FOLHA DE SP - 14/12
Carrefour enfrenta crise no frete de venda on-line
Após o anúncio da suspensão das vendas on-line do Carrefour neste mês, a relação da empresa com seus prestadores de serviços de frete se deteriorou.
Fornecedores da companhia reclamam da falta de pagamento, que se agravou às vésperas do Natal, quando o custo de entrega costuma ser elevado devido à necessidade de reforço.
Por causa do atraso no pagamento, que se estende desde novembro, as transportadoras suspenderam as entregas das encomendas aos clientes, segundo um executivo de uma das empresas.
Na tentativa de evitar problemas com seus consumidores finais, o Carrefour chegou a oferecer o pagamento de um bônus de 50% às transportadoras que entregarem todos os pedidos pré-Natal até a próxima quarta-feira.
Há, porém, entre as distribuidoras, o receio de que, retomadas as entregas, o trabalho continue sem pagamento.
Procurado, o Carrefour responde que "honra com o pagamento de seus fornecedores. No entanto, eventuais débitos podem estar relacionados ao extravio de mercadorias, cujo custo é de responsabilidade do operador logístico, prática comum".
"Neste momento, a empresa direciona seus esforços para realizar as entregas dos pedidos em andamento, com o objetivo de garantir que seus clientes recebam suas compras dentro do prazo", diz o Carrefour e confirma que ofereceu adicional de 50%.
ENTRE O RIO E A ESTRADA
Com R$ 30 milhões, o grupo de transporte Ouro e Prata, do Rio Grande do Sul, está renovando parte de sua frota de ônibus. Ao todo, 50 veículos foram comprados (25% do total da empresa).
"Costumamos renovar cerca de 15% da frota anualmente. Este ano, aceleramos um pouco", diz Hugo Fleck, presidente do grupo.
A idade média dos veículos da empresa passou de 5,2 anos para 3,8.
Hoje o transporte rodoviário é responsável pela maior parte do faturamento da companhia (entre 65% e 70%). Em cinco anos, porém, deve representar 50%.
A Ouro e Prata está investindo na construção de embarcações. Em 2013, quatro deverão ser produzidas, o que demandará aporte de cerca de R$ 15 milhões.
O grupo importa a tecnologia, mas tem um estaleiro onde fabrica os próprios barcos. Atualmente, tem 12 embarcações que transportam passageiros entre Guaíba e Porto Alegre e na região de Santarém (PA).
R$ 200 milhões será o faturamento do grupo neste ano
5,2 milhões de passageiros utilizam os transportes rodo e hidroviário da empresa por ano
BALÉ RUSSO
O B-20, grupo das maiores organizações empresariais do G-20, fez um documento com sugestões para facilitar o comércio internacional na próxima cúpula das principais economias, em 2013, em São Petersburgo (Rússia).
Participaram 120 executivos, entre eles Paulo Godoy, presidente da Abdib, Jackson Schneider, vice-presidente da Embraer, João Nogueira, diretor da Odebrecht.
Hoje eles se unem a outros 50 empresários em Moscou. A presidente Dilma Rousseff encerrará o encontro.
Além de Robson de Andrade, presidente da CNI, estarão presentes Flávio Gomes Machado Filho, vice-presidente da Andrade Gutierrez, e Carlos Roberto Wizard Martins, presidente do Multi.
SUBIDA DO VAREJO
A rede de lojas de departamento Havan, de Santa Catarina, pretende dobrar o número de lojas até 2015 -de 50 para cem.
Cada unidade da empresa costuma receber entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões em investimentos, dependendo do tamanho.
Neste ano, a empresa investiu cerca de R$ 250 milhões em seu projeto de expansão. Ela passou a atuar no Estado de São Paulo, com lojas em São José do Rio Preto e São Carlos, entre outras cidades.
A companhia também entrou no mercado de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde a unidade ainda não foi inaugurada.
A rede deve faturar R$ 2 bilhões neste ano. Em 2011, foi R$ 1,5 bilhão.
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