segunda-feira, abril 08, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 08/04

Multiplan planeja bairro de R$ 900 mi no RS
A Multiplan, administradora de shoppings e incorporadora imobiliária, planeja a construção de um condomínio residencial e comercial em Porto Alegre, ao lado do Barra Shopping Sul -empreendimento da empresa que já está em operação.

O projeto deve demandar R$ 900 milhões em investimentos e levar dez anos para ser concluído. Serão aproximadamente 18 prédios residenciais e dois comerciais.

A Multiplan não comenta o assunto porque está em período de silêncio -a empresa anunciou uma oferta de ações na Bolsa.

O projeto ainda está em fase embrionária. O estudo de impacto ambiental foi entregue à prefeitura gaúcha na semana passada.

O condomínio será erguido em um terreno que pertencia ao Jockey Club do Rio Grande do Sul. Um contrato de permuta já foi fechado, de acordo com o presidente da entidade, José Vecchio Filho.

"Essa troca foi aprovada em assembleia geral. O que os associados não autorizaram foi a venda", diz.

O Jockey ficará com cerca de 15 mil metros quadrados em área construída. Serão espaços para escritórios que poderão ser locados.

"A ideia é rentabilizar o clube, que está precisando gerar receita", acrescenta.

O Jockey tinha 55 hectares. Desses, 17 foram repassados para a Multiplan.

Vecchio Filho acredita que as obras não deverão começas antes do segundo semestre do ano que vem.

"Mas estamos ajudando em todo o processo de viabilização do projeto."

Executivos pessimistas
Pesquisa feita pela PricewaterhouseCoopers mostra que um quarto dos presidentes de empresas (CEOs) de todo o mundo acredita que a economia vá piorar até o final deste ano.

O estudo ouviu 1.330 executivos de 68 países. Em 2012, o número de profissionais de alto escalão preocupados era maior: metade afirmava que a situação estava ruim.

Por outro lado, os CEOs estão de olho em países em desenvolvimento, principalmente da América do Sul, África e Ásia.

Metade dos consultados diz que a recessão nos Estados Unidos vai piorar e que a economia chinesa não vai crescer como o desejado pelas empresas.

O desafio, então, será não aumentar preços de produtos e de serviços.

O levantamento mostra ainda que oito em cada dez executivos acreditam no potencial de crescimento da Ásia, principalmente na região central, que é um grande foco de expansão.

Outras regiões, como a do Oriente Médio, saíram dos planos estratégicos.

Para superar a crise, aproximadamente três quartos dos CEOs entrevistados disseram apostar na retenção de seus melhores talentos.

Desoneração não aumenta competitividade, diz Abiplast
A desoneração da folha de pagamento ajudou, mas a indústria plástica no Brasil ainda não conseguiu fazer frente à concorrência internacional, segundo a Abiplast (associação do setor).

Mesmo com uma economia gerada de R$ 250 milhões na folha de pagamento das empresas, em 2012, a investida dos produtos importados ficaram com boa parte dos 8,5% de crescimento registrado pelo setor.

"Cerca de 7% do nosso mercado foi para nossos concorrentes internacionais", afirma José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast.

A China, os Estados Unidos, a Argentina, o Uruguai e a Itália, com preços atraentes em seus produtos, são os principais concorrentes dos fabricantes brasileiros, conforme Coelho.

"O custo de produção no Brasil ainda é muito caro e a carga tributária continua pesada. A matéria prima fora do país é mais barata do que a que encontramos aqui."

Em 2012, as exportações do setor atingiram US$ 1,29 bilhão ante os US$ 3,51 bilhões das importações.

"O déficit de exportação dobra a cada três anos", afirma o presidente da entidade.

TECLADO E VISOR
A Smart Displayer, empresa de Taiwan que desenvolve tecnologias para meios de pagamento, vai trazer para o Brasil um cartão de crédito com miniteclado e visor.

A tecnologia é usada em países como os Estados Unidos e a Coreia do Sul.

Com ela, quando o cliente fizer uma compra pela internet, por exemplo, terá de digitar uma senha no teclado e, em seguida, receberá no visor um código de segurança para finalizar o processo.

"Foram cerca de cinco anos para desenvolver o cartão", diz Maurício Aracema, representante da marca no Brasil.

O novo produto será lançado nesta semana durante a feira Cards Payment & Identification.

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