FOLHA DE SP - 04/04
Incorporadora investirá R$ 320 mi em flats
A incorporadora Vitacon irá investir em flats -ativo que praticamente deixou de ser explorado em São Paulo há cerca de 15 anos.
O grande número de empreendimentos construídos na década de 90 -superior a demanda- e os altos custos de operação deles fizeram com que esse modelo de projeto fosse abandonado.
"Mas há um 'gap' hoje. Pessoas que precisam ficar em um local por períodos longos ou optam por um hotel, o que é caro, ou por um apartamento sem mobília e estrutura", diz o CEO da empresa, Alexandre Lafer Frankel.
A companhia fará um aporte de R$ 320 milhões em cinco prédios de flats que serão lançados neste semestre.
Os primeiros dois a serem concluídos serão administrados parcialmente pela incorporadora. Cerca de 60% serão comercializados da forma tradicional.
"Preferimos fazer os flats de forma gradual. Mas, nos próximos, 100% dos apartamentos serão nossos."
Para que o projeto vingue, o custo operacional será enxuto, segundo Frankel. Serviços como o de camareiras serão cobrado a parte. Os apartamentos também serão pequenos, com cerca de 21 m2. Isso permitirá que cada edifício tenha 150 apartamentos.
A incorporadora faturou R$ 485 milhões no ano passado. O objetivo é atingir R$ 850 milhões neste ano.
"É uma meta agressiva, mas temos estoque de terrenos. No ano passado, precisamos postergar os lançamentos de alguns projetos."
Ferramenta de comparação de juros é criada no Rio Grande do Sul
A Fecomercio-RS criou uma ferramenta para auxiliar as empresas em seus processos de tomada de crédito.
Denominada Monitor de Juros Mensal, ela dará acesso a uma compilação das taxas de juros cobradas pelos principais bancos do país às pessoas jurídicas.
"Levantamos as informações coletadas pelo Banco Central junto às instituições financeiras e as colocamos em um único documento", diz Lucas Schifino, economista da entidade.
"Os empresários vão ter uma visão geral das taxas praticadas e, dessa forma, tentar negociar as melhores condições na aquisição de crédito com os bancos", afirma Schifino.
A entidade estima que começará a enviar as informações por e-mail às empresas e aos sindicatos do Rio Grande do Sul no final deste mês.
A ideia poderá vir a ser ampliada em breve.
"Estudamos a possibilidade de colocar os dados também na internet para que qualquer empresa do Brasil tenha acesso, uma vez que as taxas de juros praticadas são iguais em todo o país", diz.
Rumo ao interior
A C&A, rede de varejo de moda, vai abrir sete lojas no Estado de São Paulo neste ano. Duas delas serão em cidades ainda sem a presença da marca: Itapecerica da Serra e Pindamonhangaba.
Outras duas ficarão na capital (shopping Metrô Tucuruvi e shopping Tietê Plaza), uma em Ribeirão Preto (shopping Iguatemi), uma em Santo André (shopping Atrium) e uma em Sorocaba (shopping Cidade Norte).
"O interior de São Paulo tem uma diversidade de municípios com um alto poder aquisitivo e que está atraindo as redes varejistas", diz Paulo Corrêa, vice-presidente comercial da C&A.
Uma das unidades, a do metrô Tucuruvi, será aberta ainda no primeiro semestre de 2013. As outras seis inaugurações deverão acontecer a partir da outra metade do ano, segundo a rede.
A companhia tem 233 lojas no país, com 80 delas no Estado de São Paulo.
Direção dos custos
A japonesa JTEKT, que produz sistemas de direção para automóveis, inaugura na semana que vem um centro de testes em São José dos Pinhais (PR).
O investimento foi de R$ 15 milhões e irá reduzir em 10% os custos da empresa.
Até agora, a JTEKT precisava enviar as peças ao Japão para fazer todos os testes de segurança.
Fornecedora das principais montadoras no Brasil e na América Latina, a companhia se mostra, no entanto, reticente quanto a futuros investimentos no país.
