segunda-feira, janeiro 20, 2014

Conta oficial da Rio 2016 - ANCELMO GOIS

O GLOBO - 20/01

Os Jogos Olímpicos Rio 2016 vão custar cerca de R$ 7 bilhões. Isto para botar o circo em funcionamento. O objetivo é que estes recursos sejam basicamente privados, oriundos de patrocínios e venda de ingressos.

Segue...
O orçamento não inclui gastos, combinados pelo COI, das três esferas de governo na construção de infraestrutura, alguns equipamentos esportivos e despesas com segurança externa. Na sua elaboração, ficou decidido que o novo presidente da Autoridade Pública Olímpica, general Fernando de Azevedo e Silva, vai integrar o Conselho Diretor, responsável pela autorização de despesas acima de R$ 500 mil.

Galvão de saias
Hoje encerram-se as inscrições para novos narradores do SporTV. Veja só: até agora, dos 10.500 inscritos no projeto “Talentos da Narração”, 1.320 são mulheres. O canal começa a seleção em março, de olho nos Jogos de 2016.

De volta à tribo
Alexandre Padilha vai hoje até a tribo Zoé, no Pará, para assinar portaria com diretrizes de saúde voltadas para os índios que não têm contatos com a civilização. Há dez anos, o ministro trabalhou com os Zoé, ameaçados, na época, de extinção pela pneumonia e malária.

Pura maldade
Maldade do senador João Alberto Capiberibe, adversário de José Sarney, no Amapá, e que fez parte do grupo que visitou o presídio de Pedrinhas, no Maranhão: — Quando cheguei a São Luís comecei a ser atacado por uma dor lombar que me fez parar no médico. Sou agnóstico, mas dá para ficar cabreiro, né?

Livro com ketchup
Por um tempo, as lojas do McDonald’s vão se transformar na maior rede de livrarias do país. A partir do fim do mês, a lanchonete vai distribuir, como parte do McLanche Feliz, livros infantis de, entre outros, autores como Ana Maria Machado, Marcio Vassallo e Caio Ritter. A tiragem por autor beira 2 milhões.

Muitas margens
O escritor Miguel Sanches Neto, que este ano lança pela Companhia das Letras o livro “O móvel mundo”, parte amanhã a bordo de um furgão-escritório para uma viagem diferente. Ele ficará uma semana às margens da RodoNorte, estrada que liga Apucarana a Curitiba, no Paraná, colhendo depoimentos de viajantes.

O livro que sairá da experiência intitula-se “Muitas margens”, patrocinado pela CCR, concessionária da Rodovia do Café.

Aliás...
O trabalho é inspirado em “Os autonautas da cosmopista”, do argentino Júlio Cortázar (1914-1984), que em ritmo lento (demorou quase dois meses) fez uma viagem com a mulher, Carol Dunlop, entre Paris e Marselha, em 1982.

Leonel Brizola
Criação do artista plástico carioca Otto Dumovich, autor de obras como Pixinguinha e Dorival Caymmi, será inaugurada quarta agora, dia 22, estátua de Leonel Brizola (1922-2004), em Porto Alegre. Ficará perto do Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul, onde o gaúcho comandou a Campanha da Legalidade, pela posse de João Goulart, após a renúncia de Jânio, em 1961.

Mãos ao alto!
Só nesse fim de semana a Operação Lapa Presente — que foi lançada dia 1º — prendeu 60 pessoas em flagrantes de drogas e roubos.

Anarrié na Sapucaí
A Quadrilha do Sampaio, do Rio, uma das mais antigas do Brasil, vai desfilar na Mangueira. Serão cem componentes em uma ala e outros 16 no carro alegórico “Festas juninas do Nordeste”, com coreografia criada pelos próprios quadrilheiros. O enredo da verde e rosa é “A festança brasileira cai no samba da Mangueira”.

Feirinha da Pavuna
Imortalizada pela cantora Jovelina Pérola Negra (1944-1998) no samba que diz “na Feirinha da Pavuna, houve uma grande confusão...”, a Feira de Artes da Pavuna briga para se tornar patrimônio imaterial da cidade. O lançamento da campanha é dia 26, com show de Cassiana Belfort, filha de Jovelina.

Em tempo...
A feirinha acontece há mais de 55 anos no bairro carioca e vende de tudo, de comida a sapato.

Ponto Final
Já que todo mundo tem uma tese sobre “rolezinho”, aqui vai mais uma: uma pesquisa com shoppings de Rio, São Paulo, Nova York, Lisboa, Paris e Roma, já mostrou que os shoppings brasileiros são os que mais usam palavras estrangeiras nos nomes das lojas e nas marcas dos produtos. A simbiose deste complexo de vira-lata com a atual onda dos “rolezinhos” é... nenhuma.

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