FOLHA DE SP - 17/04
Empresa desonerada pode ter dupla cobrança
Além de desagradar a alguns segmentos da economia, a desoneração da folha de pagamentos estabelecida pelo governo federal gera reclamação também pelo risco trabalhista que pode causar.
Para parte dos 56 setores que entraram na lista, a nova regra, que é compulsória, onerou muitas empresas com pouca mão de obra, em vez de beneficiá-las.
O objetivo era ter uma economia fiscal com a troca da contribuição previdenciária por uma alíquota de um percentual sobre o faturamento, que varia conforme o setor.
O governo não pensou que em caso de processos trabalhistas poderá ocorrer a duplicidade de cobrança, de acordo com advogados.
Pela regra anterior, um processo que concedesse verbas, como bônus ou horas extras, a um ex-empregado, gerava a obrigação da empresa de recolher ao INSS a contribuição previdenciária patronal de 20%.
Com o novo modelo, haverá casos em que o empresário já terá recolhido as contribuições sobre o faturamento da empresa, e não deverá arcar com os 20% sobre o valor da condenação judicial.
"Cobrar esse percentual, que o empresário já recolheu sobre o faturamento, representa cobrança em duplicidade", afirma Eduardo Soto, sócio do Veirano Advogados.
"O mais ágil seria a Receita Federal editar uma regra que possa resolver a questão", diz Luiz Roberto Peroba, sócio do Pinheiro Neto. "Por jurisprudência, será um caminho mais longo e caro."
PONTUALIDADE NÁUTICA
"Falta uma outra boa localização, mas pensamos em ir para o Rio de Janeiro também", diz Angelo Bonati, o CEO da Panerai, do grupo Richmond.
A grife italiana de alta relojoaria que produz na Suíça, abriu sua primeira loja própria em junho passado em São Paulo e já busca um bom ponto carioca.
Quanto à disputa no Brasil pelos mesmos (e poucos) consumidores de alto luxo, Bonati, que não informa números por estar em período de silêncio, afirma encará-la com tranquilidade. "É assim no mundo todo", diz.
"Aqui temos preços apenas cerca de 15% superiores aos dos Estados Unidos e da Europa."
A grife vende relógios a partir de R$ 15 mil.
Fundação
No ano de 1860, em Florença
Até 1992
a Panerai era fornecedora de instrumentos de precisão para a Marinha da Itália
Em 1993
a empresa passou a vender relógios para consumidores
Na Suíça
são feitas as peças e o design é italiano
MAQUIAGEM NO 'ASTRO DO ROCK'
A Mary Kay, uma das maiores empresas de vendas diretas de cosméticos do mundo, planeja ter uma fábrica no Brasil em cerca de dois anos.
O plano se justifica pelo crescimento de 60% da companhia no país em 2012.
Fora dos Estados Unidos, o Brasil já é o quarto maior mercado em vendas, atrás de Rússia, México e China.
"O Brasil é o nosso grande astro do rock'", brinca Sheryl Adkins-Green, diretora global de marketing da empresa. "Esperamos crescer outros 50% ou 60% também neste ano", acrescenta.
Uma parcela dos produtos vendidos no país é feita por parceiros locais, mas a maior parte vem de Dallas, nos Estados Unidos.
A expansão no mercado brasileiro não estimula a empresa a mudar a sua fórmula de negócios e abrir lojas, segundo Adkins-Green.
A executiva veio ao Brasil para o lançamento de uma linha de produtos para a pele da marca, que completa 50 anos de atuação no mundo e 15 no país.
Com uma estrutura de consultoras mais complexa do que a de concorrentes nacionais, em que ao crescer na carreira a vendedora pode virar uma "líder" de outras recrutadas, o aumento das vendas ainda se dá mais pelo "boca a boca".
"A maior parte das nossas vendas continua a ocorrer em encontros entre as consultoras e suas amigas, familiares e conhecidas. Em festinhas e aulas de maquiagem, elas unem o social aos cuidados pessoais", diz Adkins-Green.
US$ 3 bilhões
foi o faturamento em 2011
2,4 milhões
de consultoras no mundo
35
são os países onde atua
Bancos gastam mais de R$ 20 bi em serviços eletrônicos
Os investimentos tecnológicos do setor bancário no Brasil já estão próximos dos de países desenvolvidos como a França e a Alemanha, segundo um levantamento feito pela Febraban, que será divulgado hoje.
Em 2012, os desembolsos em tecnologia para melhorar os serviços eletrônicos ultrapassaram os R$ 20 bilhões.
"A quantidade de transações feitas através da internet e do celular foi maior que as realizadas em agências e pelo telefone no ano passado", diz Luis Antônio Rodrigues, diretor da comissão de tecnologia bancária da Febraban.
O internet banking já representa 39% das transações, conforme a pesquisa. Pelo celular, as movimentações significam 2,3% do total.
"As instituições financeiras aplicam cerca de 20% a mais, anualmente, em novos softwares que melhorem os serviços e garantam maior segurança aos clientes", afirma Rodrigues.
Escola... A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net) já formou 50 mil empresários desde 2003. Os cursos abordam "webmarketing", pagamento seguro e como montar uma loja virtual.
...de comércio Neste ano, já são 1.657 empreendedores formados nas cidades de São Paulo, Campinas (SP), Campo Grande (MS) e Poços de Caldas (MG).
Na gôndola A Apas 2013 (feira do setor de supermercados) terá 70 empresários internacionais trazidos ao Brasil por entidades setoriais. Eles vão negociar com 21 empresas, além de 550 expositores.
Analgésico De cada R$ 1 investido contra a gripe, uma empresa tem retorno de R$ 3,50, segundo dados da Brasken. A companhia já imunizou 4.400 funcionários.
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