Petistas no pelourinho
O governador Agnelo Queiroz (DF) e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, estão sendo muito criticados no governo Dilma. A presidente deu uma dura em Agnelo, na noite de segunda-feira, porque não gostou de a Secretaria de Segurança ter divulgado uma lista de funcionários do Planalto que estariam envolvidos nos protestos. O governador reconheceu que houve precipitação de seus subordinados. No caso de Haddad, ele está sendo criticado pelo mesmo motivo que o governador tucano Geraldo Alckmin. Ambos se negaram, quando os protestos começaram a ganhar as ruas, a negociar com os manifestantes.
"A mobilização é um repúdio à política marcada pelo fisiologismo e por negociatas. É imperativo ampliar os mecanismos de participação direta da população"
Chico Alencar Deputado federal (PSOL-RJ)
Medo das ruas
Os petistas começaram a fazer gestões para adiar a votação da MP 37, que retira poderes do Ministério Público. Ela está prevista para 26 de junho. Os petistas querem abrir uma nova negociação, pois temem a rejeição da MP.
Os radicais dos radicais
Nem militantes do PSOL e do PSTU escaparam das vaias. Cada vez que um de seus militantes levantava uma bandeira de suas organizações, gerava gritos de protesto. Os manifestantes que saem às ruas estão à margem da esquerda radical.
Para debaixo do tapete
Os sites dos partidos foram econômicos ao tratar dos protestos que sacudiram o país. Os do PT, do PSDB, do DEM e do PMDB não trataram do tema. Os verborrágicos Instituto Teotônio Vilela (tucano) e Fundação Perseu Abramo (petista) silenciaram. Os protestos foram tratados de forma tímida pelo Instituto da Cidadania (Lula). Só tocaram no assunto o PTB, o PPS e o PCdoB.
O candidato
O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, está em campanha pela vaga deixada por Cláudio Fonteles na Comissão da Verdade. Ele esperava ser indicado para o lugar de Gilson Dipp, que renunciou por problemas de saúde.
Retrato do momento
O Vox Populi fez pesquisa no Rio a pedido do PT. Garotinho (PR) lidera com 24%; Lindbergh (PT) tem 21,2%; Cesar Maia (DEM), 11,4%; e Pezão (PMDB), 8,8%. O governador Sérgio Cabral tem 32,4% de ótimo/bom; e a presidente Dilma, 51,7%.
Traduzindo as ruas
O ex-governador José Serra, em conversa com aliados, comparou as atuais manifestações ao movimento Cansei. "Aquele Cansei não pegou, porque ninguém se mobiliza contra imposto. Agora não, o pessoal está dizendo "enchi o saco"", comentou. Ele acrescentou que ainda há um componente lúdico: manifestação é gostoso de se fazer.
O ministro Antonio Patriota
criticou ontem, em Oslo, no Fórum de Mediação, a estrutura do Conselho de Segurança da ONU e as potências mundiais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário