quarta-feira, outubro 23, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 23/10

Construtora do PR investirá R$ 600 mi em 2014
A Plaenge, uma das maiores empresas de capital fechado do setor de construção, deve aportar cerca de R$ 600 milhões em 2014 para lançar torres residenciais.

A companhia prevê um volume de recursos semelhante ao deste ano, que deverá registrar um VGV (volume geral de vendas) de R$ 950 milhões a R$ 1 bilhão. Os investimentos costumam representar 60% desse montante.

Os diretores da empresa irão se reunir daqui duas semanas para definir o número exato de empreendimentos.

"Deve ficar em 23 ou 24 projetos", afirma o sócio Alexandre Fabian.

A companhia, com sede em Londrina (PR), também planeja entrar em "mais duas ou três" cidades. Hoje, ela atua em apenas sete.

O momento de estagnação do mercado imobiliário não tem afetado os planos da construtora.

"Trabalhamos em regiões ligadas ao agronegócio e que estão bastante dinâmicas em termos econômicos. Assim direcionamos os investimentos para as cidades que estão melhores", diz Fernando Fabian, também sócio.

"Apenas Curitiba e Joinville vêm sendo mais afetadas."

Além da expansão no Brasil, a Plaenge projeta ampliar seus negócios no Chile. O país é responsável por 5% do faturamento da empresa.

"Deve passar para 25% em três anos", afirma Alexandre.

"O Chile sentiu bastante a crise de 2008. Agora, está melhor que o Brasil. Isso faz com que ele seja uma região estratégica para nós." Cerca de 10% dos investimentos de 2014 serão aportados no país.

TJ-SP vai julgar ação relativa à inspeção de veículos
Em mais um lance do caso Controlar, o procurador-geral de Justiça Márcio Elias Rosa ajuizou no Tribunal de Justiça de São Paulo uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) dos artigos 5º e 6º da Lei 15.688/2013.

A lei, assinada pelo prefeito Fernando Haddad em abril passado, dispõe sobre o controle de poluição veicular e o programa de inspeção e manutenção de veículos na cidade de São Paulo.

A ação cita artigos que alteraram a periodicidade e o tempo de dispensa da inspeção ambiental veicular, além de autorizar o executivo a mudar a concessão ou a extinguir o contrato.

A inspeção veicular foi retomada na cidade na semana passada em razão de uma liminar obtida pela Controlar. O juiz havia mandado reativá-las sob a alegação de se tratar de uma questão de saúde pública.

Cinco dias antes, o prefeito havia anunciado o fim das vistorias. A prefeitura anunciou que vai recorrer.

"A Adin não beneficia a Controlar diretamente, mas, se o desembargador suspender os efeitos da lei, deixará o prefeito em situação difícil", afirma Luiz Eduardo Serra Netto, advogado da Controlar.

"Ele não tem um plano para substituir o programa."

Vendas de tablets superam as de notebooks e desktops
A venda de tablets ultrapassou a de desktops e notebooks em agosto, segundo levantamento da consultoria IDC organizado pela Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).

Essa é a primeira vez que o portátil assume a liderança de vendas do segmento.

Dos cerca de 1,7 milhão de computadores pessoais comercializados no mês, 38% foram tablets --um aumento de 134% na comparação com agosto do ano anterior.

"Foi impressionante a velocidade com que os tablets ultrapassaram os outros produtos, enquanto que os notebooks demoraram cerca de seis anos para superar os desktops", afirma Humberto Barbato, presidente da entidade.

O custo menor e as praticidades do utensílio foram responsáveis pela rápida expansão, segundo Barbato.

"Aqueles que compravam notebooks somente pela praticidade agora se voltam para os tablets, enquanto que os desktops devem ter uso apenas corporativo", diz.

A projeção do setor para este ano é superar 15 milhões de unidades comercializadas, puxadas pelos tablets.

Operações... O Veirano Advogados projeta fechar 2013 com 70 operações de fusões e aquisições. De janeiro a setembro, foram R$ 12,7 bilhões em transações, ante R$ 6,8 bilhões no mesmo período de 2012.

...aquecidas O Lefosse, por sua vez, assessorou fusões que totalizaram cerca de R$ 10,5 bilhões até setembro.

Janela... O governo de El Salvador vai abrir no dia 31 de outubro um escritório comercial e de turismo em São Paulo. Será a terceira unidade do tipo a ser instalada pelo país da América Central no mundo.

...para negócios O objetivo é ampliar as relações comerciais e buscar investimentos de indústrias brasileiras.

RETOMADA DAS FUSÕES
Apesar de permanecer praticamente estável na comparação com o ano passado, o mercado de fusões e aquisições do país se recuperou no terceiro trimestre deste ano.

Foram registradas 214 operações --crescimento de 3,4% na comparação com o mesmo período de 2012--, segundo levantamento da KPMG.

Entre janeiro e março de 2013, haviam sido fechados 192 negócios. Nos três meses posteriores, 194.

"Este ano abriu bem mais fraco que o passado, agora deu uma aquecida. Mesmo a economia ainda estando fraca, ela não inibiu [as fusões e aquisições]", diz Luís Motta, sócio da empresa.

A expectativa é que o resultado de 2013 se aproxime dos anteriores. Em 2011, foram 817 operações --recorde histórico. No ano seguinte, as transações ficaram no mesmo patamar.

"Se os números deste terceiro trimestre se repetirem no quarto, este ano poderá ser o segundo ou o terceiro melhor", afirma.

Dos 214 negócios, 98 foram domésticos --alta de 16,7%.

Gestão... O WTC Hotelaria, gestor do Sheraton São Paulo WTC Hotel, foi selecionado para administrar o ITC Paris (International Trade Center), na França.

...hoteleira O complexo será construído na capital francesa a partir de 2014 e terá seis hotéis, centro de convenções e torre de escritórios. A previsão de entrega é 2017.

Abaixo da média
A parcela de brasileiros que consideram boa a situação econômica do país subiu dois pontos percentuais em setembro e atingiu 30%, de acordo com levantamento da empresa Ipsos.

Apesar da alta, a avaliação dos brasileiros continua abaixo da média global, de 36%.

Em relação ao futuro, no entanto, a população do Brasil é a mais otimista: 63% acreditam que a economia da região onde vivem irá melhorar nos próximos seis meses.

A média dos 24 países analisados é de 24%. A distância entre o Brasil e a Arábia Saudita (segundo país no ranking dos que preveem uma economia mais forte) é de 12 pontos percentuais.

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