FOLHA DE SP - 09/04
Banco do Brasil estuda criar programa de crédito para a cadeia automotiva
Os valores contratados pelo setor de petróleo e transporte marítimo no Banco do Brasil cresceram de R$ 29,3 bilhões em 2011 para R$ 31,7 bilhões em 2012, o que representa uma expansão de 7,6% no período.
Para este ano, a expectativa é de um incremento de 18%, com um desembolso de R$ 37,4 bilhões.
Apenas no Fundo da Marinha Mercante, para a construção de estaleiros e embarcações de apoio, a alta no financiamento foi de 181%, de R$ 463 milhões em 2011 para R$ 1,3 bilhão no ano passado.
Pelo Programa Progredir, criado para facilitar a obtenção de crédito para a cadeia de fornecedores da Petrobras, o BB sozinho liberou R$ 1,14 bilhão, de julho de 2011 até este mês.
O banco estuda replicar o modelo para cadeias de fornecedores de outros setores. "Deu tão certo que estamos pensando em outros segmentos, como o automotivo", afirma Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente do banco.
"É seguir os recebíveis das cadeias. Eles dão uma certa garantia do fluxo de recebimento", afirma.
O banco repassa recursos do BNDES, mas também usa capital próprio e captações no exterior de até 22 anos de prazo, segundo o executivo.
"Cerca de 70% dos recursos vão para capital de giro e 30% para investimento de fornecedores do setor", diz.
O banco montou uma equipe especializada para atuar na cadeia do segmento, de acordo com Caffarelli.
VALO QUANTO PESA
O tratamento de um paciente acima do peso com problemas cardiovasculares pode custar o dobro do valor gasto com uma pessoa de peso normal, segundo a Orizon, que processa pedidos médicos para os planos de saúde.
As despesas com medicamentos, exames, consultas e internações podem chegar aos R$ 117 mil ante os R$ 56 mil dos pacientes que não sofrem com o excesso de peso.
As doenças do coração foram a principal causa de óbitos no país, nos últimos dois anos, com 20% dos casos registrados pela empresa.
As complicações do sistema respiratório e os tumores foram responsáveis por 19% das mortes.
"O objetivo do estudo é enfatizar a importância da prevenção dessas doenças e mostrar o quanto é desembolsado quando elas viram crônicas. Gasta-se menos quando se previne", diz Cristina Nunes Ferreira, da Orizon.
A pesquisa mostra também que, só com remédios, um diabético pode ter de desembolsar R$ 1.293,68 por ano para o controle da doença.
LUCRO SOCIAL
Um grupo de alunos de MBA da Saïd Business School, da Universidade de Oxford, esteve no Brasil na última semana com o objetivo de pesquisar projetos sociais em que possam aportar capital e conhecimento.
Os estudantes ligados à instituição criaram, em 2006, um fundo (Saïd Business School Venture Fund) que investe principalmente em projetos da Inglaterra -Gana já recebeu capital.
O empreendimento mais cotado no Brasil, por enquanto, é a construção, em parceria com a ONG Pro Natura, de uma planta de biomassa em alguma favela carioca, que poderia produzir energia com a queima do lixo gerado na comunidade.
"Nosso interesse é causar um impacto social e ecológico, mas o projeto tem de dar um retorno para o fundo", diz a estudante Tara Sabre.
O MBA da Oxford vai desenvolver um plano de negócios para a planta.
"A participação do grupo é importante para construirmos a viabilidade econômica do plano", diz.
Além de alocar recursos, os estudantes costumam ajudar no aperfeiçoamento dos projetos, fornecendo acesso a pesquisa e tecnologias. A planta de biomassa deve demandar, pelo menos, R$ 6 milhões, estima Sabre.
MARINAS SUBMERSAS
Novos empreendimentos de marinas náuticas estão parados no Estado de São Paulo. É o que afirma Sérgio Moraes, presidente da Associação das Marinas do litoral Norte de São Paulo (Assona).
"Já gastei cinco anos para tirar um empreendimento do papel. O problema não é o tempo, mas a falta de clareza. Não existe segurança para o investimento e atualmente estamos engessados", diz.
Moraes também é proprietário da Marina Igararecê, em São Sebastião (SP).
A Cetesb afirma ser responsável pelo licenciamento apenas quando há danos na vegetação nativa ou intervenção em área de preservação permanente.
A insegurança do investimento soma-se à falta de espaço no litoral, segundo Klaus Peters, diretor da BR Marinas.
"O setor náutico chegou tarde no Brasil. As áreas costeiras de São Paulo e Rio já estão tomadas por empreendimentos imobiliários e o que sobra são APPs", afirma.
Engenheiros O CEiiA, centro de engenharia parceiro da Embraer no projeto de um avião militar, deve investir cerca de US$ 5 milhões em capital humano até 2014.
Advogados O Campos Mello Advogados tem dois novos sócios. Alex Moreira Jorge assume a área tributária. Terence Trennepohl atuará em direito ambiental e energia.
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