Em março de 2009, ao tentar concluir um diagnóstico claro da Educação carioca, aplicamos uma prova nas escolas da Prefeitura do Rio para identificar se havia analfabetos funcionais entre os alunos do 4 ao 6 anos. Qual não foi a surpresa ao constatar que, numa cidade como Rio, sede dos maiores centros de pesquisa científica do país, contávamos com cerca de 28.000 alunos destas séries incapazes de ler ou entender frases curtas.
O esforço feito para resolver este triste problema passou por constituir um reforço escolar estruturado que desse conta não apenas de realfabetizar os analfabetos funcionais identificados (e, para isso, investimos na capacitação de mais de 1.100 professores da rede municipal), mas de corrigir problemas de desempenho dos alunos, medidos sistematicamente a cada prova bimestral unificada de Português, Matemática, Ciências e Redação. Mas envolveu, sobretudo, a melhoria da alfabetização inicial.
O Ministério da Educação inicia agora um importante programa para avançar na alfabetização de crianças pequenas. Pretende-se garantir que toda criança esteja alfabetizada antes de completar 8 anos. Não faz mais sentido aceitarmos que, por sabermos da baixa escolaridade dos pais e seu impacto na aprendizagem dos filhos, a alfabetização seja deixada para mais tarde. Se retardarmos a alfabetização, o apartheid educacional entre escolas públicas e boas escolas privadas só fará aumentar no 3, 4 ou 5 anos.
Aqui no Rio, lançamos um desafio: vamos tentar alfabetizar já no 1 ano. Fácil? Certamente que não. Muitos alunos não têm livros em casa, os pais não têm o hábito da leitura e não fizeram pré-escola. Mesmo assim, decidimos preparar material adequado para apoiar a ação dos professores, na forma de cadernos pedagógicos e aulas digitais, que podem ser projetadas nas salas. Tudo preparado por professores da nossa rede. Resolvemos também estruturar a rotina e o ambiente de sala de aula, para assegurar uma alfabetização mais efetiva, por meio do programa Casas de Alfabetização. Os pais também foram envolvidos e receberam cartilhas, em linguagem adequada, sobre como apoiar a alfabetização em casa.
Os resultados são animadores: na avaliação externa aplicada em toda a rede no 1 ano (crianças de 6 anos), 83% já estavam alfabetizados em 2011, sendo 30% em estágio avançado. Em termos percentuais, houve um avanço de 5,9% na proficiência média de leitura e 6,5% na de Matemática, em relação a 2010.
Enquanto as escolas comemoram este resultado, outro nos coloca também numa trilha muito positiva. O analfabetismo funcional do 4 ao 6 anos, que era de 14% dos alunos em março de 2009, caiu para 6,5% no fim de 2011. Ainda desafiador, mas um avanço considerável para o espaço de tempo de menos de 3 anos.
Dar um salto na qualidade da Educação demanda tempo, mas empenho, boa gestão e persistência estratégica podem colocar o analfabetismo funcional na escola como coisa do passado. Falta pouco!
O esforço feito para resolver este triste problema passou por constituir um reforço escolar estruturado que desse conta não apenas de realfabetizar os analfabetos funcionais identificados (e, para isso, investimos na capacitação de mais de 1.100 professores da rede municipal), mas de corrigir problemas de desempenho dos alunos, medidos sistematicamente a cada prova bimestral unificada de Português, Matemática, Ciências e Redação. Mas envolveu, sobretudo, a melhoria da alfabetização inicial.
O Ministério da Educação inicia agora um importante programa para avançar na alfabetização de crianças pequenas. Pretende-se garantir que toda criança esteja alfabetizada antes de completar 8 anos. Não faz mais sentido aceitarmos que, por sabermos da baixa escolaridade dos pais e seu impacto na aprendizagem dos filhos, a alfabetização seja deixada para mais tarde. Se retardarmos a alfabetização, o apartheid educacional entre escolas públicas e boas escolas privadas só fará aumentar no 3, 4 ou 5 anos.
Aqui no Rio, lançamos um desafio: vamos tentar alfabetizar já no 1 ano. Fácil? Certamente que não. Muitos alunos não têm livros em casa, os pais não têm o hábito da leitura e não fizeram pré-escola. Mesmo assim, decidimos preparar material adequado para apoiar a ação dos professores, na forma de cadernos pedagógicos e aulas digitais, que podem ser projetadas nas salas. Tudo preparado por professores da nossa rede. Resolvemos também estruturar a rotina e o ambiente de sala de aula, para assegurar uma alfabetização mais efetiva, por meio do programa Casas de Alfabetização. Os pais também foram envolvidos e receberam cartilhas, em linguagem adequada, sobre como apoiar a alfabetização em casa.
Os resultados são animadores: na avaliação externa aplicada em toda a rede no 1 ano (crianças de 6 anos), 83% já estavam alfabetizados em 2011, sendo 30% em estágio avançado. Em termos percentuais, houve um avanço de 5,9% na proficiência média de leitura e 6,5% na de Matemática, em relação a 2010.
Enquanto as escolas comemoram este resultado, outro nos coloca também numa trilha muito positiva. O analfabetismo funcional do 4 ao 6 anos, que era de 14% dos alunos em março de 2009, caiu para 6,5% no fim de 2011. Ainda desafiador, mas um avanço considerável para o espaço de tempo de menos de 3 anos.
Dar um salto na qualidade da Educação demanda tempo, mas empenho, boa gestão e persistência estratégica podem colocar o analfabetismo funcional na escola como coisa do passado. Falta pouco!
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