Usos e costumes
Entra e sai governo e a história se repete. O PMDB é tratado como parceiro de segunda categoria. Todos os dias porta-vozes do Planalto praticam a desqualificação de seu principal aliado. Foi assim também no governo Lula, que esnobou o partido até estourar o mensalão. Assim como o PT agora, o PSDB também menosprezava seus aliados no governo FH. Os tucanos, como os petistas, também queriam desbancar os aliados nos Estados. O ex-líder do governo FH Benito Gama, atual presidente do PTB, então no PFL, na época arrematou: "O PSDB tem que escolher. Dar um cargo para o B. Sá (deputado tucano) no Piauí ou aprovar a emenda da reeleição. Os dois não dá".
"Não caio mais nessa de duplo palanque. Em 2010, o Lula ficaria de fora e depois pediu voto para o (governador) Jaques Wagner. Foi uma lição"
Geddel Vieira Lima
Vice-presidente da Caixa Econômica Federal
Dois critérios
Os aliados de todos os partidos relatam que de seus ministros, antes de serem nomeados, é cobrada representatividade. Mas que petistas, como Miriam Belchior e Tereza Campello, não precisam ter lastro partidário algum.
PT na cabeça
Os senadores do PT se reúnem amanhã à noite, em Brasília,com o presidente do partido, Rui Falcão. Na agenda, o apoio a candidatos petistas para os governos estaduais. O partido quer se beneficiar dos governos Lula-Dilma para crescer. Os petistas, como ocorreu no jantar do PMDB, vão reclamar da desarticulação política do governo Dilma.
Raio-X
Um cauteloso e contido negociador governista, falando da penosa relação do Planalto com o Congresso, avalia que "parcela significativa da confusão pode vir do fato de a presidente Dilma não participar diretamente das negociações".
Uns são mais iguais que outros?
Os petistas se consideram superiores aos demais políticos. Nem o escândalo do mensalão os fez cair na realidade. Os tucanos também se veem num patamar acima dos demais. Os outros partidos são suportados em nome da governabilidade. Sobre isso, anos atrás, o ex-ministro de FH Eliseu Padilha ironizou: "Não se iluda, ninguém faz política diferente no Brasil".
Ela tem a força
A atuação da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) divide opiniões. Mas, como atenuante, líderes aliados justificam que nem sempre as negociações passam por ela. Muitas vezes, elas são atravessadas por fora de sua pasta.
Ministros candidatos
Aliados acham imprudência a presidente Dilma delegar a interlocução no Congresso para pré-candidatos aos governos estaduais. São eles: Gleisi Hoffmann (PR), Fernando Pimentel (MG), Aloizio Mercadante (SP) e Ideli Salvatti (SC).
OS SENADORES petistas Delcídio Amaral (MS) e Walter Pinheiro (BA) lutam para que a Fazenda não desista da proposta que unifica o ICMS.
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