O GLOBO - 21/10
O Instituto Líderes do Amanhã promoveu na semana passada, em Vitória, seu primeiro Fórum Liberdade e Democracia. São jovens lideranças empresariais que se reúnem nos mesmos moldes do Instituto de Estudos Empresariais, de Porto Alegre, e do Instituto de Formação de Líderes, de Belo Horizonte. Os gaúchos já estão em sua 26ª edição anual, sob a inspiração de Jorge Gerdau, enquanto os mineiros reúnem-se há quatro anos coordenados por Salim Mattar.
O pronunciamento de abertura do fórum coube a Eduardo Campos, governador de Pernambuco e provável candidato presidencial pelo PSB. Reconhecendo os esforços dos tucanos pela estabilização e dos petistas pela inclusão social, Campos defende a ruptura com o modelo político atual. É tempo de reformas, o Brasil precisa mudar. E as mudanças começam pela política.
A exigência de mudanças faz sucesso nos meios empresariais, pois é evidente o esgotamento do atual modelo de alternância no poder por meio de alianças conservadoras e fisiológicas, em nome da governabilidade. E o basta não vem apenas em nome do combate à corrupção, mas também pelo fraco desempenho econômico. Somos prisioneiros de uma armadilha do baixo crescimento exatamente pela falta de reformas.
Nosso atraso institucional é amplo, geral e irrestrito. Mesmo onde avançamos, como ocorreu no caso do Banco Central em seu papel crítico de linha de frente no combate à inflação, o bom desempenho dependeu mais de indivíduos do que de uma robusta definição institucional. O que parece também ter ocorrido agora no falso despertar do Poder Judiciário: a opinião pública acredita mais no ministro Joaquim Barbosa do que no compromisso institucional do Supremo tribunal Federal com a regeneração de nossas práticas políticas.
O Brasil teve o maior ritmo de crescimento da economia mundial nos primeiros três quartos do século passado. Mas a economia foi perdendo o rumo ao longo do regime militar e mergulhou no caos da hiperinflação na transição para as eleições diretas. Se, por um lado, avançamos na estabilização e na inclusão social, por outro lado estamos muito longe de realizar o elevado potencial de crescimento sustentável de que somos capazes. Isso não ocorrerá sem uma formidável agenda de reformas econômicas, em um novo ambiente político.
O pronunciamento de abertura do fórum coube a Eduardo Campos, governador de Pernambuco e provável candidato presidencial pelo PSB. Reconhecendo os esforços dos tucanos pela estabilização e dos petistas pela inclusão social, Campos defende a ruptura com o modelo político atual. É tempo de reformas, o Brasil precisa mudar. E as mudanças começam pela política.
A exigência de mudanças faz sucesso nos meios empresariais, pois é evidente o esgotamento do atual modelo de alternância no poder por meio de alianças conservadoras e fisiológicas, em nome da governabilidade. E o basta não vem apenas em nome do combate à corrupção, mas também pelo fraco desempenho econômico. Somos prisioneiros de uma armadilha do baixo crescimento exatamente pela falta de reformas.
Nosso atraso institucional é amplo, geral e irrestrito. Mesmo onde avançamos, como ocorreu no caso do Banco Central em seu papel crítico de linha de frente no combate à inflação, o bom desempenho dependeu mais de indivíduos do que de uma robusta definição institucional. O que parece também ter ocorrido agora no falso despertar do Poder Judiciário: a opinião pública acredita mais no ministro Joaquim Barbosa do que no compromisso institucional do Supremo tribunal Federal com a regeneração de nossas práticas políticas.
O Brasil teve o maior ritmo de crescimento da economia mundial nos primeiros três quartos do século passado. Mas a economia foi perdendo o rumo ao longo do regime militar e mergulhou no caos da hiperinflação na transição para as eleições diretas. Se, por um lado, avançamos na estabilização e na inclusão social, por outro lado estamos muito longe de realizar o elevado potencial de crescimento sustentável de que somos capazes. Isso não ocorrerá sem uma formidável agenda de reformas econômicas, em um novo ambiente político.
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