quarta-feira, março 06, 2013

Marcha da discórdia - VERA MAGALHÃES - PAINEL


FOLHA DE SP - 06/03

Com a pretensão de reunir 40 mil pessoas em Brasília, hoje, a marcha dos trabalhadores acontece em clima de conflagração entre Força Sindical e CUT. Enquanto a primeira tenta transformar a mobilização em protesto contra a medida provisória dos Portos, a segunda defende o governo. Vágner Freitas, presidente da CUT, vê risco de o evento "se curvar aos interesses dos patrões", em referência ao fato de a Força ter articulado com empresários do setor portuário a reação à MP.

Atracadouro Dirigentes da Força pretendem instalar dois contêineres similares aos usados nos portos na Praça dos Três Poderes para dar visibilidade ao protesto contra a MP. Oito ônibus de portuários partiram de Santos para engrossar a marcha.

Sem sinal O Palácio do Planalto sabia desde a manhã de ontem que o quadro de saúde de Hugo Chávez era gravíssimo. Dilma Rousseff tinha conversa marcada com Nicolás Maduro no mesmo horário em que o sucessor anunciou a morte do presidente venezuelano.

Plantão Dilma estava em seu gabinete com o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia quando soube, pela TV, da morte de Chávez.

Day after Apesar de ter cancelado viagem à Argentina, a presidente mantinha, até a noite de ontem, evento comemorativo de lançamento de nova fase do PAC com todos os governadores hoje.

Impedido José Dirceu gostaria de ir a Caracas para o funeral do amigo Chávez. Mas, condenado pelo mensalão, está com o passaporte retido por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).

Bonde O PT fechou ontem mais duas escalas da caravana de Lula e dos dez anos do partido no governo federal: dia 15 de abril, em Belo Horizonte, sobre Educação. E dia 25, em Porto Alegre, para tratar de "nova geopolítica".

Onde dói 1 Apontada como justificativa por Joaquim Barbosa, a crônica dor nas costas do presidente do STF não é o motivo do destempero verbal com que ele se dirigiu a um jornalista ontem.

Onde dói 2 A irritação do ministro se deve a levantamentos em curso por parte da imprensa sobre gastos com reformas nos gabinetes e apartamentos dos ministros, além de viagens. Os dados referentes ao presidente da corte teriam chamado a atenção.

Vai fundo O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), usou a reunião de bancada ontem para tranquilizar Lindbergh Farias (RJ) e Eduardo Suplicy (SP). Mandou recado do presidente da sigla, Rui Falcão, de que a direção do partido não impedirá suas candidaturas em 2014.

Só que... Quem ouviu notou que Dias falou mais de uma vez que Lindbergh e Suplicy poderão "pleitear" a candidatura ao governo do Rio e à reeleição por São Paulo, respectivamente. Mas não garantiu legenda para nenhum dos dois.

Photoshop O novo procurador do Senado, Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), promete fazer "ampla publicidade reparadora de matérias veiculadas na imprensa com o objetivo de ofender a Casa e seus integrantes".

Acordo O PT acertou ontem apoio ao tucano Samuel Moreira à presidência da Assembleia paulista. Petistas indicaram Enio Tatto à secretaria-geral da Casa. A eleição ocorre no dia 15.

Visita à Folha Carlos Oliveira, bispo responsável pelas Relações Institucionais da Igreja Universal do Reino de Deus, visitou ontem a Folha. Estava com Renato Parente, assessor de imprensa.

com FÁBIO ZAMBELI e ANDRÉIA SADI

tiroteio
"Equilíbrio e serenidade são pressupostos do exercício da magistratura, sobretudo para o presidente do Supremo Tribunal Federal."
DE NINO TOLDO, presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), sobre críticas de Joaquim Barbosa aos magistrados e o ataque a um jornalista.

contraponto


Não existe amor na internet


Assíduo no Twitter, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) costuma divulgar realizações da pasta e interagir com seguidores - inclusive com a versão "fake" da presidente Dilma Rousseff. Nesta segunda, ele postou:

- Ganhei o dia! Marianna, que esperava há anos, evolui bem após mutirão de cirurgias para escoliose.

A "Dilma Bolada" respondeu com um coraçãozinho.

-Eu também! -, retribuiu o ministro para a "chefe".

-Padilha, o coração não era para você, era para a Marianna! -, fustigou a personagem, famosa por fazer paródias das famosas "broncas" da Dilma real.


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