. Mas outros aumentos conspiraram. A conta de luz começou a refletir as falhas na gestão do setor elétrico. Levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) revela que 79% das obras de construção de hidrelétricas e 83% das de linhas de transmissão estão fora do cronograma.

Com isso, o sistema está sendo obrigado a manter as termelétricas (mais caras) ligadas por mais tempo. Já houve impacto em agosto que, somado aos aumentos de salários da empregada doméstica e das passagens aéreas, fez o IPCA subir 0,25% no mês passado, empurrando o acumulado em 12 meses para 6,51%, deixando ainda mais longe a meta de 4,5% e superando o teto de 6,50%.

A maioria dos consumidores percebe que a vida está mais cara no país do que há três anos. Pior. O consumidor anda desconfiado de que a coisa não vai parar por aí. A conta de luz deve subir mais e não faz uma semana que o ministro da Fazenda admitiu que "todo ano tem aumento da gasolina, e este ano não será diferente". Sofredor experiente com a inflação, o brasileiro médio não sabe, mas imagina o que vai ocorrer com os preços depois das eleições. E nem é preciso entrar na sofisticação do controle artificial do dólar pelo Banco Central para segurar os preços internos.

A redução do valor dos salários é ruim, mas a perda da credibilidade das autoridades é igualmente nefasta para o país, pois afeta a esperança de dias melhores.

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

EX-DIRETOR ENTREGOU PELO MENOS 4 EMPREITEIRAS

Além de entregar políticos, em depoimentos ao Ministério Público Federal, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, também apontou os dirigentes de empreiteiras beneficiadas por contratos superfaturados, principalmente na construção da refinaria petrolífera de Abreu e Lima (PE). Entre as empreiteiras envolvidas em negócios com o ex-diretor estão a Mendes Junior, UTC, OAS e a Camargo Correa.

VALOR DA PROPINA

Paulo Roberto Costa contou que pagava aos políticos 3% do valor dos contratos da Petrobras, quando ele foi diretor, entre 2004 e 2012.

TRIANGULAÇÃO

As empreiteiras repassariam o dinheiro sujo ao doleiro Alberto Youssef, que por sua vez se encarregava de fazê-lo chegar aos políticos.

SÓ O COMEÇO

Foram delatados pelo ex-diretor 12 senadores, 49 deputados federais e um governador filiados ao PT, PMDB e PP. E tem mais.

BC DA LADROAGEM

Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef são suspeitos de chefiar uma espécie de “banco central da corrupção” no Brasil.

PIOR QUE MANTEGA É A ALTERNATIVA: ARNO AUGUSTIN

Vencendo a eleição e trocando ministros, como anunciou, um dos nomes mais fortes para substituir Guido Mantega no Ministério da Fazenda provoca arrepios: Arno Augustin, o secretário do Tesouro. É do tipo que se vê ainda em meio à “guerra fria” e com certeza adoraria criminalizar o lucro. Na prática, Augustin e Dilma já tocam a política econômica. Há dois anos Mantega tem apenas papel coadjuvante.

MAGOOU

Mantega ficou sabendo pelas notícias na internet da decisão de Dilma de substituí-lo, em eventual segundo governo. Ficou magoado.

PERDEU O RESPEITO

Dilma não respeita Guido Mantega, por isso resolveu tomar decisões na área econômica, delegando a Arno Augustin providências práticas.

PROTEGIDO DE LULA

Dilma até pediu a Lula que compreendesse a necessidade de demitir Mantega, seu protegido. Lula não aceitou e Mantega foi ficando.

ÀS ESCONDIDAS

Guido Mantega chegou ao trabalho pela garagem, nessa sexta-feira, sorrateiramente, para evitar os jornalistas. E para não comentar o fato de haver recebido pela imprensa o seu “aviso prévio”.

DIAS DE TENSÃO

Por suas conhecidas relações com a Petrobras, onde já foi diretor, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) é um dos políticos mais tensos com a delação premiada do ex-diretor Paulo Roberto Costa. Foi Delcídio quem indicou Nestor Cerveró, outro diretor enrolado no escândalo.



Gilberto Carvalho é outro ministro de quem a presidente Dilma está louca para se livrar, num eventual segundo governo. Ele se presta ao papel de porta-recados e “olheiro” de Lula no Palácio do Planalto.

FILA NA PORTA

Diplomatas em busca de promoção fazem fila na porta de Giles Azevedo, porta-agenda de Dilma. Até porque, em eventual segundo governo, ele pode substituir Gilberto Carvalho na Secretaria-Geral.

PENDÊNCIA

Metade dos estados passa pelo processo de judicialização das eleições para governador. Postulantes ao cargo de 14 estados ainda lutam na Justiça Eleitoral para aprovar a candidatura.

O PAPA POP

O papa Francisco continua um fenômeno de popularidade no Twitter. Ontem, ele fez o primeiro tweet com foto. As contas, com posts em diferentes línguas, já possuem mais de 15 milhões de seguidores.

SORRISO AMARELO

Depois que o livro da ex-mulher revelou que François Hollande chama pobres de “desdentados”, o presidente da França enfrentou protesto do sindicato dos dentistas pedindo que devolva o sorriso aos franceses.

GRITO NA REDE

Viciada em mídias sociais (que inspiraram seu projeto de partido “Rede”), Marina Silva utilizou o Twitter para reclamar da “indústria de boatos e mentiras” que lhe tira a paz. Ela diz sentir-se injustiçada.

PENSANDO BEM...

... se a qualidade do ensino caiu em quase todo o País, talvez o problema não seja com os alunos, mas com a dona da escola.


PODER SEM PUDOR

O PISTOLÃO CERTO

O talentoso jornalista Mauro Santayana acabara de ser nomeado adido cultural à embaixada do Brasil em Roma, nos anos 80. Um belo cargo, na mais impressionante representação diplomática em solo italiano - o Palácio Doria Pamphilij, na Piazza Navova, centro de Roma.

Um amigo encontrou Santayana e foi logo gozando:

- Puxa, esse é o emprego que pedi a Deus!...

O jornalista respondeu na bucha:

- Acho que você pediu ao cara errado. Quem me nomeou foi o presidente José Sarney.