O Estado de S.Paulo - 01/12
Sabe quando uma criança fica enchendo o saco do pai porque quer porque quer mexer no celular dele, e o pai pega um celular velho e quebrado, dá pro filho e fala: toma, pode brincar? Daí o filho se fecha em seu mundo brincando com o aparelho estragado, mas crente que está falando com o mundo todo? Isso é exatamente o que eu penso que é a tal famigerada Comissão de Direitos Humanos e Minorias presidida pelo deputado, barra pastor, barra polêmico, barra (preencha a lacuna com o que quiser) Marco Feliciano.
Já reparou que tudo o que foi aprovado e decidido por essa importantíssima comissão nunca deu em nada na prática? Não foi adiante e nem gerou nada, além de barulho na mídia. Nunca nem tramitou na Câmara nada do que eles decidiram. Tudo aquilo que foi posto em discussão por eles parou um metro e meio depois.
Eles só se apegam a assuntos de interesses próprios. E têm uma fixação com gays. Meu Deus, tudo são os gays. Eles não podem casar, eles não podem entrar em cultos, eles não podem se beijar, eles não podem, eles não podem, eles não podem... Nunca é uma decisão que os gays possam alguma coisa. É sempre proibindo. Curioso uma comissão que cuida dos direitos humanos ficar impedindo pessoas de serem livres.
Eu acho que, na real, ninguém leva muito a sério o que esse pessoal do CDHM fala, sabia? Eles são meio café com leite, tadinhos... É como se quem tá na Câmara e no Senado fosse os adultos recebendo os amigos em casa e os membros da comissão fossem as crianças brincando no quarto. Fazem barulho, se divertem, convivem no seu próprio mundo de fantasia, mas não representam nada de muito relevante pra ninguém, a não ser entre eles mesmos.
E repare que, como as crianças, eles acreditam de verdade naquilo que estão fazendo. Se dão muita importância, acham que estão vivendo a vida, quando na verdade estão só passando o tempo. A população não dá a mínima pra eles, o governo não dá a mínima pra eles, mas, afinal, quem dá alguma coisa por eles? Eles estão lá, claramente, para ocupar algum buraco.
Pensando nisso, eu sugiro a criação de mais comissões. Comissões para encostarmos uns Sarneys e Malufs da vida. Que tal? Comissão das Decisões Éticas e Corretas, presidida por Anthony Garotinho. Comissão da Importância da População para o Desenvolvimento do Estado, presidida por Roseana Sarney. Comissão da Tolerância e do Respeito, presidida pelo Bolsonaro. Aí fica toda essa corja num canto brincando de achar que decidem alguma coisa, enquanto aquela meia dúzia que presta toma as decisões de verdade.
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