FOLHA DE SP - 22/02
Importação de brinquedos diminui em 2012
A indústria nacional de brinquedos está recuperando o espaço ocupado pelos importados nos últimos anos.
Em 2012, a entrada dos produtos vindos do exterior teve queda de 3,9% em valores e de 3,2% em volume, segundo dados levantados pela Abrinq (associação nacional dos fabricantes) com a Secretaria de Comércio Exterior.
Maior controle de aduanas, perda de competitividade dos brinquedos chineses e medidas adotadas pelo governo brasileiro ajudaram o setor.
"A fiscalização nos portos foi um dos fatores principais. O preço médio do quilo importado cresceu 12,16% em janeiro, o que indica queda de subfaturamento", diz o presidente da entidade, Synésio Batista da Costa.
Para ele, o aumento do salário mínimo na China não afeta muito o mercado brasileiro: "A alta de 19,2% em fevereiro corresponde à uma elevação de 4,9% no preço do brinquedo. Isso não é nada".
Aires Leal Fernandes, diretor da Estrela, discorda.
"Sem dúvida os salários chineses afetaram nosso mix de produtos", diz.
A empresa, que é fabricante e importadora, deve ter 70% de seu faturamento de 2012 ligado à produção nacional.
"Houve anos em que a empresa importava metade", afirma Fernandes.
A desoneração da folha de pagamentos do setor e o câmbios também favoreceram o produto nacional, segundo Fernandes, que acredita que o movimento deve se repetir em 2013. "Neste ano, teremos também energia mais barata."
ADEQUAÇÕES NOS PORTOS
A MP dos portos segue presente na agenda da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Ontem, às 20h, ela ia se reunir com o ministro Leônidas Cristino (Secretaria de Portos).
Hoje, o ministro preside a primeira reunião com entidades sindicais. A abertura de uma mesa de discussões com trabalhadores foi decidida em audiência na Casa Civil com quatro representantes de sindicatos na semana passada.
Na ocasião, Gleisi disse a sindicalistas que o governo poderá fazer "adequações" na proposta, mas "não abrirá mão" de modernizar o setor.
É o que vem reafirmando a ministra: o governo está "firme" em sua disposição de tornar o setor mais competitivo. "Discutiremos o projeto, só não vamos permitir que haja reserva de mercado", afirma.
"A maior parte da nossa carga, 75%, já é de terminal privado", diz ela para contestar a ideia defendida por sindicalistas de que o governo "vai quebrar portos públicos".
Na segunda-feira, Gleisi se reúne com o presidente da ABTP (associação dos terminais portuários).
ESCOLA DE IDIOMA
Menos de um em cada dez executivos de uma amostra de 6.000 profissionais brasileiros são fluentes em espanhol, de acordo com levantamento do PageGroup, companhia que reúne empresas de recrutamento.
A pesquisa mostra que, enquanto 20% das vagas exigem proficiência no idioma, apenas 9% dos candidatos têm a habilidade.
A maior parcela de profissionais que falam espanhol fluentemente se encontra em São Paulo (12%).
Nos Estados de Minas Gerais e Goiás, juntos, apenas 5% dos entrevistados pela empresa afirmaram ser fluentes no idioma.
Quando a análise é feita por setor, as áreas de seguros e logística ficam em primeiro lugar, com 14% cada uma.
Em seguida, aparecem os segmentos de marketing (13%), vendas (11,5) e jurídico (10%).
Confiança na economia cresce entre consumidores
A segurança dos paulistanos em relação à economia teve alta em fevereiro, segundo o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).
O índice passou de 160,55 em janeiro para 165,85 pontos neste mês, incremento de 3,3%. É o maior número desde fevereiro do ano passado, quando o ICC marcou 170,18 pontos. O indicador avalia as expectativas atuais e as expectativas futuras das 2.100 pessoas pesquisadas.
No período, as expectativas atuais subiram 6,3% e as futuras 1,4%.
"O pleno emprego e a renda alta motivaram a sensação de confiança no cenário atual, mas as previsões de baixo crescimento da economia e aumento da inflação provocaram alta menor nas expectativas futuras", aponta Fábio Pina, assessor econômico da entidade.
Silicone... O faturamento da indústria brasileira de silicones aumentou 10% em 2012, atingindo US$ 230 milhões, puxado pelos setores de construção civil e beleza.
...inflado A alta representa o dobro da expectativa da Associação Brasileira da Indústria Química. O setor, porém, teve crescimento menor que a média histórica, de 14%.
Expectativa A entidade espera para este ano uma expansão em torno dos 10%. No Brasil, o consumo de silicone é pequeno quando comparado ao de países desenvolvidos.
São Paulo... A cidade é a que mais tem câmeras de segurança no país, 1,5 milhão de equipamentos, segundo a Abese, associação das empresas de sistemas de segurança.
...vigiada Em 2012, o setor movimentou cerca de R$ 4,2 bilhões, crescimento de 9% em comparação com o ano anterior. Segundo a Abese, a alta deve chegar a 11% em 2013.
Curitiba Eventos médicos na cidade movimentaram mais de R$ 34 milhões e 33 mil turistas em 2012, de acordo com a CCVB, empresa organizadora de eventos.
NO ANZOL
A pouco mais de 30 dias para a Páscoa, os supermercados já estão abastecendo suas gondolas de pescados e frutos do mar.
O Grupo Pão de Açúcar disponibilizará em suas lojas do Extra e do Pão de Açúcar cerca de 2.600 toneladas de bacalhau -5% a mais que no ano passado.
A procura por merluza e cação também deve ser grande e a expectativa é vender mais de 2.000 toneladas desses peixes no período.
Juntos, Extra e Pão de Açúcar esperam aumentar as vendas de pescados em 10% ante o mesmo período de 2012.
O Carrefour informou que negociou 3.000 toneladas de bacalhau salgado e diversos tipos de pescados.
O Walmart Brasil espera 25% de crescimento nas vendas de bacalhau salgado e 16% na comercialização de peixes em comparação ao mesmo período 2012.
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