FOLHA DE SP - 19/10
Novas farmacêuticas acirram busca por CEOs
A criação de novas empresas farmacêuticas neste ano, como as gigantes BioNovis e Orygem Biotecnologia, acirrou a busca por executivos especializados para comandarem os laboratórios.
Na consultoria de recursos humanos Michael Page, o setor de cuidados com a saúde, que reúne farmacêuticas, planos de saúde, hospitais e equipamentos, recrutou 50% a mais de profissionais neste ano, ante 2011.
Na Fesa, também especializada em recrutamento, a procura por esses executivos começou a aumentar há dois anos, segundo André Pasternak, sócio da companhia.
Por a indústria farmacêutica ser muito especializada, as empresas focam em profissionais vindos do próprio setor para assumirem os cargos de presidência.
"É uma área altamente regulamentada e que demanda um conhecimento técnico para definir a estratégia de posicionamento perante a Anvisa. A alta incidência de farmacêuticos vem se fortalecendo", diz Pasternak.
Segundo Alfredo Assumpção, CEO da Fesa, a indústria "não é tão grande, mas precisa de especialistas com formação, de preferência, em farmácia ou medicina e especializados em gestão".
"A formação técnica é grande um diferencial, mas quase não se encontram profissionais com esse perfil. O que sempre se procura é alguém acostumado com um mercado que tem tantas regras específicas. Caso contrário, a demanda da curva de aprendizado é muito grande", afirma Raphael Revert, da Michael Page.
EMPRESÁRIO PENALIZADO
O ex-ministro da Justiça Miguel Reale Jr. vai anunciar na semana que vem uma parceria de seu escritório com a banca CAZ Advogados, de Helena Lobo da Costa e Marina Pinhão Coelho Araújo.
Para o professor da USP, códigos de conduta, que são importantes e devem ser rigorosos, têm se voltado contra a direção das empresas.
"Esses códigos e o 'compliance' [área que zela pelo cumprimento de normas internas e legislação] se transformaram em coqueluche nas empresas", diz.
"Em caso de delito, se há 'compliance', considera-se que o empresário é que não controlou devidamente. Ele passa a ser coautor do crime", acrescenta Reale Jr.
Essa penalização já ocorre na área ambiental, destaca. O novo Código Penal, como está atualmente, e em cuja aprovação o professor não acredita, vai nessa linha, considera ele.
O direito penal vira tábua de salvação.
"A primeira solução que surge é: 'vamos estabelecer responsabilidade penal', que é o último recurso."
Antes, há penas administrativas, lembra ele, como suspensão das atividades da empresa e proibição de contratação pelo poder público.
BIONEGÓCIO
Três anos após sua formação, a Fibria, empresa de fabricação de celulose de eucalipto, inaugurou ontem o Centro de Tecnologia (CT), em Jacareí, no Vale do Paraíba.
Além de investir US$ 20 milhões (R$ 40 milhões) no capital da norte-americana Ensyn para ter acesso a uma tecnologia que transforma biomassa em combustíveis renováveis, a empresa aportou R$ 8 milhões na construção dos laboratórios e na compra de equipamentos.
No CT serão feitos estudos em biotecnologia e biorrefinaria, incluindo pesquisas para identificar técnicas de manejo florestal e desenvolvimento de novos produtos.
Presidente...
O presidente mundial da Honda, Takanobu Ito, estará no Brasil na próxima semana para o Salão Internacional do Automóvel, que começa na segunda-feira.
...automotivo
Essa será a primeira vez que o principal executivo da empresa participará do evento. Ele fará a abertura do estande da companhia na feira.
Pagamento
A irlandesa Fexco, provedora de serviços de processamento de transações financeiras, inaugurou em São Paulo seu primeiro escritório da América Latina.
Ginástica
A academia Reebok Sports Club, de São Paulo, está investindo R$ 10 milhões na expansão de suas unidades do shopping Cidade Jardim e da Vila Olímpia.
Moda...
A fabricante de bonés americana New Era, em parceria com a Marc4, abriu nesta semana seu primeiro escritório e showroom no Brasil, na cidade de São Paulo. A empresa possui o licenciamento para produtos do UFC e de equipes brasileiras de futebol.
...na cabeça
A empresa está presente em 1.200 pontos de venda no país, onde comercializa cerca de um milhão de bonés por ano. A expectativa é um crescimento de cerca de 70% neste e no próximo ano, segundo Christopher H. Koch, CEO mundial da New Era.
FUTURO NEGATIVO
O pessimismo dos consumidores alemães em relação ao futuro econômico do país chegou ao seu nível mais baixo desde o início de 2011.
É o que mostra um levantamento realizado pela GfK que mediu as expectativas econômicas de doze países da Europa.
O indicador elaborado pela empresa vai de -100 a 100 pontos, sendo que valores negativos indicam que a avaliação do consumidor está abaixo da média no longo prazo.
A Alemanha, que marcou três pontos positivos na última aferição, caiu para -17,3. Os índices mais baixos foram registrados em Portugal e na Espanha, com -57 e -52 pontos, respectivamente.
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