terça-feira, setembro 10, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 10/09

Projeto de irrigação prevê aporte privado de R$ 192 mi
O governo federal deve lançar em trinta dias um edital para projetos agrícolas. Será uma concessão de uma área de 17,2 mil hectares em Guadalupe, no interior do Piauí.

A empresa vencedora do leilão terá de investir ao menos R$ 192 milhões em infraestrutura de irrigação na propriedade e poderá explorar o local por 35 anos.

É a primeira vez que o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) usa esse modelo de concessão para projetos do tipo, de acordo com Laucimar Gomes Loiola, diretor do órgão.

Até agora, o próprio governo investia integralmente na infraestrutura para, depois, dar destinação aos terrenos.

"A mudança vai dar mais celeridade à ocupação e, consequentemente, alavancar o desenvolvimento agrícola", afirma o diretor.

Descontadas a reserva legal que deverá ser protegida e uma parte não irrigável da propriedade, o espaço produtivo será de 10,2 mil hectares.

Além do aporte financeiro, o grupo vencedor também terá de incluir pequenos produtores e agricultores familiares em 37% do espaço.

"No restante do perímetro, a empresa poderá fazer a exploração direta", diz.

A mesma região já tem em funcionamento um programa de agricultura irrigada, fruto de uma etapa inicial na qual o governo investiu R$ 148 milhões, segundo Loiola.

Essa primeira fase produziu R$ 11,3 milhões em fruticultura ao longo do ano passado, além de R$ 382 mil com outras culturas.

FILA DE REMÉDIOS
O laboratório farmacêutico União Química vai ampliar em mais de 10% o portfólio de produtos até o ano que vem, quando projeta passar de 600 para 670 medicamentos em carteira.

Os lançamentos serão nas áreas hospitalar, de oftalmologia e de saúde animal. Apenas nos 30 produtos que chegarão ao mercado até dezembro próximo foram investidos R$ 20 milhões, de acordo com Fernando Castro Marques, presidente do laboratório. Em 2014, chegarão outros 40 remédios.

A meta é elevar o faturamento bruto em 26% com o aumento das vendas, principalmente na linha de medicamentos com prescrição médica, segundo Marques. A equipe de vendas também vai crescer cerca de 15%.

Para o empresário, a concorrência de origem estrangeira tem trocado produção por importação.

"Hoje não há multinacionais fazendo remédio no Brasil, pelo contrário, elas estão fechando. Importar é mais fácil do que produzir localmente, pelos custos daqui e pela morosidade nos registros da Anvisa", diz.

"Com novos diretores e técnicos, além da melhoria de processos implantada [no órgão], isso deve melhorar."

Declínio de emprego
Os empregadores brasileiros devem diminuir ainda mais o nível de contratação nos próximos três meses, de acordo com pesquisa do ManpowerGroup.

O levantamento mostra que 22% dos entrevistados no país pretendem aumentar seus quadros de funcionários no próximo trimestre. Pouco menos de 10% devem reduzir e 67%, manter como está.

O índice líquido de contratação (parcela dos que dizem que irão admitir menos os que afirmam que vão dispensar) dessazonalizado ficou em 19% --o menor nível desde o fim de 2009, quando a pesquisa começou a ser feita.

No mesmo período de 2012, o indicador havia ficado em 28%. Apesar da queda, o Brasil está entre os países com melhores resultados, atrás apenas de Índia (cujo índice foi de 41%), Taiwan (35%) e Cingapura (20%).

Na análise setorial do país, a área de finanças é a mais otimista (30%).

Foram entrevistadas 65 mil pessoas em 42 países.

DE OLHO NOS JOVENS
A Ovomaltine lança hoje uma campanha para reposicionar a marca no Brasil com foco nos jovens. Antes, as crianças eram o maior alvo. O aporte é de R$ 20 milhões.

"O objetivo é manter nossa taxa média de crescimento de 30% ao ano", afirma Danilo Nogueira, gerente-geral na América Latina.

A produção no país é terceirizada. A paulista Liotécnica faz o achocolatado em pó e a Castrolanda, do Paraná, fabrica a bebida pronta.

Um quarto das vendas no Brasil vai para a área de alimentação fora de casa, como milk-shakes e outras sobremesas servidas em redes de fast food.

A marca pertence à ABF (Associated British Foods).

PORTO NO PERU
A Odebrecht fechou um contrato de US$ 156 milhões (R$ 355 milhões) para uma obra no porto de Matarani, em Arequipa, no Peru.

O projeto prevê a construção de um sistema integrado de recepção, armazenamento e transporte de minério.

A estrutura terá capacidade de movimentação de 2.300 toneladas por hora.

A construção deve começar no início de 2014.

Há 34 anos no Peru, a empresa brasileira participou de 58 empreendimentos e emprega 15 mil pessoas no país.

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