CORREIO BRAZILIENSE - 21/07
Em empate técnico com a presidente Dilma Rousseff (35% de intenções de votos) num eventual segundo turno das eleições de 2014, Marina Silva (34%) “metabolizou” o descontentamento geral da garotada que foi às ruas. Não pretende, porém, forçar a barra para encorpar o seu partido, a Rede Sustentabilidade, ainda em formação, com uma campanha de filiação em massa desses jovens. Avalia que o rio escolhe o caminho quando corre para o mar.
Deus é mais
A visita do papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude, promete ser um ponto fora da curva nas manifestações do Rio de Janeiro, palco de constantes protestos e de muitos atos de vandalismo. Organizada pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, com apoio de 10 mil homens das Forças Armadas, deve reunir centenas de milhares de católicos, a maioria jovens, mas corre o risco de motivar contestações de desfecho imprevisível.
O Palácio do Planalto fez o que pôde para tentar reduzir a margem de risco em relação à visita, diante dos últimos acontecimentos no estado. O papa Francisco, porém, insistiu em percorrer o Centro da cidade em carro aberto, para ter mais contato com o povo.
A atitude é coerente com os discursos que vem fazendo em prol da renovação da Igreja. Também não se poderia esperar outra coisa de um jesuíta, cuja ordem, a Companhia de Jesus, liderada no Brasil por Manoel da Nóbrega e José de Anchieta, foi, em grande parte, responsável pelo sucesso da colonização do nosso território pelos portugueses.
Políticos
O ponto crítico da visita do papa Francisco será amanhã à tarde, na Avenida Borges de Medeiros, em Laranjeiras, onde se localiza o Palácio Guanabara. A recepção organizada pelo governador Sérgio Cabral, do PMDB, ocasião em que o papa se encontrará com a presidente Dilma Rousseff, promete reunir a elite política nacional, o que é um prato cheio para os manifestantes que há semanas tomam as ruas cariocas.
O roteiro
O papa Francisco passará por pontos quentes da cidade. O percurso começará na Base Aérea do Galeão, de onde seguirá, em carro fechado, até a Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Centro. Nesse trecho, passará pelo Complexo da Maré. De papamóvel, em seu primeiro desfile pela cidade, percorrerá a Avenida República do Chile, a Avenida Rio Branco, a Rua Araújo Porto Alegre, a Avenida Graça Aranha, a Avenida Nilo Peçanha e, novamente, a Rio Branco, de onde seguirá até o Theatro Municipal, na Cinelândia, que é o coração político do Rio.
Pelo ar
A chegada ao Palácio Guanabara, porém, será de helicóptero. Francisco embarcará no Terceiro Comando Aéreo Regional (3º Comar), no Castelo, rumo a Laranjeiras, Zona Sul. A saída do papa para o Sumaré, onde ficará hospedado, provavelmente será de helicóptero.
Custo
O Comitê Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude estima o custo total da organização do evento em R$ 350 milhões
Plebiscito
Apesar do recesso, o líder do PT na Câmara, José Guimarães (foto), do Ceará, não desistiu de colher 171 assinaturas para propor a convocação de um plebiscito sobre a reforma política. Também desautorizou o ex-líder do governo Cândido Vaccarezza (PT-SP) a falar em nome da legenda. Segundo Guimarães, quem representa o PT no grupo de trabalho que discute a reforma política é o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). A nota foi motivada por declarações de Vaccarezza de que não há condições de fazer o plebiscito nos prazos constitucionais.
Não foi
Apesar de contemplado com duas indicações para importantes diretorias da área de Saúde do governo, o líder do PMDB no Senado, Eunício de Oliveira (CE), não acompanhou a presidente Dilma Rousseff na inauguração de uma estação de metrô de Fortaleza. Candidato ao governo do Ceará está em rota de colisão com o governador Cid Gomes (PSB), grande anfitrião da visita presidencial.
Mensalão
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, pretende reiniciar o julgamento do mensalão na segunda semana de agosto, com a apreciação dos recursos dos condenados na Ação Penal 470. Para acelerar o julgamento, proporá a realização de sessões às segundas-feiras.
Bombeiro
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, descartou um rompimento entre a presidente Dilma Rousseff e o PMDB. “A maioria do partido tem responsabilidade”, garante. Moreira diverge do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que esticou a corda com o Palácio do Planalto.
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