FOLHA DE SP - 07/03
BRASÍLIA - Enquanto o presidente do PT e o líder do PMDB na Câmara batem boca em público, vamos fazer uma outra comparação?
Na Folha de segunda-feira, o repórter Felipe Bächtold nos contou como o PSDB está recrutando e até pressionando azarões para tentar, a duras penas, montar palanques nos Estados para Aécio Neves.
Entre os desconhecidos, estão Paulo Bauer (SC), Luiz Pitiman (DF) e Guerino Balestrassi (ES). Entre os desiludidos, Tasso Jereissati (CE) e Cássio Cunha Lima (PB). E há Estados em que nem esses estão disponíveis. Ah! Sem falar em Bernardinho do vôlei, que é uma celebridade --e não cedeu aos apelos de Aécio para disputar o governo no Rio.
Já na Folha e nos outros jornais de ontem, a foto de Dilma Rousseff trocando juras de lealdade com Lula e cercada de um time da pesada: João Santana, marqueteiro número um do país, Franklin Martins, o bom de briga, e Rui Falcão, que toureia o segundo time do PMDB, enquanto Lula alisa o primeiro time e Dilma dorme tranquila sabendo que, dificilmente, o partido trocará a favorita pelos incertos e não sabidos.
A economia dá más notícias, a política externa esmaece, há um clima de insatisfação no ar, mas Dilma mantém as melhores armas: o cargo, a exposição, o maior cabo eleitoral do país e o tempo de TV.
Como munição, o favoritismo nas pesquisas, pesado financiamento de campanha e uma equipe tinindo. Aliás, duas: a do Planalto e a da campanha. Ganha um doce quem souber o limite entre as duas.
O tempo vai passando e as possibilidades, as equipes e a estrutura de Dilma estão consolidadas e são amplamente conhecidas, enquanto as de Aécio ainda não parecem definidas --quem é mesmo o marqueteiro, coração de uma campanha?
E as de Eduardo Campos, se estão, ninguém sabe, ninguém viu. Gente de ponta, com amplo conhecimento do mapa e das peculiaridades da política nacional, não deve ser.
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