domingo, novembro 24, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 24/11

Einstein fará prédio para pronto-socorro e 80 leitos
O hospital Albert Einstein vai ampliar seu pronto-socorro e criar 80 leitos com a construção de um novo prédio, atrás de onde está localizada a unidade hoje.

A maternidade também vai se expandir com a transferência das áreas administrativas e de TI para um prédio na avenida Faria Lima (SP).

As obras de ampliação do pronto atendimento começam em 2014 e devem ficar prontas em dois ou três anos. O hospital investe cerca de R$ 200 milhões, entre expansão, um novo sistema de TI, capacitação e manutenção.

"O pronto-socorro é um problema seja no setor privado seja no SUS porque o paciente busca uma resposta imediata, sem ter um caso emergencial", diz o médico Claudio Lottenberg, presidente do Albert Einstein.

A capacidade da UTI neonatal e da maternidade será ampliada com a reorganização de andares especializados, durante o ano que vem.

"Estamos transformando algumas unidades em acomodação de caráter universal, para contemplar especialidades diferentes. Não é fácil porque o Einstein é um hospital sobre o outro: o hospital de cardiologia em um andar, o de ortopedia em outro", afirma.

"Além da mudança, investimos R$ 75 milhões para trocar todo o sistema de TI e mais R$ 75 milhões em capital humano", diz.

A área administrativa, exceto a diretoria, e de tecnologia será desocupada para ceder espaço a leitos para a unidade materno-infantil.

Além de se expandir, o hospital tem procurado melhorar o seu fluxo interno, como na internação e na liberação de quartos, de acordo com o médico oftalmologista.

A reforma no prédio alugado na avenida Faria Lima para a transferência da administração já começou.

HOSPITAL EM ALPHAVILLE
A grande dúvida é para onde o hospital Albert Einstein deve crescer, na região do Morumbi ou fora.

Em Alphaville, na unidade inaugurada recentemente e que já está apertada, há uma reserva técnica, diz o presidente Claudio Lottenberg.

"Cabe um prédio, pode ser que façamos um hospital."

O fator limitante é o capital de investimento.

"Como uma sociedade sem fins lucrativos, temos uma séria preocupação de não endividar loucamente a instituição pela responsabilidade com pacientes e dirigentes", afirma Lottenberg.

Gravidez revisada
Entre setembro de 2010 e setembro deste ano, o número de leitos obstétricos na cidade de São Paulo caiu 20%, segundo a Anahp (associação dos hospitais privados).

A retração é consequência da redução da taxa da natalidade. O aumento da faixa etária das grávidas, no entanto, tem elevado a necessidade de UTIs para bebês.

"Houve um acréscimo no número de leitos de UTI neonatal, pois, como as mulheres passaram a ter seus filhos em idade mais avançada, aumentou a complexidade da gestação", diz Francisco Balestrin, presidente da associação.

ESPECIALIDADE FEMININA
Apesar da constante queda no número de leitos obstétricos particulares, o Grupo Santa Joana, especializado em atendimento à mulher, investe na ampliação de sua capacidade.

O número de berços na unidade intensiva neonatal da maternidade passou de 80 para 110 neste ano.

Foram aportados R$ 10 milhões na expansão.

A unidade dispõe ainda de 142 apartamentos.

Além da maternidade Santa Joana, o grupo é tem a Pro Matre Paulista, em São Paulo, e 50% da Perinatal Laranjeiras e da Perinatal Barra, no Rio de Janeiro.

"Mantemos hoje a fatia de 56,4% dos partos realizados em São Paulo. Só na Pro Matre, são 12 mil procedimentos por ano", diz Antônio Amaro, sócio-diretor do grupo.

Na Pro Matre, são 106 apartamentos e 52 leitos de UTI neonatal.

Na contramão dos hospitais que atendem diferentes áreas médicas, o grupo opta pela especialização na clínica feminina e neonatal.

"Atendemos desde unha encravada até cirurgia cardíaca no neném", acrescenta o médico.

NÚMEROS
162
é o número de leitos em UTI neonatal das maternidades Santa Joana e Pro Matre

12 mil
é o número de partos realizados por ano somente na maternidade Pro Matre Paulista

GP aéreo
Com o aumento da procura de helipontos para garantir o traslado até a Fórmula 1 no GP de Interlagos, hotéis equipados com o serviço chegam a cobrar até R$ 600 por toque (pouso) da aeronave.

Um deles é o Sheraton São Paulo WTC Hotel, localizado na região da Berrini. Em dias comuns, o custo varia entre R$ 350, para hóspedes, e R$ 450 para o público.

"Fica mais caro porque temos de contratar ao menos duas pessoas a mais na equipe de atendimento", diz Maria Luisa Siqueira, proprietária da Net Air, que opera o heliponto do hotel.

O Maksoud Plaza, próximo à avenida Paulista, também cobra R$ 600 por operação.

No Blue Tree Premium Faria Lima, o valor do toque varia entre R$ 250 e R$ 290, mais uma taxa de 5%. Após as 18 horas, há um acréscimo de 50% pela periculosidade.

O heliponto do GP de Interlagos prevê um aumento de 10% no fluxo nesta edição.

Copo... A rede de lojas de cervejas premium Mr. Beer pretende abrir cerca de 55 unidades no ano que vem.

...cheio A meta é fechar 2014 com 150 lojas. Hoje são 94 pontos. Neste ano, foram inauguradas 30 franquias.

Aquisição... A empresa de água mineral Viva comprou a Manacá, que atua no mesmo segmento com a marca Roda D'Água.

...mineral O escritório de direito Azevedo Sette foi o responsável pela negociação, pelo planejamento tributário e pelos contratos da transação.

Pés no... A Neoway Business Solution, de tecnologia, planeja a inauguração de três escritórios no exterior em março de 2014.

...exterior A empresa se instalará na Cidade do México, em Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia). Hoje, está em Florianópolis, São Paulo e Miami.

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