Os médicos cubanos vão para as cidades e os postos de periferia que não têm médicos. Prefeitos e moradores que padecem da falta de médicos dão graças a Deus. A presidente Dilma Rousseff faturou eleitoralmente. No confronto entre as entidades médicas e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, houve muito preconceito contra os cubanos, principalmente os negros e pardos, que são maioria entre eles, ao contrário do que acontece com os médicos brasileiros. Não faltaram vergonhosas demonstrações de xenofobia e racismo contra os cubanos. A oposição ficou no sal.
É óbvio que a opinião pública, que faz críticas pesadas ao SUS, acabou apoiando a iniciativa do governo. Ninguém de bom senso pode ser contra um programa cujo objetivo o nome já diz: mais médicos. As entidades médicas, porém, têm razão em alguns aspectos. As condições de trabalho oferecida aos profissionais são precárias; o governo não aceita criar um plano de carreira que resolveria, em caráter permanente, o problema de alocação de médicos nas regiões remotas e nas periferias; nem admitiu a destinação de 10% das receitas da União para a saúde na regulamentação da chamada Emenda 29. Também questionam o caráter “terceirizado” das relações trabalhistas impostas aos médicos cubanos.
Errante
O Itamaraty negocia a transferência do senador boliviano Roger Pinto Molina para países cujo governo têm mais afinidades com a oposição boliviana do que com o presidente Evo Morales, como o Paraguai, ao contrário do que acontece com o governo brasileiro. Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff e o presidente boliviano se encontraram no Suriname, na reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Morales chamou o líder da oposição boliviana de delinquente e ficou de encaminhar os processos contra ele para o governo brasileiro, que ainda não decidiu se atenderá o seu pedido de refúgio. Roger Pinto estava asilado na embaixada do Brasil em La Paz e viajou para o Brasil sem salvo-conduto. Foi condenado a um ano de prisão por corrupção, mas alega perseguição política.
Linha de passe
Os acordos regionais entre o PT e o PMDB em vários estados serviram para aproximar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que se encontraram na quinta-feira passada no Recife. Os dois estão dispostos a pactuar as relações entre as duas legendas em diversos estados e compartilhar palanques para enfrentar a presidente Dilma Rousseff nas eleições. O pacto irritou ainda mais o PT.
Ônibus
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai leiloar 2.110 linhas de transporte interestadual de passageiros, que foram distribuídas em 16 grupos e 54 lotes. Serão interligadas 2.050 cidades
Para todos
A chapa Partido é Para Todos, na Luta, encabeçada por Rui Falcão, candidato à reeleição para o comando do PT, será lançada terça-feira à noite em Brasília, na Galeteria Beira Lago. O PT está em pleno processo de renovação de suas direções, e cerca de 500 mil filiados deverão ir às urnas. Falcão encabeça uma ampla aliança de cinco forças políticas internas, que reúne a maioria de parlamentares, prefeitos, ministro e ex-ministros e lideranças petistas. Os ex-presidentes da Câmara Arlindo Chinaglia (SP) e Marco Maia (RS) integram a chapa.
Serra e o PPS
O deputado Roberto Freire (SP) convocou a executiva do PPS para uma reunião na próxima quinta-feira em Vitória, cujo prefeito, Luciano Rezende, é uma estrela em ascensão na legenda. Espera que até lá o ex-governador José Serra deixe o PSDB e anuncie seu ingresso no partido para ser candidato a presidente da República.
Cara de vice
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) avisou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que não deve contar com o apoio da legenda à sua reeleição. Pretende lançar o presidente da poderosa Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, ao Palácio dos Bandeirantes. O empresário é cortejado para ser o vice do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o mais provável candidato do PT.
Comércio/ O embaixador brasileiro Roberto Azevêdo toma posse hoje como diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). A posição é a mais estratégica ocupada pelo Brasil no plano internacional.
Arrocho/ O Banco Central (BC) resolveu dar exemplo de corte de gastos: reduziu viagens a serviço, celulares, serviços de 3G, impressoras, serviços terceirizados, estagiários, clippings de jornais, rádio e tevê, análises de mídia, assessoria de imprensa, publicidade, transportes , contratos de limpeza, videoconferências, serviços de informação, ligações interurbanas, treinamentos, serviços médicos e eventos.
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