Mesmo com o Inovar-Auto, que exige um mínimo de componentes nacionais nos carros brasileiros, a japonesa está preocupada com o aumento de custos no Brasil.
Para o principal executivo da empresa no país, Lucio Pinto, não há como competir com as peças importadas.
A margem de lucro da empresa caiu pela metade nos últimos três anos.
Prestes a inaugurar uma expansão na fábrica para a produção de direções elétricas, o executivo afirma que quase perdeu o investimento, de R$ 87 milhões, para "um país asiático, que não é o Japão".
"Lá dá mais dinheiro. A JTEKT é uma empresa de capital aberto. Você investiria onde?", pergunta.
Cai margem de lucro de empresa de trabalho temporário
As empresas de colocação de trabalhadores temporários e de terceirização de serviços estimam que suas margens de lucro caíram 7,99% entre 2007 e 2011, segundo estudo do Sindeprestem (sindicato do setor de São Paulo).
A retração, de acordo com a entidade, é decorrente das mudanças na forma de cobrança do PIS/Cofins.
Até 2002, as companhias pagavam a alíquota de 3,65%. O sistema de então era cumulativo -a base de cálculo era o total das receitas da empresa, sem que houvesse deduções em relação a custos, despesas e encargos.
Com a modificação adotada, a taxa dos impostos passou a ser de 9,25%, mas com compensação de insumos.
"O problema é que salários e encargos, que são os insumos do setor, não foram desonerados, como deveria ocorrer", diz o presidente da entidade, Vander Morales.
"Não entendemos que o retorno dos 3,65% seja uma redução de imposto. É apenas a volta ao regime cumulativo."
A entidade calcula que o faturamento do setor possa crescer cerca de 15% ao ano com a alteração.
Sem benefício
As empresas brasileiras tiveram R$ 200 milhões em projetos recusados para usufruir dos benefícios fiscais da Lei do Bem, segundo levantamento da consultoria francesa Global Approach Consulting feito com base em dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Ao todo, 21% dos 962 projetos de inovação apresentados ao governo para obtenção do benefício fiscal foram desqualificados.
Hora do café
INVESTIMENTO NA COREIA DO NORTE
O investidor norte-americano Jim Rogers, que começou o fundo Quantum com George Soros nos anos 70, comprou quase todas as moedas de ouro e prata da Coreia do Norte, à venda em feira especializada em Cingapura, no fim de semana passado.
A informação é da companhia estatal Korea Pugang Coins Corp ao Wall Street Journal.
Rogers disse em entrevista tempos atrás que "moedas e selos são o único jeito de investir na Coreia do Norte".
Doadores aéreos
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Amadeus, empresa de tecnologia para o setor de viagens, vão divulgar uma parceria, hoje, em Londres.
O objetivo é arrecadar recursos com pessoas que façam reservas de viagens pela internet.
Clientes de empresas aéreas e de agências de turismo poderão, com alguns cliques no mouse, fazer uma doação para a entidade ao completar o processo on-line de compras. A tecnologia deverá ser instalada pela Amadeus.
As companhias Iberia (Espanha), Finnair (Finlândia) e Qantas (Austrália) já estão com negociações avançadas. Fechados os acordos, as doações deverão ser feitas já em outubro deste ano.
"Temos 110 linhas aéreas parceiras com 50 milhões de reservas no ano passado. O potencial para conseguir doações é enorme", diz Tomás López Fernebrand, vice-presidente sênior da Amadeus.
Exercício A Bodytech, rede de academias de ginástica que tem entre seus sócios João Paulo Diniz e o técnico Bernardinho, inaugura na próxima semana sua décima unidade em SP. A academia ficará em Alphaville e recebeu R$ 6 milhões em investimentos.
Batido... A rede Mil Milkshakes planeja abrir 20 unidades no Nordeste até dezembro. Desde janeiro, a marca inaugurou três lojas na região.
...nordestino Teresina, Salvador, Surubim (PE) e Juazeiro do Norte (CE) devem ter franquias da marca até o próximo mês.
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