CORREIO BRAZILIENSE - 05/09
Quando vaidade e ignorância são as duas características marcantes da mesma pessoa, é normal esperar gestos ridículos dela. Mas o que tem me impressionado mesmo é que tais cidadãos estão colocando em risco a própria vida e até a de terceiros em razão do desejo de "evoluir" apenas no plano estético. Os Narcisos em apuros trazidos pelo noticiário são quase sempre verdadeiros embriagados pela própria imagem, que acabam se esquecendo da segurança pessoal, da coletividade e do outro.
As vítimas de falsos médicos que recebem deles produtos sintéticos para inflar bumbuns e seios merecem atenção e piedade, mas também deveriam servir de alerta para as armadilhas tão comuns de ir ao encontro do sonho de beleza pagando fatura módica. O barato sem checar as reais credenciais do contratado sempre sai caro demais. São as tais loucuras em nome da beleza que viram monstruosidades lamentáveis.
O drama começa quando pessoas associam integralmente a visão de saúde à de boa forma ou bela forma, melhor dizendo. O fato é que o indivíduo saudável pode até não ser belo, mas a figura esculpida artificialmente pode também acumular prejuízos orgânicos graves em virtude das escolhas que fez para ter o corpo idealizado. O usuário de suplementos proibidos para subir ao céu fisioculturista pode estar portando um atestado de insanidade.
Enquanto isso, no salão de cabeleireiro, profissionais e suas clientes trocam dicas e telefones de vendedores ilegais de medicamentos para emagrecer. Esse comércio proscrito prospera com vigor graças ao aumento da renda média, ao campo fértil da ingenuidade e à predileção geral dos brasileiros pelos atalhos quase sempre inimigos da saúde. É de assombrar ver mães levando as filhas adolescentes para fazer lipoaspiração e cirurgia de redução de estômago.
Noutra perspectiva narcisística, pacientes que desrespeitam os avisos luminosos para apertar os cintos de segurança no interior do avião também estão sujeitos a se machucar muito nas fortes turbulências e nos pousos forçados. Assistimos a isso esses dias, infelizmente. Não por acaso, a vaidade é o pecado preferido do personagem encarnado pelo genial Al Pacino no filme Advogado do diabo (1997).
As vítimas de falsos médicos que recebem deles produtos sintéticos para inflar bumbuns e seios merecem atenção e piedade, mas também deveriam servir de alerta para as armadilhas tão comuns de ir ao encontro do sonho de beleza pagando fatura módica. O barato sem checar as reais credenciais do contratado sempre sai caro demais. São as tais loucuras em nome da beleza que viram monstruosidades lamentáveis.
O drama começa quando pessoas associam integralmente a visão de saúde à de boa forma ou bela forma, melhor dizendo. O fato é que o indivíduo saudável pode até não ser belo, mas a figura esculpida artificialmente pode também acumular prejuízos orgânicos graves em virtude das escolhas que fez para ter o corpo idealizado. O usuário de suplementos proibidos para subir ao céu fisioculturista pode estar portando um atestado de insanidade.
Enquanto isso, no salão de cabeleireiro, profissionais e suas clientes trocam dicas e telefones de vendedores ilegais de medicamentos para emagrecer. Esse comércio proscrito prospera com vigor graças ao aumento da renda média, ao campo fértil da ingenuidade e à predileção geral dos brasileiros pelos atalhos quase sempre inimigos da saúde. É de assombrar ver mães levando as filhas adolescentes para fazer lipoaspiração e cirurgia de redução de estômago.
Noutra perspectiva narcisística, pacientes que desrespeitam os avisos luminosos para apertar os cintos de segurança no interior do avião também estão sujeitos a se machucar muito nas fortes turbulências e nos pousos forçados. Assistimos a isso esses dias, infelizmente. Não por acaso, a vaidade é o pecado preferido do personagem encarnado pelo genial Al Pacino no filme Advogado do diabo (1997).
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