Quebrando a louça
A inabilidade política dos petistas é conhecida, mas anteontem, na votação da Lei dos Royalties, eles se superaram. Oposicionistas se divertiam no plenário da Câmara, dizendo que os líderes José Guimarães e Arlindo Chinaglia competiam para assumir a liderança da oposição. Na tribuna, Chinaglia se referiu ao líder do PDT, André Figueiredo, com as palavras “mentira”, “leviano”, “temerário” e “irresponsável”. Como se a vida se resumisse àquela lei. Guimarães escancarou, em fala batizada de “sincericídio”, o fisiologismo que cerca todos os governos. E proclamou: “Quero discutir quem tem cargo no governo e quem não tem cargo. Quem é governo tem ônus e bônus”.
“O Mercadante está cometendo três equívocos perigosos. Está falando demais, se metendo na área dos outros e acha que está muito forte”
Francisco Dornelles Senador do PP, sobre o falante ministro da Educação
Um desastre para o Rio
A Lei dos Royalties aprovada na Câmara, ao atingir contratos já assinados, prejudica as contas públicas do estado. Esses recursos são usados para cobrir o rombo na Previdência, que ficará a descoberto, se eles tiverem outro destino.
Precisa-se de aliados
Mesmo que consiga viabilizar a Rede, a candidatura de Marina Silva ainda vai precisar de alianças para ter maior viabilidade. Essas alianças garantem um tempo de TV maior. O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) trabalha com a atração de seu atual
partido, do PPS, do novato PEN e de partidos de orientação “cristã”, como o evangélico PSC.
De olho nas urnas
Os candidatos do PT, sobretudo aos governos estaduais, são os mais aflitos com a crise que atravessa o governo Dilma. Desesperados, não veem outra alternativa que não seja recorrer ao ‘salvador da pátria’ e sussurrar o “Volta Lula”.
Dilma e a reforma ministerial
Mesmo pressionada para fazer uma reforma ministerial, depois de ouvir o ex-presidente Lula, a presidente Dilma está inclinada a manter o cronograma e mudar só em abril. Seus auxiliares dizem que uma reforma agora colocaria mais um abacaxi no seu colo e que, num quadro de crise, o mais recomendável é dar segurança, para garantir a unidade, a coesão e a ação dos ministros.
Reduzir as campanhas na TV
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), encomendou projeto que reduz o tempo de propaganda eleitoral na TV para 30 dias no primeiro turno e para 15 dias no segundo turno. Sua intenção é aprovar a lei para o pleito de 2014.
Propaganda e renovação
Para o cientista político Jairo Nicolau, a redução dos dias de campanha na TV “não é convergente com o espírito de renovação” das ruas. Avalia que, com menos tempo, as candidaturas novas e dos menos conhecidos são prejudicadas.
MAIS REBELDES. Na votação dos royalties do petróleo, anteontem na Câmara, o PCdoB e o PSC, ambos da base aliada, votaram contra o governo Dilma.
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