“Não tem mais o que fazer”
Presidente Dilma admitindo a iminente derrubada dos seus vetos à Lei dos Royalties
NOVO INQUÉRITO NO MPF DEVE INVESTIGAR LULA & CIA
Procuradores e magistrados de tribunais superiores consideram “inevitável” a abertura de novo inquérito, na Procuradoria-Geral da República, para investigar suspeitas de envolvimento do ex-presidente Lula no escândalo do mensalão. Essas autoridades afirmaram à coluna, sob condição de não serem identificadas, que indícios surgidos no processo original e as novas revelações são “efetivamente graves”.
FATOS NOVOS
As “novas revelações”, atingindo Lula diretamente, foram feitas pelo empresário Marcos Valério em setembro, ao Ministério Público Federal.
CUMPRINDO O DEVER
Duas procuradoras tomaram as denúncias de Marcos Valério. Ignorá-las poderia render ao MPF a acusação de prevaricação.
TUDO DE NOVO
Em eventual novo inquérito, Lula e os atuais réus do mensalão serão novamente ouvidos sobre acusações de corrupção ativa e passiva.
PALAVRA FINAL
O procurador geral Roberto Gurgel, a quem caberá a decisão de abrir o inquérito, só se pronunciará após o final do julgamento do mensalão.
POR VAGA NO MINISTÉRIO, PMDB-MG APELA ATÉ AO PT
De olho na minirreforma que Dilma deverá fazer em 2013, o presidente do PMDB de Minas, Antônio Andrade, e o deputado Leonardo Quintão apelaram a Michel Temer e ao ministro petista Fernando Pimentel (Desenvolvimento), dias atrás, por uma vaguinha no governo, durante café da manhã no Palácio Jaburu, residência oficial do vice-presidente. “A participação de Minas é crucial para reeleger Dilma”, diz Andrade.
FACA NO PESCOÇO
Membros do PMDB-MG ameaçam apoiar Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014, caso Dilma lhes negue um cargo na Esplanada ou em estatal.
LÍDER COMUNISTA
A deputada Manuela D’Ávila (RS) é a mais cotada pela cúpula do PCdoB para assumir a liderança do partido na Câmara, em 2013.
VOLUNTÁRIOS DESIGNADOS
O PSD garante que seus funcionários contribuíram “voluntariamente”, com R$ 100, para festa de fim de ano dos deputados. Anrã.
PÕE NA CONTA, MPF
A presidente Dilma foi a Paris, acompanhada de grande comitiva, para dar uma força em evento promovido pelo Instituto Lula, ONG do ex-presidente. Mas a conta da viagem é todinha nossa.
ELE NÃO APRENDEU
O governador e ex-senador Sérgio Cabral disse que “nunca viu isso”, isto é, a aprovação de urgência para votar os vetos de Dilma à Lei dos Royalties. Foi um mau parlamentar. Votar “urgência”, que estabelece prioridades de votação, é algo tão antigo quanto o próprio parlamento.
GUERRA NA JUSTIÇA
O senador Lobão Filho (PMDB-MA) tem plena convicção de que Rio e Espírito Santo perdem na Justiça, caso o veto da presidenta Dilma seja derrubado: “O direito deles é transitório, fruto de contratos”.
ZONA DE IMPACTO
Marcos Valério confidenciou a amigos que “não se move pela vingança ou pela delação premiada”, porque “já perdeu tudo”. E confidenciou que não pretende ser “o mais sujo dessa história”, ameaçando tirar vídeos e documentos do baú. “Sou um profissional experiente, não um imbecil.”
A CARA DO ‘CARA’
O Washington Post, que derrubou Nixon da presidência dos EUA, fez longa matéria com os novos escândalos de Lula, ouvindo assessores e populares, para quem “Lula deveria se investigado, é muita grana”.
MINISTRO MEXIDO
O ex-ministro português António Mexia quer distância do Brasil: testemunha no processo do mensalão, intermediou o encontro de Marcos Valério, apresentado como “consultor do presidente do Brasil”, com o presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta, em 2005.
PRESTIGIADO
Senadores presentes no jantar oferecido pelo presidente José Sarney (PMDB-AP) na terça saíram com a sensação de que Renan Calheiros (PMDB-AL) está mais forte do que nunca para o comando do Senado.
NOVA CHANTAGEM
Aeroviários e aeronautas já deveriam ter percebido que a população não se solidariza com a chantagem anual por aumentos, nesta época. Reféns não costumam aplaudir nem apoiar seus algozes.
PERGUNTA NO PT
Marcos Valério era qualificado para fazer negócios no governo Lula e agora é desqualificado para denunciar Lula e seu governo?
PODER SEM PUDOR
TAREFA PARA MACHO, TCHÊ
Certa vez perguntaram a Antônio Carlos, presidente de Minas Gerais, por que ele se juntou aos gaúchos, na Aliança Liberal, para derrubar Washington Luís e colocar Getúlio Vargas no poder. Ele explicou:
- Na vida, a gente tem que saber escolher as companhias na hora certa. Para brigar num bar, chamo os filhos do Mendes Pimentel. Para ir ao teatro, vou com Ataulfo de Paiva. Mas para tomar o poder, tomo com os gaúchos.
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