FOLHA DE SP - 04/12
Setor de gás de cozinha cresce 1,8% neste ano
Apesar de uma previsão inicial de alta de 2,5%, o mercado de gás liquefeito de petróleo (GLP) --produto utilizado nos botijões de cozinha-- deverá crescer 1,8% neste ano, segundo o Sindigás (sindicato do setor).
Uma elevação maior nas vendas do combustível depende de uma mudança estrutural no segmento, afirma o presidente da entidade, Sérgio Bandeira de Mello.
"O consumidor não pode ver o produto apenas como gás de cozinha. Precisamos convencê-lo a tomar banho em chuveiros com [água aquecida por] GLP", diz.
"Mas essa mudança leva tempo", acrescenta.
O executivo calcula que, se 25% dos chuveiros elétricos do país fossem substituídos pelo sistema de GLP, o setor se expandiria em 12%.
"Seriam consumidas mais 800 mil toneladas de gás por ano", diz. Hoje, são cerca de 7,3 milhões de toneladas.
A expectativa é que a utilização do GLP cresça com a concessão, por parte da Eletrobras, de selos A e B de eficiência energética apenas para edifícios que utilizem gás nas duchas.
Por enquanto, o mercado cresce impulsionado pelo segmento a granel (no qual tanques fixos são abastecidos por caminhões-tanque).
As vendas desse sistema --adotado em indústrias-- correspondem a 25% do total. Elas deverão registrar alta entre 2,6% e 2,7% em 2013.
O faturamento anual da cadeia de GLP, que inclui distribuidores e revendedores, fica ao redor de R$ 22 bilhões.
FORA DA INFORMALIDADE
A informalidade no mercado de gás liquefeito de petróleo diminuiu 76% entre maio de 2011 e outubro deste ano.
O dado é de um levantamento do Sindigás (sindicato nacional das distribuidoras) feito com base em um banco de dados de pontos de venda irregulares.
Os endereços desses locais são denunciados e checados por um instituto de pesquisa.
Até 2010, existiam 36 mil revendas autorizadas pela ANP, que deixavam de faturar R$ 20 milhões por ano devido à concorrência com os ilegais. Hoje, são 54 mil comércios licenciados.
"Isso quer dizer que a busca pela formalização foi acentuada", afirma o presidente do sindicato, Sérgio Bandeira de Mello.
"Houve uma iniciativa da ANP de trabalhar a fiscalização e reforçar essa questão com as prefeituras."
Cerca de 75% dos municípios do país tinham revendedores autorizados há três anos. Agora, a cobertura é de 92%, ainda de acordo com dados da entidade.
"Não conseguimos, porém, calcular quanto as empresas distribuidoras deixam de ganhar [com o comércio informal], mas elas perdem porque o seu revendedor enfraquece", diz o executivo.
PLANOS EM FRANQUIAS
Em uma iniciativa do projeto de expansão da empresa, a Qualicorp, administradora e corretora de planos de saúde coletivos, inaugura hoje a sua primeira franquia, em Santos (SP).
O sistema de franquias vai complementar os canais de venda, formados por corretores próprios e parceiros.
A empresa estima ter outras dez lojas abertas em 2014. A próxima, ainda em cidade indefinida, deverá entrar em funcionamento no mês de fevereiro.
"Atuaremos com franquias nas regiões onde não estivermos presentes, sempre com a venda para pessoas físicas ligadas a uma das cerca de 500 entidades parceiras da empresa", diz o diretor, Eduardo Noronha.
"Temos planos para áreas como Maranhão, Rio Grande do Sul e interior de São Paulo", afirma o executivo.
"Essas franquias rodando a pleno vapor, não ainda em 2014 porque elas precisam de um tempo de estabilização, deverão render para a companhia cerca de 70 mil vidas."
Por ano, entram em média 400 mil clientes novos, segundo Noronha.
"Há cerca de 70 mil cancelamentos por trimestre em uma carteira de 4 milhões de clientes, que é uma média abaixo da do mercado."
R$ 319,3 milhões
foi a receita líquida da companhia no terceiro trimestre deste ano
26,9%
foi o crescimento da receita líquida na comparação com o mesmo período de 2012
R$ 58,6 milhões
foi o lucro líquido do grupo no terceiro trimestre de 2013
4,6 milhões
é o número de beneficiários
TECNOLOGIA EM SAÚDE
O Ministério da Saúde vai assinar uma parceria tecnológica com o Instituto Nacional de Excelência Clínica (Nice), uma agência autônoma de saúde do Reino Unido.
A entidade estrangeira irá desenvolver com o governo brasileiro um programa para examinar as inovações em saúde consideradas importantes para a assistência pública dos dois países.
No Brasil, o Ministério da Saúde afirma ter investido R$ 248,7 milhões em pesquisas no setor neste ano --em 2011, foram R$ 35,5 milhões.
O montante foi aplicado em um conjunto de 215 projetos de pesquisa científica e tecnológica em temas como saúde materna e tratamentos de doenças mais predominantes entre a população.
Além das 215 iniciativas que já receberam aportes, a pasta divulgará outros 88 projetos de pesquisa que serão beneficiados --parte dos recursos virá do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Exame... O grupo de medicina diagnóstica e preventiva Hermes Pardini implantou uma nova tecnologia em TI e gestão. A ferramenta foi desenvolvida pela Pixeon Medical Systems, empresa especializada no segmento médico.
...moderno O objetivo é dar mais agilidade à geração de laudos e reduzir a possibilidade de erros e problemas na comunicação entre médicos, laboratórios e usuários, segundo o grupo. O investimento total foi de R$ 4 milhões.
Tecido alargado As vendas em atacado de tecidos no Estado de São Paulo cresceram 12% em novembro na comparação com outubro. O Sincatvaesp (sindicato do setor) credita a alta à expansão de fim de ano da demanda.
Juros... O governo brasileiro pagou R$ 213 bilhões em juros do início do ano até ontem, segundo dados do jurômetro da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo). Na mesma data de 2012, o equipamento marcava R$ 195 bilhões.
...ampliados A diferença de R$ 18 bilhões, segundo a entidade, seria suficiente para comprar 47 milhões de cestas básicas, pagar 26,5 milhões de salários mínimos ou construir cerca de 18 mil escolas de ensino fundamental.
Kit segurança A Prosegur, empresa de segurança privada, investiu em novos dispositivos para carros-fortes que impedem, por exemplo, o arrombamento de cofres e ampliam a blindagem dos pneus. O aporte foi de R$ 7 milhões.
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