FOLHA DE SÃO PAULO - 11/04/09
SÃO PAULO - O que faz quem anda com má imagem? Se é uma pessoa normal e entende que a má imagem é produto, de fato, de atitudes incorretas ou inconvenientes, trata de corrigi-las.
Se acha, ao contrário, que a imagem ruim é injusta, trata de divulgar o máximo possível de fatos que demonstrem a injustiça e, no limite, corrijam a imagem.
Mas, se é congressista, quebra o espelho que mostra a imagem. É o que acaba de fazer o Senado, ao decretar que todo pedido de informação deve vir na forma de ofício, com prazo de cinco dias para a resposta. Quer dizer na prática o seguinte: o parlamentar é, teoricamente, representante do tal de povo, mas não se sente como tal.
Sente-se como parte de um clube fechado que não tem a menor pressa em dar satisfação ao público. Nesse ambiente porco, sou obrigado a lembrar uma coisa elementar, mas que os nobres pais da pátria perderam de vista faz séculos: jornalista, salvo os venais que também existem, não busca informação para levar para casa e contar para a mulher, o pai, a mãe, os filhos ou os amigos.
O sentido da coisa toda é repassar as informações ao leitor/eleitor. Lembro também outra obviedade que a casta esqueceu completamente: todas as informações que os congressistas detêm não são propriedade pessoal. Ele não fica sabendo disso ou daquilo nem toma tal ou qual atitude como pessoa física, mas como pessoa jurídica, como representante do eleitor.
Por extensão, tem que dar satisfações imediatas a este, diretamente ou via mídia, como acontece em qualquer lugar do mundo civilizado. E quando não acontece, a imagem do político sofre tanto que ele acaba defenestrado.
Aqui, terra sem lei e sem respeito, não. O político quebra o espelho para evitar que o público veja a imagem patética que eles construíram e querem esconder.
SÃO PAULO - O que faz quem anda com má imagem? Se é uma pessoa normal e entende que a má imagem é produto, de fato, de atitudes incorretas ou inconvenientes, trata de corrigi-las.
Se acha, ao contrário, que a imagem ruim é injusta, trata de divulgar o máximo possível de fatos que demonstrem a injustiça e, no limite, corrijam a imagem.
Mas, se é congressista, quebra o espelho que mostra a imagem. É o que acaba de fazer o Senado, ao decretar que todo pedido de informação deve vir na forma de ofício, com prazo de cinco dias para a resposta. Quer dizer na prática o seguinte: o parlamentar é, teoricamente, representante do tal de povo, mas não se sente como tal.
Sente-se como parte de um clube fechado que não tem a menor pressa em dar satisfação ao público. Nesse ambiente porco, sou obrigado a lembrar uma coisa elementar, mas que os nobres pais da pátria perderam de vista faz séculos: jornalista, salvo os venais que também existem, não busca informação para levar para casa e contar para a mulher, o pai, a mãe, os filhos ou os amigos.
O sentido da coisa toda é repassar as informações ao leitor/eleitor. Lembro também outra obviedade que a casta esqueceu completamente: todas as informações que os congressistas detêm não são propriedade pessoal. Ele não fica sabendo disso ou daquilo nem toma tal ou qual atitude como pessoa física, mas como pessoa jurídica, como representante do eleitor.
Por extensão, tem que dar satisfações imediatas a este, diretamente ou via mídia, como acontece em qualquer lugar do mundo civilizado. E quando não acontece, a imagem do político sofre tanto que ele acaba defenestrado.
Aqui, terra sem lei e sem respeito, não. O político quebra o espelho para evitar que o público veja a imagem patética que eles construíram e querem esconder.
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