domingo, maio 05, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO LIVRE

FOLHA DE SP - 05/05

Mercado livre projeta queda de preço de energia em 2014
O preço médio dos contratos de energia para o mercado livre (grandes consumidores) deverá ser de R$ 154 por MWh (megawatt-hora) em 2014, segundo a Brix, plataforma eletrônica de negociação de energia elétrica.

O valor médio referente às regiões Sudeste e Centro-Oeste reflete uma queda de 0,65% ante a previsão de março.

A expectativa é que até o fim deste ano, o preço médio da energia fique em R$ 285,67 por megawatt-hora.

"O valor deverá continuar em queda. Para 2015, o prognóstico é de R$ 126,00 por MWh", diz Marcelo Mello, CEO da Brix.

"Quanto mais distante, mais incerto o preço. Não há previsão meteorológica confiável nem daqui a seis meses", lembra Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc Energia. "Mas no futuro, quando o preço está muito alto, ele cai sempre."

A expectativa é que em algum momento volte a chover muito e os preços recuem.

Em 2013, ano de preço médio recorde da energia, o custo permanecerá em patamar elevado, na faixa de R$ 300 por MWh, devido ao baixo nível dos reservatórios.

O grande consumidor não costuma ficar exposto ao mercado de longo prazo. Procura contratar ao menos uma parte da energia.

Há fenômenos climáticos previsíveis, que indicam a tendência do tempo, como o El Niño. Ele provoca mais chuva no Sudeste, e o nível dos reservatórios sobe. Para este ano, a tendência está neutra, segundo Vlavianos.

ENTROU DE GAIATO
Muita gente não entendeu bem os critérios do governo na lista de desonerações. Tem setor que foi incluído só por tentar discutir no governo essa possibilidade.

Em maio passado, quando saiu a primeira relação dos escolhidos, várias associações industriais se assanharam com o alívio da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos e passaram a pleiteá-lo também.

O presidente de uma delas, que pediu para não ser identificado, conta que a sua entidade pediu uma reunião no governo federal apenas para discutir a eventual inclusão de alguns segmentos.

"Meu secretário só mandou um e-mail solicitando o encontro para examinarmos se seria viável a desoneração de tal e tal item", relata.

Quando saiu a segunda onda de desonerações em outubro do ano passado, todo o setor havia sido incluído.

"Eles [o governo] colocaram todos os segmentos, só porque pedimos uma audiência, e sem que tivéssemos apresentado documento algum. Houve desespero na indústria", afirma o presidente da associação.

"A troca de 20% sobre a contribuição previdenciária por um percentual do faturamento foi boa para alguns segmentos e péssima para quem têm pouquíssima mão de obra e alto faturamento."

Campinas abre licitação para corredor de ônibus rápido
Depois de engavetar uma proposta do Legislativo que criaria um rodízio de veículos, a cidade de Campinas (SP) vai abrir na próxima semana uma licitação para o projeto básico do BRT (sistema rápido de ônibus).

O custo do projeto é estimado em R$ 7 milhões, e os recursos totais reservados para o novo sistema são de R$ 340 milhões.

A maior parte será paga pelo governo federal. Desse valor, R$ 40 milhões virão dos cofres da prefeitura.

Após a definição do projeto, será aberta uma licitação para o início das obras, por meio do Regime Diferenciado de Contratação, que reduz prazos da legislação sobre concorrências públicas.

O objetivo é que o BRT seja inaugurado em 2016, com dois corredores (de 19 km e 14 km) que passarão por regiões populosas da cidade.

"Hoje o trânsito é o terceiro maior problema apontado pela população, atrás de saúde e segurança", diz o prefeito Jonas Donizette (PSB). "A solução é o investimento em transporte público", afirma.

O BRT (da sigla em inglês Bus Rapid Transit) foi adotado por outros municípios brasileiros e prevê corredores separados das pistas para carros, agilizando o percurso.

Empresa investe R$ 100 milhões para explorar diamante na BA
Com R$ 100 milhões em investimentos, a Lipari Mineração, empresa brasileira comandada pelo belga Maurice Aftergut, vai começar a produzir diamantes em escala comercial na Bahia em 2015.

A companhia estuda uma mina de kimberlito (rocha que é fonte de diamantes) em Nordestina (BA) há cinco anos. As pesquisas apontam que será possível produzir 225 mil quilates anualmente durante sete anos --o preço do quilate é de cerca de US$ 280.

A implantação do projeto começará ainda neste ano, de acordo com o CEO da Lipari, Kenneth Johnson.

Em 2014, os equipamentos da planta serão testados e a exploração da mina, iniciada. No primeiro trimestre de 2015, os diamantes já devem ser comercializados.

A produção será exportado. "É preciso enviá-los a centros de lapidação, os principais ficam em Tel Aviv [em Israel], na Bélgica, na China e na Índia", diz Johnson.

Recursos de Hong Kong, do Canadá e da Bélgica estão envolvidos no projeto.

Aftergut, presidente da Lipari, é também diretor-geral da Aftergut & Zonen, companhia criada em 1956 em Antuérpia --cidade belga conhecida como o centro mundial de lapidação de diamantes.

VIAGEM EM 90 SEGUNDOS
Porto Alegre deve testar a partir do próximo mês o seu aeromóvel, veículo leve movido por meio de propulsão a ar que vai ligar o aeroporto internacional Salgado Filho a uma estação de metrô.

Os testes serão abertos para passageiros da cidade em alguns horários, mas a operação comercial só deve ter início no segundo semestre.

O aeromóvel custou R$ 37,8 milhões e foi bancado pelo governo federal.

Quem sai hoje do metrô mais próximo ao aeroporto precisa esperar um ônibus ou atravessar uma passarela de 300 metros de extensão.

Com a nova obra, o percurso será feito em 90 segundos, numa viagem sem ruídos, confortável e que não vai emitir poluentes gasosos, de acordo com a companhia de trens urbanos Trensurb.

A empresa é uma sociedade de economia mista composta pela União (99,28%), pelo Estado do Rio Grande do Sul (0,56%) e pela Prefeitura de Porto Alegre (0,16%).

Ainda segundo a Trensurb, o projeto usou tecnologia 100% nacional e foi totalmente desenvolvido no Brasil, pelo grupo gaúcho Coester.

A previsão é que o aeromóvel transporte diariamente mais de 7.000 passageiros, das 5h às 23h30.

DE PORTAS ABERTAS
O número de turistas russos e chineses que vieram ao Brasil aumentou em 2012, segundo dados da Embratur.

Cerca de 50 mil chineses visitaram o país, o que significa um aumento de 13,5% em relação a 2012.

Os russos foram aproximadamente 25 mil e refletiram um crescimento de 11% no mesmo período.

Com isso, a China é o 17º país que mais envia turistas ao Brasil, e a Rússia, o 26º.

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