FOLHA DE SP - 18/12
Setor gráfico terá retração neste ano, afirma entidade
A indústria gráfica, que esperava crescer até 1,2% neste ano, já afirma que não irá atingir a meta.
O presidente da Abigraf (associação nacional do setor), Fabio Mortara, diz que ainda não pode prever o número, pois os resultados do terceiro trimestre, que serão divulgados hoje, mudaram as projeções. Ele acredita, porém, que haverá uma retração.
Entre julho e setembro deste ano, o setor teve queda de 9,5% na comparação com o mesmo período de 2011.
O segmento editorial é o que está puxando os números para baixo, de acordo com Mortara. No período, a retração foi de 17%.
A concorrência com os livros impressos -inclusive didáticos- na China e em países da América Latina, como Chile, Peru e Colômbia, é a principal dificuldade das companhias hoje.
"Os produtos importados saem sem imposto das empresas estrangeiras, enquanto, se o livro for produzido no Brasil, a gráfica paga 9,25% só de PIS e Cofins."
O segmento de embalagens foi o que apresentou menor queda (1,3%) entre julho e setembro. "Mas também há uma concorrência com produtos que são importados já embalados."
O setor gráfico, que emprega 220 mil pessoas no país e conta com 20 mil gráficas, teve um crescimento de apenas 0,74% no ano passado, ante 2010.
Para 2013, a Abigraf prevê uma retração de 5,4%.
"A concorrência com livros, inclusive didáticos, importados da China é o que mais prejudica a indústria"
FABIO MORTARA
presidente da Abigraf
Decolagem...
O Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum) anuncia os co-chairs de sua próxima edição anual, que ocorrerá em Davos, na Suíça, em janeiro de 2013. Entre eles, estará o brasileiro Frederico Curado, presidente e CEO da Embraer.
...para Davos
Presidentes e CEOs mundiais da Coca-Cola, da Dow Chemical, da Toshiba e do UBS também serão destaques no próximo fórum econômico da pequena cidade dos alpes suíços. O tema central da reunião de 2013 será a "resiliência dinâmica".
Auditoria...
O mercado brasileiro de auditoria deveria ser menos concentrado e mais acessível, segundo 87% de pequenos e médios empresários ouvidos em pesquisa realizada pela Grant Thornton. Os dados são do terceiro trimestre de deste ano.
...diversificada
Empresários de Chile (94%), Malásia (92%), Peru (90%), Índia (89%), Cingapura e Vietnã (ambos com 88%) e Taiwan (87%) também participaram do levantamento da empresa de auditores com 3.000 companhias públicas e privadas.
Marcas franqueadas fora do Brasil sobem para 110
A presença de marcas brasileiras se expandiu no exterior por meio de franquias, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising).
O número de bandeiras de empresas do Brasil franqueadas fora do país subiu de 65 em 2010 para 110 neste ano, de acordo com levantamento da entidade.
A quantidade de destinos chegou a 55 no final deste ano, com aumento de 12%, segundo Rogério Feijó, executivo da ABF.
"O principal mercado continua sendo Portugal, devido à semelhança do idioma, seguido pelos Estados Unidos, um grande mercado que dita tendências e contribui para o amadurecimento destas empresas", afirma.
O Paraguai, pela proximidade geográfica, e Angola, pelo aquecimento derivado do pós-guerra, segundo Feijó, também estão entre os locais mais procurados.
Entre os principais setores estão alimentação, moda, cosméticos e educação.
"Temos um convênio com a Apex desde 2004. Por meio dele, reunimos empresas interessadas em levar suas marcas para fora e outras que já foram e pretendem se expandir", afirma.
FARMÁCIAS SOB VIGILÂNCIA
Enquanto 30% dos consumidores acreditam que o setor farmacêutico do Brasil é muito regulamentado, menos de 10% na França e na Alemanha dizem o mesmo, segundo pesquisa da Ipsos.
A média em 24 países é de 18% dos consumidores afirmando que a regulamentação é maior que a necessária e 32% dizendo que é pouca.
Os setores bancário, de seguros e de comidas embaladas são os únicos que os entrevistados consideram serem ainda menos regulamentados que o farmacêutico.
Na outra ponta, aparecem o de softwares e o de eletrônicos, com 19% cada um, e o automotivo, com 20% dos consumidores afirmando que as regras são insuficientes.
A empresa também perguntou quais setores eram aprovados pelos entrevistados. O de computadores pessoais ficou em primeiro lugar, com 37% de média. O farmacêutico apareceu na quinta posição, com 21%.
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