FOLHA DE SP - 11/06
Usina entra em operação com três anos de atraso
A hidrelétrica de Simplício, localizada na divisa entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, entrou em operação comercial quase três anos depois do previsto no contrato de concessão e após responder a indícios de sobrepreço.
Ao custo de R$ 2 bilhões e com 333,7 MW de potência instalada, a obra representa um terço da usina de Belo Monte, em construção no Pará, e tem capacidade para gerar energia a 800 mil pessoas.
É parte dos cerca de 6.000 MW que Furnas, responsável pela hidrelétrica, prevê disponibilizar até 2016, com a conclusão de outros 20 empreendimentos.
Em fevereiro, no sexto balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a usina construída no rio Paraíba do Sul recebeu o carimbo de atenção.
O novo balanço, divulgado ontem pelo governo federal, aponta que as três unidades geradoras já estão em funcionamento, desde a semana passada.
Entre os principais motivos para a alteração no cronograma da obra estão, segundo Furnas, o acréscimo de serviços não contemplados no projeto inicial e o atraso na emissão de licenças ambientais e de autorizações para a retirada de vegetação.
As obras também perderam a janela hidrológica, período de menos chuvas, além de enfrentarem decisões contrárias na Justiça.
No ano passado, por exemplo, a Justiça Federal chegou a suspender o enchimento do reservatório, etapa fundamental para o início da operação.
Ao Tribunal de Contas da União, que apontou em 2011 indícios de sobrepreço, Furnas disse que não houve irregularidades, mas adequações.
A estatal ainda é responsável pela hidrelétrica de Batalha, entre Minas e Goiás.
Para menores
O seguro para pequenas e médias empresas cresceu quase 22% no primeiro quadrimestre do ano, ante o mesmo período de 2012, segundo a FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais).
Chamada de compreensivo empresarial, a modalidade superou o ramo de seguros patrimoniais, que registrou crescimento de 14% no período, e dos seguros em geral, que tiveram alta de 18%.
"O aumento da renda do trabalhador alimenta o consumo, o que permite um crescimento sustentável das médias e pequenas empresas", diz o diretor-executivo da FenSeg, Neival Freitas.
"Isso faz com que elas tenham condições de procurar proteção para seus patrimônios, o que representa um círculo virtuoso."
Chá morno na Inglaterra
A confiança do consumidor na Inglaterra subiu cinco pontos em maio, ante o mês anterior, segundo índice da GfK que varia de -100 a 100 --valores negativos indicam que a avaliação está abaixo da média no longo prazo.
O indicador, porém, permanece negativo, em -22.
O subíndice que mensura as considerações dos ingleses em relação ao desempenho econômico dos últimos 12 meses foi o que alavancou a alta --subiu nove pontos.
Foram entrevistadas cerca de 2.000 pessoas. A margem de erro é de 2%.
CONTRATADOS E DEMITIDOS
A expectativa líquida de emprego para o próximo trimestre no país diminuiu dois pontos percentuais, na comparação com os três meses anteriores, e ficou em 28%.
O indicador é um cálculo feito com a porcentagem das empresas que pretendem contratar menos o percentual das que preveem demissões.
Apesar da queda, o Brasil é o segundo país com maior índice, atrás apenas de Taiwan, com 40%, segundo pesquisa do ManpowerGroup.
"O Brasil está sofrendo impactos da crise internacional, mas [as empresas] ainda veem possibilidades aqui" afirma Marcia Almström, diretora da companhia.
O mercado de trabalho de São Paulo, porém, deve se aquecer no trimestre que se inicia em julho. A expectativa no Estado aumentou cinco pontos percentuais ante os três meses anteriores e ficou em 32%.
Paraná e Minas Gerais registraram retração no índice.
Na análise por setor, o de construção civil foi o que teve a maior queda: 16 pontos percentuais, alcançando 25%. Na indústria, a diminuição foi discreta, mas o mercado já se encontrava em patamar mais baixo e o índice foi de 22%.
Foram entrevistados 66 mil empregadores em 42 países. A margem de erro é de 3,4%.
Publicidade sobre rodas
Uma audiência pública será realizada hoje de tarde na Câmara dos Deputados para discutir um projeto de lei que coloca restrições às propagandas de carros.
A ideia é proibir peças publicitárias que demonstram infrações de trânsito e que induzam a atividades violentas ou ilegais no trânsito, de acordo com o texto.
O projeto, se aprovado, deverá introduzir a alteração no Código de Trânsito Brasileiro.
Foram convidados representantes do Ministério da Justiça, do Ministério das Comunicações, do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
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