domingo, janeiro 29, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 29/01/12



Preços dos imóveis em SP desaceleram em 2011


Os preços dos imóveis residenciais na cidade de São Paulo desaceleraram em 2011 na comparação com 2010, após forte valorização nos anos anteriores.

A alta no valor médio do metro quadrado por área útil ficou abaixo da inflação no caso dos lançamentos com dois, três e quatro dormitórios (6,43%, 5,53% e 5,43%, respectivamente).

A exceção foi para unidades de um quarto, que tiveram elevação de 19%, superior aos 6,5% da inflação oficial (IPCA), por causa da forte demanda.

Apesar disso, houve diminuição do ritmo de alta -a elevação anual ficou abaixo da registrada em 2010, que tinha sido de 72% ante 2009.

"A tendência é de estabilização em 2012, com aumentos seguindo a inflação", afirma Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), responsável pelo levantamento, feito com dados preliminares que podem ser revisados.

O vice-presidente de imobiliário do SindusCon-SP (sindicato da construção), Odair Senra, diz que os preços continuarão subindo em um patamar superior à inflação.

"O terreno é cada vez mais escasso e a demanda continua elevada."

Os apartamentos com um dormitório foram os que registraram o maior preço de metro quadrado por área útil, com média de R$ 8.621.

"Essas unidades são direcionadas para a classe média alta e costumam estar em bairros nobres."

Acomodação de lançamentos

O lançamento de imóveis residenciais na capital paulista caiu 1,38% em 2011 na comparação com o ano anterior. Foram 37, 7 mil unidades ante as 38,2 mil de 2010.

Na região metropolitana de São Paulo a queda foi mais acentuada. Foram lançadas 65,3 mil unidades -redução de 7,73% ante o ano anterior.

Apesar disso, foi o segundo melhor desde 1985, quando teve início a série histórica feita pela Embraesp.

Os especialistas atribuem a retração a uma desaceleração na economia. Além disso, afirmam que trata-se de uma "acomodação natural".

"O mercado não está esfriando, apenas se adequando a um novo patamar, que é elevado", diz o vice-presidente de imobiliário do SindusCon-SP, Odair Senra.

Cidade do PR quer ser vista como sede de aeroporto

A Prefeitura de São José dos Pinhais, a 20km de Curitiba, entrou na Justiça contra União, Anac e Infraero. Motivo: para que o nome da cidade seja reconhecido como sede do Aeroporto Internacional Afonso Pena.

Nas comunicações das autoridades aeronáuticas, o aeroporto aparece como sendo em Curitiba. "Essa confusão agride o patrimônio cultural e a moral da população", diz Luiz Carlos da Rocha, secretário de Comunicação da prefeitura. Ele acredita que ser incluída como destino nos sistemas dos aeroportos gerará benefícios econômicos.

"Muita gente que tem compromisso em São José dos Pinhais se hospeda em Curitiba sem saber que o aeroporto fica aqui", diz Rocha.

A prefeitura ajuizou uma ação declaratória para que a lei seja cumprida. Esse tipo de ação não prevê sanção, mas, futuramente, uma decisão judicial pode definir multa por descumprimento.

A Infraero informou ter sido notificada, "mas que vai avaliar o teor da ação para se pronunciar". A Anac diz não ter sido notificada. "Quando formos notificados, teremos até 60 dias para fornecer todos os subsídios para o julgamento e a análise da ação", diz a agência.

PORTUGUÊS IMOBILIÁRIO

O grupo português Selecta lançará até o final do primeiro semestre deste ano seu primeiro fundo no Brasil.

A companhia espera atingir R$ 200 milhões com a nova operação, que já foi registrada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e está em fase de captação.

O foco dos investimentos deverá ser o setor imobiliário, de acordo com o principal executivo do grupo no Brasil, José Macedo.

"Nossa intenção é buscar imóveis prontos ou em fase final de construção."

Galpões, hotéis e shopping centers estão na mira do grupo. "Vamos ouvir a intenção dos nossos investidores, que devem ser menos de dez, mas a ideia é buscar algo que gere renda rapidamente", diz Macedo.

O valor mínimo para investir na operação, voltada principalmente para fundos de pensão, é de R$ 1 milhão.

Em Portugal, o grupo administra sete fundos que, somados, ultrapassam € 500 milhões (cerca de R$ 1,15 bilhão). "São todos especializados em um setor da economia, pois é mais fácil de administrar", afirma Macedo.

Conexão... 
O Estado do Amapá começará a ter acesso a internet por cabo de fibra óptica a partir do segundo semestre deste ano. O projeto, orçado em R$ 32 milhões, foi formalizado na semana passada pelo governo estadual e a Oi.

...amapaense 
"As licenças necessárias devem ser obtidas em 30 dias e as obras terão duração de seis meses", diz o governador Camilo Capiberibe. Metade do valor do projeto será compensado por incentivos da parte do Estado.

Euforia... 
O otimismo entre os consumidores alemães continua em alta. A propensão a comprar em janeiro atingiu 41,8 pontos (em uma escala de -100 a +100) no indicador da empresa GfK. Valor maior só foi registrado em dezembro de 2006.

...na Alemanha 
A expectativa de renda marcou 34,1 pontos, permanecendo constante em relação a dezembro (34,0 pontos), enquanto a expectativa de renda subiu 8,4 pontos e chegou a 7,5.

Expansão O Consórcio Embracon abrirá entre 15 e 20 novas filiais neste ano. O objetivo da empresa, que tem 70 filiais em 20 Estados, é alcançar presença em todas as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes em seis anos.

PRATO COMERCIAL

Mais de 80% dos restaurantes brasileiros aumentaram seu quadro de funcionários no ano passado, segundo a ANR (Associação Nacional de Restaurantes).

As contratações foram um reflexo do desempenho do setor, no qual 83% dos estabelecimentos apresentaram crescimento em 2011.

A pesquisa levou em conta os resultados de mais de 4.200 restaurantes do país.

Brasil na Mídia

O Brasil como local para se investir foi um dos assuntos sobre o país mais abordados pela mídia estrangeira em 2011.

Levantamento feito pela empresa Imagem Corporativa, com base em 15 publicações internacionais, mostra que o tema apareceu 960 vezes no ano -mais que o dobro do registrado em 2010.

O número de reportagens que falam do país de forma negativa também cresceu no período. Em 2010, elas representaram 18,8% do total. No ano passado, foram 26,6%.

Casos de corrupção começaram a aparecer mais na mídia em decorrência da escolha do país para sediar a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.

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