FOLHA DE SP - 02/01
O governo protocolou no Tribunal de Contas da União em 30 de dezembro o recurso para que o órgão reveja a determinação do acórdão da ministra Ana Arraes que barrou o arrendamento de terminais no porto de Santos (SP) e no Pará. No mesmo dia, a equipe de Dilma Rousseff apresentou outro recurso, que contesta ressalvas feitas pelo TCU sobre os investimentos projetados para licitações de ferrovias. Os dois projetos são prioridades do Planalto na área de infraestrutura.
Assim... No primeiro caso, a Secretaria de Portos pede que seja revista a determinação de não publicar os editais antes de serem reapresentadas ao TCU as 19 providências pedidas pela relatora do processo. Isso não ocorreu em decisões relativas a rodovias, aeroportos e ferrovias.
... não Além disso, o governo solicita ao TCU que reconheça a impossibilidade de fixar tarifa teto para todos os arrendamentos, alegando que a decisão limitará a livre concorrência.
Nos trilhos 1 No caso das ferrovias, a Agência Nacional de Transportes Terrestres contesta a redução feita pelo TCU no volume de investimentos, de R$ 6,4 bilhões para R$ 4,8 bilhões, para o trecho entre Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO), o primeiro a ser concedido pelo novo modelo.
Nos trilhos 2 Para o governo, um corte desse montante pode inviabilizar a concessão, uma vez que a disputa se dá com base no valor do investimento: quem fará a ferrovia com menor custo.
Boca... Chefe do Ministério Público do Rio, o procurador-geral Marfan Vieira passou o Ano-Novo na área vip da prefeitura carioca em Copacabana. A festa, patrocinada por cinco empresas, teve bufê e champanhe à vontade.
... livre Vieira chefia o órgão responsável pelas ações na Justiça contra autoridades fluminenses. O procurador não quis comentar sua participação no evento.
Expansão 1 A Prefeitura de São Paulo planeja organizar festas de Réveillon em outros parques da cidade na próxima virada de ano, a exemplo do evento realizado anteontem no Ibirapuera.
Expansão 2 A Secretaria do Verde vai buscar áreas para as festas principalmente na zona norte e na zona leste.
Alternativa Marina Silva fará novas investidas para convencer Luiza Erundina a ser a candidata do PSB ao governo de São Paulo. O movimento faz parte da tentativa da ex-senadora de consolidar o afastamento da sigla da campanha à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB).
Polos... Nos debates que teve com a cúpula do PSB sobre o tema, Marina apontou que o apoio à candidatura de Alckmin seria inadmissível, pois considera que o governo tucano tem um desempenho ruim na educação, uma de suas prioridades para a disputa eleitoral deste ano.
... opostos Outro argumento de Marina é o de que a mensagem de renovação política da Rede e de sua aliança com Eduardo Campos (PSB) seria incompatível com o PSDB paulista, que governa o Estado há quase 20 anos.
Vai indo Um dos chamados "três porquinhos" da coordenação da campanha de Dilma em 2010, Antonio Palocci tem dado sinais de que quer ficar longe da disputa deste ano. O ex-ministro avisou a grão-petistas que pretende passar uma temporada fora do Brasil, a partir de agosto, para fazer um curso.
Lado No programa de televisão do PV, que vai ao ar hoje, o presidente da sigla, José Luiz Penna, defende a "alternância de poder". Boa parte da propaganda é protagonizada por Eduardo Jorge, pré-candidato à Presidência.
Eixo O PV produziu o programa em Brasília, sob o comando do marqueteiro da legenda, Luís Jorge Natal.
TIROTEIO
Já que a gerente Dilma e a economista Dilma fracassaram, só nos resta ter esperança na psicóloga Dilma. Que Freud nos ajude.
DO SENADOR AÉCIO NEVES (MG), presidente do PSDB, sobre a afirmação de Dilma de que a área econômica do governo é alvo de "guerra psicológica".
Contraponto
Contrapropaganda
Após um evento do governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) foi a um botequim no centro da capital paulista para tomar um café e, no caixa, reparou nos maços de cigarro que trazem propagandas que alertam para os males do fumo para a saúde.
Uma das embalagens à mostra afirmava que o consumo de cigarro pode causar impotência sexual. Outro alertava que o fumo pode levar à morte.
Alckmin virou-se para a atendente e perguntou:
-O pessoal lê isso e compra o cigarro mesmo assim?
-Ah, doutor. Eles compram. Mas todos querem o que mata! -respondeu a atendente.
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