CORREIO BRAZILIENSE - 01/09
Os políticos perdem sucessivas chances de redimir a péssima imagem que têm diante da opinião pública. Jogam fora todas elas. Na semana passada, houve mais uma votação histórica na Câmara dos Deputados. Encapuzados pelo voto secreto, deputados deram salvo-conduto ao mandato de um presidiário condenado pelo STF a cadeia por peculato.
Máscaras caíram. O placar, a contagem dos ausentes e a articulação dos partidos para livrar Natan Donadon são um tapa na cara da sociedade. Foram 131 votos a favor, 41 abstenções e 108 sumiços inexplicáveis. Fica transparente o descaso com a opinião pública. Se há exceções - e há -, elas não são suficientes para salvar o Legislativo de tamanho vexame.
Fica igualmente claro que o PT nada aprendeu com o mensalão. Dos 11 que estavam na Câmara e não apareceram para votar, 10 são petistas. A operação para salvar os mensaleiros da perda do mandato é a prova de que a única lição que o partido de Lula absorveu foi a do corporativismo. É pena. Joga fora belo histórico de lutas para se transformar em mais um projeto viável de poder - resta saber até quando.
A cena de Donadon ajoelhado em agradecimento ao prêmio concedido por seus pares pelo roubo do dinheiro público é a antítese do que se espera ver na casa do povo. Seria de bom-tom se todos os deputados se ajoelhassem para pedir perdão pela humilhação imposta ao país.
Infelizmente, as manifestações não foram, nem serão suficientes para operar o milagre da mudança de consciência da classe política. A única força de transformação é a do voto - sem desmerecer a presença nas ruas e a pressão pelas redes sociais, que têm de continuar. Esse é o pensamento que deve orientar o cidadão até a data das eleições. Os políticos confiam na falta de memória, na compra de votos, na capacidade de ludibriar. Tem sido assim. Que tal mudar?
O Correio iniciou, há meses, campanha pelo fim do voto secreto, com reportagens, enquetes e o uso da tag #fimdovotosecreto, nas postagens no Instagram. A absolvição de Donadon reforça a urgência de acabar com o injustificável privilégio que prega peças na democracia. Esperamos que a campanha seja tão bem-sucedida quanto a que culminou com o fim dos salários extras no Congresso.
Máscaras caíram. O placar, a contagem dos ausentes e a articulação dos partidos para livrar Natan Donadon são um tapa na cara da sociedade. Foram 131 votos a favor, 41 abstenções e 108 sumiços inexplicáveis. Fica transparente o descaso com a opinião pública. Se há exceções - e há -, elas não são suficientes para salvar o Legislativo de tamanho vexame.
Fica igualmente claro que o PT nada aprendeu com o mensalão. Dos 11 que estavam na Câmara e não apareceram para votar, 10 são petistas. A operação para salvar os mensaleiros da perda do mandato é a prova de que a única lição que o partido de Lula absorveu foi a do corporativismo. É pena. Joga fora belo histórico de lutas para se transformar em mais um projeto viável de poder - resta saber até quando.
A cena de Donadon ajoelhado em agradecimento ao prêmio concedido por seus pares pelo roubo do dinheiro público é a antítese do que se espera ver na casa do povo. Seria de bom-tom se todos os deputados se ajoelhassem para pedir perdão pela humilhação imposta ao país.
Infelizmente, as manifestações não foram, nem serão suficientes para operar o milagre da mudança de consciência da classe política. A única força de transformação é a do voto - sem desmerecer a presença nas ruas e a pressão pelas redes sociais, que têm de continuar. Esse é o pensamento que deve orientar o cidadão até a data das eleições. Os políticos confiam na falta de memória, na compra de votos, na capacidade de ludibriar. Tem sido assim. Que tal mudar?
O Correio iniciou, há meses, campanha pelo fim do voto secreto, com reportagens, enquetes e o uso da tag #fimdovotosecreto, nas postagens no Instagram. A absolvição de Donadon reforça a urgência de acabar com o injustificável privilégio que prega peças na democracia. Esperamos que a campanha seja tão bem-sucedida quanto a que culminou com o fim dos salários extras no Congresso.
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