FOLHA DE SP - 21/05
Mineira faz parceria para construir hotéis
A empresa mineira Briz fechou parceria com a americana do setor hoteleiro Wyndham para desenvolver no Brasil as marcas Super 8 e Wyndham Garden.
O projeto da companhia prevê 200 hotéis com a bandeira Super 8, voltada para o segmento econômico.
"Vamos instalá-los em cidades de médio porte que estão se desenvolvendo com indústrias, petróleo ou mineração", diz Danilo Fonseca, presidente da Briz.
Cada unidade receberá R$ 7 milhões em investimentos. Um único projeto arquitetônico foi desenvolvido para os hotéis, que terão quatro pavimentos e cem quartos.
As plantas serão adaptadas conforme as especificidades dos terrenos escolhidos.
Seis unidades começarão a ser construídas ainda neste ano -todas em Minas Gerais.
A companhia também trabalhará no segmento executivo, com a bandeira Wyndham Garden.
Dois hotéis da marca já estão definidos. Um será próximo ao aeroporto de Confins (MG) e outro, ao Salgado Filho (RS). Juntos, demandarão aporte de R$ 190 milhões.
O projeto da companhia prevê outras cinco unidades com a bandeira, todas perto de aeroportos.
O capital virá de fundos de investimentos. Alguns apartamentos serão comercializados no varejo.
NÚMEROS
R$ 120 mi será o volume do aporte do hotel de Confins
R$ 70 mi serão investidos na unidade de Porto Alegre
Queda no prazo de análise de patente não satisfaz empresariado
A redução de mais de 50% no tempo necessário para a análise de patentes nos últimos cinco anos ainda não satisfaz o empresariado brasileiro, de acordo com pesquisa da Amcham.
Quase metade (46%) dos executivos ouvidos pela entidade classifica a demora no andamento dos processos como a principal deficiência do Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
No ano passado, o tempo médio para análise de patentes foi de 5,4 anos. Em 2006, esse número era de 11,6 anos.
"Reconhecemos que ainda estamos longe do ideal. Nossa meta é que esse prazo seja reduzido para quatro anos", diz Júlio Cézar Castelo Branco, diretor do Inpi.
Para atingir esse objetivo, o instituto precisaria aumentar o número de examinadores de 230 para 700, segundo Castelo Branco.
"São profissionais que precisam ter pelo menos um mestrado. É um processo longo e nós não tivemos investimento suficiente, tanto de pessoal como de infraestrutura."
A má qualidade do serviço é a segunda maior deficiência do Inpi, para 12% dos empresários ouvidos pela pesquisa da Amcham.
INFLAÇÃO EM BAIXA
O número de empresários brasileiros que pretendem elevar os preços de suas mercadorias diminuiu no primeiro trimestre deste ano, ante o último de 2011.
Levantamento da Grant Thornton mostra que, nos próximos 12 meses, 28% das companhias devem aumentar os preço -16 pontos percentuais a menos do registrado no final de 2011.
A crise internacional é apontada como a responsável pela queda. Apesar da baixa, o percentual está acima da média global, de 22%.
A pesquisa também aponta que 72% dos brasileiros acreditam que a receita deve se elevar nos próximos meses, enquanto 56% esperam melhora na lucratividade.
Foram entrevistadas 11,5 mil pessoas em 40 países.
TERRA FORASTEIRA
O Brasil ocupa a vigésima posição no ranking dos países cujos profissionais mais interagem com estrangeiros no trabalho, segundo levantamento do instituto Ipsos.
Registraram-se 16% de respostas positivas, enquanto o número global foi de 27% na pesquisa feita com 26 países. A Índia ficou em primeiro lugar e o Japão, em último.
O português é a língua mais usada no Brasil para interação, citado por 53% dos entrevistados.
Em seguida vêm o espanhol, com 19%, e o inglês, com 18%. No mundo, o campeão é o inglês com 67%.
DE OLHO NO FUTURO
A precaução contra futuras crises aparece como o principal motivo para que os europeus poupem seu dinheiro, segundo o BCG (The Boston Consulting Group).
Em quatro dos sete países analisados pelo estudo, essa razão é a alegada por mais de 40% dos entrevistados.
Na França, o índice é de 46%, 12 pontos percentuais acima do registrado em 2011.
A companhia ouviu mais de 7.500 pessoas entre março e abril deste ano.
Mudança Carlos Storniolo é o novo diretor-geral da Schrader International no Brasil. O executivo entra com a meta de crescer 12% ao ano no próximo triênio. A companhia, que produz válvulas para pneus, ar condicionado e para os segmentos de óleo e gás, tem 300 funcionários.
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